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Zero a 300

O não-acordo Porsche e Red Bull na F1 | novo Virtus registrado no Brasil | a volta dos botões nos carros e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Porsche e Red Bull não farão parceria na F1

Enquanto a Audi já confirmou seu ingresso na Fórmula 1, mostrando até mesmo a pintura do carro que ela ainda não tem, a Porsche ainda não fez nenhum anúncio formal e, para piorar, parece não ter sequer uma parceria para voltar à categoria. “Ah, mas e aquela conversa com a Red Bull?”, você deve estar se perguntando. Bem… não vai rolar. E isso é uma informação oficial.

A própria Porsche emitiu um comunicado à imprensa nesta sexta-feira (9), no qual declara que não chegou a um acordo com a marca devido a divergências nas demandas. Segundo a declaração, a Porsche queria ser mais que a fornecedora de motores para a Red Bull, mas a equipe não aceitou uma parceria igualitária e, por isso, o acordo não foi feito.

Segundo a imprensa europeia, especificamente o site Motorsport.com, a intenção da Porsche era arrematar 50% da equipe, ganhando assim poder de decisão e direção, em vez de apenas fornecer os motores. A intenção em um acordo destes é ter participação na gestão da marca na competição, uma vez que o acordo de fornecimento sujeita a marca Porsche às decisões autônomas da Red Bull.

Do outro lado, a Red Bull por meio de Christian Horner, já indicou sua pretensão de se manter independente. Segundo Horner, a equipe é o maior ativo de marketing da marca Red Bull e vendê-la a outra empresa comprometeria a estratégia da empresa em longo prazo.

Sem um acordo com a Red Bull, a Porsche continua sem oficializar seu ingresso na Fórmula 1. Considerando que ela pretende disputar a categoria por meio da aquisição parcial de uma equipe, e que McLaren, Ferrari, Alpine, Aston Martin, Mercedes, Red Bull/Alpha Tauri e Sauber não estão disponíveis para isso, o que resta é Haas e Williams. (Leo Contesini)

 

Lucid Motors perde executivos em meio a problemas para aumentar produção

No fim dos anos 1880, na Inglaterra, apareceram milhares de companhias para produzir as “bicicletas seguras”. Vieram depois da invenção destes veículos, que finalmente popularizaram a tração a pedal: tinham rodas pequenas que permitiam o operador colocar os pés no chão (daí a “segurança”), mas conseguiam boa velocidade por usar uma relação multiplicadora na corrente. Antes, rodas enormes necessárias para alguma velocidade faziam bicicletas altíssimas, e tombos comuns e trágicos. As novas bicicletas eram como hoje: baratas e um meio de transporte particular viável para todos. Antes do automóvel e da motocicleta, eram altamente desejáveis.

Já ouviram falar da “bolha” da bicicleta? Pois bem, apareceram um monte de empresas sérias fabricando-as, como a Rover e a Wolseley que depois fizeram automóveis. Mas apareceram também oportunistas que recolhiam dinheiro de investidores para uma nova fábrica e sumiam depois com a grana. Sempre é assim quando um assunto está em alta.

O difícil é identificar qual é qual. As vezes é fácil: um amigo, político do interior, me perguntou recentemente de uma startup que ofereceu para sua cidade uma fábrica de carros elétricos. Obviamente era uma enganação; fácil de ver, mas se não digo isso para ele…

De Lorean Alpha 2

Mas o que dizer de empresas como a Lucid e a De Lorean? Não temos como ter certeza das reais intenções dessas empresas novas, mas duas notícias esta semana, aparentemente inocentes, sinceramente nos deixam preocupados. Será que vivemos uma bolha elétrica? Há tanta demanda e tanto dinheiro a ser ganho com esses carros?

A indústria estabelecida queima fortunas imensas e reduz seus outros gastos para viabilizar o elétrico; não parece esperar ganhar dinheiro mesmo com eles por muito tempo. Como uma indústria que parte do zero, sem fábrica ou funcionários, consegue fazer isso aparentemente fácil?

A De Lorean apresentou um conceito fictício no final de julho, um cupê baixo com uma carroceria curvilínea chamado Alpha 2. Bonito, mas só um desenho na tela de computador, de especificações desconhecidas além de “um V8”. Era um exercício de ficção que imaginava a segunda geração do cupê De Lorean nos anos 1990, se a empresa não tivesse acabado nos anos 1980.

O chefe da empresa, Joost de Vries, disse agora à revista Top Gear que um pequeno lote de carros está sendo considerado: “Tivemos tantos pedidos para que o Alpha2 fosse produzido, que então provavelmente faremos uma produção de poucas unidades.” Aparentemente, projetar e homologar mais um carro, numa empresa que vendeu zero deles até agora, é fácil.

Mas espanta mais a Lucid; a empresa tem produtos entregues a clientes já, e segundo a imprensa internacional, é um carro de qualidade superior e engenharia bem-feita. Mas agora chegam notícias que a empresa começa a mostrar problemas para se consolidar.

A Lucid Motors está com problemas por vários motivos, mas principalmente se resumem à produção. São problemas esperados para uma empresa saída do zero. O inesperado é o corpo técnico e executivo, grande chamariz inicial da empresa, estar abandonando o barco. Segundo informações do Business Insider, pelo menos seis executivos da Lucid deixaram o fabricante nas últimas semanas. Entre eles, estaria Peter Hochholdinger, ex-vice-presidente de manufatura global da Lucid, que famosamente era vice-presidente da Tesla e a abandonou pela Lucid.

Neste ponto, o motivo das saídas dos funcionários é apenas especulação. No entanto, sabemos que a Lucid vem trabalhando para se reorganizar: esperava produzir 20.000 carros este ano, mas agora o plano é fazer de 6.000 a 7.000.

Estamos vivendo uma bolha do carro elétrico, prestes a estourar? Ainda é muito cedo para afirmar isso, e tudo isso podem ser as normais tribulações de novas empresas tentando coisas novas. Sete mil veículos produzidos ainda é bastante, ainda que menos que o esperado. Mas faz bem começar a prestar mais atenção nisso. (MAO)

 

Toyota faz um GR86 com turbocompressor. Mas não do jeito que você imagina.

Existe um carro mais esperado que um GR86/BRZ com um turbocompressor? O chassi divertido, e a grande experiência da Subaru com turbo, fazem isso algo fácil de realizar. A Toyota/Subaru, porém, se mantém firmes no conceito do carro, dizendo que mais potência não os melhorariam, só os fariam mais pesados, mais caros, e menos satisfatórios. O caminho é o mesmo da Mazda com o Miata, e é um que faz too sentido.

Mas não tem como não imaginar o que não faria uma turbina ali, não é mesmo? Inevitável. Agora, a revista australiana CarSales soube da Toyota que um GR86 com turbo foi construído. O motor em questão não é o Boxer Subaru do carro à venda: é o incrível tricilíndrico 1.6 de 300 cv do  GR Yaris e GR Corolla!!

Mas segurem seu entusiasmo: o carro é exclusivamente projetado para ser uma plataforma de teste para ajudar a Toyota a desenvolver combustíveis sintéticos. Mas há uma pequena esperança de que um GR86 turbo será vendido um dia. Questionado pela CarSales sobre o assunto, o engenheiro-chefe da Gazoo Racing, Naoyuki Sakamoto, respondeu: “Sim, estamos pensando no futuro sobre a possibilidade de usá-lo, mas não há planos concretos no momento. Por enquanto, estamos usando apenas para desenvolver combustíveis neutros em carbono.”

Temos que lembrar que um carro assim anularia a necessidade da existência do Supra, que recentemente recebeu inclusive câmbio manual. Mas não deixa de ser uma ideia sensacional, mesmo que numa versão limitada e cara. É assim que clássicos futuros são feitos. (MAO)

 

Novo VW Virtus aparece em registro de propriedade industrial

O facelift de meio-de-vida do VW HemoVirtus e Polo está prestes a acontecer, todos sabemos. Agora podemos ter um vislumbre de como será, olhando os desenhos industriais que foram publicados no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

O foco das modificações é na dianteira. Basicamente, revelam o visual da versão lançada recentemente na Índia, mas com algumas diferenças locais, claro. O para-choque é ligeiramente diferente, lembrando o Nivus. A grade também tem algumas diferenças.  Mas parece que a principal diferença para o sedã indiano são os faróis. Por aqui, o modelo vai ter LEDs apenas na parte superior, e não em todo o conjunto óptico.

Espera-se também uma atualização do interior, com uma tela multimídia maior e mais moderna (esperava o que? Menor?), e estilo totalmente novo do painel e volante. Também se espera que o Virtus venha com o motor 1.0 turbo flex de três cilindros, do Up TSI, com 116 cv, e possivelmente câmbio manual, para substituir o descontinuado (e excelente; RIP) 1.6 litros MSI.  As outras versões de motor permanecem teoricamente inalteradas. Espera-se que cheguem ainda este ano, como ano/modelo 2023. (MAO)

 

Comandos físicos podem substituir telas sensíveis ao toque no futuro

Esta é uma história mais antiga do que parece. A GM, no anos 1980, gastou uma fortuna em pesquisa, para introduzir painéis digitais e telas sensíveis ao toque, somente para encontrar um público que o odiou e pediu a volta de botões físicos e ponteiros em relógios.

Embora os painéis digitais estejam aqui para ficar (e que mostra que a pesquisa da GM estava certa em tudo menos em definir onde era o “futuro”), a proliferação de comando por toque em telas, vindos logicamente dos smartphones, parece que deve ser freada em automóveis.

Jony Ive, o famoso ex-designer da Apple, disse recentemente na conferência Code da Vox Media que não é fã de veículos que usam muitos controles de tela sensível ao toque. Eles são um exemplo de uma interface “sendo conduzida de forma inadequada”.

De fato, marcas como a Tesla estão até tentando construir interiores completamente desprovidos de botões físicos, o que tem sido um movimento controverso. Ive acredita que a tendência agora está se afastando das telas.

Botões!

E não está sozinho nessa opinião. Designers de agora estão resistindo ao domínio das telas sensíveis ao toque. Thierry Métroz, designer-chefe da DS, disse recentemente que o objetivo de sua equipe é “excluir todas as telas em nossos futuros interiores”, chamando-as de “nada sexy”. Esses franceses…

Matthias Junghanns, chefe de design de interiores da BMW i, diz que espera que os fabricantes deixem “essa superfície de vidro preto” para trás em breve. Conny Blommé, gerente do departamento de design de interiores da Polestar, também disse recentemente publicamente que as telas atingiram o pico.

Será? Os designers podem ter se cansado delas, e realmente para automóveis, onde o tato devia ser suficiente para achar os comandos sem tirar os olhos da estrada, botões são melhores. Mas o público adora as telas. E é para ele que carros são feitos. (MAO)

 


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