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Câmara aprova novo teto de R$ 200.000 para versões PCD
Você talvez lembre de como o segmento PCD influenciou as vendas de SUV nos últimos anos. Alguns modelos, como o Hyundai Creta, o Citroën C4 Cactus e o Nissan Kicks tinham quase metade do seu total de vendas concentrado nesta categoria.
O problema é que as isenções deste segmento PCD são baseadas em um teto de preço estabelecido por lei — assim como as regras para os descontos. Recentemente ele já foi aumentado de R$ 70.000 para R$ 140.000 devido à inflação do mercado, mas agora, um projeto de lei quer alterar esse teto novamente, elevando-o para R$ 200.000, além de manter a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
O projeto também pretende ampliar a isenção para itens de adaptação dos veículos para PCD, e estender o benefício às pessoas com deficiência auditiva . Em 2020 o STF concluiu que houve omissão do poder público ao excluir os deficientes auditivos na lista de aptos ao benefício da isenção do IPI, determinando que o Congresso tomasse as medidas necessárias.
Com a aprovação da C6amara dos Deputados, o projeto agora segue para o Senado Federal, onde deverá ser aprovado e encaminhado para a presidência da república, que também deverá sancioná-lo.
Agora, tudo isso, como já sabemos, abre margem para a má-utilização da lei — falamos sobre isso aqui. Mas, ao mesmo tempo, a procura dos carros com isenção de impostos é um exemplo prático de como eles poderiam ser mais baratos sem a carga tributária pesada, imposta sobre os automóveis. Tal exemplo já aconteceu anteriormente com a simples isenção geral do IPI, no início da década passada, quando tivemos o recorde histórico de produção e vendas.
Diante disso, não seria mais prático isentar o setor inteiro dos impostos — ou ao menos revisar a carga tributária? Ou seria pedir demais? (Leo Contesini)
Jonathan Ward da Icon participou do desenho do Ford Bronco
A Icon (icon4x4.com) é um oásis de entusiasmo pelo automóvel como expressão artística-funcional. Uma empresa que não apenas restaura carros antigos impecavelmente no idioma restomod; é também uma empresa de Design, e de engenharia, que basicamente refaz carros mundanos antigos, como se fossem eles um Rolls-Royce ou Bugatti dos anos 1930: com tudo do bom e do melhor em componentes, materiais, engenharia e design. Sem olhar o preço, literalmente.
Os mais conhecidos produtos da marca californiana são o Icon FJ, baseado no Toyota Landcruiser que conhecemos aqui como Bandeirante, o Icon TR, baseado na picape Chevrolet de 1947 a 1952, e finalmente o popular o Icon BR, um Bronco de primeira geração com mecânica moderna e o potente Ford Coyote V8 oriundo de Mustang moderno.
O dono da empresa, Jonathan Ward, é reconhecido como um designer de extremo bom gosto, um entusiasta do fora de estrada como poucos, e profundo conhecedor desses três modelos que modifica. A Ford, ao recriar o seu novo Bronco, percebeu que a experiência e conhecimento do antenado Ward seria útil para este projeto. Sabemos disso agora, pela boca de Jonathan Ward himself.
No seu canal no Youtube, Ward regularmente, além de mostrar seus carros antes de entregá-los aos felizardos compradores, faz também alguns filmes sobre o que acontece na fábrica, os “Shop tours”. E o de 2021, que estreou em 24 de novembro, veio com uma novidade. Ao entrar na oficina, depara-se com um Bronco moderno. Diz ele: “agora eu posso dizer finalmente, publicamente, como fiquei feliz em ter participado deste projeto com a Ford. Eu trabalhei no time de design deste carro desde 2016, prestando consultoria em muitos aspectos dele.”
Muito bem, Ford! Não é à toa que o carro é tão legal. Ward já está modificando o seu Bronco pessoal, e certamente saberemos mais dele, e de sua perticipação no projeto, no futuro. Mas está aí a prova de que, quando uma empresa está realmente interessada em fazer algo legal, consegue. É só ter a humildade de perguntar o que deve fazer para as pessoas certas. (MAO)
Morgan mostra desenhos possíveis do novo 3-rodas
Existem poucos carros no mundo tão incrivelmente interessantes, e até iconoclastas, nessa época maluca de carros gigantescos que vivemos, quanto o Morgan 3-Rodas. O triciclo tradicional da marca, você vai se lembrar, foi descontinuado por causa de legislações de emissão, mas um novo está em projeto, com motor três cilindros Ford, aspirado, um motor de automóvel agora, e não mais o V-twin S&S baseado nas Harley-Davidson.
Ontem, a empresa mostrou um teaser do novo triciclo, em um vídeo no Youtube. O vídeo é um pouco abstrato, mostrando vários esboços tirados das pranchetas da equipe de design de Morgan. As ilustrações mostram uma variedade de designs de triciclos, em caminhos os mais variados possíveis, mas todos interessantes. Nenhum esboço mostra o carro final, claro, embora muitos contenham alguns elementos-chave de estilo que a empresa revelará com o novo veículo de três rodas em 2022. Mal podemos esperar. (MAO)
Toyota GR Yaris H2: o Hot-Hatch movido a hidrogênio do futuro?
Se depender da Toyota o automóvel como conhecemos não acaba nunca. O Toyota GR Yaris H2 é um conceito movido a hidrogênio, com motor de combustão interna, o mesmo amado hatch com tração nas quatro rodas da marca, apenas movido a hidrogênio ao invés de gasolina. Ele foi mostrado num fórum anual da Toyota, durante o qual o fabricante japonês reforçou fortemente seu compromisso com o desenvolvimento do trem de força a hidrogênio como uma alternativa à eletrificação total.
A Toyota vem testando a tecnologia de combustão de hidrogênio há vários meses, usando um carro de turismo Corolla ligeiramente modificado – que usa uma versão movida a hidrogênio do turbo de três cilindros de 1,6 litros do GR Yaris – na série japonesa de corridas Super Taikyu.
A tecnologia de combustão de hidrogênio, diz a Toyota, permite que os carros tenham emissão zero de forma relativamente acessível, pois permite que os fabricantes explorem “o know-how existente em motores de combustão interna e o investimento em fabricação”. Traduzindo: os mesmos carros e motores de hoje, outro combustível, zero emissão.
Isso é literalmente música para nossos ouvidos. A Toyota continua mostrando que amar automóveis, e não apenas o negócio automóvel, ainda é um caminho viável, mesmo para um dos maiores fabricantes do mundo. (MAO)