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Fiat Scudo finalmente ganha motor maior prometido
A van média da Stellantis, conhecida como Fiat Scudo, Citroën Jumpy e Peugeot Expert por aqui (mas lá fora, também Opel/Vauxhall Vivaro e Toyota ProAce), foram renovados em janeiro. A Stellantis disse que o 1.5 litro turbodiesel seria substiruído pelo novo 2.2 litros turbobiesel, mas até ontem, nada de motor novo, só furgão reestilizado.
Bom, a espera parece ter acabado; pelo menos com logotipo Fiat. A marca anunciou que está começando a vender o Scudo com o novo motor, em duas versões: Cargo, por R$ 223.990, e Multi, por R$ 229.990. A Multi vem com vidros laterais, mas não bancos; esses você tem que providenciar fora, já que só a primeira fileira sai de fábrica.
O novo motor tem 150 cv e 37,7 mkgf de torque, nada menos que 30 cv a mais que o antigo 1.5. O câmbio continua sempre manual de 6 marchas. O desempenho melhora bastante. A van agora faz, segundo a Fiat, o 0-100 km/h em 13,1 segundos. As retomadas também melhoram, com 60 a 100 km/h em 7,5 segundos e 80 a 100 km/h em 10,9 segundos. A velocidade final é de 179 km/h.
Esses números não parecem impressionantes, mas a enorme van já se movia muito bem, obrigado, com o antigo 1.5 litro. Este é como um automóvel, não um caminhão, em desempenho. A van, afinal de contas, pesa 1700 kg mesmo vazia; é enorme.
De acordo com a Fiat, o Scudo com o novo motor 2.2 tem consumo chegando a 12,4 km/l no ciclo urbano e a 13,7 km/l na estrada pelo padrão do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, mais econômico que o antigo motor, o que torna os custos operacionais ainda melhores.
É também um sonho para quem tem vários carros, vai a track days, ou simplesmente adora ter a liberdade de carregar coisas daqui para lá. Dirige como um bom automóvel: câmbio manual, monobloco, suspensão independente, ótimos freios. Mas ainda consegue carregar 1,5 tonelada, num compartimento fechado enorme e com 1,63 m de altura dentro. Sim, dá para trocar roupa lá dentro com privacidade, na beira da pista. E agora, com o novo motor, ficou ainda melhor. A dúvida costuma ser só qual das três marcas escolher, já que são iguais e sem muita concorrência direta. Bom, hoje não: por enquanto, só a Fiat anunciou o 2.2, embora seja fácil pensar que se seguirão os outros. (MAO)
Fiat mostra Grande Panda 4×4
As versões mais baratas do Fiat Grande Panda estão sendo lançadas na Europa, um ano depois do lançamento do carro. E elas, claro, para serem baratas, tem motor a gasolina e câmbio manual. Antes, só existiam elétricos e híbridos.
Mas interessante mesmo aqui é a volta do Panda 4×4. É uma interessante resposta da Fiat/Stellantis para o rival Renault, que mostrou o R4 Savane recentemente. Como o Savane, este é um conceito só ainda, mas sabemos bem que é a versão de produção futura, com poucas alterações.
A Fiat não especificou nada sobre a mecânica do conceito 4×4, a não ser dizer que há um motor elétrico na traseira. Embora a potência total não tenha sido divulgada, ela certamente é superior aos 113 cavalos do elétrico e aos 110 cavalos oferecidos pelo motor a gasolina 1.2 híbrido leve. Um bom chute é ele ser elétrico, com 126 cv, duas vezes o motor dianteiro. Mas pode ser um híbrido também, com motor dianteiro a gasolina ou hibridizado, na frente.
Assim como no Panda original, o Grande Panda 4×4 é aparentemente simples, e com rodas de aço. A Fiat adiciona um revestimento plástico na carroceria e uma suspensão elevada para maior distância ao solo, também como a versão dos anos 1980. Os recursos off-road incluem proteção inferior dianteira e traseira, rack de teto com estepe e luzes auxiliares. Outras mudanças incluem um emblema 4×4 na tampa traseira e um recorte “Panda” no revestimento preto lateral.
O Grande Panda, pelo menos em estilo e espírito, parece mesmo ser uma tentativa de reviver tempos melhores da Fiat; carros simples, mas avançados tecnologicamente. Ainda não é sucesso na Europa; vamos ver por aqui. (MAO)
Porsche pode reviver o Slantnose
Uma das maiores diversões dos realmente ricos hoje em dia parece ser colecionar toda e qualquer variação de Porsche 911 possível. Um cara pode ser desculpado em imaginar que nada mais pode ser inventado neste tema, mas ah! Como ele estaria errado!
A Porsche faz um ótimo negócio com modelos 911 de edição especial. Essas edições limitadas são extremamente lucrativas, então o passado da marca é constantemente escarafunchado para se achar mais um tema qualquer ainda sem uso. Agora é a vez, aparentemente, do infame slantnose: A frente caída com faróis escamoteáveis do 935, colocada em 911 de rua. Uma moda dos anos 1970/1980.
Recentes registros de marca no Escritório de Propriedade Intelectual da UE sugerem que seu próximo lançamento pode ser justamente o Flachbau, nome alemão do slantnose. Vamos inventar um em português? Sugiro esconde-farol. “Capô de Fusca” não traz boas conotações.
Sim, segundo a Road & Track americana, a Porsche andou re-registrando “Porsche Flachbau” e “Flachbau RS”. Pode ser tanto esta volta, como apenas uma proteção preventiva de nomes já associados à marca. Mas ao longo da vida da atual geração 992, ela produziu modelos que homenageiam décadas específicas. O 911 Targa 4S Heritage Design Edition foi inspirado na década de 1950; o 911 Sport Classic fez referência a modelos da década de 1960; e o recém-revelado 911 Spirit 70 obviamente presta homenagem à década de 1970. A Porsche disse que planejava produzir quatro desses modelos, e um Flachbau revivido seria uma homenagem ideal aos anos 1980.
O nome Flachbau RS também é especialmente intrigante. Sabemos que a Porsche também está trabalhando em um novo 911 GT2 RS, então talvez esteja planejando uma versão especial com nariz inclinado desse carro. Será? De qualquer forma, é uma possibilidade concreta. Onde há dinheiro a ser ganho, há pessoas atrás dele, né? (MAO)
Opel GSE de volta. Mas um pouco diferente.
Esqueçam dos GSi e GSE antigos da Opel. A sigla GSE hoje tem E de elétrico, não a inicial de “injeção” em alemão, também a letra “E”. Inclusive, a sigla GSE é usada também, hoje, na Vauxhall inglesa, cada vez mais apenas um logotipo.

Pois bem. A submarca GSE mostrou agora um carro de rali. Sim, antes mesmo do primeiro modelo de produção chegar às ruas, já lançou um carro de rali. Chama-se Mokka GSE Rally, e, portanto, é baseada num SUV-Crossover pequeno.
Visualmente, há uma pintura especial com gráficos em preto, cinza e amarelo. Grandes rodas de liga leve com pinças de freio amarelas, e os para-choques dianteiro e traseiro esportivos, juntamente com uma entrada de ar montada no teto, o diferenciam do Mokka Electric normal.
Alguns desses recursos, como o kit de carroceria mais agressivo, provavelmente serão transferidos para o Opel Mokka GSE de rua. Esta versão de desempenho do SUV elétrico deve estrear no final de 2025, provavelmente compartilhando especificações com seus equivalentes mecanicamente semelhantes, o Abarth 600e e o Alfa Romeo Junior Veloce.
O carro de rali é compatível com o novo regulamento eRally5 da FIA e eventualmente substituirá o Opel Corsa Electric Rally, que existe desde 2019. É equipado com um único motor elétrico que entrega 280 cv e 35 mkgf de torque. A potência é transmitida às rodas dianteiras por meio de um diferencial multidisco autoblocante e uma transmissão de competição.
A bateria de 54 kWh é herdada do Mokka Electric de rua, mas recebe proteção adicional com um encapsulamento especial e proteção inferior. O chassi conta com uma suspensão Bilstein com especificações de rali, com colunass McPherson reforçadas na dianteira e molas e amortecedores modificados no eixo traseiro rígido. Além disso, os sistemas ABS, ESP e controle de tração foram removidos, dando aos pilotos a possibilidade de, bem, pilotar né?
O interior é depenado e conta com uma gaiola de proteção certificada pela FIA, além de um par de bancos tipo concha com cintos de segurança de seis pontos. Para maior segurança, o sistema de 400 volts desliga-se automaticamente em caso de colisão, enquanto o sistema de extinção de incêndio conta com um agente extintor não condutor de eletricidade.
A Opel planeja oferecer o Mokka GSE Rally a clientes e equipes a partir da temporada de rali de 2026, mas antes disso, o protótipo participará do ELE Rally Eindhoven, na Holanda, que acontecerá nos dias 23 e 24 de maio. Este evento faz parte da ADAC Opel Electric Rally Cup. (MAO)
O fim do Porsche Boxster/Cayman
Não é assim que o Boxster/Cayman sejam um grande sucesso de vendas. Por isso, foram os carros escolhidos pela Porsche para o passo adiante que se acredita inevitável. O do carro esporte elétrico.
Por isso, seus substitutos planejados são elétricos. A geração atual do Boxster e do Cayman desde o ano passado não são vendidos mais na Europa devido a regulamentações mais rígidas de segurança cibernética (e a falta de dinheiro para remediar isso).
Agora, o site Motor1 nos diz que o chefe de Comunicações de Produto da Porsche Cars North America, Frank Wiesmann, lhes disse que a quarta geração do Boxster e do Cayman (série 982) entrou em seus meses finais de produção. As últimas unidades estão programadas para serem fabricadas em outubro. Embora a fábrica principal de Zuffenhausen esteja montando os carros desde 2016, parte da produção foi transferida em 2022 para Osnabrück.
A Porsche não trará um substituto imediatamente. Está levando o tempo necessário para, acredita ela, acertar este modelo crucial para os planos futuros. Afinal de contas, se não houver aceitação de elétricos desse tipo, o que será da Porsche?
Durante a Assembleia Geral Anual, o CEO Oliver Blume afirmou que esses substitutos da dupla chegarão a “médio prazo”. Ele acrescentou que ambos serão “ainda mais dinâmicos, ainda mais potentes, com uma experiência de direção pura”. Vamos ter que esperar para ver e dar voto de confiança. Mas se fossemos de apostar… (MAO)