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Zero a 300

O Escort Mk1 de volta! | BYD passa Ford | O novo Jaguar e mais!

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BYD ultrapassa Ford mundialmente; e vai produzir no Brasil

A BYD é o sexto maior fabricante mundial de automóveis no terceiro trimestre deste ano, vendendo mais veículos novos do que a Ford pela primeira vez em sua história. Ela pode até terminar o ano tendo vendido mais de 4 milhões de veículos e pode ultrapassar a Ford em todo o ano de 2024.

Durante o período de julho a setembro, a BYD vendeu 1,13 milhão de veículos, representando um aumento de 38% em relação ao mesmo período do ano passado e tornando-se o trimestre de maior sucesso da marca. A Ford vendeu aproximadamente 40.000 veículos a menos no mesmo período, caindo da sexta maior montadora para a sétima. A Ford estava mantendo uma liderança estreita no período de janeiro a setembro, tendo vendido 3,3 milhões de veículos globalmente, um pouco à frente dos 3,25 milhões enviados pela BYD.

Aqui no Brasil a empresa também parece estar em boa fase; e em breve se tornará uma empresa nacional. Como a gente sabe, a Ford fabricou carros no Brasil, e criou uma fábrica em Camaçari, na Bahia, mas deixou o país. Depois disso, a BYD a comprou a fábrica e agora, parece, já está quase pronta para produzir lá. Ah, como as coisas mudam.

A fábrica ex-Ford, em Camaçari

Em construção desde outubro 2023, a fábrica da BYD na Bahia está se aproximando do início das atividades, segundo a empresa; a chinesa prometeu um investimento de R$ 5,5 bilhões para começar a fabricar veículos elétricos e híbridos no Brasil. Agora, em mais um evento em Camaçari (BA), a marca informou quando o dinheiro começará a trazer resultados.

Os veículos “eletrificados” da BYD começarão a sair da linha de montagem nacional no início de 2025, mas ainda não se tem um dia específico para a inauguração da fábrica. O que se sabe é que a produção começará pelos modelos Dolphin Mini, que é 100% elétrico, e o Song Pro, um híbrido plug-in. A marca também confirmou planos para produzir híbridos flex por aqui. Como se isso fosse grande coisa, tendo-se já híbridos.Mas enfim, tá valendo.

A primeira vítima da eletrificação dos carros?

A fábrica terá capacidade de quase 150 mil unidades por ano. A empresa diz que não utilizará os prédios que eram da Ford, que serão destinados para os fornecedores se instalarem no local. Com a fábrica operando, a empresa diz que terá “preços ainda mais competitivos e, assim, gerar ainda mais oportunidades ao consumidor brasileiro de ter um carro elétrico na garagem.” A gente merece. (MAO)

 

Este é o novo Jaguar

Sim, o novo Jaguar da nova Jaguar 100% elétrica e de alto luxo, e propagandas impossíveis de se entender, vazou em imagens antes de seu lançamento oficial. Imagens postadas no fórum online Coche Spias são bem toscas, o que dá dúvidas da autenticidade, mas é tudo verdade.

Como esperado, é baixo, grande, e de capô longo, mesmo os elétricos não necessitando capô. Quando alguma dessas empresas vai fazer o cubo de transporte pessoal que esses carros, na verdade, são? Mas enfim, voltando ao carro, teve gente que viu um E-type em proporções; teve gente que viu uma onça vista de cima. Me perdoem por não expressar opiniões. Ainda não sei o que dizer sobre isso tudo, e prefiro esperar mais um pouco. Mas lembro que isso de lembrar do passado aqui é pecado; “copy nothing” e tudo mais. Mas vamos falar sério, copiar nada é impossível; as rodas teriam que ser quadradas para isso.

O conceito será oficialmente revelado na Miami Art Week durante a noite entre 2 a 3 de dezembro. Todo mundo quer saber como é, nem que seja para zoar; se era atenção que a moribunda Jaguar pretendia, sucesso. Alguns órgãos de notícia disseram que “sua silhueta monolítica e minimalista é definida por um capô longo, que lembra alguns dos modelos anteriores de maior motor da Jaguar e empresta ao conceito uma postura distinta de cabine traseira.” As colunas A são efetivamente invisíveis e as janelas laterais estreitam em direção à traseira.

Certamente vai precisar de câmeras porque não há janela traseira, como havia sido recentemente revelado pela Jaguar, e a traseira é dominada por um grande padrão de estilo de ventilação – sabe-se lá o motivo.

Além de sua aparência, pouco se sabe do carro. Esse pouco é: será 100% elétrico, terá mais de 575 cv e uma autonomia de aproximadamente 700 km. O preço será acima de £ 100.000 (R$ 769.000) na Inglaterra, posicionando-o como um rival do Porsche Taycan. Boa sorte com isso. (MAO)

 

O Escort Mk1 será produzido novamente. Sério.

A Boreham Motorworks, empresa apoiada pela Ford, reviverá o Escort Mk1 como um carro “totalmente novo”, com lançamento previsto para 12 de dezembro. Sim, você ouviu corretamente. Um Escort de tração traseira, dogbone, quase exatos 50 anos depois que o carro foi descontinuado.

O Escort original era como um Chevette, um sedã barato de tração traseira e comportamento divertido; foi um sucesso em rali como esses carros sempre são, inclusive o Chevette. Foi corrente de 1967 a 1975, e quando era novo, como o Chevette, já era dito “ultrapassado” por ter tração traseira. Quem é o ultrapassado agora, cara-pálida?

Evolução, não revolução: o nascimento do Ford Escort

O engraçado é viver o suficiente para ver o moderno ser esquecido e desprezado, e o ultrapassado e antigo se tornar novo de novo. Quem pode, realmente, prever o futuro? De qualquer forma, o novo Escort mk1 será equipado com motores a gasolina e terá câmbio manual e tração traseira; certamente será um esportivo.

O teaser do “novo” Escort

Imagens teaser divulgadas pela empresa mostram que será inspirado nos carros de rali, provavelmente, com rollcage e paralamas alargados. O Escort será o primeiro de uma série de carros de continuação “blueprint-accurate” construídos pela Boreham sob permissão da Ford. O que significa que provavelmente será um Escort Mk1 zero km. Não moderno, o antigo mesmo; só a mecânica provavelmente deve ser alterada.

Serão feitos com as mesmas especificações técnicas dos carros originais e terão até mesmo o número VIN correto dos Escort.  Além do Escort Mk1, a Boreham está desenvolvendo uma “remasterização” do carro de rali Ford RS200 Grupo B, que será construído do zero como uma criação “inteiramente nova”.

Ian Muir, CEO da empresa controladora da Boreham, o DRVN Automotive Group, disse à Autocar inglesa: “Na DRVN, entendemos que a verdadeira paixão automotiva vem da conexão entre motorista e máquina – um relacionamento forjado no som, na sensação e na resposta de um carro projetado para ser dirigido. O Ford Escort Mk1 incorpora esse ethos, misturando design atemporal com desempenho que inspira confiança e alegria. Nós projetamos para a estrada, não para a pista. Nós abraçamos tudo o que os motoristas amam nos carros.” Amém. (MAO)

 

Querem fazer extintor obrigatório. Sim, de novo.

Uma vez, um cunhado me disse: “Tomei multa por não deixar luz ligada na estrada. Devia ter uma lei que obrigava a montadoura a colocar um sistema que o mantivesse ligado sempre.” Disse a ele que existe este sistema, se chama DRL, e que ao invés de obrigar todo carro a ter isso, ele devia comprar um carro com o sistema. Há um custo envolvido, e sempre quem paga somos nós. “Ah, mas o que é 100 real num carro de oitenta mil?”

É exatamente este tipo de conversa que está, hoje, desaguando na completa impossibilidade de se fazer carros realmente baratos. Não é esses 100 reais que importam, mas os milhares de outros 100 reais pequenos da legislação. É morte, por um milhão de cortes pequenos. Duro de fazer as pessoas entenderem. Todo mundo acha que vai haver algum milagre e a indústria vai dar algo de graça para você. Nem “obrigado” é de graça, para esse povo, minha gente. Acordem, por favor.

Então imaginem minha felicidade ao ouvir esta notícia aqui. Como a gente sabe, o extintor de incêndio virou equipamento de uso facultativo em 2015 e, desde então, projetos no legislativo federal tentaram trazê-lo de volta à obrigatoriedade em 2017 e 2018 sem sucesso, por enquanto.

Agora, a Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) aprovou em novembro um projeto que torna obrigatório extintor de incêndio com pó ABC em veículos. O PLC 159/2017, da Câmara dos Deputados, recebeu parecer favorável do senador Eduardo Braga (MDB-AM) e segue agora para votação no Plenário do Senado.

Só há uma explicação para tanta insistência dos nobres colegas em tentar colocar de volta a obrigatoriedade do item; não é assim que são todos ativistas da segurança e estão baseados em estatísticas de um surto de morte por incêndio. Há uma vontade aqui que, não fosse eu crente da idoneidade do Senado brasileiro, acharia que é impelida pelo interesse da indústria de extintores, que perdeu uma fábrica de fazer dinheiro quando o item deixou de ser obrigatório.

O Senador Eduardo Braga disse: “Não são R$ 80 reais, num bem com valor de cerca de R$ 80 mil, que vai fazer diferença [para o bolso dos proprietários de veículos]”. No dos outros, não faz diferença mesmo. Enfia ele no seu, Senador; no meu, não há mais espaço para o extintor. No meu carro, quis dizer: não existem mais suportes de extintor validados nos carros a partir de 2015. E sempre foi Jabuticaba brasileira; uma que, como sempre, morre somente com muita dificuldade. A gente merece. (MAO)