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Novo seguro popular será até 40% mais barato. Só tem um porém…

Em vários países de todo o mundo você só pode licenciar seu carro se tiver um seguro mínimo para cobrir danos eventualmente causados a terceiros em acidentes de trânsito. É diferente do nosso seguro obrigatório, o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), que cobre apenas danos pessoais, mas não materiais.

Por essa razão somente 30% dos 60 milhões de veículos em circulação no Brasil têm algum tipo de seguro — o que significa que 42 milhões de veículos circulam por aí sem nenhum tipo de proteção contra danos de qualquer espécie. Não que os brasileiros sejam excelentes motoristas ou que sejamos ricos para bancar reparos do próprio bolso (as indenizações ficam por conta do Estado), mas isso se deve em parte ao fato de os seguros não serem exatamente acessíveis — especialmente quando se trata de carros com mais de cinco ou dez anos. Por outro lado não existe caridade no ramo de seguros: as seguradoras calculam riscos e custos e, a partir daí, fazem seus preços.

Até a metade deste ano, contudo, as seguradoras eram obrigadas a usar componentes novos e originais no reparo dos carros sinistrados, o que aumentava os custos — que, por sua vez, eram repassados ao cliente na contratação do serviço. Agora, isso irá mudar com a criação do chamado “seguro popular”, que poderá ser até 40% mais barato que o seguro convencional.

No final de março passado a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) aprovou novas regras para reparos de veículos sinistrados. Cobertos por uma apólice diferenciada, estes veículos poderão ser reparados pelas seguradoras com peças de desmanches regulamentados e peças de marcas paralelas. O seguro também poderá cobrir indenização por furto e roubo, além de perda total, como as apólices convencionais. Trata-se, portanto, de um seguro voltado a carros com mais de cinco anos de fabricação, que já não são mais amparados pela garantia de fábrica e têm valor de mercado inferior.

A primeira seguradora a oferecer esse tipo de seguro popular será a Azul, marca do grupo Porto Seguro, inicialmente apenas na região metropolitana de São Paulo. A modalidade será exclusiva para veículos com cinco anos de uso ou mais — embora as normas da Susep não estabeleçam idade mínima do veículo. A comercialização do seguro popular da Azul começará em duas semanas e certamente será seguida por outras seguradoras — afinal, estamos falando de um segmento totalmente novo a ser explorado.

Você faria um seguro popular, mesmo que isso signifique reparar seu carro com peças não-originais?