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Zero a 300

Novo Civic Type R: 330 cv e… 40 kg a mais? | Peugeot Landtrek pode virar Fiat | novidades do Pagani C10 e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Nesta edição:

 

Novo Civic Type R tem 330 cv, mas ficou 40 kg mais pesado

Não sei se você está lembrado, mas o Honda Civic Type R foi confirmado para o Brasil depois que a Toyota anunciou o Corolla GR. Por isso, as novidades sobre ele nos interessam mais do que nunca. O visual do carro não é novidade: a Honda o revelou por inteiro há alguns meses. Mas ficou devendo os dados técnicos, porque ninguém esperava algo diferente do 2.0 turbo da geração passada, nem um facelift mais-ou-menos. O que a gente espera de diferente é a potência e o peso do carro, as capacidades dinâmicas dele.

Enquanto a Honda não divulga os dados, vamos com os “vazamentos” que vêm do outro lado do mundo. Depois de uma influenciadora japonesa revelar a potência no material do carro fornecido aos primeiros compradores, agora mais páginas daquele material apareceram no fórum Civic XI e mostraram que ele terá realmente 330 cv — ao menos na versão JDM, para o mercado interno japonês — e que ficou 40 kg mais pesado.

Isso é um pouco decepcionante, pois ele realmente é o Type R mais potente da história, mas também é o Type R mais pesado. E mais: o ganho de potência, não compensa o ganho de massa os 10 cv extras para um carro 40 kg mais pesado significam que o novo Type R terá uma relação peso/potência piorada em relação ao antecessor. E isso é um ponto crítico, pois reduzir o peso traz mais benefícios que aumentar a potência — antes fosse um carro com os mesmos 320 cv, porém 40 kg mais leve que o antecessor.

Isso, considerando que o Type R não é nenhum peso-pena: a geração anterior (FK8, baseada no Civic 10) já estava a uma cadeirinha de criança dos 1.400 kg (pesava entre 1.380 kg e 1.390 kg). Com 40 kg a mais ele passa essa barreira (1.430 kg) e passa a ser percebido, na prática, como “um carro de quase 1.500 kg”, o que é um exagero, mas é como a turma do super trunfo acaba percebendo.

O material ainda menciona a relação de marchas, que será a mesma do FK8, porém com diferencial alongado de 4,111:1 para 3,842:1. Isso, em tese, deve permitir que o novo Type R atinja uma maior velocidade máxima. Note que o material mostra a data 2022.09, que é quando a Honda irá revelar tudo o que queremos saber sobre ele. (Leo Contesini)

 

2.000 km em 24 horas com um Porsche… elétrico!?

Sim. Não foram exatamente 2.000 km, mas 1.930 km, mas você não vai reclamar por 70 km, vai? A dupla de jornalistas britânicos Doug Revolta e Neil Winn afirma ter “quebrado o recorde” de mais países visitados em 24 horas com um carro totalmente elétrico, o Porsche Taycan Performance Battery Plus. E embora seja evidente que o recorde só foi possível por causa do território diminuto dos Estados europeus, os números obtidos nas 24 horas foram um tanto impressionantes para um carro elétrico.

Em 24 horas contínuas a dupla rodou 1.930 km (1.199 mi), o que resulta uma média de velocidade de 80,8 km/h (49,9 mph). Considerando apenas o tempo de estrada — ou seja: descontando as paradas de recarga — a dupla obteve uma média de 98 km/h (61 mph).

Não foi divulgado quanto tempo a dupla parou para as recargas, mas comparando as duas médias de velocidade é possível calcular que o tempo de estrada foi de aproximadamente 19h40min, o que resulta em um tempo de aproximadamente 4h20min gastos com as recargas, que foram feitas ao longo de sete paradas — uma média de 37 minutos por parada.

Também é possível calcular a autonomia média real do carro. Se foram rodados 1.930 km com sete recargas, significa que o carro parou a cada 275 km. Aqui é claro que as paradas não foram feitas próximas ao esgotamento da bateria, mas de acordo com o planejamento de recarga feito pela dupla, que foi baseado na rede Lonity, que tem estações de recarga ultra-rápida de 350kW.

Sobre o recorde de 14 países, bem… isso é uma peculiaridade da Europa. Em qualquer outro continente do planeta seria impossível atravessar 14 países em 2.000 km — no Brasil, dependendo da região, você não atravessa nem três estados inteiros (Belém-Goiânia, por exemplo, são 1.975 km e só passa por Pará, Tocantins e Goiás — e isso, porque inventaram o Tocantins em 1988…).

De qualquer forma, é um feito e tanto. Uma viagem com um Porsche Panamera não seria tão mais rápida ao longo de 24 horas, nem iria muito mais longe. Contudo, é preciso observar que o Porsche Taycan com o pacote Performance Battery Plus, que aumenta a capacidade das baterias de 71kWh para 83,7 kWh.

Além disso, o Taycan opera com o dobro da tensão dos demais carros elétricos, o que permite recargas mais rápidas. Portanto, estamos comparando o mais avançado dos carros elétricos com a realidade geral dos carros de combustão interna.

Para podermos finalmente substituir os carros atuais, movidos pela combustão interna, é preciso que esta capacidade do Taycan com o pacote Performance Battery Plus seja a média dos carros elétricos. Temos pouco menos de 10 anos para conseguir isso. (Leo Contesini)

 

Nova pedaleira de Pagani Huayra R para simuladores

Para quem não percebeu, vivemos num mundo onde uma bicicleta de R$ 15.000 não assusta mais ninguém. Na verdade, nem é de longe a mais cara: vários modelos estão disponíveis a preços acima de R$ 100.000. Simuladores de direção avançados para videogames de corrida também são brinquedos que tem preços absurdos; alguns tem as “Motion Platforms” que simulam os movimentos, senão as forças G, que atuam no corpo durante as corridas simuladas. Os preços são de chorar.

Estes brinquedos sofisticadíssimos estão cada vez mais sofisticadíssimos. E com grife. Veja por exemplo este lançamento da Asetek SimSports, uma empresa de sistemas de primeira linha em simuladores de corrida. Junto com nosso argentino preferido, Horácio Pagani, criaram uma pedaleira para simuladores igual à do Pagani Huayra R.

É uma simulação dita realista dos pedais do Pagani, não só na aparência.  A Asetek SimSports trabalhou com a Pagani para replicar a sensação real do pedal do Huayra R por meio de alguns ajustes de software. Se você quiser usar os pedais de Pagani para dirigir outros veículos no mundo dos simuladores, poderá modificar esse software conforme necessário por meio do kit de ferramentas RaceHub.

Ou você pode dirigir, sei lá, um Miata, mas com pedais e sensação de pedais de Pagani. Mas o Miata vai ter que ser automático: só dois pedais aqui. A pedaleira já está à venda na Europa por US$ 1999, ou pouco mais de dez mil reais. Só a pedaleira!

É algo realmente legal, isso, mas não posso deixar de notar que este é o mesmo mundo em que este tipo de dinheiro compra também um Chevette mecanicamente inteiro, mas meio feinho, ideal para usar sem dó em pista, e assim ter essas mesmas experiências em pistas de verdade, no mundo real. Mas o mundo real tem graxa, sujeira e suor, e um carro que inevitavelmente quebra ao tentar voltar para casa. Quem quer isso?

Por outro lado, dois mil dólares é uma fração ínfima do preço de um Huayra de verdade, que vale muitos milhões deles. Se não se pode ter um Huayra, e é isso que um cara quer, simulá-lo é o que resta. Ou seja, está barato.

Ernest Hemingway dizia que só existem três esportes: touradas, automobilismo e montanhismo; todo o resto são apenas jogos. Falava, claro, do risco de morte iminente nesses esportes. E sim, andar em pista pode te matar, sempre é bom lembrar. Se você concorda com Hemingway, esta notícia tem pouco interesse; se não, a leu com interesse de compra. De que lado você está? (MAO)

 

Vanlife, estilo 1910: um Ford modelo T Motorhome a venda

A pandemia, a generalização do trabalho remoto, e a popularização da internet móvel causaram renovado interesse em uma vida onde não se tem endereço fixo. Seja se mudando para casas alugadas de mês em mês, seja usando Motorhomes, esses novos nômades digitais estão por todo lado.

Principalmente, claro, nas redes sociais. A hashtag #vanlife é usada para unir o povo que usa vans de entrega convertidas em Motorhome como sua casa sem endereço fixo. O volume de postagens indica uma coisa clara: a maioria não quer realmente ficar sem endereço, perdido nesse mundão, sumir. Quer permanecer conectado e ter uma plataforma que amealha seguidores, tornando sua vida assim preenchida com algo.

A atividade de se acoplar uma casa à traseira de um automóvel não é nova, porém. Só o ímpeto era diferente: costumava ser algo para te isolar do mundo, para deixar a vida normal para trás, para estar onde ninguém te acha se você não quiser ser achado. E sobre autossuficiência de viver sem precisar da ajuda de ninguém, em lugares isolados; algo muito difícil de realizar.

Vejam por exemplo este carro, que será oferecido em leilão dia 10 de setembro pela casa inglesa Bonham’s. É um dos mais antigos Motorhomes que se tem notícia. E já de cara descobrimos algo: ontem e hoje, #vanlife não é coisa para pobre, a não ser que viver numa kombi abandonada possa contar como parte da atividade.

Este Motorhome foi encomendado novo em 1914 pela rica família Bentall na Grã-Bretanha. Baseado em um chassi Ford Model T estendido, é equipado com uma carroceria feita por Dunton of Reading. A família o vendeu na década de 1920 e em seguida foi abandonado por meio século antes de ser descoberto e restaurado na década de 1970 com a ajuda de um marceneiro profissional.

As acomodações são da época; banheiro era o rio mais próximo, e nada de TV, entradas USB múltiplas, ar condicionado quente e frio e internet. Mas há um fogão à lenha, que serve tanto para aquecer o ambiente, quanto para cozinhar. E provisão para e-mail. Bem, e-mail não tinha sido inventado em 1914, mas você podia receber a versão analógica dele, o mail sem o “e”: Há uma cômica caixinha de correio fora da “van”.

O carro é extremamente, perigosamente lento para os dias de hoje; lembre que um modelo T tinha 20 cv e não chegava a 70 km/h; imagine um carregando uma casa atrás. Mas não parece caro para os dias de hoje: estima-se o preço de venda ao redor de US$30.000 (R$ 150.900). (MAO)

 

Pagani desenha novo Pagani em teaser do C10

O dia 12 de setembro é a data de lançamento do sucessor do Huayra, o esperado Pagani C10. Em um vídeo curto publicado nas redes sociais, o argentino dono e fundador da empresa, Horacio Pagani, aparece fingindo desenhar um carro a lápis. Não há dúvida de que ele mesmo é o criador do carro, mas o teaser é só para nos lembrar do lançamento iminente.

Revela um pouco mais de detalhes do que o teaser anterior de maio passado. Agora temos uma melhor olhadela na frente, com faróis duplos alojados em um único cluster, belas curvas para os para-lamas dianteiros e um design complexo para as entradas de para-choques. Também podemos ver uma parte do perfil, com a tradicional linha da janela Pagani, entradas laterais altas e letras C10 no acabamento.

O hipercarro provavelmente será equipado com um V12 biturbo de 6,0 litros da AMG, com potência ao redor de 900 cv. A Pagani não planeja eletrificação tão cedo, mais um motivo para gostar desse artesão argentino que deu certo na capital italiana do supercarro. O C10 deverá estar disponível em versões manuais e automáticas, ao contrário do Huayra que é apenas automático, outra novidade interessantíssima para os de nosso credo. Horácio sabe das coisas.

Mais detalhes, claro, virão dia 12 de setembro; mal podemos esperar. (MAO)

 

Picape Peugeot pode vir ao Brasil como Fiat

A Kaicene F70 é uma picape de médio porte desenvolvida em conjunto pela Changan Automobile chinesa, e o então Grupo PSA, sob a submarca Kaicene, desde novembro de 2019. É conhecida como a Peugeot LandTrek em mercados como o do México. É uma picape bem no mercado da S10, Ranger, Amarok, Hilux e outras.

E agora, parece que a Stellantis vai trazer a picape para o Brasil, depois de anos de muita especulação. Mas será uma Fiat, e não um Peugeot, o que faz mais sentido para o mercado brasileiro; afinal de contas, a Toro é um grande sucesso, e abre as portas para isso. Sem falar o fato de que a rede de distribuição da Fiat é infinitamente maior, algo que faz diferença neste mercado “interiorano”.

A picape já foi flagrada rodando em testes pelo Brasil. Em 2020, a Peugeot registrou no INPI o desenho da cabine simples e dupla. A Peugeot Landtrek tem produção aqui na américa do sul na fábrica da Nordex, no Uruguai. Agora, parece que finalmente virá ao Brasil como Fiat. Espera-se que venha apenas como cabine dupla, diesel, com preços ao redor de R$ 270.000. (MAO)

 


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