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Zero a 300

Novo design para o Corolla | O Jerico da Toyota | A volta do Subaru STi e mais!

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O Daihatsu K-open

Nem mal a Daihatsu anunciou o fim do Copen, o roadster Kei de tração dianteira da marca, e já aparece um substituto bem mais interessante. Por enquanto é apenas um conceito, mas promete: efetivamente é um Copen de tração traseira. Chama-se Daihatsu K-open (see what I did there?), e além da tração traseira, promete também câmbio manual e três pedais. A Daihatsu não confirmou se o novo modelo continuará sendo um minúsculo Kei-car ou se crescerá.

Ainda não existem muitos detalhes, mas podemos especular. Se mantiver as dimensões Kei, o que parece ser o caso, certamente continuará com o propulsor já usado na marca nesta categoria de carro: um tricilíndrico turbo de 660 cm³ e 63 cv. O Copen usava este motor, e pesava apenas 850 kg; imaginamos que seu sucessor seja melhor que isso.

Os faróis redondos do conceito remetem à primeira geração do Copen, vendida entre 2002 e 2012. Não há imagens mostrando o teto fechado, mas é justo imaginar teto rígido retrátil como seus antecessores; votamos pro algo de lona, mais leve, se nos perguntarem.

O interior prioriza o design analógico, dispensando a tela central. Um freio de mão tradicional fica posicionado atrás da alavanca de câmbio manual de cinco marchas, e embora a maioria dos controles esteja no volante, alguns botões sensíveis ao toque ocupam o console central. As maçanetas das portas foram substituídas por alças de tecido, e os bancos apresentam apoios laterais generosos.

Lembrem-se que a Daihatsu é hoje uma marca da Toyota; o caminho é livre para coisas sensacionais na empresa de Akio “Morizo” Toyoda. Que continue assim! (MAO)


O Jerico moderno da Toyota

E falando em Toyota pequeno e simples, vejam só esta: no Japan Mobility Show, a empresa mostrou uma pequena mula mecânica extremamente simples, espartana, e potencialmente barata, projetado para áreas rurais africanas. Imediatamente lembramos dos Jericos nordestinos, a maioria motores diesel estacionários de 1 cilindro em chassi de Jeep.

Outro Jerico a venda hoje

 A Toyota quer fazer Jerico de forma séria e industrial, parece. O veículo é modular, vem parcialmente desmontado e foi projetado pensando em trabalho duro e economia. Chama-se IMV Origin, e o nome é importante: A Toyota apresentou o conceito IMV 0 em um evento de comemoração do 60º aniversário da marca na Tailândia, no final de 2022, que deu origem à Hilux Champ, atualmente à venda.

A Toyota ainda não divulgou seus planos exatos de vendas para o seu Jerico IMV Origin, mas vender as unidades parcialmente desmontadas apresenta alguns requisitos únicos. O veículo seria montado por seu comprador (ou oficinas especializadas) com ferramentas básicas. Talvez assim, como nos Jerico, fuja tangencialmente de legislação.

A empresa espera que isso permita a criação de empregos na região, com o surgimento de oficinas para a montagem final. Isso também permitirá aos proprietários um certo nível de personalização, já que a empresa afirmou que os proprietários participarão da criação do veículo. A Toyota chama isso de “incompletude deliberada”, o que é no mínimo, uma definição engraçada.

“Nós apenas construímos a base”, disse o presidente e CEO Koji Sato. “A partir daí, cada cliente completa o veículo para atender às suas necessidades. Como fabricante de automóveis, não terminar este veículo foi frustrante. No entanto, não terminá-lo é o que o torna um carro ‘feito para você’, porque as pessoas têm necessidades diferentes em sua vida diária e no trabalho.” É um conceito genial; aguardamos os eletrizantes próximos capítulos desta história. (MAO)


A volta do Subaru STi?

STi Performance B

Para o Japan Mobility Show 2025, a Subaru traz algo que é notável por sua ausência na linha atual da empresa: o super-hot-hatch que atende pelo nome de WRX STi. São dois conceitos STi: um viajante elétrico, e um mais real, em forma de hatchback a gasolina.

STi Performance E

Tem “marca” STi os dois conceitos, parte de uma mania muito idiota, mas popular, de fazer modelos virarem marcas hoje em dia. Os conceitos chamam-se Performance-E e Performance-B.

STi Performance E

O Performance-E é um modelo totalmente elétrico descrito como “o carro que lidera a nova geração da Subaru”, e promete um “layout amigável para o motorista e um interior confortável e espaçoso”, além de incorporar “várias tecnologias inovadoras” para “experiências de direção intuitivas e emocionantes”. A Subaru divulgou imagens da arquitetura, revelando uma bateria montada no piso, motores elétricos dianteiro e traseiro e uma configuração de suspensão sofisticada duplo A dianteira e multilink traseira.

O conceito Performance-B STI, mantém o motor a combustão interna. Ele é descrito como uma forma de ampliar a gama de opções de desempenho da Subaru; meio como era… bem, o WRX STi quando estava a venda, né?

STi Performance B

O hatch esportivo é claramente uma volta do STi original: uma versão de alto desempenho do atual Impreza hatchback de cinco portas. Para-lamas largos com entradas de ar integradas, uma entrada de ar no capô, para-choques redesenhados com entradas de ar maiores e uma grade frontal mais larga com uma faixa vermelha. Há também uma enorme asa traseira e um difusor bastante complexo sem saídas de escapamento visíveis. Não há detalhes sobre motor e potência, ainda.

STi Performance B

Parece realmente idiota que a Subaru deixou este mercado aberto para que a Toyota, com seus Yaris e Corolla em versão GR, sem tentar enfrentá-los de igual para igual. Afinal de contas, foi a Subaru, junto com a Mitsubishi, que inventaram este tipo de carro japonês de alto desempenho. Se voltar, vai ter que ser sensacional mesmo agora, para tirar os compradores das concessionárias Toyota. Antes tarde do que nunca? Veremos. (MAO)


O novo design do Corolla

Nos últimos 60 anos, o Toyota Corolla foi a essência da racionalidade sobre rodas. Um carro que, simplesmente sendo excelente no básico, convenceu 55 milhões de pessoas a comprá-lo. Pois agora a Toyota resolveu que o Corolla não deve ser mais tão básico assim e apresentou o Corolla Concept, mostrado no Japan Mobility Show 2025, em Tóquio.

A escola de design feijão-com-arroz do Corolla dá lugar a linhas ousadas que fazem ele parecer mais um elétrico modernoso do que um bom e velho Corolla — sem o nome, seria impossível adivinhar que se trata de um Toyota, quanto mais de um Corolla. Isso é muito bom por um lado: sempre faltou um certo tempero ao Corolla. Em termos de design, ele sempre foi morno — sabe aquele cara que tenta ser amigo de todo mundo? É a pior característica — dos humanos e dos carros. Com esse novo Corolla isso muda. Alguns vão odiar, é verdade. Mas é essa a ideia: ser algo além de um copo d’agua em temperatura ambiente. O atual CEO da Toyota deixa isso claro quando disse que “todos queremos dirigir um carro que tenha um design legal”.  O carro ficou especialmente atraente e desejável visto de perfil.

Mas tem o outro lado: o Corolla sempre foi bem-sucedido por ser insípido, inodoro e incolor. Quando você mistura limão, mel, gengibre e gelo a essa água, ela se torna bem mais saborosa — mas só pra quem gosta dessa combinação. Esse é o risco que o Corolla corre com essa mudança: ser ousado demais para o comprador padrão do Corolla. Mas isso é um problema bom. Muito melhor ser lembrado pela ousadia frustrada do que pela inércia. Preston Tucker que o diga.

Tecnicamente, a Toyota foi econômica nos detalhes, mas o recado está dado: a empresa fala em oferecer todas as opções de powertrain possíveis — elétrico puro, híbrido, híbrido plug-in e até versões a combustão. A ausência de uma grade frontal sugere que o carro mostrado é elétrico, mas a marca promete liberdade total de escolha. Será que teremos um desse com um 2.0 aspirado, como o atual modelo brasileiro?

É possível. Por que a Toyota mencionou  uma nova geração de motores 1.5 e 2.0, menores e mais leves, que devem estrear na próxima leva de modelos globais da marca. Ou seja, o Corolla Concept, quando deixar de ser Concept, provavelmente terá esse 2.0 moderno no Brasil. Isso, claro, se ele não for deixado de lado em favor da SUVização da linha. Sai o sedã, fica apenas o Cross.

O interior segue a mesma lógica futurista. A Toyota praticamente extinguiu os botões físicos, concentrando tudo em comandos digitais em volta do quadro de instrumentos. Há até um seletor de marchas com formato de carro — uma escolha curiosa, meio lúdica, meio “conceitual demais”. E, para os mais atentos, o protótipo traz três tampas de abastecimento: duas nos para-lamas dianteiros e uma na traseira. Sim, isso pode indicar uma arquitetura híbrida plug-in complexa, com múltiplos pontos de recarga e abastecimento.

Claro, como todo conceito, o Corolla de Tóquio existe para provocar. Mas quando a Toyota coloca um nome de produção em um carro de salão, é porque a fumaça vem mesmo do forno. A geração atual já está há sete anos no mercado, então faz sentido esperar um novo Corolla em 2027.  (Leo Contesini)