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Zero a 300

O fim do Camaro | A volta do Metro 6R4 | Um 911 de fibra de carbono e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

O Camaro vai acabar em 2024

Todo mundo e o seu vizinho já sabia que era algo inevitável, em algum ponto no futuro. Bem, este ponto é ano que vem. A Chevrolet acaba de anunciar que seu icônico cupê esportivo, seu Pony Car de tanto sucesso no passado, vai ser descontinuado ao fim de 2023.

O”último Camaro”, de 2002

De novo, não é a primeira vez que o Camaro vem a falecer. A quarta geração, que apareceu em 1993, durou até 2002, e quando acabou, foi o fim. Kaput.

No mesmo ano, Bob Lutz voltava á GM para tentar dar algum brilho aos automóveis da companhia. Seu estacionamento executivo ficava do lado do de Ed Welburn, chefe do Design, que era dono de um belíssimo Camaro 1969 amarelo com faixas pretas. Os dois começam a conversar, e, para fazer uma longa história curta, um novo Camaro retrô, inspirado no carro de Welburn, é lançado com grande sucesso em 2010.

Agora, a notícia vem da empresa: o Camaro acaba de novo em janeiro de 2024.  Na verdade, ESTE TIPO de Camaro acaba. A empresa diz que: “Enquanto nos preparamos para dizer adeus à geração atual do Camaro, é difícil exagerar nossa gratidão a cada cliente do Camaro, funcionário da linha de montagem do Camaro e fã do modelo. Embora não estejamos anunciando um sucessor imediato hoje, fique tranquilo, este não é o fim da história do Camaro.”

Você sabe o que isso significa hoje em dia: o carro morreu, assim como seu significado, mas o nome famoso será ordenhado enquanto ainda tiver algum resquício de cachê com o público. Será agora um sedã elétrico ou um SUV elétrico para competir com o Mach-E da Ford, coisas desse tipo.

A GM cita baixa procura para o fim do carro; mas Challengers e Mustangs continuam vendendo bem. O seu carro, na realidade, não era bom o suficiente para competir com eles. E agora, com o fim anunciado do primeiro, o Mustang ficará sozinho para reinar, como aconteceu em 2002 quando o Camaro morreu pela primeira vez.

Como daquela vez, a GM praticamente confessa que é incapaz de fazer um sucessor atraente, ou simplesmente não se interessa mais em fazê-lo. E os amantes do modelo, que compravam regularmente carros novos, que se lasquem. Eu teria vergonha de agir assim. Desistir nunca; morrer tentando é o caminho superior moralmente, afinal de contas. RIP Camaro. (MAO)

 

Comissão européia deve permitir motores movidos a e-fuel depois de 2035

A Reuters informou esta semana que a União Europeia está considerando permitir carros movidos a combustível sintético após o banimento dos motores a combustão em 2035. A notícia vem depois que a Alemanha se juntou a outros países para impedir a assinatura do acordo.

Os combustíveis sintéticos eram o centro do pleito alemão. Um item controverso no mundo de hoje onde o radicalismo impera, e soluções preto-ou-branco são só o que se discute; muitos vociferaram que esses combustíveis seriam um “cavalo de Tróia” da indústria, para impedir o fim do motor tradicional. A Alemanha levantou preocupações sobre como minimizar as perdas de empregos, enquanto pedia garantias de que os futuros carros de combustão poderiam operar com esses combustíveis sintéticos.

O projeto de proposta permitirá a venda de carros novos com motores de combustão interna se usarem esses e-fuel. Também está pedindo que esses veículos tenham a capacidade de reconhecer o tipo de combustível que está sendo usado e impedir o uso de combustível normal. A Comissão e as autoridades alemãs estão tentando chegar a um acordo até a próxima cúpula da UE, a partir de hoje.

A fábrica de combustível limpo da Porsche, no Peru.

A Porsche, como sabemos, está investindo pesado nesses combustíveis, assim como outras empresas como a Lamborghini. Esses nomes já nos fazem entender onde estariam esses combustíveis: em carros caros. Combustíveis sintéticos podem ser uma salvação do inferno legislatório europeu, mas serão caros, e é muito difícil que sejam usados em grande escala. Não espere abastecer seu HB20 com eles; é mais para os alemães continuarem a vender 911 GT3RS para milionários mundo afora. Mas qualquer exceção é uma vitória aqui, e esta parece ser a primeira. Existirão outras? Veremos. (MAO)

 

Theon Design ITA001 é um 911 de fibra de carbono

Quando a gente pensa que vai cortar os pulsos se ver mais um restomod de 911, aparece um que nos chama a atenção, e nos lembra que a criatividade humana não tem limites. Um desses é este, criado pela Theon Design inglesa. Chamado de ITA001, é uma encomenda exclusiva e, por enquanto, única, para um cliente de Milão.

Como já é comum desde que a Singer mostrou o caminho, é na verdade um Carrera 4 da geração 964, fabricado em 1990 originalmente, e recriado para parecer um carro dos anos 1970.  A empresa substitui os painéis da carroceria por peças de fibra de carbono para economizar peso, mantendo a aparência original. Assim, este 911, mesmo com tração integral e interior completo e luxuoso, pesa apenas 1152 kg.

Como já ouvimos várias vezes, o objetivo é “complementar o espírito do original, em vez de mudar radicalmente a potência e o design”. Além da fibra de carbono, a empresa instalou um chicote elétrico de especificação aeroespacial, mais leve, instalou uma direção elétrica e adicionou compressores de ar-condicionado modernos. Este último foi realocado para a frente para ajudar na distribuição de peso.

O motor é um seis cilindros de 4,0 litros refrigerado a ar, com corpos de borboleta Jenvey e o plenum de admissão do 997 GT3. O acelerador é by wire, e o resultado é 400 cv a 7.500 rpm e 43 mkgf a 6.250 rpm.

O carro, obviamente, tem um interior luxuoso, exclusivo, e com todas as amenidades modernas, como é de se esperar. A empresa não falou de preço; nada mais lógico quando o único carro já foi vendido. (MAO)

 

O MG Metro 6R4 volta pelas mãos da MST

Para quem não lembra do MG Metro 6R4, aqui vai o TL;DR: um carro de competição para o infame grupo B dos anos 1980 criado pela British Leyland para parecer um subcompacto Metro por fora; diferente dos rivais 4 em linha turbo, este tinha um V6 de competição dedicado, aspirado, de mais de 400cv, atrás do piloto e navegador, e tração integral. Não foi um sucesso, e de qualquer forma o Grupo B acabou; seu motor, com dois turbos, acaba no Jaguar XJ220.

O MG Metro 6R4 original

Agora, vem a notícia que este raro e sensacional carrinho está de volta. A Motorsport Tools (MST), com sede no País de Gales, está revivendo o MG Metro 6R4 para 2024, com cerca de 450bhp de um V6 fornecido pela Audi.

Você deve se lembrar da empresa: é conhecida por seus sensacionais restomod do Escort MkI “dogbone”.

A MST disse à revista Autocar que o motor é o V6 de 3,0 litros do Audi S4 da geração B8, só que agora com um supercharger instalado e uma série de outros recursos para potência extra: 450 cv em comparação com os seus 350 cv originais.  A caixa de câmbio será uma sequencial de competição da Sadev, com seis marchas.

O carro original de 1985

A MST fará apenas cinco carros em 2024, cada um com preço de £ 295.000 (R$ 1.896.850), e sugere que os compradores poderão escolher entre uma configuração voltada para a estrada com um interior personalizado, ou uma versão ‘leve’ para atividades de pista e rali.

Visualmente será idêntico ao carro original, mas com vários toques modernos que prometem torná-lo diferente, e, imaginamos, realmente incrível. A principal dessas atualizações será uma carroceria de fibra de carbono totalmente nova, projetada em parceria com a empresa neozelandesa Innovate Composites, projetada para as dimensões exatas da carroceria de fibra de vidro do carro original. A revista Autocar estimou o peso final em 1040 kg.

Uma ideia genial, e algo que só poderia realmente vir de um lugar como a Inglaterra, e uma empresa como a MST. Muito bom! (MAO)