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GP dos EUA teve o maior público da história da F1
Quando os americanos assumiram o comando da Fórmula 1, a expectativa foi alta. Afinal, se há alguém que sabe transformar qualquer coisa em espetáculo, este alguém são os promotores americanos. Eles têm concursos de comer o maior número de cachorro quente, concursos de churrasco, concursos de castelos de areia, um campeonato esportivo que tem o maior custo de mídia do planeta, e já tinham a categoria de automobilismo com o maior público presente do mundo. A Fórmula 1 na mão dos americanos precisaria apenas de tempo para se tornar algo ainda maior, mais rico e mais poderoso.
Agora imagine o que os americanos seriam capazes de fazer com a Fórmula 1 nas mãos em um Grande Prêmio realizado nos EUA. Os caras estão jogando em casa, conhecem o campo e a torcida. O resultado não poderia ser outro: o GP deste ano, no Circuito das Américas, teve o maior público pagante ao longo do fim de semana em toda a história da F1, com um salto significativo sobre o recorde anterior.
Considerando as atividades de sexta-feira, sábado e domingo, 400.000 pessoas foram ao Circuito das Américas acompanhar os treinos e a corrida. Antes disso, o recorde era do GP da Grã-Bretanha de 2019 — também organizado pelo pessoal da Liberty Media —, com 351.000 espectadores ao longo do fim de semana.
Apesar disso, o público que foi à corrida no domingo, estimado em 140.000 pagantes, não foi o maior da história. O recorde, contudo, ainda é dos americanos, com 250.000 espectadores em Indianapolis no GP dos EUA de 2000. A grande procura pelas atividades de sexta e sábado (cerca de 195.000 em cada dia), deixa claro que as mudanças feitas pela Liberty Media desde que eles assumiram o controle da categoria, em 2016, foram positivas no sentido de manter a relevância da F1 e despertar o interesse do público. Com uma temporada acirrada como a que estamos acompanhando, o resultado não poderia ser diferente. (Leo Contesini)
Ford Sierra RS500 do BTCC terá uma série de continuação
O Ford Sierra RS500 é mais um daqueles Ford que aprendemos a admirar à distância — como absolutamente todos os esportivos clássicos da marca. Até mesmo os americanos tiveram um Sierra esportivo na forma do Merkur XR4ti, uma verdadeira jóia perdida no mercado até pouco tempo atrás.
Foi na Inglaterra e na Alemanha que o carro fez história. Na Alemanha, ao vencer o DTM de 1988 com Klaus Ludwig, e na Inglaterra ao conquistar o BTCC de 1985 (ainda como XR4ti) e 1990 com Andy Rouse e Robb Gravett. Agora, passados 31 anos desde seu último título, o RS500 está de volta com uma série de três unidades de “continuação”, criadas pelo próprio Andy Rouse.
Rouse é multicampeão do BTCC. Ele dominou o campeonato de 1983 a 1985, vencendo cada ano com um carro diferente. Seu último título foi a bordo do Sierra XR4ti, que ele ajudou a desenvolver e, mais tarde, daria origem ao RS500. Sendo um dos desenvolvedores do carro, ele o conhece como ninguém e agora irá fazer as três unidades com a mesmíssima especificação usada por ele nas pistas.
Isso significa que os carros terão uma unidade novíssima do motor Cosworth YB com 575 cv, combinada ao câmbio de cinco marchas da Getrag, além de suspensão de competição (não foram divulgadas as especificações), a clássica pintura branca dos Ford de corrida da época, rodas BBS RS douradas com borda prateada, o spoiler duplo traseiro e gaiola de proteção.
Como todo projeto de galpão, feito pelas centenas de micro-empresas de engenharia da Inglaterra, cada um destes três Sierra RS500 será licenciado para as ruas — afinal, qualquer coisa com faróis e retrovisores pode ser licenciada na Inglaterra — e, claro, não será barato: os carros partem de £ 185.000 (R$ 1,5 milhão em conversão direta). Note que eu disse “partem de”, porque você pode customizar os carros com pinturas clássicas ou exclusivas, e comprar diversos pacotes de componentes sobressalentes. (Leo Contesini)
Este é o Rolls-Royce Ghost Black Badge
O comprador médio da Rolls-Royce tem 43 anos. É mais jovem do que o comprador médio do Mini, o que mostra como é confuso esse mundo. Uma parte fundamental desse fenômeno de rejuvenescimento da marca aconteceu nos últimos cinco anos com o lançamento da linha de modelos Black Badge, que realmente agora encontrou seu nicho, especialmente entre os compradores mais jovens nas megacidades emergentes do mundo. Mais jovens e mais ricos: o novo Ghost Black Badge lançado ontem não vai custar menos de U$400.000 nos EUA.
Este caminhão de dinheiro compra um carro, bem, do tamanho de um caminhão. Duas toneladas e meia de tecnologia, luxo e opulência, destilada até sua forma mais pura. Seria até ofensiva se nos dias de hoje não fosse uma forma de ostentação tão popular, principalmente na Asia e Oriente médio.
O V12 de 6,75 litros e dois turbos do novo Black Badge entrega 592hp a 5000 rpm e 92 mkgf a partir de 1700 rpm, um acréscimo de 29hp e 5 mkgf sobre o Ghost normal. Um novo modo selecionável de direção traz mudanças de marcha e resposta do acelerador mais rápidos, mas não o chame de “Sport”: o estranhamente nomeado modo ‘Low’ é acessado por um botão na alavanca de câmbio na coluna, e torna o carro, bem… não há outra forma de dizer, então vai lá: esportivo. Sim, eu escrevi “esportivo” e Rolls-Royce num só texto. Quem diria. Todo Ghost, como sabemos, tem tração nas quatro rodas, suspensão pneumática e direção no eixo traseiro.
O carro tem todos os cromados negros; ainda é cromo, mas alterado para dar uma cor bem mais escura. Preto é a cor mais popular nesse tipo de Rolls, mas qualquer uma das 44000 opções de cor da marca estão disponíveis. Quarenta e cinco kg de tinta são aplicados em todo Ghost, pintura essa polida à mão por cinco horas. Os modelos Black Badge usam um conjunto de rodas exclusivas de fibra de carbono de 21 polegadas, e a trama de carbono de 44 camadas ainda é cuidadosamente deixada visível nos aros.
O carro tem também um novo interior atualizado com novos instrumentos digitais e muito metal, madeira e couro. O logotipo Black Badge está gravado no acabamento acima do refrigerador de champanhe do banco traseiro e, é claro, há o forro de teto iluminado imitando estrelas, comum nos Rolls-Royce de hoje. Você pode escolher o padrão do céu sob medida, a maioria usando o padrão que aparece de noite acima da cidade onde mora. Desculpe, na verdade da sua cidade favorita; os donos desses carros não precisam morar em um só lugar.
O mano já pode encomendar o seu em seu concessionário preferido. Em qualquer cidade do mundo que o mano esteja. Uhú. (MAO)
Hyundai Creta ganha facelift na Indonésia
O Hyundai Creta de nova geração em breve receberá um facelift no exterior. Vendido desde 2019 nos mercados asiáticos, o modelo ganhará dianteira totalmente redesenhada. A estreia acontecerá já no mês que vem.
Imagens divulgadas pela própria marca revelam alguns detalhes do facelift. Os faróis principais ficarão nas extremidades do para-choque, enquanto as luzes diurnas de LED serão posicionadas logo acima junto ao capô. A grade é novo padrão na marca, e deve se espalhar a mais modelos em breve. O carro deve ser lançado na Indonésia na primeira metade de novembro, produzido numa nova fábrica local.
Os fãs do modelo no Brasil que não gostaram do desenho atual podem ter um pouco de esperança então. Mas como por aqui o Creta acabou de ser lançado, teoricamente não viria tão cedo. A não ser que não venda bem, claro, o que sempre pode acelerar esse tipo de coisa. (MAO)
Este é o Toyota bZ4X – e ele pode revolucionar os elétricos
No meio de notícias diárias de elétricos de mais de 1000cv, algo tão paradoxal com sua mensagem de salvadores do planeta, ou como dizia Clarkson, ursos polares, hoje aparece um elétrico que parece mais sensato, mais em linha com a missão. E ele vem da Toyota, uma empresa que cada vez mais mostra entender o automóvel pelo que é, e não toda política e marketing de imagem que hoje paira em volta dele.
Trata-se do bZ4X, mostrado antes como conceito, mas agora na versão de produção. A submarca bZ (beyond Zero) tem sete modelos previstos para lançamento. O carro é basicamente um RAV4 elétrico, mas baseado na plataforma e-TNGA, dedicada a veículos com este tipo de propulsão.
Prometido para estar à venda em meados de 2022, o bZ4X será oferecido em duas versões, tração dianteira ou nas quatro rodas, com um ou dois motores elétricos. O modelo básico de tração dianteira tem potência máxima de 201hp e 26,5 mkgf de torque instantâneo. Faz 0-100km/h em 8,4 segundos e chega a 160km/h. O de tração nas quatro rodas e dois motores, 215hp e 33,6 mkgf of torque. Melhora só aceleração, para 7,7 segundos no 0-100km/h. A autonomia não impressiona, mas é mais que suficiente: 450 km.
Mas importante aqui: ambos usam uma bateria de 71,4 kWh, refrigerada a água, uma inovação na Toyota. A empresa afirma que a bateria não perderá mais de 10 por cento de seu desempenho em 10 anos de uso, ou 240.000 km, o que ocorrer primeiro. Esta notícia não ganhou muita manchete, mas se você me perguntar, é uma inovação importantíssima para o elétrico. Principalmente para nós que compramos carros usados.
A Toyota divulgará os preços mais perto da data de venda. O bZ4X estará disponível nos Estados Unidos, bem como na Europa, Japão e China, em 2022. (MAO)