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Maserati MC20 elétrico foi cancelado
A Maserati cancelou oficialmente o MC20 Folgore, a versão elétrica do seu carro esporte de motor central-traseiro. Um porta-voz da empresa disse para a Autocar inglesa que a decisão foi tomada devido à demanda insuficiente por um supercarro elétrico. O MC20 Folgore era um dos seis elétricos Maserati previstos para o ano que vem, e prometia potência superlativa e “um caráter semelhante ao MC20 com motor V6 existente”.
A Maserati anunciou sua intenção de criar um supercarro elétrico em 2020, quando revelou o MC20 movido a gasolina. Na época, os italianos disseram que uma versão elétrica chegaria logo após o carro com motor V6 ser colocado à venda e teria um trem de força trimotor de 700 cv. Mas quando o MC20 finalmente chegou às ruas para o ano modelo de 2022, não houve notícias sobre a versão Folgore.
No ano passado, a Maserati nos deu uma atualização sobre o MC20 Folgore, revelando que ele seria lançado em 2025. Agora, foi cancelado. A Maserati explicou ainda que “estudos de mercado para o segmento de supercarros esportivos e especialmente para clientes do MC20 demonstraram que eles estão muito interessados em dirigir motores a combustão interna e não estão prontos para mudar para elétricos no futuro previsível”.
A Autocar também informou que, em vez do Folgore, a Maserati dará ao MC20 V6 uma atualização completa que pode incluir algumas das melhorias encontradas no MC20 GT2 Stradale.
O fim desse carro, e o anúncio recente de cancelamento de investimentos previstos na marca, colocam dúvidas sobre o futuro do Quattroporte elétrico e do novo SUV elétrico que deveriam aparecer em seguida.
Também muda planos do novo Alfa Romeo 33 Stradale, basicamente um MC20 em cosplay de Alfa Romeo. Apesar do primeiro 33 Stradale movido a gasolina já ter sido entregue, o Alfa Romeo também deveria vir com uma versão elétrica opcional com 750 cv. Provavelmente, essa versão deve ter morrido também. E quer saber? Não farão falta. (MAO)
Alpine mostra teaser do A390
A Alpine mostrou algumas imagens teaser de seu próximo carro, o A390. Por incrível que pareça nestes tempos de mudança, é um crossover elétrico de quatro portas. A empresa, porém, o chama de “fastback esportivo”. Tá bom.
O carro obviamente tem muitos detalhes que lembram o A390_β Concept. A frente é meio como a do Urus, uma tentativa de colocar a frente de um esportivo de motor central num mastodonte SUV. A traseira, claro, é fastback, o que dá um sono danado: já vimos isso 29739247297 vezes.
A única parte da cabine que conseguimos ver é o volante, que tem “alguns toques inspirados na Fórmula 1”, como um botão dedicado para ultrapassagem e outro para recarga. Há também um seletor para os cinco modos de direção, que incluirão um modo Track.
Detalhes do A390 ainda permanecem um mistério, mas a Alpine diz que ele terá três motores elétricos e vetorização de torque, então o carro não deve ter falta de potência ou aderência. Ele mede 4615 mm, então pequeno não é; é pouco menor que um Audi Q5. Como uma empresa cuja tradição é carros realmente minúsculos e leves imagina ter sucesso com um elétrico deste tamanho, não posso imaginar. Vamos observar com atenção; talvez eles saibam algo que não sabemos, mas parece que não.
Devemos saber mais em sua estreia em 27 de maio na França. Este é o terceiro veículo da Alpine depois do A110 e do A290 elétrico, baseado no R5, que parece ter sido um sucesso. O A110, sabemos, está nos seus últimos dias; a Alpine pretende substituí-lo por outro totalmente elétrico. Boa sorte com isso. (MAO)
Suzuki GSX-8S deve ganhar versão retrô
A Suzuki GSX-8S é um imenso sucesso de crítica mundialmente; uma moto que parece ter atingido em cheio o ponto de balanço estre desempenho, preço e estilo. É também um grande sucesso empresarial: além da GSX-8S em si, são sucesso também derivadas dela: a família V-Strom 800 e a GSX-8R.
Não lembra o que é uma GSX-8S? trata-se de uma moderna Naked com espírito de sportbike, e equipada com um novo bicilíndrico paralelo criado para ser forte em torque mesmo nas rotações baixas e médias, para um uso agradável nas ruas; é universalmente elogiado pelos críticos. Mede 84 x 70 mm e 776 cm³, 83 cv a 8500 rpm, e 7,95 mkgf a 6800 rpm. Aqui no Brasil a moto custa a partir de R$ 51.500.

E suas variações ilustram que os mesmos componentes básicos são extremamente flexíveis. Uma moto de aventura, uma roadster e uma moto esportiva, todas baseadas na mesma plataforma, demonstram que é uma base forte para praticamente qualquer outra coisa que a Suzuki queira criar a partir do mesmo kit de peças. Agora parece que vai aparecer mais uma variação desta plataforma de sucesso: uma roadster de estilo retrô para rivalizar com a XSR700 da Yamaha e a Z650RS da Kawasaki.

No momento, a antiga SV650 cumpre um pouco o papel retrô mais abaixo na linha da empresa, particularmente na forma SV650X parcialmente carenada oferecida na Europa e Japão, mas o futuro dessa moto não está claro; é antiga e deve ser descontinuada em breve. Uma GSX-8 retrô seria um substituto interessante, e homologada mundo afora.

Embora um modelo GSX-8 retrô pareça quase certo de se juntar à linha da Suzuki em breve, ainda há um ponto de interrogação sobre qual forma ele pode assumir. Ele adotará o visual inspirado nos anos 70 de concorrentes como a Kawasaki Z650RS e a Yamaha XSR700, com um farol redondo e estilo Naked dos anos 1970? Ou a Suzuki se moverá para os anos 1980, como fez com a sensacional GSX-S1000S Katana de 2024? Seja ela uma GSX-8 Katana ou uma GS 800 no estilo dos anos 1970, está fácil trazê-la ao Brasil né Suzuki? Não esquece da gente! (MAO)
Ford Focus para de ser produzido em novembro de 2025
A gente sabia que era só uma questão de tempo, mas agora é oficial: o Ford Focus para de ser produzido em novembro de 2025 na fábrica de Saarlouis na Alemanha; a última que produz o carro. Não há um substituto previsto.
Depois da morte do Mondeo em 2022, e do Fiesta em 2023, com o fim do Focus agora a Ford não terá nenhum carro mais a venda na Europa, só SUVs esquisitinhos como o Puma e o Kuga. É uma mudança só de formato de carroceria, sim, mas uma que nos deixa triste: o Focus é um dos melhores carros de uso diário já criados, na história do automóvel.
Lançado em 1998, o primeiro Focus era uma arriscada aposta: um carro novo e revolucionário, para substituir o Escort, então com fama de tradicionalista e ultrapassado. Foi um imenso sucesso de crítica e de venda, apesar do estilo diferente do normal. Com suspensão traseira Multilink, modernos motores de alumínio, baixo preço e sofisticação mecânica de carros muito mais caros, é um carro que todo mundo lembra com carinho.

Descontinuar o Focus significa que os entusiastas europeus perderão um dos últimos hatchbacks vendidos com câmbio manual, o ST. Perde-se também uma versão sensacional, que nunca veio ao Brasil: a perua. Lá, era oferecida em todas as versões, inclusive a esportiva ST. O ST vem com um EcoBoost de 2,3 litros e 280 cv, que permite aceleração de 0 a 100 km/h em menos de 6 segundos.
Matar o Focus só pode ser uma boa notícia para o Grupo Volkswagen, que continuará a produzir Golfs, Octavias, Leons e A3s. O Toyota Corolla também não vai a lugar nenhum. Enquanto isso, as vendas da Ford na Europa caíram 17% para 426.307 carros em 2024, o primeiro ano completo sem o Fiesta. A participação de mercado da empresa caiu de 4% para apenas 3,3%, atrás da Kia e da Hyundai, com cada marca coreana conquistando 4,1%. E a Ford teve um começo de ano difícil, na Europa, com números de vendas mostrando um declínio de 3,9% em relação a janeiro de 2024 e uma participação de mercado de apenas 3%. (MAO)
Vendas da Tesla em queda
Elon Musk provou que o velho carro elétrico, morto e enterrado nos anos 1920, se usasse tecnologia de bateria de celular, poderia ser uma opção no mundo moderno. Foi o sucesso da Tesla que deu força aos políticos que querem banir o carro a gasolina. Elon Musk mudou tudo no mundo do automóvel.
Henry Ford mudou muito mais o mundo: colocou um Ford modelo T na garagem de todo mundo, e com isso, mudou muito mais a realidade do que Musk faria depois. Em comum, ambos são inventores, chefes absolutos de suas empresas e… se meteram em política.
Ford era realmente anti-semita e entusiasta do nazismo; dizia isso sem medo na década de 1930. Musk é agora acusado de ser nazista, embora negue, mas é, sim, parte do novo governo americano, altamente controverso, e com isso, diferente de Ford, está enfrentando problemas com a sua Tesla por isso.
Claro: o fenômeno do carro elétrico é político; e a fuga do herói de uma banda, para outra banda, traz consigo a revolta completa. E agora podemos ver qual das bandas que comprava os Teslas. Se o mundo político é dividido quase metade/metade, o mundo dos compradores de Tesla parece agora totalmente avesso ao seu dono.
A Tesla orgulhosamente proclamava há menos de um ano que venderia 20 milhões de veículos elétricos anualmente até 2030. Mas agora a empresa viu seu primeiro declínio anual nas vendas em uma década. E este ano, as vendas da Tesla continuam a cair em vários mercados importantes, incluindo Alemanha, Austrália e, claro, China.
As vendas da Tesla na Noruega caíram 44,4% em janeiro e fevereiro, apesar do mercado geral de veículos elétricos do país ter crescido 53,4%. As coisas estão ainda piores na Alemanha. Dados mostram que em janeiro de 2025, as vendas da Tesla despencaram 59,5%, com apenas 1.277 carros novos registrados no país.
A situação só piorou em fevereiro. As vendas caíram impressionantes 76,3% em comparação a fevereiro de 2024, com apenas 1.429 unidades vendidas. Em janeiro e fevereiro, a Tesla entregou 2.706 veículos na Alemanha, marcando uma queda de 70,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O declínio da Tesla é ainda mais pronunciado quando você considera que as vendas gerais de veículos elétricos na Alemanha subiram 30,8% em fevereiro.
A Austrália não é muito melhor. A Tesla vendeu 1.592 veículos em fevereiro, um declínio de 71,9% em relação aos 5.665 vendidos em fevereiro de 2024. Nos dois primeiros meses do ano, a Tesla entregou 2.331 veículos aos australianos, um declínio de 65,5% em relação aos 6.772 veículos vendidos nos mesmos dois meses em 2024.
Na China, um dos principais mercados da marca, não é diferente: a Tesla fabricou e vendeu 30.688 veículos em fevereiro de 2025 — uma queda de 49,16% em relação aos 60.365 carros movimentados em fevereiro de 2024. Esse total inclui vendas domésticas e exportações, mas está claro que a participação de mercado chinesa da Tesla está diminuindo.
É mole? Aguardem os próximos eletrizantes capítulos. E só lembrando: aqui se fala de carro. Comentários políticos do tipo raivoso, dos dois lados do ringue, serão sumariamente deletados. Nem se dê ao trabalho de fazê-los! (MAO)