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O Wankel Mazda está de volta! Mas não do jeito que você gostaria.
O motor Wankel da Mazda está de volta! Quando imaginávamos que nunca mais veríamos algo assim, ele aparece novamente. Mas antes que você comece a soltar rojões, caia de joelhos na rua com as mãos ao céu agradecendo, pode esquecer visões de um novo RX-7 cuspidor de fogo: é apenas um gerador de eletricidade, um range extender para o estranho cupê-SUV-elétrico da Mazda, o MX-30 R-EV.
O Mazda MX-30 totalmente elétrico, lançado em 2019, sempre foi algo difícil de entender: um elétrico sem muita autonomia nem potência, e o desenho inspirado no RX-8 (inclusive com sua portinha suicida traseira), se o RX-8 fosse um SUV pequeno moderno, inclusive com as simples, baratas e sem imaginação suspensão dianteira McPherson e traseira por eixo de torção. Imagem sem substância, é a impressão que passava.
Agora com o novo motor-gerador, tudo parece mais claro; provavelmente é a intenção original do fabricante, inclusive no estilo evocando o último carro com Wankel.
A autonomia do MX30 EV era pífia: apenas 160 km. Agora, com o motor a gasolina ajudando, as coisas certamente melhorarão. Ainda não existem detalhes do novo Wankel, seu deslocamento, peso ou potência, mas certamente fará do pequeno Mazda algo mais desejável. Não desejável o suficiente para ser a escolha daquele ícone da masculinidade (provavelmente hoje considerada tóxica), James “The Wolverine” Howlett. Mas o mundo mudou muito desde 2003, quando ele escolheu o RX-8 entre um mundaréu de outros carros, na garagem da famosa escola localizada em 1407 Graymalkin Lane, Salem Center, Westchester, NY.
O MX-30 elétrico atual usa um único motor elétrico produzindo 144 cv e 27,2 mkgf. Faz o 0-100 km/h em torno de 10 segundos. Não está claro se a Mazda vai manter este motor principal, ou vai aumentá-lo para lidar com o peso adicional da parafernália motor-gerador-eletrônica. Assim que tivermos mais detalhes do novo Wankel, voltamos para contar. (MAO)
Pininfarina Battista bate recorde de 0-60 mph
Certamente há muito tempo passamos do limite do desejável quando se fala em aceleração, mas também é claro que estamos longe do limite do possível. Quando achávamos que ninguém tentaria acelerar ainda mais rápido, vem a notícia de que o recorde de 0-60 mph (0-96 km/h) em carros de produção foi quebrado novamente.
O Tesla Model S Plaid fazia a prova em incríveis 1,98 segundos, e era o recordista até ontem. Mas agora chega a notícia que o supercarro da Pininfarina, o Battista, faz a prova em inacreditáveis 1,79 segundos. Barrabás…
Só para ilustrar ainda mais a força deste monstro: atinge 200 km/h em 4,49 segundos (!!!) e não para de acelerar até atingir 349 km/h. Para conseguir isso, usa quatro motores elétricos que produzem uma potência combinada de 1.900 cv e 234,5 mkgf de torque. A Rimac fornece a bateria de 120 quilowatts-hora.
Cada carro é construído à mão na Itália, levando aproximadamente 1.250 horas totais para ser concluído. Apenas 150 carros estão planejados para produção, com preços a partir de € 2,2 milhões, ou R$ 12.034.000 no câmbio de hoje. A produção começou em julho e as entregas aos clientes já estão em andamento. A Pininfarina está mostrando o carro pela Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, e foi neste tour que revelou seu desempenho recorde, alcançado no Autódromo de Dubai. O que diz muito sobre qual é seu público-alvo.
O nome Battista é uma homenagem ao famoso personagem de Eliezer Motta no programa Viva o Gordo, aquele que sempre era admoestado a “calar a boca” fundador da Pininfarina, o late, great Battista “Pinin” Farina. Se Ferrari pode ter um Enzo, a Pininfarina pode ter um Battista, não? (MAO)
Morgan Super 3 mostra colaboração com a Orlebar Brown
O Morgan Super 3 é um dos mais sensacionais carros da atualidade. Bem, não sei se nem pode ser chamado de “carro”. É um triciclo, um carro de três rodas. É também uma maravilhosa mescla de passado e futuro, uma pós-modernista ode ao automóvel como alegre forma de diversão despreocupada. Mas ao mesmo tempo, e aqui diferente de seu antecessor com motor de Harley-Davidson, é totalmente moderno em sua engenharia e design. Confesso que venderia um rim por um, se meu rim valesse tanto assim.
A Morgan agora está destacando a capacidade de personalização do Super 3 com uma nova colaboração. Fez parceria com a marca de roupas de banho Orlebar Brown para projetar um Super 3 único com toques internos e externos exclusivos. Aqui no Brasil duvidamos que esta marca faria muito sucesso: O.B. costuma ter outro significado por aqui.
Mas enfim, a colaboração resultou em um Super 3 personalizado com acabamento em pintura Pastel Beige. Os bagageiros laterais personalizados tem cordas elásticas vermelhas. No interior, Morgan e Tampax OB decoram a cabine em tecido Khaki Sand, tecido também usado para o teto tipo “bikini” removível.
Morgan projetou o novo Super 3 do zero, com uma plataforma monocoque de alumínio colada como base. A potência vem de um motor Ford de três cilindros, 1,5 litro e 118 cv e uma caixa de cinco velocidades do Mazda MX-5. Pesa 640 kg, faz o 0-100 km/h em sete segundos cravados e chega a 215 km/h. Com ou sem a ajuda da O.B. (MAO)
GM diz que “A era do motor à combustão interna não acabou.”
A General Motors quer ser mais Tesla que a Tesla; seu objetivo declarado é ser o maior fabricante de carros elétricos do mundo. Mas, aparentemente, isso não significa que abandonará o motor de combustão interna. Um executivo da empresa confirmou que o ICE continua parte dos planos futuros da empresa.
O presidente da GM, Mark Reuss, deu recentemente uma entrevista à Fox Business, e disse que a General Motors não está pronta para deixar os segmentos tradicionais, onde os modelos com ICE ainda dominam as vendas por uma ampla margem.
Numa declaração surpreendente vinda da empresa cuja “visão” é “Zero acidentes, zero emissões e zero congestionamento”, disse Reuss: “A era do motor à combustão interna não acabou. Não vamos abandonar nossos segmentos de motores de combustão interna. Temos liderança em caminhonetes com a GMC e a Chevrolet.”
Mas a afirmação tem um pé em uma realidade inevitável. É preciso continuar ganhando dinheiro para investir em veículos elétricos. No caso da GM, a empresa quer investir cerca de US$ 35 bilhões em EV e tecnologias autônomas até meados da década. E carro alétrico continua uma proposta pouco lucrativa, fora dos supercarros caríssimos.
Na entrevista, Reuss comentou que espera que os investimentos no setor de EV comecem a trazer dinheiro em 2025. “Então começamos a ganhar dinheiro com EVs e a estrutura de margem se torna muito boa”. Vamos aguardar para ver. (MAO)
Tolman Engineering faz Peugeot 205 GTI restomod
Um dos mais amados dos Hot-hatches dos anos 1980, na Europa, é o Peugeot 205 GTI. Até hoje é lembrado como um dos grandes carros esporte da história, apesar da carroceria de carro pequeno para a família. Os ingleses são particularmente apaixonados por sua agilidade, alegria, e controlabilidade em direção esportiva.
Por isso, a Tolman Engineering do Reino Unido mostrou o seu novo restomod baseado no 205 GTI. O objetivo é criar um 205 GTI que eleve as sensações do original; nada radical que mude o carro completamente, o que é inteligente.
Ele usa um motor quatro cilindros original de 1,9 litros, mas preparado. As modificações incluem novo comando, cabeçote DOHC 16 válvulas, uma ECU Motec e um escapamento revisado. O resultado são saudáveis 200 cv, num carro que originalmente pesava menos de 900 kg. Faz agora o 0-100 km/h em 6,5 segundos.
O câmbio é o original de cinco marchas, mas revisado principalmente na trambulação, para trocas mais positivas e rápidas; um diferencial Quaife Automatic Torque Biasing é opcional. Os amortecedores são Bilstein, os braços inferiores dianteiros ajustáveis, e a barra estabilizadora é exclusiva. Os freios usam pinças AP Racing e linhas de aço inoxidável.
Por fora, parece um GTI original, mas os faróis são de LED, por exemplo, além de outras modificações menores. No interior, existem comodidades modernas como Bluetooth. Um painel de instrumentos digital Motec LCD e tela de infoentretenimento com tela sensível ao toque são opções disponíveis.
Ao preparar os carros, Tolman desmonta o carro doador totalmente, e adiciona proteção anticorrosiva e revestimento cerâmico. Do início ao fim, cada carro leva cerca de 700 horas para ficar pronto.
O 205 GTI da Tolman começa em £ 55.000 (R$ 345.950) na Inglaterra. A empresa diz que está explorando fazer restomods de outros hot hatches dos anos 80 e 90. (MAO)