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Caterham comemora 20 anos do chassi CSR
O Caterham CSR foi criado há vinte anos, como o mais radical dos Seven. Basicamente, um carro totalmente novo, mas com a aparência, e o princípio do spaceframe tubular, iguais ao do Seven normal. Era maior, com mais bitola, e suspensão independente traseira. O chassi, mais rígido e maior, o fazia ligeiramente mais pesado, mas ainda leve aos 575 kg. Equipado com várias versões do Ford Duratec de dois litros, sempre foi o mais sofisticado e caro dos Seven.
Agora o Caterham CSR está comemorando 20 anos de idade. A edição comemorativa, chamada Seven CSR Twenty, é o Caterham mais caro já feito, com um preço inicial de £ 79.995 (R$ 591.963). Vem com o “interior mais premium da Caterham até agora”.
Vem com rodas de liga leve Vulcan de 15 polegadas exclusivas da CSR com pinças de freio vermelhas. O modelo também recebe faróis e lanternas traseiras de LED e oferece a opção entre dois tons externos – Kinetic Grey e Dynamic Silver – combinados com gráficos contrastantes.
A Caterham diz que o interior deste Seven é “inigualável em termos de qualidade e acabamento”. Os assentos são estofados em couro Muirhead premium com inserções de Alcantara, com costuras vermelhas e logotipos CSR Twenty nos encostos. O painel tem acabamento de carbono acetinado, e instrumentos da edição CSR Twenty. O volante Momo e o túnel central são revestidos em couro, enquanto o câmbio e o freio de mão são revestidos em Alcantara. Por fim, há uma placa numerada entre os assentos, significando a natureza limitada deste Seven.
Um cara pode imaginar que um carro desses, que não tem um teto que realmente veda chuva, fica melhor com interiores sem tecidos, a impermeabilidade e facilidade de limpeza mais desejável que luxo. Mas talvez existam compradores que só andam em domingos de sol; a empresa deve saber mais disso do que nós. E o acabamento de luxo parece ser impermeável pelas fotos. Tomara!
O motor continua o Ford Duratec de quatro cilindros e dois litros aspirado do Seven 420, produzindo 213 cv e 21 mkgf de torque. A potência é transmitida às rodas traseiras por meio de uma caixa de câmbio manual de cinco velocidades. O CSR faz o 0-96 km/h em 3,9 segundos e chega a 220 km/h.
Bob Laishley, CEO da Caterham Cars, disse: “Este é sem dúvida o Seven mais premium que já construímos. O interior do carro está um nível acima do que produzimos antes, graças a uma variedade de materiais de alta qualidade usados em todo o carro. Quando você combina isso com o comportamento estimulante e envolvente do nosso chassi CSR, este é realmente um Caterham construído para viagens rodoviárias de longa distância.” Uma afirmação que cola somente para quem nunca andou neste carro aberto, certamente. O Caterham pode ser tudo, menos confortável.
A Caterham construirá 20 unidades do Seven CSR Twenty para o mercado do Reino Unido e outras 20 unidades para o mercado dos EUA, totalizando 40 carros. A edição especial é a primeira a ser fabricada na nova fábrica da Caterham em Dartford, no Reino Unido. (MAO)
Dodge Charger a gasolina deve ser adiantado
O novo Dodge Charger foi lançado apenas como um elétrico; versões a gasolina iriam aparecer mais tarde. Mas se os boatos da indústria estiverem corretos, o motor de seis cilindros em linha pode chegar antes do planejado originalmente, com uma meta de lançamento revisada para meados de 2025. O plano inicial era para o fim de 2025.
Mas o mar não anda bom para este tipo de peixe, sabemos. Uma reversão brusca parece estar em andamento. De acordo com a Mopar Insiders, a Dodge adiantou a introdução do Charger a gasolina em cinco meses. As mesmas fontes sugerem que a Dodge já montou mulas de teste do Charger na Windsor Assembly Plant, indicando que a produção piloto pode começar já em dezembro de 2024. Se tudo correr conforme o planejado, os primeiros exemplares podem chegar às concessionárias dos EUA no meio de 2025, em vez de no final do ano.
O motivo é óbvio: a adoção de EV é mais lenta do que o esperado, particularmente no segmento de muscle cars, que continua firmemente ligado ao apelo visceral da combustão interna. Os concessionários da Dodge também estão pressionando fortemente para que o Charger a gasolina aconteça o mais rápido possível. O fato é que a marca precisa de um carro que venda bem rapidamente. Como vendiam bem os antigos Charger e Challenger.
O Dodge Charger a gasolina se chamará Sixpack, uma alusão ao fato que agora será seis cilindros e não mais V8. O motor será o potente Hurricane de seis cilindros em linha biturbo de 3,0 litros, oferecido em duas versões: 426 cv e 558 cv. Embora seu estilo permaneça amplamente consistente com o EV Charger Daytona, a versão ICE se destaca com alguns toques leves, incluindo entradas extras no para-choque, um capô protuberante e, claro, escapamentos duplos. E, invisível mas óbvio para todos, uma alma.
Enquanto isso, a Dodge já começou a receber encomendas do Charger Daytona elétrico a partir de meados de setembro de 2024, com preços a partir de US$ 59.595 (R$ 342.075). As primeiras entregas estão programadas para até o fim deste ano; mas tudo indica que haverá atrasos.
Desejamos boa sorte a Dodge, mas será que alguém trocará Mustang V8 por Charger seis em linha? A Ford devia aproveitar a chance e lançar um sedã Mustang de quatro portas. Tenho até um nome bom para sugerir: Torino. Não, não o chame de Mustang. Apenas o faça bonito e baixo como um, e com outro nome legal de sua história. A chance está aí, para pegar os órfãos do antigo Charger 4-portas, e todos os departamentos de polícia americanos que existem. Hashtag fica a dica. (MAO)
Conheça a Moto Guzzi V100 Mandello 2025
Mandello é um nome que aqui no Brasil soa perto demais de um certo apelido da genitália masculina, mas se sua mente não é tão suja, é um nome legal; é na verdade em homenagem à lindíssima cidade de Mandello Del Lario, no lindíssimo lago de Como, na lindíssima Itália. A cidade é onde fica a sede da Moto Guzzi; uma fábrica localizada basicamente num lugar tão maravilhosamente maravilhoso como a Passárgada, o Valhalla, o Paraíso de Adão.
A cidade é parte integrante da lenda da Moto Guzzi, um dos mais importantes fabricantes italianos de motocicleta. E o V100 Mandello, seu principal produto hoje. Lançado inicialmente em 2021, a moto trouxe o novo motor DOHC arrefecido a líquido da empresa. Agora, para 2025, a linha V100 também foi expandida para três modelos: a V100 Mandello, a V100 Mandello S e a nova edição especial V100 Wind Tunnel, todos baseados no motor V-twin de 1.042 cm³.
O motor mantém seu diâmetro de 96 mm e curso de 72 mm, bem como seus 115 cv e 10,7 mkgf de torque; sua aerodinâmica semiativa (a primeira motocicleta de produção a ter tal sistema), que ajusta as aletas montadas no tanque dependendo da velocidade e do modo de pilotagem; e seu conjunto eletrônico, com ABS sensível à inclinação e controle de tração via ride-by-wire.
O quadro é tubular de aço e suspensão Kayaba, que é ajustável manualmente para amortecimento de retorno e pré-carga da mola. Para 2025 há melhorias na transmissão e a adição de uma proteção central do radiador, ambas as quais apareceram pela primeira vez no modelo Stelvio do ano passado.
A nova V100 Mandello S vem com suspensão semi-ativa Öhlins, um quickshifter, manoplas aquecidas e a plataforma multimídia Moto Guzzi MIA. Vem também com o sistema PFF Rider Assistance Solution, uma plataforma de tecnologia baseada em radar que apareceu pela primeira vez na Moto Guzzi Stelvio, e desenvolvida pela Piaggio Fast Forward, a empresa de robótica fundada pela Piaggio em 2015. O sistema também inclui espelhos retrovisores com luzes LED integradas, que iluminam para alertar sobre perigos potenciais.
A Guzzi também lançou um novo modelo de edição especial para 2025: a Moto Guzzi V100 Mandello Wind Tunnel, uma moto criada para celebrar o 70º aniversário do túnel de vento da marca, que a tornou pioneira em aerodinâmica na década de 1950. O túnel de vento ainda é um ícone arquitetônico da fábrica em Mandello, encravado na montanha, apesar de fora de uso. Permitiu a empresa inovar e criar as primeiras carenagens completas tão comuns hoje em dia. Hoje é um local de peregrinação para os fiéis da marca, ao visitar Mandello Del Lario.
A Moto Guzzi V100 Mandello Wind Tunnel obtém a mais evocativa de todas as combinações de cores da Guzzi: vermelho sobre preto. Os tons mais escuros são aplicados à seção traseira e ao para-lama dianteiro, enquanto o tanque é envolvido por elegantes gráficos pretos na lateral e com bordas com detalhes dourados que captam o tom dos cabeçotes dos cilindros. A edição Wind Tunnel também vem de fábrica com a suspensão semi-ativa Öhlins Smart EC 2.0, plataforma inercial, ABS de curva e caixa de câmbio Quick Shift bidirecional, bem como a plataforma multimídia Moto Guzzi MIA, sensor de pressão de pneu TPMS e manoplas aquecidas. O radar traseiro PFF pode ser adicionado como opcional.
Os preços da linha 2025 ainda não foram divulgados, mas uma V100 Mandello 2024 custa nos EUA US$ 15.490 (R$ 89.687). (MAO)
Mazda diz que não fará sedã seis em linha RWD por sua culpa
A Mazda agora oferece SUVs 4×4 monobloco baseados numa arquitetura de tração traseira e seis cilindros em linha. Naturalmente, desde que esta plataforma foi criada e lançada, todo mundo pede para a empresa fazer um sedã/perua de tração traseira com ela. Um carro na categoria dos Accord e Camry, mas com motores de quatro e seis cilindros em linha tracionando as rodas certas. Não é pedir muito, vá. A faca e o queijo estão na mão.
Pois bem, aparentemente cansado de ouvir essa choramingação geral, um executivo da marca chamado Kohei Shibata disse à revista Drive da Austrália sobre este assunto:
“Pessoalmente, um sedã FR [motor dianteiro, tração traseira] seria um bom sonho para todos. Jornalistas sempre me dizem que você deveria fazer um sedã, mas o mercado é muito pequeno. Então, se… as pessoas começarem a comprar esse tipo de veículo, isso nos permitirá fazer esse veículo.”
Mesmo? É sério? Mais que se compra Camry e Accord? Toyota vendeu 290,649 Camrys em 2023, fazendo dele um dos 10 caros mais vendidos do mundo. O Accord vendeu no mesmo ano, somente nos EUA, quase 200 mil carros. Mais que isso?
Me parece mais que a Mazda não quer competir nessa faixa e só. Preguiça, medo, falta de autoconfiança, o que quer que seja o motivo, botou o rabo entre as pernas e desistiu. Mesmo o caro BMW 3-series vende coisa de 35 mil carros/ano, e ninguém fala em descontinuá-lo. Entre os populares Accord e Camry, e os chiques série 3, claramente há um mercado para uma ofeta diferente aí no meio. Mas não. Shibata-San quer que a gente compre mais sedãs. De novo, a gente é culpado, não o seu medo de fazer algo legal, só para variar.
Com o devido respeito: que vá plantar batatas. Agora também não queremos mais esse Mazda seis cilindros RWD, pode continuar tentando vender SUV que ninguém quer. E passar bem. (MAO)