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Gymkhana 2022: a volta em grande estilo
Vamos falar a verdade: o tal “Electrikhana”, a versão eletrificada dos famosos vídeos de drift extremos de Ken Block, patrocinado pela Audi, foi uma decepção. O incrível é que nada, além do som emitido pelo veículo, mudou em relação aos antigos vídeos de Block. Mas ainda assim, a vibe futurista de uma Las Vegas eletrificada, junto com o som de autorama do Audi de Block expeliu toda a alegria do evento. A violência das manobras pareceu diminuída, e todo a aura do negócio parecia séria e triste.
Mas felizmente, os Hoonigan não esqueceram o que os fizeram famosos. A nova Gymkhana 2022 apareceu no Youtube, e é sensacional: leve, engraçada, violenta e divertidíssima. Travis Pastrana, o biker BMX que virou piloto de rali e agora Stuntman, toma o lugar de Ken Block, e seu carro é o incrível “Subaru Family Huckster”.
Trata-se de um carro de corrida criado especialmente para este tipo de show, em cima de uma perua Subaru de 1982. A piada é que os Subaru desta época são conhecidos por ser extremamente lerdos. Não este monstro, com tração nas quatro rodas, câmbio sequencial, e um Subaru de 2,3 litros turbo com 862 hp / 874 cv.
O vídeo é mais leve, e realizado na ensolarada e alegre Flórida. Uma Gymkhana divertida e iconoclasta, não conformada com o futuro sanitizado de um Audi elétrico. A perua tem aerodinâmica ativa e carroceria de fibra de carbono, além de uma proteção de assoalho bem efetiva que permite que ele deslize por um conjunto de trilhos paralelos, como se estivesse num skate. Pastrana pula sobre helicóptero, pula pontes quebradas, acompanha um caça a jato em velocidade e dá uma bucha no YouTuber Cleetus McFarland e seu Chevy El Camino de arrancada com mais de 3.000 cv. E tudo ao som do motor Subaru insano gritando e rodas fazendo fumaça. Demais.
Até mesmo o segmento de propaganda da Subaru patrocinado no final consegue ser divertido, Pastrana se passando por um vendedor de carros usados da Flórida e dando algumas voltas e saltos em WRX da loja antes de dar seu selo de aprovação.
Tanto o carro quanto Pastrana não saíram ilesos da filmagem: ele múltiplas fraturas nas costas e no quadril após um grave acidente de base jumping durante as filmagens. E o salto no final não parece ter acabado bem para seu Subaru. Mas quer saber? Valeu a pena. (MAO)
Bentley apresenta Flying Spur personalizado em Miami
Falando em Flórida, outra extravagância apresentada naquele estado americano recentemente chama a atenção. A Bentley mostrou um sedã Flying Spur Hybrid personalizado por Dominic “The Surgeon” Ciambrone, aparentemente um criador de sapatos sob medida famoso. O carro vem depois de Ciambrone ter lançado 10 tipos diferentes de tênis inspirados em Bentleys. Sim, os ultra ricos são gente muito esquisita.
O carro é pintado em dois tons de cinza fosco por fora, e é baseado no pacote Mulliner Blackline, que substitui o cromo usual por preto. Inclui também peças de fibra de carbono no splitter dianteiro, soleiras laterais, spoiler traseiro e difusor traseiro.
O interior do veículo sob medida é onde Mr Ciambrone realmente deixou sua marca. Literalmente. Seu logotipo pessoal é uma variação do símbolo de pirataria, que aparece várias vezes no interior, junto com a palavra “SURGEON”. Bom gosto é algo pessoal, talvez?
O preço não foi divulgado, mas certamente está bem acima do que se paga por um Flying Spur normal nos EUA, US$ 217.525 (R$ 1.139.831). O dono do carro também receberá um par de tênis Bentley/Surgeon Adidas Forum Low de edição limitada junto com o seu novo veículo. Uhú? (MAO)
A volta da Chevrolet Spin com câmbio manual
O Chevrolet Spin pode não ser a coisa mais bonita por aí. Também não é exatamente um foguete. É um carro barato e não esconde isso também. Mas certa vez, em 2013, passei uma semana com uma Spin básica, de cinco lugares, e com ainda o câmbio manual de cinco marchas close-ratio, e descobri algo completamente inesperado.
Sim, tinha toda praticidade e utilidade que se espera deste tipo de van/perua alta pequena, mas com um bônus: tinha comportamento decididamente esportivo. A suspensão além de absorver bem as imperfeições do piso (e quebra-molas em velocidades desaconselháveis), tinha uma estabilidade incrível, e com o câmbio manual era uma delícia de guiar. Difícil de acreditar? Pois é, pensei o mesmo, mas era verdade.
Quase 10 anos depois e ela continua em produção, muito modificada. Ficou menos feia, bem mais econômica, mais bem acabada. Mas agora, não mais disponível com câmbio manual, além de não contar com a leve versão hiperbásica que tanto gostei em seu lançamento.
Agora, a GM diz que a transmissão manual de 6 marchas vai retornar como opção no Spin. Será exclusivo para as versões LS e LT de 5 lugares, com as versões de 7 lugares sendo equipadas exclusivamente com câmbio automático de 6 velocidades. A empresa diz que é para baratear o carro de entrada, e fazê-lo mais palatável aos frotistas. Justo.
O motor continua o mesmo 1.8 melhorado em 2017, de 111 cv a 5.200 rpm e 17,7 mkgf a 2.600 rpm, no Etanol. Com o retorno da transmissão manual, são agora nada menos que oito variantes do carro, que vai da simples LS manual até as sofisticadas Premier e Activ de sete lugares automáticas. O peso varia entre 1207 kg e 1271 kg, ótimo hoje em dia. A nova Spin mais barata, a LS manual de 5 lugares, começa nos R$ 100.540. (MAO)
Lexus terá câmbio manual para carro elétrico
Parece que João Augusto Conrado do Amaral Gurgel era realmente um visionário; na época todo mundo o criticou por instalar um motor elétrico num câmbio VW, fazendo um elétrico com câmbio manual de quatro marchas. Elétricos, com torque máximo presente a zero rpm, não precisam de câmbio como um motor a combustão interna.
Algumas oficinas especializadas em converter carros clássicos em elétricos, principalmente VW e Porsche, já fazem hoje como Gurgel; além de facilitar a conversão, o carro fica mais divertido de guiar; os Porsche 356 assim tem já alguns fãs.
Mas agora é a vez de isso chegar ao mainstream, se acreditarmos nas declarações da Lexus. A empresa diz que está desenvolvendo uma transmissão manual para veículos elétricos.
O objetivo é oferecer a tecnologia na versão de produção do conceito Electrified Sport, que é o sucessor espiritual do LFA. Assim como um manual normal, há um pedal de embreagem, câmbio e até um tacômetro. Este é um sistema baseado em software e o código pode reproduzir a experiência de dirigir de diferentes veículos. Os motoristas podem selecionar a configuração de sua preferência.
Não é um câmbio manual de verdade, infelizmente; é um emulador. Um câmbio manual virtual. Bom, é mais barato que uma caixa (inútil aqui, lembre), mas ainda assim, menos desejável por isso. Deve melhorar a experiência ao dirigir, porém; só experimentando para ter certeza de que não parecerá fake demais. Mas pelo menos é um passo para fazer os elétricos mais interessantes, e isso deve ser louvado.
O Electrified Sport também terá tecnologia de freio by wire. Lexus ainda não deu detalhes sobre este sistema. O modelo também contará com tração nas quatro rodas Direct4. O resto das especificações ainda são um mistério, mas a empresa diz que a aceleração de 0-100 km/h se dará em cerca de 2,0 segundos. A Lexus garante que é um carro de verdade que chegará em produção; mas não se sabe quando. (MAO)