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Car Culture

O fim do Top Gear | Jeep Wagoneer perde V8a | O GMA T.50 e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

O fim do Top Gear

Não, o Top Gear não acabou com a saída de Clarkson, Hammond e May; depois de uma série de tentativas, parecia estabilizado em um novo trio: o conhecido jornalista Chris “Monkey” Harris, o ex-jogador de Cricket (sim, é um esporte profissional) Freddie Flintoff, e o apresentador de TV Paddy McGuiness. Este trio permaneceu constante de 2019 a 2022; Harris esteve no show desde 2016.

Mas agora, parece que realmente chega ao fim. O programa nunca foi algo que a direção da BBC gostava; era apenas seu sucesso gigante que impedia seu cancelamento, especialmente quando liderado pelo notório boca-mole Clarkson. Agora, a chance de cancelamento apareceu, e foi aproveitada.

Tudo por causa de um acidente de carro durante as filmagens, em dezembro de 2022: Freddie Flintoff se machucou, e ficou com marcas no rosto, o que parece resultou em indenização de nove milhões de libras esterlinas para ele. Em março de 2023, a BBC anunciou que a produção da série foi suspensa para permitir uma investigação completa de “Health & Safety” sobre o acidente. Quase pudemos ouvir as risadas de Clarkson, lá da sua fazenda. Agora, vem o anúncio que o Top Gear está temporariamente cancelado, por tempo indeterminado.

Flintoff depois do acidente

O programa Top Gear na verdade estreou em 1977; Clarkson se tornou apresentador em 1988, e junto com Andy Wilman, criou o novo Top Gear que conhecemos e amamos, iniciando em 2002 com Richard Hammond; em 2003 James May se tornou o terceiro apresentador, e o programa se tornou um fenômeno cultural mundial, um sucesso imenso e inimitável.

“Sabemos que interromper o programa será uma notícia decepcionante para os fãs, mas é a coisa certa a fazer”, disse a BBC em seu comunicado. “Todas as outras atividades do Top Gear permanecem inalteradas, incluindo formatos internacionais, digitais, revistas e licenciamento.” (MAO)

 

O Ford GT40 restaurado pela RUF

Um Ford GT40 em versão original para a rua já é algo realmente raro. Apenas 30 deles foram construídos, afinal de contas, e desde novos, tratados como coisas realmente especiais e valiosas. Agora imagine um que está há 30 anos com o mesmo dono, é totalmente original, e nunca foi batido. E mais: que foi restaurado em 1996 pela RUF.

Sim, aquela RUF, a empresa especializada em Porsches. A RUF na verdade é uma oficina que pode fazer de tudo; não é uma fábrica no estrito senso da palavra, apesar de sim, fabricar coisas. O cliente dono deste GT40 é um velho amigo da empresa, que usava a RUF como sua oficina para tudo; aparentemente todos os seus carros foram cuidados pela empresa de Alois.

No mais, é um GT40 Mark 1 de rua em perfeito estado de conservação. O volante é do lado direito, mas a alavanca de câmbio está também na direita; o motor é o Ford 289 V8 com 4,7 litros, quatro enormes Webers de competição, escapamento “ninho de cobras”, e um transeixo traseiro ZF de cinco marchas. As rodas são Borrani, raiadas, originais. O carro de corrida para as ruas pesa menos de 1 tonelada.

O carro tem apenas 13.442 milhas rodadas, o equivalente a 21.632 km. Um GT40 original nunca sai por menos de um milhão e meio de dólares; o mais caro, com história de pista, pode chegar a mais de 10 milhões. Curioso para saber quanto este, provavelmente o melhor GT40 de rua, vai conseguir em leilão. A casa será a Mecum, e o carro vai ser leiloado em janeiro de 2024 em Kissimee, Flórida. (MAO)

 

Jeep Wagoneer perde V8 também

Depois da Dodge e da RAM, agora é a vez da Jeep. Para 2024, o Jeep Wagoneer e o Grand Wagoneer não oferecem mais Hemi V-8s. Em seu lugar, o novo e moderno seis em linha biturbo de 3 litros, o “Hurricane”. Previamente, o V8 aspirado da marca era oferecido nesses carros em versões de 5,7 ou 6,4 litros.

O Jeep Wagoneer anteriormente oferecia o V-8 de 5,7 litros e 392 cv na versão de distância entre eixos curta, e o Wagoneer L de entre eixos maior e o Grand Wagoneer L já eram apenas seis em linha. O Wagoneer agora será oferecido apenas com a versão de 420 cv do Hurricane de seis cilindros em linha, com tração traseira ou nas quatro rodas e transmissão automática de oito velocidades.

As mudanças para o Grand Wagoneer são parecidas: todos os modelos são equipados agora com o seis de 3,0 litros. A versão de alto rendimento do motor Hurricane no Grand Wagoneer produz 510 cv e 69 mkgf, um aumento em relação aos 471 cv e 63 mkgf do V-8. Mas ainda assim, é triste ver opções minguando para os universais três em linha de 1 e 1,5 litro, quatro em linha de 2 litros, e seis cilindros e 3 litros. E, é claro, o V8 turbo de 4 litros, todas essas faixas coincidentes com faixas de impostos chinesas. (MAO)

 

Top Gear avalia o GMA T.50 no mundo real. E sim, é divino.

O programa de televisão Top Gear pode ter acabado, mas a revista Top Gear, seu website, e o canal de YouTube, continuam muito bem, obrigado. E esta semana, tiveram a oportunidade de realizar uma longa viagem na Espanha com o último protótipo pré-série do GMA T.50, o supercarro de Gordon Murray que atualiza o McLaren F1 para os dias de hoje. É a primeira publicação à andar com ele.

A viagem foi longa e com todo tipo de situação: Ollie Marriage, do Top Gear, dirigiu por 900 milhas (cerca de 1.450 km) entre Barcelona e os Pirineus. O carro se portou maravilhosamente bem, e é como esperado: divino.

O motor V12 que atinge mais de 12.000 RPM, 654 cv e uma transmissão manual, uma posição de assento central, peso de apenas 986 kg. Como pode dar errado? A julgar pelo filme, é facílimo de dirigir, a visibilidade para fora é perfeita, o carro é pequeno e confortável, e leve aos comandos. Nirvana. E o som?

A GMA disse no vídeo também que o motor tem resposta inédita:  chega a teóricos 52.000 rpm em um segundo. Ou seja, de zero aos 12.000 rpm máximos em 0,2 segundos! Um incrível carro que é só o início da GMA como empresa: uma marca que certamente veio para ser o topo. (MAO)