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Zero a 300

O “Aston Martin mais sustentável já criado” | Ranger Raptor no Brasil e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

Conheça o indefinível Callum Skye

A primeira coisa que você deve saber sobre Ian Callum é que ele é não só um designer famoso, mas um de nós: um entusiasta do automóvel. Como designer suas credenciais são impecáveis: seu desenho para o reinício da Aston Martin nos anos 1990, o DB7, teve tanto sucesso que até hoje é reinterpretado ad infinitum pela marca; ainda assim o original parece mais belo.

Por muito tempo foi o designer-chefe da Jaguar, mas em certo ponto, decidiu partir para trabalhar de forma independente. Depois de deixar a Jaguar em 2019, Callum fundou uma empresa chamada, surpresa, “Callum”, junto com vários outros ex-executivos da JLR. O primeiro projeto da empresa foi uma versão restomod do Aston Martin Vanquish original (outro design original de Callum), em 2020. Desde então, a empresa funcionou como subcontratada para a indústria, seus projetos todos secretos.

Agora está se preparando para lançar um veículo totalmente novo com sua própria marca: o extraterrestre carro elétrico off-road que você pode ver nas imagens renderizadas de divulgação: é o Callum Skye. O nome é homenagem à ilha escocesa homônima.

O carro terá um chassi spaceframe, tração nas quatro rodas e grande capacidade off-road. O curso de suspensão é de nada menos que 550 mm, e o vão livre é de 350 mm. O carro vai medir mais de 4 metros, e é um cupê 2+2. Sim, bem esquisito.

Callum diz que não adianta colocá-lo em nenhuma categoria conhecida: “Gosto da ideia de que não é possível categorizar isso”, disse ele à Road and Track americana. “É um pouco como o i-Pace nesse aspecto; as pessoas terão que decidir o que pensam que é. Sei que terá uma capacidade off-road que não está muito longe de alguns dos melhores off-roaders, mas nós também queremos que seja um carro urbano.”

A carroceria será feita de “material compósito”, provavelmente fibra de carbono. A suspensão será totalmente independente, com duas opções de articulação diferentes para permitir aos compradores escolher mais ou menos distância ao solo.

A bateria de íons de lítio é de 42,0 kWh, embora também esteja planejada uma alternativa de carregamento ultrarrápido capaz de ser totalmente reabastecida em apenas 10 minutos. O peso deve ser 1150 kg, o que parece ótimo para um jipão elétrico (ops, desculpa seo Ian, para uma “coisa indefinível”), mas ainda é só um desejo: nenhum carro foi construído ainda. A distribuição de peso tem objetivo de 50/50, outro alvo difícil de atingir com precisão no mundo real. Ainda não se disse nada sobre potência, mas o objetivo de 4 segundos no 0-100 km/h indica pelo menos 300 cv com este peso.

O plano é construir o Skye na fábrica da Callum em Warwick, Inglaterra, ao ritmo de cerca de um por semana, embora as entregas aos clientes só comecem em 2025. Ainda não há uma palavra oficial sobre o preço, mas você pode apostar sua Ghutra que não vai ser barato. O plano atual de Callum é vender o Skye na Europa, embora o custo e o esforço adicionais da aprovação federal para os EUA estejam sendo considerados. (MAO)

 

O “Aston Martin mais sustentável já criado”

Sua coleção de carros com mais de 300 veículos está segura em um complexo climatizado do lado de sua casa, mas você precisa de um carro elétrico para andar por Londres quando passa tempo por lá? Não quer algo moderno por achar que não combina com o lugar? Não quer parecer menor que seus semelhantes, que enchem as garagens que você frequenta com clássicos Rolls-Royce e Bentleys, impecavelmente mantidos pelos seus chauffers particulares? Mesmo tendo sua fortuna vindo da exploração de petróleo, em Londres quer passar uma imagem de pessoa moderna, atunada com a gente bonita do lugar? Não tema, caro sheik confuso: temos um carro perfeito para você.

Trata-se do “Aston Martin mais sustentável já criado”, diz a empresa que o criou, a Lunaz. Este DB6 perdeu seu magnífico motor de seis cilindros em linha Tadek Marek; agora é um carro elétrico. E não só isso, claro: você vai poder mostrar mais coisas para a jovem modelo inglesa que acabou de conhecer.

O interior faz uso generoso de materiais sustentáveis. Por exemplo, o painel frontal do painel, a alavanca de câmbio usam um material compósito biodegradável considerado totalmente natural e compostável. É feito de cascas de ovos e nozes descartadas combinadas com um aglutinante biodegradável. Além disso, foram utilizados materiais renováveis à base de plantas num tecido de poliuretano de base biológica para cobrir as placas das portas.

Depois, há o estofamento, que utiliza uma combinação de algodão reciclado, poliéster, rayon e náilon sem quaisquer produtos químicos nocivos. Subproduto da produção de cidra, suco e compota para bebidas, o bagaço de maçã foi usado no acabamento de couro dos assentos, placas das portas e forro do teto. Lunaz menciona que os tapetes utilizam náilon regenerado na parte superior e garrafas plásticas recicladas na parte inferior. Algumas das outras superfícies são cobertas com o “couro com menor teor de carbono do mundo” como um subproduto completamente biodegradável da indústria da carne.

Resumindo: o interior é feito todinho com lixo. OK, reciclado, mas ainda assim, lixo. Que chique! Será que se deixado ao sol árabe um dia inteiro vai continuar cheirando bem? Melhor deixar o carro em Londres mesmo.

O carro em si já é raro: o DB6 foi corrente de 1965 a 1970, e deve a maioria de sua fama justamente de seu interior chique, e o desempenho de Ferrari que vinha do glorioso seis em linha de 4 litros e 282 cv. Agora anda até melhor com 375 cv elétricos; e totalmente silenciosamente também. A Lunaz não especifica o tipo de bateria do carro, mas sabemos que a empresa tem pacotes para autonomia de mais de 400 km e suporte para carregamento rápido.

É claro que toda essa consciência ecológica politicamente correta não sai barato: estima-se preços começando em £650,000 (R$ 3.984.500), na Inglaterra. Mas o que é dinheiro né? Você bombeia do chão quantidades inimagináveis dele todo dia: pode, definitivamente, “fazer a sua parte”, não? (MAO)

 

Conheça o sensacional interior do Bugatti Bolide

O Bugatti Bolide é o último carro da marca na atual plataforma do Chiron; um carro simplesmente superlativo e magnífico em tudo, se esquecermos por um momento a completa obscenidade do preço de qualquer Bugatti moderno.

O Bolide é limitado a 40 exemplares em todo o mundo e custa US$ 4,7 milhões na fábrica francesa, o que o torna um dos carros novos mais caros já construídos na história. Já está esgotado, claro; assim é a natureza deste tipo de coisa hoje. Agora a empresa finalmente mostrou imagens de seu interior; só podemos dizer uma coisa: barrabás!

O volante é um manche aeronáutico, em forma de um X estilizado, um desenho no tema das lanternas traseiras do carro. O painel digital em frente impressiona pela quantidade de informações: inclusive tempo de volta e gráfico de força G. deve funcionar bem em seu habitat natural, uma mesa de exposição rotativa… Tá bom, parei com as maldades.

Bugatti, afinal de contas, significa excesso hoje em dia, então este certamente é o mais Bugatti de todos os Bugatti. Existem quatro “saídas de escapamento” que se projetam do painel em ambos os lados do console; são, na verdade, saídas de ar-condicionado. Há também um conjunto de botões para funções básicas no console central, incluindo dois grandes botões vermelhos na base que dizem “Stop” e “Fire”. E não, não vou falar que “Fire” pode ser configurado para mandar mísseis para Israel; não seria de bom tom.  É só para ligar e desligar o carro.

Os bancos de competição estão fixados diretamente no chassis monocoque, o que ajuda a manter o peso baixo; os proprietários podem escolher entre quatro tamanhos diferentes, dependendo do tamanho de seus empregados (não consigo parar, desculpa). O volante e os pedais são ajustáveis, em vez dos bancos.

No todo, um sensacional e diferente interior, quase outra escultura, como é o exterior. Uma que é totalmente funcional, mas que provavelmente, nunca veremos funcionando. Uma pena. (MAO)

 

Ranger Raptor chega ainda este ano ao Brasil.

Em setembro passado, a Ford confirmou que seria lançada aqui no Brasil a Ranger Raptor, o que nos deixou excitados como uma menina pré-adolescente berrando coisas ininteligíveis  para a Taylor Swift. Mas logo toda aquela excitação passou, o ano foi acabando e… cadê a Raptor, Ford?

Agora, para acalmar os ânimos, a empresa voltou a falar dela. Não, não é lançamento ainda, nem detalhes técnicos: disse que a picape vem em dezembro. O equivalente à “calma, gente, tá chegando!”

A empresa só disse isso mesmo, dezembro, o que significa que provavelmente só veremos elas na rua em 2024.  O fabricante não deu qualquer detalhe sobre a Ford Ranger Raptor. Mas já sabemos o que esperar, olhando para ela em seu país de origem, a Tailândia: motor 3.0 V6 biturbo a gasolina, com algo em torno de 400 cv e 60 mkgf. Câmbio automático de dez velocidades, tração nas quatro rodas, suspensão alta de curso longo e pneus enormes, amortecedores FOX Racing com reservatório remoto.

Basicamente um desert-racer, uma picape para andar rápido (e dar gloriosos saltos no ar) em terreno acidentado. Um engole-quebra-molas, dejeto viário que infecta toda nossa malha feito um surto de Covid-19, mas que tem cura na forma de carros como esta Raptor.

“A Ranger Raptor é feita para quem quer o que há de mais avançado em performance todo-terreno. É um verdadeiro monstro das trilhas. Não há nenhuma picape da categoria que chegue perto dos atributos de desempenho que ela oferece para enfrentar os terrenos mais radicais do planeta. Assim como os demais modelos da Nova Ranger, ela chega para redefinir o padrão na categoria”, afirma Daniel Justo, presidente da Ford América do Sul.

Deve ser posicionada mercadologicamente como o topo da linha, acima da Ranger Limited 3.0 V6 importada da Argentina, que hoje é vendida por R$ 339.990 no Brasil. Cara, sim; mas mal podemos esperar. (MAO)