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Conheça o Lada Niva Sport
O Lada Niva, quem diria, ainda está em produção na Rússia. Lançado em 1977, o carro chegou a vir aqui para o Brasil nos anos 1990, e tem fãs por aqui. Claro que o carro atual vendido por lá não é o mesmo que tivemos aqui; há alguma evolução, ainda que pequena. Motor de 1,7 litros com injeção eletrônica, juntas homocinéticas na dianteira, novo interior. Esse tipo de coisa: nada radical, mas melhoria contínua clara.
Agora, o seu fabricante, a AvtoVAZ lançou uma nova versão do venerando jipe russo: o Niva Sport! Sim, um Niva, quem diria, com pretensões esportivas. E tem até um novo motor, a grande novidade aqui: ainda quatro em linha e 1,7 litro, tem cabeçote de 16 válvulas, e dá nada menos que 124 cv e 16 mkgf de torque.
É um aumento considerável se lembrarmos que o Niva normal tem 83 cv. E sim, o motor do Niva ainda é o mesmo projetado nos anos 1960 pela Fiat, um OHC, agora apenas com 1,7 litros e injeção eletrônica moderna. O novo de 124 cv? Não há informações ainda, mas supõe-se que é o mesmo motor, com novo cabeçote moderno.
Mecanicamente a transmissão não muda muito: continua 4×4 permanente e cinco marchas manuais com reduzida. Uma nova embreagem e sua carcaça parecem ser as únicas mudanças, além de uma “5ª marcha reforçada”. A Lada diz que o carro vem também com “configurações de suspensão e freio esportivas”, que supostamente dão ao Niva Sport uma vantagem na dinâmica de direção sobre seus irmãos mais humildes.
É fácil reconhecer o Sport por fora: principalmente pelos alargadores de paralama e novas rodas de 16 polegadas. Vem com um emblema vermelho Sport na grade de plástico, LEDs adicionais na frente e uma entrada de ar no capô. Os para-choques não são pintados na cor da carroceria, como nas versões “de luxo” do Niva; aqui para denotar alguma agressividade e robustez. A Lada diz que o carro é inspirado nos carros de competição da marca, como o que venceu recentemente o Transcontinental Silk Way Rally Marathon 2024.
Os bancos de estofamento preto vem com detalhes em vermelho, tema que se estende às costuras vermelhas no volante, painel de instrumentos, porta-luvas, e alavancas de câmbio. É equipado com ar-condicionado, espelhos elétricos e vidros elétricos, mas, denotando a idade do treco todo, nada de tela de infotainment no centro. Apenas uma abertura DIN para a instalação de algum aparelho aftermarket.
Será que ficará bom? Difícil saber. Só andamos nos Niva dos anos 1990 por aqui, e é impossível saber o quanto melhorou sem experimentar os novos, apesar de boas avaliações lá fora. Mas podemos dizer uma coisa: o Niva que tivemos aqui pode melhorar em muita coisa, sim, mas mais potência não nos parece ser uma delas. Andando no asfalto, é potente o suficiente para seu chassi.
Mas além de extremamente robusto, e de sua capacidade fora de estrada, uma coisa explica sua longa vida: é barato. A Lada ainda não revelou os preços do novo Niva Sport; na Rússia se especula que passará dos 2 milhões de rublos, equivalente a R$ 116.400. O Niva normal é bem mais barato que isso: começa em 981.000 rublos (R$ 57.094), e o mais equipado deles não passa de 1.485.000 rublos (R$ 86.427). A este preço, quem não gostaria de ter um? (MAO)
Conheça a Shineray Iron 250
A Shineray é um fabricante de motos sediado em Pernambuco, que vende motos de projeto Lifan chinês. Este início de ano, está lançando mais um modelo: a Iron 250. É uma nova Custom, na linha que já tem a Denver 250 e a Titanium 250.
O motor é um monocilíndrico de 250 cm³, OHC e com arrefecimento à líquido. Tem 27,67 cv a 9.000 rpm e 2,4 mkgf a 7.000 rpm. O câmbio é de 6 marchas e tem transmissão final por corrente. A moto pesa 180,4 kg em ordem de marcha, e a velocidade máxima, segundo a marca, é de 125 km/h.
A moto é baixa com um assento a 710 mm do solo; o entre-eixos é de 1500 mm e vem com rodas de 16 polegadas na dianteira e 15 na traseira, e pneus nas medidas 110/90 e 130/90, respectivamente. Vem com ABS, e freios a discos nas duas rodas, 280 mm de diâmetro na frente, 240 mm atrás. mas a suspensão traseira é de dois amortecedores. O tanque tem capacidade de 14 litros, e os cavaletes central e lateral são equipamento básico.
A moto faz uma boa imitação de Harley em miniatura, especialmente via seu painel no tanque de combustível; este painel vem com conta-giros analógico e tela LCD multifunção; portas USB e USB-C fazem parte do pacote. As pedaleiras do piloto podem ser do tipo plataforma, e a ignição da moto é acionada pela lateral, seguindo tradição da espécie. O farol dianteiro é quase idêntico ao da Harley-Davidson Fat Bob, e o banco tem dois degraus como convém neste tipo de coisa.
A moto começa a ser vendida a partir de 13 de janeiro, nas cores branca, cinza, preta e vermelho fosco. Seu preço público sugerido é de R$ 21.990, sem frete. (MAO)
BYD faz superesportivo que pula obstáculos feito Mach 5
Alguém por favor proíbe a exibição de desenhos animados do Speed Racer na BYD! Depois de um SUV gigante que é também anfíbio, agora a BYD anuncia que o seu superesportivo YangWang U9 pode pular obstáculos, e nem precisa de piloto para isso. Diferente do Mach 5, que usava seus macacos embutidos para realizar o feito (o que fisicamente nos parece impossível no mundo real), o YangWang U9 usa sua suspensão para pular obstáculos.
O YangWang U9 é um carro esporte elétrico com 1305 cv e quatro motores, capaz de passar dos 390 km/h, vendido por enquanto só na China, a 1,68 milhões de yuans (R$ 1.411.200). Sua suspensão Disus X já foi mostrada antes fazendo o carro dançar e até andar em 3 rodas; o pulo é a mais nova forma de atuação dela a ser mostrada. Esta suspensão Disus-X é uma forma avançada de suspensão a ar controlada eletronicamente, que fornece controle de movimento vertical, lateral e longitudinal complexo. O salto exibido usa exclusivamente da potência cinética da suspensão.
O filme promocional mostra o carro acelerando forte e silenciosamente da imobilidade até 120 km/h antes de saltar sobre uma cratera cheia de água no solo. As rodas dianteiras saltam primeiro, depois as traseiras seguem, fazendo literalmente o carro voar. No vídeo ele faz isso por três vezes, ultrapassando buracos, estrelas de metal pontudas, e um arco-íris de areia colorida. O carro pode saltar sobre obstáculos de até 4 metros a uma altura de 35 mm, e nem precisa de motorista: fez tudo isso sozinho, com direção autônoma.
Ele fará isso sob comando do motorista? Ou só de forma autônoma? É permitido saltar obstáculos nas ruas? E se a velocidade não for suficiente? Muitas perguntas aqui, mas sem respostas. É realmente impressionante, embora a utilidade real do negócio seja meio duvidosa.
O que esta incrível suspensão ainda não conseguiu fazer foi ajudar o carro a bater o Porsche Taycan Turbo GT e o Xiaomi SU7 Ultra em Nürburgring, apesar de várias tentativas. Mas não importa: na briga por feitos épicos esses dois podem dizer que são mais velozes numa pista alemã antiga: o único que pode dizer seriamente que voa é o YangWang U9.
O que falta acontecer? Porsche contatar Pops Racer para sua engenharia? Chimpanzé no porta-malas? Jisuis! (MAO)
O novo painel dos BMW
Um cara pode dizer que o início do declínio da BMW como marca entusiasta, e sua inexorável marcha para se tornar criadora de carros normais tecnologicamente avançados mas sem graça como picolés de chuchu começou com o lançamento do iDrive em 2001. Odiado pelos entusiastas, mas aparentemente abraçado pelo resto da população, o “mouse” rotativo no console mudou a marca.
Agora, a marca mostra o futuro do iDrive. O novo sistema abandona a tendência de telas cada vez maiores, joga fora o painel de instrumentos e coloca mais informações no para-brisa para que o motorista possa vê-las rapidamente. É chamado de Panoramic Vision (Visão Panorâmica) e será equipamento básico em todos os modelos BMW Neue Klasse.
O Panoramic Vision abandona o layout convencional dos modelos atuais da BMW. O carro não tem um painel de instrumentos, e em vez disso, os elementos são projetados em uma única tela na base do para-brisa que vai de um lado ao outro do carro. É como um heads-up display gigante. O display central é uma tela sensível ao toque em formato de paralelogramo, e tudo é gerenciado pelo novo “Sistema Operacional X” da BMW, baseado em Android.
O Sistema Operacional X também é o principal facilitador do novo sistema. O volante pode parecer confuso, com muitos comandos, à primeira vista, mas essas funções só são iluminadas quando estão realmente disponíveis. Se você estiver recebendo uma chamada, por exemplo, os botões para aceitar ou rejeitar acenderão. Caso contrário, eles estarão completamente desligados.
Como o motorista não precisa mais olhar através do volante para ler os instrumentos, a BMW fez o volante de desenho diferente, que muita gente disse parecer estar de ponta-cabeça. O volante parece ser a interface de comando para tudo, junto com a tela central: não existe mais o botão iDrive, nem interface por gestos.
Vai funcionar bem? Vamos ter que esperar o novo Neue Klasse aparecer em produção para avaliar. Mas parece… bem, meio Tesla, meio Chinês. Não? (MAO)