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Conheça o novo Aston Martin Vanquish
Vanquish. Em inglês, a palavra significa “vencer”, mas com uma ênfase meio sem par no português; é meio uma vitória arrasadora, completa, indubitável. No vasto panteão dos nomes megalomaníacos e pretensiosos desta indústria, este nome da Aston Martin, originalmente lançado num cupê V12 topo de linha em 2001, é talvez o mais pretensioso de todos. Tá, chamar uma perua Chevrolet de “Suprema” talvez esteja acima, nem que seja pelo chutzpah; o Aston Martin Vanquish pelo menos tem alguma base para se autointitular vencedor. Pouca coisa vence um Aston V12 né?
Agora, o nome está de volta. Após uma ausência de seis anos o Aston Martin Vanquish retorna na forma que sempre foi sua: um GT grande, potente, luxuoso e V12. O motor é o tradicional V12 da marca, de origens Ford, agora biturbo: com 5,2 litros, produz nada menos que 835 cv e incríveis 102 mkgf de torque.
O resultado aqui é sensacional. O motor compartilha suas dimensões básicas com o V-12 anterior, mas é totalmente revisado. Para aumentar a potência e o torque e ao mesmo tempo atender legislações de emissão cada vez mais draconianas, a empresa diz que até o bloco é novo; além disso, cabeçotes, comandos, bielas, turbocompressores, injetores e velas de ignição são exclusivos. Um transeixo automático de oito velocidades é montado na traseira, com um diferencial autoblocante controlado eletronicamente.
Como o novo Vantage e o DB12, o Vanquish usa amortecedores Bilstein DTX e uma unidade de medição inercial de seis eixos que ajuda a garantir um controle mais preciso dos amortecedores, do diferencial, e dos sistemas de controle de tração/estabilidade. Há também um novo sistema chamado Corner Braking, que ajuda a garantir a estabilidade traseira ao frear em uma curva.
Como todos os Astons modernos, o Vanquish tem um chassi monocoque de alumínio colado e extrudado; aqui completa isso com uma carroceria principalmente de fibra de carbono, para reduzir peso. O eixo que leva potência do motor para o transeixo traseiro também é de fibra de carbono, e o escapamento é de titânio, mais duas maneiras que a Aston usa para dizer que tentou; o carro ainda assim pesa nada menos que 1774 kg a seco; a empresa nem teve coragem de mencionar o peso em ordem de marcha, com todos os fluidos. Deve estar próximo dos 1900 kg.
Não que isso faça dele um carro lento: com tanta força do V12 biturbo o carro é capaz de fazer o 0-100 km/h em 3,2 segundos e chegar a nada menos que 345 km/h. E é um cupê belíssimo com todo luxo moderno, como é praxe na marca.
Esta é apenas a terceira vez que a Aston Martin usa o nome Vanquish, e como todos os que vieram antes, este terá cadeira cativa nos sonhos de muita gente. A Aston Martin planeja construir não mais do que 1.000 por ano, e o preço base nos EUA é de US$ 420.000 (R$ 2.352.000). (MAO)
Acervo histórico da VW do Brasil ganha perfil no Instagram
A gente costumava chorar lágrimas doídas pelo fato de que a indústria nacional não ligava para seu passado. A GM chegou a montar um acervo belíssimo para fazer um museu, mas bastou uma crise para tudo ser desovado na ULBRA, e hoje estar solto ao vento. A Ford foi embora do Brasil sem deixar nada preservado, nem ao menos a entrada da antiga fábrica da Willys que ocupava no Taboão, com seus murais e arquitetura que remetiam ao início de nossa indústria. Triste.
Por isso que a iniciativa da Garagem VW, um museu dedicado a preservação da história da VW no Brasil, é tão importante. Uma iniciativa que foi crescendo por iniciativa pessoal de indivíduos dentro da VW, é hoje um acervo e uma organização que merece aplausos.
Oficialmente organizado com este nome e um local dedicado na fábrica desde 2019, foi aberto ao público mediante agendamento em 2022, na ocasião em que o último Gol Last Edition foi agregado à coleção da empresa. O acervo conta com alguns dos principais veículos que fizeram parte dos mais de 70 anos de operação da empresa por aqui, inclusive protótipos antes nunca vistos em detalhe.
A notícia hoje é que a iniciativa continua ganhando importância e atividade. Ontem, no aniversário de 67 anos do início da produção da Kombi, o perfil no Instagram @garagem.volkswagen foi lançado. Será uma maneira de aproveitarmos diariamente a iniciativa, de longe. É a primeira página do tipo que a empresa lança fora da Alemanha.
A ação de lançamento incluiu uma brincadeira legal: “camuflar” uma Kombi da última geração feita no Brasil (2006 a 2013), e colocá-la para circular por São Paulo gerando dúvidas sobre o que seria essa Kombi “protótipo”. Quem apontou a câmera do celular para o QR code na lateral foi enviado ao novo perfil do Instagram.
O espaço físico do Garagem VW, inaugurado em 2022 na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), já recebeu mais de 6 mil visitantes e tem um espaço de 1,4 mil metros quadrados para o acervo, que inclui 37 carros em exposição e outros mais de 100 no acervo, sendo 50 que estão em processo de restauração.
“O objetivo com o novo perfil é afirmar o compromisso com a história e o legado da marca no Brasil, fortalecendo a conexão emocional com os seguidores.”, diz a VW. Além disso, ela pretende “atrair o público de forma afetiva e nostálgica; dar mais credibilidade e força para a marca; aumentar o alcance não apenas com fãs de carros, mas com a sociedade em geral; reforçar os marcos de inovações da empresa; mostrar o legado que atravessa gerações e uma cervo rico em histórias; e o que fez a VW se destacar entre décadas em inovação e tecnologia.”
Uma iniciativa que devemos apoiar, sendo fãs da marca, ou não. Parabéns a empresa pela iniciativa, e pode deixar: já estamos seguindo o perfil. (MAO)
Quanto vale o Cobra de Hank Williams
A história dos primeiros Shelby Cobra é assunto tão interessante que já deu luz a vários livros. Por algum motivo, o carro se tornou o catalisador de uma era, e um tipo de carro de corrida para as ruas que simplesmente não existe mais.
Uma dessas histórias sensacionais já contamos aqui recentemente: o Cobra número 6, que foi comprado zero km pelo famoso pianista Herbie Hancock, e que está com ele até hoje, tanto tempo depois. Outra é a história do primeiro Cobra, chassi número zero, que foi também de um só dono por toda vida dele: Carrol Shelby himself. Outra famosa história deste tipo acabou recentemente, com a morte de outro musico de jazz famoso que ainda era dono de um Cobra que comprou zero km: o Snake Charmer, Hank Williams.
O carro, um Cobra MkII 289, chassi CSX 2227, foi comprado zero-km em 1965. Hank Williams foi uma pessoa fascinante: um herói condecorado da Segunda Guerra Mundial que participou da invasão da Normandia, um profissional médico e um músico de jazz que tocou bateria com nomes como B.B. King, Fats Domino e Ray Charles. Williams usou seu Cobra por 140.000 milhas ao longo de sua vida, cobrindo a última dessas milhas um ano antes de sua morte na idade de, pasme, 99 anos. Com sua morte, a família resolveu leiloar o carro.
A gente contou isso numa matéria dos carros mais interessantes sendo leiloados em Monterrey este ano, durante o Car Week, e você já conhece. Dissemos então que “O carro literalmente não tem preço: um Cobra dessa época não sai por menos de 1,5 milhão de dólares, mas este Cobra? Literalmente ninguém sabe quanto pode valer.”
Bom, agora sabemos quanto vale o famoso carro. O martelo da RM Sotheby’s foi batido pela última vez no valor de US$ 2,287,500, ou R$ 12.810.000 no câmbio de hoje. Um valor gigante, claro, mas impossível de se estranhar. Não parece nem tão absurdo; francamente esperava mais, num mundo que paga isso por restomods as vezes cafonérrimos. Como referência: o primeiro Cobra, o de Shelby, chassi CSX2000, foi vendido por 13,7 milhões de dólares em 2016.
Qualquer Cobra original é algo incrivelmente especial; este, mais ainda. Mas enfim, a gente imagina que a família do músico certamente não ficou triste com o resultado da venda do carro velho do vovô Hank. (MAO)
Toyota GR Yaris especial lembra vitória no rali “FlatOut”
A Toyota apresentou uma nova edição especial do GR Yaris, com uma produção limitada de 51 unidades, reservada para o mercado italiano. O GR Yaris TGR Italy Limited Edition celebra 51 anos desde a primeira vitória do fabricante no Campeonato Mundial de Rally, com uma pintura que lembra a do carro vencedor e emblemas exclusivos.
O TGR Italy Limited Edition se distingue pelos adesivos vermelhos sobre uma carroceria branca, fazendo com que pareça um carro de rali. A pintura é inspirada no Corolla 1600 Coupe que levou a primeira vitória da Toyota no WRC no Rally “Press On Regardless” de 1973 em Michigan. O rali tem uma história interessantíssima, ilustrada pelo nome que não se leva a sério demais: é uma brincadeira com o velho ditado “When in doubt, Flat Out”, que inclusive nomeia nossa humilde publicação digital. Contamos parte da história deste rali quando falamos do Wagoneer “Moby Dick”, famoso justamente na prova.
O carro vem com emblemas exclusivos da edição limitada TGR Itália, no interior dizendo qual dos 51 carros desta edição limitada é o seu. Vem também com um conjunto de rodas forjadas de 18 polegadas com acabamento em Heritage Gold e calçadas com pneus Pirelli P Zero Trofeo R semi-slick.
Não há mudanças no motor: ainda é o sensacional tricilíndrico turbo de 1,5 litro e 280 cv que você pode ter aqui no Brasil no GR Corolla. O TGR Itália Limited Edition está disponível exclusivamente com a nova caixa de câmbio automática de oito velocidades, porém, algo estranho; esses carros ficam bem mais legais com o câmbio manual. Também é estranho ser Yaris: existe um GR Corolla para homenagear melhor uma vitória de um Corolla do passado não? A resposta: o GR Corolla não está disponível na Europa. Sim, a gente tem e eles não, e vice-versa com o GR Yaris.
O GR Yaris TGR Italy Limited Edition estará disponível exclusivamente no site italiano da Toyota, a partir de 9 de setembro. O preço é € 67.500 (R$ 417.825), com entregas previstas para o final de 2024. (MAO)