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Zero a 300

O investimento da Toyota no Brasil | Telas são inseguras? | Jaguar não fará mais carros e mais!

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Toyota pode fazer anti-Toro com novo investimento

O anúncio veio de um político, no Twitter X, onde o dito político está vestido de japonês e onde um balãozinho de gibi sai da boca dele dizendo que “Deus está ouvindo minhas preces”. Eu vivi para ver um comunicado oficial de um executivo-sênior do Governo do Brasil, sendo feito desse jeito.

Mas o que ele anuncia é notícia. A Toyota, segundo o Vice-Presidente e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, vai anunciar hoje “investimentos de R$ 11 bi no país nos próximos anos, gerando 2 mil empregos, com previsão de lançamento de novos modelos.”

O novo modelo, aparentemente, é uma “Toyota Toro”, um competidor para o super-sucesso picapístico da Fiat. O anúncio deve acontecer hoje em evento na planta de Sorocaba, SP, nova sede da empresa desde o fechamento da fábrica histórica de São Bernardo do Campo.

A Toyota já anunciou investimentos no Brasil recentemente. Até agora esta nova onda de investimento trouxe R$ 61,8 milhões para atualizar o Corolla Cross, seguido por mais um investimento de R$ 1,63 bilhão para a produção nacional do Yaris Cross. Não está claro se esse novo investimento se soma à esses, ou eles são parte deste maior.

A nova picape, cuja possibilidade foi sugerida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, poderá ser híbrida; uma forma de deixar alegres os políticos obviamente envolvidos no assunto, e tornar esse novo ciclo de investimento estatal parecer moderno, e não repetição de modelo já existente há muito tempo.

A postagem de Alckmin diz que: “Com o Mover e o Combustível do Futuro, o Brasil, está promovendo grandes investimentos para descarbonizar sua mobilidade, tornando ainda mais sustentável nossa matriz energética.” E termina com pequenas bandeiras nacionais do Brasil e Japão, uma folhinha verde, e um carrinho. Que fofo! (MAO)

 

Jaguar não vai mais fabricar carros. Só SUV.

RIP

Vamos ser claros: não acreditamos que a Jaguar vai sobreviver muito tempo mais. Quando se juntou à Land-Rover, parecia um casamento ideal, uma empresa especializada em sedãs, peruas e carros esporte de rua, se juntando à outra que se especializa em SUV e Jipes. Mas todo mundo só quer SUV hoje em dia, o que, incrivelmente, fez aparecer os Jaguar SUV. A utilidade de se ter duas marcas vendendo o mesmo ao mesmo preço te escapa? Pois é.

Agora a revista inglesa Autocar nos informa que em breve, a Jaguar será uma empresa somente de SUV. Os sedãs XE e XF serão descontinuados; também acabará o mais interessante dos Jaguar atuais, o esportivo F-type.

A Jaguar encerrará a produção desses carros em questão de semanas, diz a Autocar. O motivo seria o fechamento temporário de sua fábrica em Castle Bromwich, em Birmingham, enquanto ela se prepara para a transição para a produção de painéis de carroceria para uma linha totalmente nova de veículos.

O que sobra de Jaguar a venda? apenas SUV. Os  E-Pace e F-Pace, e o elétrico I-Pace.  A empresa está investindo em uma “nova era”, que começa em 2025 com a introdução de um carro GT elétrico de 600 cv e quatro lugares no estilo do Porsche Taycan, que será seguido um ano depois por um SUV de luxo estilo Bentley Bentayga e, em seguida, por um grande sedã de luxo. Todos compartilharão a nova – e personalizada – plataforma JEA da empresa e não têm nenhuma relação com seus modelos atuais. Todos elétricos.

A JLR confirmou à Autocar que a fábrica de Castle Bromwich irá parar de fabricar carros em junho. Essas instalações de Birmingham originalmente foram criadas para construir caças Spitfires e bombardeiros Lancaster na Segunda Guerra Mundial. A fábrica foi adquirida pela Jaguar Cars em 1977. (MAO)

 

Porsche promete Super-Taycan

A Porsche anunciou que vai lançar o mais hardcore dos Taycan dia 11 de março. Aparentemente o carro será a versão de produção  do protótipo que fez o Nurburgring Nordschleife em 7:07,55.

A nova imagem teaser mostra apenas uma silhueta. A grande asa traseira, que irá diferenciá-lo dos irmãos menos velozes, é a única coisa que sabemos com certeza, por enquanto.

O Taycan mais potente até agora é o Turbo S, com 938 cv. “Turbo” aqui é apenas um nome, já que não há turbo neste Turbo: é elétrico, claro, como todo Taycan.  Espera-se ainda mais para o novo Taycan anunciado, para atuar neste mercado dominado por Teslas igualmente ludicrously fast. Muito possivelmente, passará dos 1000 cv. Há boatos de um terceiro motor, e com ele ainda mais peso do que os 2300 kg do Turbo S atual.

O Turbo S já faz de 0-100 km/h em apenas 2,4 segundos; não se sabe se o novo Taycan diminuirá este tempo, já francamente assustador. Outra coisa que não se sabe é o nome: levará a sigla GT RS? O tempo em pista parece validá-lo, se tempo em pista for o que importa para isso.

O Taycan Turbo S começa em US$ 210.995 (R$ 1.046.535) nos EUA. É seguro presumir que o novo carro custará mais. O que faz o Tesla Plaid uma verdadeira pechincha aos US$ 89.990 (R$ 446.350). Mas isso nunca foi um problema para a Porsche né? É só ver a diferença de preço entre um Corvette e um 911. (MAO)

 

Telas gigantes podem ser proibidas

Todo mundo reclama da falta de atalhos físicos, os botões, para funções hoje escondidas em submenus irritantes em telas sensíveis ao toque. Agora eles podem voltar, mas não por iniciativa dos fabricantes, ouvindo seus clientes. Good God, no!

Por incrível que pareça, a iniciativa vem do Euro NCAP. O novo protocolo te teste da entidade, que atribui estrelinhas para quem considera seguro passivamente (em crash-tests), previstas para entrar em vigor em janeiro de 2026, irão deduzir pontos de veículos que não possuem determinados controles tradicionais.

Sim: pretende rebaixar as classificações de segurança de carros recentemente testados que não possuem botões, controles físicos diversos ou mostradores para as seguintes funções: piscas, luzes de emergência, buzina, limpadores de para-brisa e chamada de emergência. Esta última é conhecida como função eCall e é obrigatória na União Europeia há vários anos. Ele disca automaticamente o número de emergência local em caso de acidente de carro grave.

O que tem a ver uma entidade que mede segurança passiva, com botões e/ou telas? Ela explica: “O uso excessivo de telas sensíveis ao toque é um problema que afeta toda a indústria, com quase todos os fabricantes de veículos movendo os principais controles para telas sensíveis ao toque centrais, obrigando os motoristas a tirar os olhos da estrada e aumentando o risco de acidentes por distração. incentivamos os fabricantes a usar controles físicos separados para funções básicas de maneira intuitiva, limitando o tempo fora da estrada e, portanto, promovendo uma direção mais segura”.

Como sempre com a entidade, é um movimento que prevê uma legislação futura. Numa entrevista à Automotive News Europe, o CEO da BMW, Oliver Zipse, disse estar “absolutamente convencido” de que as telas enormes serão proibidas dentro de uma década ou mais: “Em 10 anos, isso acabou. Provavelmente a legislação não permitirá”. Ele acrescentou: “Se você tiver que olhar para baixo para dirigir seu carro, achamos que é um grande erro”. (MAO)