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O fim do Lexus LS

Não é segredo nenhum que sedãs não vendem mais tão bem quanto antigamente; muito menos sedãs grandes de luxo. SUV’s enormes de marcas como Cadillac, Rolls-Royce e Mercedes-Benz, entre outras, parecem estar colocando uma pedra definitiva nesta categoria. Quando foi a última vez que você viu um sedã S-class ou série 7 novo nas ruas?
Pois bem, já temos uma primeira vítima: o Lexus LS. Em 1989, quando a marca de luxo da Toyota foi lançada, seu produto principal era justamente um sedã grande, o LS400, um carro que a Toyota pretendia ser “o melhor do mundo”. Agora, infelizmente, não haverá mais descendentes dele.

Isso mesmo: 36 anos depois, o carro-chefe da marca está chegando ao fim de sua carreira. O ano/modelo 2026 será o último, e a série limitada de despedida, a Lexus LS500 Heritage Edition, será o único modelo disponível para compra. E a quantidade é bem limitada, mesmo. O Lexus LS500h, híbrido, já morreu: 2025 foi o último ano.
Como todo LS500, infelizmente não tem um V8 hoje em dia; conta com um motor V-6 biturbo de 3,4 litros de 420 cv e 61 mkgf, câmbio automático e tração integral nas quatro rodas. O carro mede 5236 mm em um entre-eixos de 3125 mm e pesa 2295 kg; ainda assim faz o 0-100 km/h em 4,6 segundos e é limitado a 220 km/h.

A versão Heritage vem com rodas especiais de 20 polegadas com design de 20 raios. Por dentro, o último LS500 traz de volta um estofamento na cor Vermelho Roja, que é um vermelho escuro que esava disponível somente em alguns raros LS400 de primeira geração, antes. Há um emblema gravado no console central, e a silhueta do carro bordada nos encostos de cabeça. O sistema de som é o premium Mark Levinson de série, com 23 alto-falantes.

O Lexus LS500 Heritage Edition 2026 custa a partir de US$ 100.730 nos EUA, cerca de US$ 19 mil a mais que o preço base do ano passado. Apenas 250 unidades serão produzidas.

Com o fim deste sedã e o recente fim do cupê de luxo LC500, todas as ligações com a Lexus original parecem ter sumido. Opa, calma aí: ainda há o “Camry” da Lexus, o ES350. O menos interessante de todos, é o que sobreviveu. Vai entender… (MAO)
Toyota oferece atualizações para GR Corolla

Durante um evento recente da Toyota na Califórnia, o site Motor1 americano conversou com o engenheiro-chefe da GR Toyota, Naoyuki Sakamoto. Disse ele:
“Morizo-san sempre me diz para lembrar dos atuais proprietários, então nos certificamos de preparar kits de atualização de carros antigos, sempre lançamos um atualizado.” Morizo, para quem passou os últimos 50 anos numa viagem à Plutão, é o pseudônimo do presidente da Toyota, Akio Toyoda. Como é diferente quando a empresa tem dono, e o dono entende o seu produto. Né?
O resultado disso é que a Toyota oferecerá kits de atualização contínuos para o GR Corolla. O hatchback da Toyota tem recebido atualizações anuais desde seu lançamento em 2022, o suficiente para que a Toyota considere que deveria apoiar os proprietários de carros mais antigos com atualizações dos modelos dos anos atuais. Quando for possível, claro: este ano, mais adesivo estrutural foi usado, mas isso é impossível de “retrofitar” sem trocar a carroceria inteira…

Este tipo de ação já está em prática desde 2024. Um kit de atualização para carros do ano-modelo 2023 estava disponível e incluía novos parafusos de fixação da cremalheira da direção, parafusos do subchassi traseiro, entre outros detalhes. Todas as peças vieram dos carros de 2024, e eram oferecidas para os antigos, e agora a Toyota fará o mesmo para os carros de 2025.
A suspensão traseira atualizada do modelo 2025, que aumentou o anti-squat, e recebeu molas mais rígidas e os amortecedores traseiros, pode ser facilmente montada nos carros mais antigos. Mas os adesivos novos na carroceria, claro, não.

O kit de atualização para 2024 está disponível nos EUA por US$ 275 (R$ 1.471), com preços para futuros kits de atualização ainda a serem confirmados. A Toyota relata que 20% dos proprietários do GR Corolla compraram um kit de atualização, o que é considerável.

Não se pode subestimar a atitude da marca. Na lógica moderna, chega a ser sacrilégio: as alterações deveriam incentivar o cliente a vender o carro velho e comprar um novo; assim é em toda empresa hoje. Mas não na Toyota de Akio Toyoda. Não, esta procura fazer fãs, não clientes. Muito obrigado, Morizo-sama! (MAO)
A primeira moto elétrica “full-size” japonesa: Honda WN7

A Honda acaba de lançar a primeira moto elétrica “full-size” japonesa. É a Honda WN7 e estará disponível nas lojas da marca do primeiro mundo antes do final do ano.
Na Europa, os clientes já podem dar entrada na WN7, com entregas previstas para o início de 2026. A Honda ainda não revelou as especificações completas, algo que está previsto para o evento EICMA deste ano. Por enquanto, sabemos apenas de alguns elementos-chave, incluindo a autonomia da moto, suas metas de desempenho, o tempo de recarga e, talvez o mais importante de tudo, seu preço.

A empresa afirma que a moto tem “um nível de potência semelhante ao de um motor de combustão interna de 700 cm³” aliado a um torque de 10,2 mkgf, um número mais próximo à motos de um litro.
A potência do motor é de apenas 18 kW, o que equivale a cerca de 24 cv, um valor que, à primeira vista, parece muito baixo. Isso provavelmente ocorre porque ele está sendo medido como um valor “contínuo” para fins de homologação europeia: o desempenho que ele pode manter indefinidamente sem superaquecimento. A maioria das motos elétricas também possui uma classificação de potência de “pico” separada, que pode ser duas vezes maior que o valor “contínuo” e é mais comparável aos valores de potência máxima a que estamos acostumados; deve acontecer a divulgação deste pico depois.

O que está claro é que, para atingir o objetivo da Honda de competir com máquinas de até 700 cm³ a combustão, e considerando o peso de 205 kg da WN7, a potência de pico deve ser de no mínimo 80 cv. O peso, e o que se pode concluir das dimensões físicas da moto pelas fotos, são ligeiramente maiores que as da CB1000 Hornet.

O rating baixo de potência pode ter outro objetivo: na Europa, motociclistas com carteiras de habilitação limitadas podem obter mais desempenho optando por um modelo elétrico em vez de um modelo com motor a combustão. Os 18 kW mencionados pela Honda significam que a moto se enquadra facilmente na categoria de habilitação A2, limitada a motos com potência inferior a 35 kW (47 cv), e a empresa afirma que também oferecerá uma variante de 11 kW (15 cv), que será permitida para motociclistas iniciantes, de acordo com as normas europeias. É tudo software, né?

Com uma carga completa da bateria de íons de lítio, a moto é capaz de percorrer mais de 130 km. Vem com a tomada de carregamento CCS2, que permite o carregamento rápido em corrente contínua e é efetivamente o padrão na Europa para veículos elétricos. A Honda afirma que, se você encontrar um carregador CC rápido, ele poderá recarregar a bateria de 20% a 80% em 30 minutos.

O preço, no reino unido, é de £12.999 (R$ 93.414). É próximo do preço da Honda X-ADV, a excêntrica maxi-scooter de aventura de 58 cv da Honda, baseada no chassi da NC750X, e talvez uma boa indicação do nível de desempenho de “700 cm³” que a Honda tem em mente para a WN7. (MAO)
Forza Horizon 6 chegou, e se passa no Japão

A Playground Games, estúdio por trás da série Forza Horizon, confirmou que o próximo jogo da franquia, Forza Horizon 6, será ambientado na Terra do Sol Nascente.
Assim como em iterações anteriores, Forza Horizon 6 provavelmente buscará incorporar o máximo possível de locais do mundo real no jogo. Neste caso deve significar drifting nas montanhas, corridas de touge e os jogadores poderão explorar a cidade de Tóquio, “um dos nossos ambientes mais detalhados e em camadas até hoje”, de acordo com a empresa. Além do Japão, os locais anteriores de Horizon incluem Colorado, sul da França, Austrália, Reino Unido e México.

Junto com o anúncio, a Playground Games lançou um trailer que mostra uma série de placas de carros celebrando os títulos anteriores da série, um gato acenando e, finalmente, uma placa japonesa. Além das placas e de barulho de escapamento ao fundo, porém, não há muito mais no trailer.
“O Japão tem uma cultura tão única — de carros a música e moda — que o torna perfeito para o próximo cenário de Horizon”, disse Don Arceta, diretor de arte da Playground Games. “Acreditamos que os jogadores ficarão impressionados com o mundo aberto do Japão que construímos”, acrescentou.
Ainda não se sabe quais carros estarão disponíveis, mas esperamos algumas coisas características do lugar, como Mitsuokas e carros kei-jidosha, além da extensa lista de marcas e modelos pelos quais a série é famosa.

Forza Horizon 6 chega aos consoles PC e Xbox em algum momento do ano que vem e estará disponível através do Game Pass. A Playground Studios também planeja levar FH6 para o PlayStation 5 com a ajuda da Turn 10 Studios, criadora da franquia Forza Motorsport. (MAO)
Dedicamos o Zero a 300 de hoje à memória do FlatOuter Tomaz Jábali, que nos deixou nesta madrugada após um acidente de trânsito.
