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Hyundai celebra 10 anos de produção no Brasil
A Hyundai está há muito mais de 10 anos no Brasil, claro: vieram nos anos 1990 por meio da CAOA. Mas esta história de lado, parece incrível que a fábrica da marca em Piracicaba já completa dez anos de idade.
A Hyundai Motor Brasil aproveitou a efeméride para abrir a sua nova fábrica de motores na planta de Piracicaba, no interior de São Paulo. O novo anexo fica junto da linha de produção dos modelos HB20 e Creta e terá capacidade para fabricar 70 mil motores por ano.
A Hyundai diz que foram investidos R$ 500 milhões em Piracicaba para a construção da nova fábrica de motores. Um total de 256 novos funcionários produzirão agora os motores 1.0 Gamma aspirado e 1.0 TGDI turbo na linha de montagem. É a primeira fábrica de motores da marca na América Latina, de um total de apenas 13 em todo mundo.
O anúncio ocorreu nesta terça-feira, dia 20, aniversário da planta de Piracicaba. Sim, foi em 20 de setembro de 2012 que o primeiro Hyundai HB20 brasileiro ficava pronto. A fábrica opera hoje em três turnos, e tem uma capacidade de produção 210 mil veículos/ano, hoje HB20 sedã e hatch, e Creta. Já são mais de 1,7 milhão de Hyundais piracicabanos. Parabéns à marca e aos brasileiros que trabalham nela, ao atingir este importante marco! (MAO)
Mitsubishi ASX é um Renault Captur com outro nome, na Europa
“Badge Engineering”. Um termo inventado pelos americanos, que por muito tempo foram os mestres nesta atividade. Consiste em se mudar o nome e a marca de um veículo qualquer, mudando tão somente os logotipos (“Badge”). Toda indústria de massa já fez isso uma vez ou outra, por mais que pareça algo moralmente questionável; é só uma daqueles fatos da vida.
Anda em desuso, claro; com a Internet pronta a fazer piada de tudo imediatamente, e acesso imediato a informação, ficou mais difícil do engodo passar desapercebido. Mas ainda existe, não tenha dúvida disso.
Vejam o carro que acaba de ser lançado na Europa: o novo Mitsubishi ASX. Demorou exatamente 0,1 microssegundos para que o primeiro sujeito inconveniente gritasse: É um Captur!!!
Não o nosso Captur; o francês, que é diferente. Mas ainda assim, é um exemplo clássico de engenharia de logotipo: até as rodas e motores são os mesmos. Sim, a Mitsubishi usa as mesmas opções de motores da Renault, que vão de 91 a 159 cv, com opções de híbridos plug-in e somente a gasolina.
Por dentro também é o mesmo carro, ainda que com logotipos Mitsubishi, inclusive nas telas digitais. Atrás do volante, os clientes podem optar por um painel digital de 10.25 polegadas com navegação 3D e que é totalmente personalizável. Uma tela de sete polegadas também está disponível, a um preço mais baixo, eno carro básico, mostradores analógicos.
Da mesma forma, o infotainment também é customizável no ato da compra. Uma tela de formato paisagem de sete polegadas ou uma tela de orientação retrato de 9,3 polegadas são as opções, e ambas tem Apple CarPlay e Android Auto conectáveis sem fio.
Um Renault Mitsubishi interessante, mas nada original ou exclusivo. As vendas começarão em março de 2023 na Alemanha outros mercados europeus. (MAO)
RENNtech mostra restomod de Mercedes-Benz 600 SEL W140
Agora este papo todo de restomod está ficando realmente interessante. A RENNtech é um dos tradicionais tuners especializados em Mercedes-Benz; mas apesar do dono e fundador ser alemão (foi fundada em 1989 por Hartmut Feyhl), a empresa é americana. E agora está mostrando um restomod realmente interessante, baseado num clássico sedã da marca: o classe S W140.
Corrente de 1991 a 1998 apenas, e na realidade um grande fracasso comercial, de qualquer forma o W140 é considerado hoje o último Mercedes-Benz tradicional, da era em que os engenheiros ditavam como seria o carro, e não o mercado, ou as considerações financeiras. O W140 é então um classe S como nunca mais se viu: complexo, enorme, potente e construído com tanta solidez que parece esculpido a partir de um bloco sólido de mármore negro. Uma lenda.
Como não se pode mais comprar um carro assim zero km, a RENNtech, no estilo hoje em voga com o nome restomod, reconstrói um modelo usado, ao mesmo tempo que traz sua tecnologia para 30 anos no futuro, até 2022.
Chama-se RENNtech S76R. Começando com o enorme sedã V12 600 SEL de 1992, a empresa começa pelo motor Mercedes M120 de 6,0 litros V12. Tanto o curso quanto o diâmetro dos pistões são aumentados para se chegar a 7,6 litros. Os novos componentes internos incluem bielas de titânio e comandos AMG. Os cabeçotes são preparados, as molas de válvula e retentores são de titânio, e todos os injetores são trocados por outros mais modernos e de maior vazão.
O motor respira através de caixas de ar de admissão da RENNtech, e o escapamento é de aço inoxidável com quatro silenciadores. São 615 cv a 5.500 rpm, um aumento considerável aos já saudáveis 400 cv originais. O torque é de 97,2 mkgf entre 4.250 e 4.500 rpm, e a transmissão agora é uma automática de cinco marchas mais moderna, com um diferencial autoblocante traseiro. Assim equipado, este leviatã de 2,2 toneladas chega a 100 km/h em 5 segundos a caminho da máxima de 250 km/h.
Os freios agora são discos de carbono-cerâmica que medem 15,83 polegadas na frente com pinças de seis pistões e 14,17 polegadas e quatro pistões na traseira. A suspensão tem molas helicoidais mais baixas e a Renntech adiciona um sistema de amortecimento adaptativo de segunda geração.
Por fora, poucas modificações. A RENNtech adiciona seu splitter dianteiro, spoiler no porta-malas e molduras laterais. O sedã tem rodas de alumínio forjado de 19 x 9 polegadas na frente e 19 x 10,5 polegadas atrás, com pneus Michelin Pilot Sport 4 S.
O interior permanece com aparência original, mas adiciona algumas atualizações modernas. Há novos bancos, e grande parte dos acabamentos é de fibra de carbono, e o forro de teto é Alcantara. A empresa substitui o banco traseiro original por duas cadeiras ajustáveis individualmente. O estéreo agora é compatível com smartphone.
Por enquanto existe somente um S76R, mas uma cópia pode ser encomendada. Como é praxe nesses casos, não é divulgado o preço; para os clientes em potencial, não é uma informação importante. (MAO)
Alpina mostra XB7 revisado de 630 cv
A Alpina hoje é parte da BMW; funciona como uma M-division, mas voltada mais para o luxo nas estradas que para as pistas de competição. Cobra preços altos, tem mais opções de personalização, mas é um modelo BMW, desenvolvido junto com todos os outros de uma determinada carroceria e/ou modelo.
Assim foi com o novo BMW X7. A versão Alpina chama-se Alpina XB7, e é um monstro gigante e luxuoso como poucos outros. O design controverso da frente do X7 permanece praticamente inalterado, o que significa que há um par de faróis divididos em torno das enormes grades em forma de rim. Mas o para-choque exclusivo da Alpina dão ao SUV uma aparência mais agressiva e, na parte traseira, há um par de tubos de escape redesenhados integrados perfeitamente ao para-choque.
As rodas são imensas com 21 polegadas, envoltas em pneus 285/45R21 dianteiros e traseiros. Há um conjunto opcional de 23 polegadas. Ambas tem o clássico desenho de turbina da Alpina, com a válvula de ar no centro. A Alpina colaborou com a Pirelli para um conjunto de pneus exclusivos medindo 285/35R23 na frente e 325/35R23 atrás. Pinças de freio de quatro pistões da Brembo aparecem por trás das rodas na frente.
O motor é o novo V8 biturbo BMW de 4,4 litros (S68) com tecnologia mild-hybrid. Após extensas modificações feitas pelos engenheiros da Alpina, agora desenvolve 630 cv. O pico de torque é de 81 mkgf, disponível de 1.800 rpm até 5.600 rpm. A potência chega às quatro rodas por meio de uma caixa automática de oito marchas com paddle shifters montados no volante.
Este enorme mastodonte de mais de 5 metros e duas toneladas e meia, e uma área frontal que deve rivalizar o de uma casa pequena, é então capaz de incríveis feitos de velocidade. O 0-100 km/h não passa muito de 4 segundos, e a velocidade máxima é de 290 km/h. O quarto de milha, pasme, leva só 12,4 segundos.
O novo XB7 custa a partir de US$ 145.000 (R$ 752.550) nos EUA. As primeiras entregas estão previstas para os primeiros meses do próximo ano. (MAO)