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Conheça a nova Honda ADV 160
A Honda ADV 160 é um tipo muito esquisito de veículo, que só poderia existir nos tempos atuais: um scooter urbano, mas que é também “aventureiro”. A gente merece. Mas saindo deste choque lógico inicial, é fácil perceber o motivo de seu sucesso: é bonitinho, e a maluquice o eleva para fora da usual funcionalidade pura da espécie. O que é sempre legal.
A notícia aqui é que o scooter chega a 2025 com mudanças significativas; entre elas um novo motor. Este novo motor é novo só nela, poréwm: é o usado na PCX desde 2022. Um monocilíndrico SOHC de 4 válvulas e arrefecimento líquido, com 156 cm³ (versus 149,3 cm³ da versão anterior). O novo motor, injetado, entrega 16 cv a 8.500 rpm e 1,46 mkgf a 6.500 rpm, e atende o PROMOT 5. A transmissão é automática CVT; infelizmente vem com o chatinho start/stop como a PCX.
O painel LCD foi redesenhado e inclui conta-giros, consumo médio e instantâneo, nível de combustível e alertas para os sistemas HSTC e ABS. O banco é mais estreito e mais baixo, agora a 780 mm do solo; a moto tem entre-eixos de 1324 mm e rodas de 14 e 13 polegadas frente-trás. Há maior espaço no compartimento abaixo do banco, também, com espaço para capacete.
Há agora um porta-luvas com tomada USB, iluminação completa de LED, chave presencial com alarme antifurto. Freio a disco dianteiro e ABS fazem parte do pacote.
O Honda ADV 160 custa R$ 24.534. Tem garantia de 3 anos e óleo gratuito em sete revisões. As cores disponíveis são Vermelho Perolizado e Cinza Metálico. (MAO)
Um Mercedes G-class para homenagear Lewis Hamilton
Lewis Hamilton pode estar deixando a Mercedes-AMG Petronas, mas certamente estará para sempre ligado à empresa na história da F1. Sete campeonatos, e tudo mais né? Pois bem, para comemorar esta ligação, uma empresa alemã de preparação chamada HOF (que é ligada ao ex-CEO da Mercedes-AMG Philip Schiemer) criou um G-wagen chamado de “Sir Class”.
Baseado no Mercedes-AMG G63, usa o motor V-8 biturbo de 4,0 litros revisado com bielas mais fortes, pistões de alumínio forjado, novos turbos, uma caixa de admissão de alumínio e uma recalibração de software. São agora nada menos que 1.063 cv e 132 mkgf. Se você está perguntando o motivo de tudo isso numa perua teoricamente off-road, quadrada e quase tão grande quanto um prédio de cinco andares, bem… onde você estava nos últimos 10 anos? Mas sim, é estranho, e acho que nunca vai ser “normal”.
O fato é que este treco consegue por isso fazer o 0-100 km/h em 3,5 segundos, e chegar a 300 km/h. Sim, você ouviu corretamente, trezentos quilômetros por hora neste caixote. Para ajudar a manter ele no chão, como se não bastassem as duas toneladas e meia que ele pesa sem passageiros, estão novos coilovers que reduzem a altura em 30 mm, e freios de carbono-cerâmica são necessários para parar o monstro.
Bancos especiais com o número “1.063” bordado nos encostos de cabeça, fazem parte do pacote. Há até mesmo um “Teto Starry Sky”, semelhante ao forro de teto estrelado que ficou famoso nos Rolls-Royce modernos. E mais: um volante inspirado no do carro de corrida W13 de Hamilton.Volante de F1 em G-class, sim.
Tanta potência e cafonice só podia ser direcionada a um certo mercado; o lançamento no Grande Prêmio de Abu Dhabi, a última corrida de Hamilton com a Mercedes, parece mostrar qual. Apenas 11 carros serão feitos, graças a Deus, a um preço que começa no equivalente a R$ 4.236.600 na Europa. (MAO)
Land Cruiser J70 ganha novo câmbio manual
O Toyota Land Cruiser J70, como sabemos, apareceu pela primeira vez em 1984. Em 2023 recebeu uma extensa renovação, e não há planos de descontinuá-lo. Por isso agora para 2025 recebe mais algumas atualizações. A principal delas, um câmbio manual de cinco marchas.
Como sabemos, o antigo V8 diesel foi descontinuado, por ser menos potente que o moderno quatro em linha; quando o V8 morreu levou consigo o câmbio manual de quatro marchas. Agora, a configuração de três pedais está de volta, em conjunto com o quatro em linha turbodiesel de 2,8 litros. Este motor tem saudáveis 201 cv e torque de 46 mkgf.
A Toyota ainda oferece o J70 na Austrália com uma transmissão automática de seis velocidades, a qual permite torque maior: 50 mkgf. Optar pela transmissão automática traz o torque total muito mais cedo, também, aos 1.600 rpm contra 2.400 rpm quando a é reforçado e tem relações exclusivas para o J70.
Da primeira à terceira são todas marchas reduzidas; a quinta é bem longa para ajudar em uso rodoviário. A Toyota também instalou um novo volante. O controle de assistência em declive também teve que ser sacrificado para o Land Cruiser manual.
O Land Cruiser J70 mais barato com transmissão manual custa o equivalente a R$ 307.000 na Austrália. O J70 também é oferecido no Japão, com um espelho montado no para-lama e tudo, como se fosse hoje 1985. Um modelo “jipe”, de entre-eixos curto, também é vendido nos Emirados Árabes Unidos. Long may you run. (MAO)
Os BMW M de quatro motores elétricos
“Dissonância cognitiva”. O fenômeno em que um grupo de pessoas, estando investido em uma teoria qualquer, mesmo frente a provas irrefutáveis de que ela está errada, ao invés de desistir dela, ficam ainda mais radicais e apostam ainda mais nela. É algo muito comum pelo simples fato de que abandonar uma vida toda de dedicação a algo não é fácil.
Ainda não é exatamente o caso aqui. Teoricamente, a partir de 2035, por lei só se vende elétricos na Europa. A BMW só está agindo de acordo ao mandato. Mas num momento em que todo mundo está em duvida sobre este futuro elétrico, não deixa de ser estranho ver notícias sobre os M-cars elétricos.
Mas vamos lá: segundo o chefe de desenvolvimento geral de veículos da BMW M, Carsten Wolf, os carros elétricos M terão quatro motores no futuro. Ele elogia a configuração de quatro motores dizendo que ela oferecerá “desempenho, qualidade e recursos sem precedentes que você nem consegue imaginar hoje”.
É uma verdade: em termos de possibilidade de controle de torque em cada roda, as possibilidades dinâmicas são inacreditáveis, e de possibilidades infinitas no futuro. Mas por outro lado, já sabemos, desde que o elétrico moderno apareceu, que não é exatamente desempenho puro que faz um carro esporte. A gente, ao perceber isso, mudou de ideia sobre eles; mas muita gente continua em negação.
A revelação apareceu em um vídeo da M, onde apresenta-se um protótipo i4 M50 com colorido e a grade do M3. Além de ter quatro motores elétricos, ele também tem freios de carbono-cerâmica, uma carroceria reforçada para rigidez extra e novos subchassi em ambos os eixos. Claro, provavelmente há muitas outras mudanças, mas essas são as únicas sobre as quais a BMW fala.
É fácil entender o fetiche do engenheiro pelos quatro motores: é realmente um poço de possibilidades que deve ser uma delícia de explorar. Mas com o desempenho do carro moderno já tantos degraus acima do que é possível nas ruas, é um caminho realmente importante para o carro esporte, esse de cada vez mais desempenho? Ou devemos dar alguns passos para trás e olhar com cuidado para diversão a velocidades mais baixas? Não, não sabemos a resposta; por mais que gurus falem dele com a empáfia e certeza divina, ninguém sabe como o futuro será. Mas a dúvida existe.
A BMW está doubling-down no curso atual, como é praxe entre os alemães. O chefe da M, Frank van Meel, já confirmou um sedã elétrico semelhante ao M3. Deve chegar em 2027 ou 2028.
Não, por enquanto não é o fim do M3 de seis cilindros em linha. Mas com recursos cada vez mais escassos em um mercado diminuído, decisões difíceis devem ter que ser tomadas. Muito em breve. Veremos! (MAO)