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Nova geração do Audi A3 sedã é apresentada
Depois do hatchback de duas e quatro portas, é a vez do Audi A3 Sedan chegar a sua nova geração. Ela não surpreende, adotando o mesmo visual dos irmãos na dianteira.
Mas isto não é uma decepção – ao contrário: o novo A3 sedã mistura proporções mais elegantes com uma identidade estática ligeiramente mais agressiva e atual, em uma renovação muito bem vinda. Os faróis de contorno irregular são mais baixos mas, diferentemente do que ocorre no VW Golf, por exemplo, a Audi conseguiu deixar a dianteira bastante harmônica, com uma grade bem posicionada e de tamanho razoável. Já a traseira ganhou lanternas de desenho mais sofisticado e orgânico, sem as formas totalmente retilíneas da geração anterior; e também um difusor maior e mais chamativo – mas sem exageros, até porque as versões esportivas ainda não chegaram.
O novo A3 Sedan tem 4,50 metros de comprimento, 1,82 m de alargura e 1,43 m de altura – ganhos de 4 cm, 2 cm e 1 cm, respectivamente. Parece pouco, mas foi o bastante para deixar o carro visualmente mais alongado e imponente. O entre-eixos permanece com os mesmos 2,63 do modelo antigo, e o porta-malas continua com 425 litros de capacidade.
O interior é exatamente igual ao do Audi A3 Sportback, abandonando as saídas de ar circulares e as formas arredondadas por um painel mais horizontal,em dois níveis. O quadro de instrumentos traz uma tela que pode ter 10,25 polegadas ou 12,3 polegadas, e a central multimídia tem outra tela de 10,1 polegadas. Sem dúvida o lado de dentro mudou bem mais que o exterior – e vem com bem mais tecnologia embarcada. Agora há conexão WiFi, rádio digital, carregador por indução e uma suíte de itens de segurança que inclui assistente de permanência em faixa, alerta de tráfego cruzado, cruise control adaptativo e sistema Car2x para receber em tempo real informações sobre o trânsito.
Por enquanto o Audi A3 Sedan está disponível apenas na Europa, com motores 1.5 TFSI a gasolina e 2.0 TDI, os dois com 150 cv – nos próximos meses deverá ser lançado o 2.0 TFSI. No Brasil ainda temos o Audi A3 Sedan atual, fabricado em São José dos Pinhais (PR). A nova geração, que deve pintar por aqui no primeiro semestre de 2021, deverá vir importada da Hungria, como já ocorre com o Audi Q3. (Dalmo Hernandes)
Petróleo foi negociado a preços negativos pela primeira vez na história
O showzinho da Rússia e da Arábia Saudita somado à queda brutal da demanda por combustíveis devido à pandemia chinesa resultou em uma situação inédita na história mundial: o petróleo foi negociado abaixo de US$ 0. Isso mesmo: os produtores pagaram para os “compradores” ficarem com as reservas de maio.
Isso aconteceu porque o petróleo é negociado com entrega futura. Você negocia um volume para entrega no mês X. Em um cenário normal os estoques de petróleo esgotam antes da próxima entrega, mas não estamos em um cenário normal: o estoque de maio do barril West Texas Intermediate (um dos tipos de petróleo de referência, produzidos nos EUA) ainda está nos tanques devido à demanda drasticamente reduzida. Isso significa que não há espaço de armazenamento para as reservas futuras. O armazenamento evidentemente tem um custo, então os produtores começaram a reduzir os preços da reserva de maio para esgotá-la e, assim, liberar espaço de armazenamento.
Dos US$ 20 eles baixaram até chegar a zero, e mesmo assim não houve compradores interessados. Então eles começaram a pagar para retirar o petróleo dos tanques: por US$ 13,10 você levaria um barril de petróleo WTI, a demanda ainda não apareceu e os preços atingiram insanos US$ -40 à medida em que o vencimento do contrato de maio, em 21 de abril, se aproximava.
No fim os preços voltaram a ficar acima do zero e o barril WTI de maio acabou vendido a US$ 10. Dez dólares. Como comparação, esse valor é menor do que o valor anterior à escalada de preços que resultou na crise do petróleo de 1973-1974, cotado na época a US$ 4,75, equivalentes a cerca de US$ 28 em 2020.
A queda no valor de maio também reduziu o preço para junho. O barril da reserva de junho estava cotado até a tarde de ontem em US$ 12. O resultado prático para nós, motoristas brasileiros, é que a Petrobras poderá ter sérios prejuízos reduzindo seu valor de mercado. Atualmente a estatal tenta minimizar a interferência política na gestão como forma de valorização para uma futura “desestatização” de parte da operação, então há grandes chances de o governo não interferir na política de preços, fazendo-os acompanhar a variação do petróleo no mercado internacional.
Como o petróleo desvalorizou mais que o Real, a demanda segue estável em baixa, e o cartel da OPEP-Rússia irá manter o barril nos US$ 40, os preços devem continuar baixos nas próximas semanas. (Leo Contesini)
Brabus prepara Smart ForTwo elétrico
Já faz anos que a Brabus coloca suas mãos no Smart ForTwo – afinal, a preparadora especializada em Mercedes-Benz não podia deixar o menor carro do grupo Daimler livre de suas modificações. E mesmo agora, com o Smart totalmente elétrico, a Brabus deu um jeito de torná-lo mais potente e radical. O carro seria mostrado no Salão de Genebra, mas como o evento foi um dos vários cancelados neste ano totalmente atípico, a Brabus decidiu apresentá-lo online, mesmo.
A base é o Smart ForTwo EQ Cabrio, e o principal aqui são as modificações estéticas: um kit widebody Brabus Widestar, rodas Monoblock Y de 18 polegadas calçadas com pneus 205/35 na dianteira e 235/30 na traseira. Além disso, o Smart recebeu detalhes em vermelho na carroceria. Por dentro há interior revestido em couro preto, pedais de alumínio e emblemas da Brabus.
O powertrain recebeu um ligeiro aumento de força, passando de 80 cv e 16,3 kgfm de torque a 92 cv e 18,3 kgfm de torque – o suficiente para ir de zero a 100 km/h em 10,2 segundos. A Brabus não mexeu na velocidade máxima, que permanece limitada a 130 km/h – mas eles poderiam tê-lo feito, se quisessem.
Serão feitos apenas 50 exemplares do Smart ForTwo EQ Brabus, todos eles vendidos na Europa. (Dalmo Hernandes)
Aston Martin apresenta Vantage V12 Zagato Heritage
A Aston Martin e a Zagato se uniram mais uma vez para criar uma edição especial. Desta vez, a criação celebra os 100 anos da encarroçadora italiana com uma série especial de 38 exemplares do Vantage V12 “Zagato Heritage”.
Serão 19 speedsters e 19 cupês baseados no Vantagem V12 antigo, com o motor aspirado de 5,9 litros e 600 cv. Eles terão o desenho tradicional dos Aston Zagato, com a grade mais ovalada e a bolha dupla no teto no caso do cupê e o deck traseiro com duas saliências após o santantônio no caso do speedster.
Os modelos serão revelados nos próximos meses e foram especificados or Marella Rivolta Zagato, diretora da Zagato ao lado do marido Andrea Zagato. Os modelos foram pintados de amarelo dourado e cinza platinado porque, segundo Marella, “o ouro é um símbolo de pureza e distinção, uma homenagem ao primeiro século da Zagato”, enquanto a platina “é resistente à corrosão e tem grandes propriedades catalíticas, o que desejamos para os próximos 100 anos”.
Evidentemente trata-se de um modelo destinado somente aos clientes mais especiais da Aston Martin. E para facilitar a vida, eles nem precisarão escolher entre o cupê e o speedster: os carros serão vendidos somente em pares. (Leo Contesini)
Land Rover Discovery Sport e Evoque ganham versões híbridas plug-in
Agora vivemos em um mundo no qual os Land Rover têm motores de três cilindros. Mas calma: isto só vale para as versões híbridas plug-in do Discovery Sport e do Range Rover Evoque, lançadas hoje (22) na Europa.
O nome oficial da versão híbrida para ambos os modelos é P300e. Seu conjunto é composto por um motor 1.5 turbo de três cilindros e 200 cv, mais um motor elétrico de 107 cv montado na traseira e alimentado por uma bateria Samsung de 15 kWh. A potência combinada dos dois motores é de 300 cv, e o torque total é de 55 kgfm. O motor dianteiro é ligado a uma caixa automática de oito marchas, e o motor traseiro é o responsável por mover as rodas de trás diretamente.
Segundo a Land Rover, o Evoque P300e é capaz de acelerar de zero a 100 km/h em 6,1 segundos, enquanto o Discovery Sport P300e faz o mesmo em 6,2 segundos. Só com o motor elétrico, os dois SUVs podem chegar aos 135 km/h. A empresa diz que uma recarga completa com um carregador de parede leva cerca de 6 horas e 40 minutos. Em um carregador rápido, é possível conseguir uma recarga de 80% em meia hora.
A fabricante ainda diz que as duas versões são particularmente atraentes para frotistas, como locadoras de veículos, por conta do baixo consumo de combustível – fala-se em 71 km/L para o Evoque e 62 km/L para o Discovery Sport, que é mais pesado. Os dois SUVs já podem ser encomendados no Reino Unido nos níveis de acabamento S, SE e HSE. (Dalmo Hernandes)
Volkswagen irá retomar produção aos poucos a partir de maio
Depois da Toyota e da GM agora a Volkswagen também anunciou seus planos para a retomada da produção de automóveis no Brasil e no mundo. A fabricante já retomou as atividades na Eslováquia nesta última segunda-feira (20), irá retomar nos EUA, Alemanha, Portugal, Espanha e Rússia no próximo dia 27, e em maio irá reiniciar a operação no Brasil, na Argentina, no México e na África do Sul.
Ainda não há data para a retomada, mas as férias coletivas da fabricante no Brasil encerram no dia 30 de abril. A produção, contudo, será gradual, variando de acordo com a disponibilidade de peças e a demanda dos mercados. Por essa razão a Volkswagen deverá reduzir a jornada de trabalho em 30%, reduzindo também os salários em 30%, porém com complementação de auxílio do governo federal.
A Volkswagen, diferentemente da Toyota e da GM, está planejando um lançamento de extrema importância para seus planos no Brasil, o Nivus, que deverá ser apresentado após o encerramento da quarentena oficial em São Paulo, após 11 de maio. (Leo Contesini)
Kawasaki prepara sua primeira motocicleta elétrica – com câmbio manual
Depois da Harley-Davidson com sua Livewire, a próxima gigante das motos a apostar nos motores elétricos será a Kawasaki. A fabricante japonesa revelou o protótipo no Salão de Milão em 2019 e quase não deu detalhes técnicos, mas agora mais informações forma divulgadas.
A Kawasaki elétrica pertencerá à família Ninja e terá visual parecido com as ofertas já existentes com motor a combustão – ao contrário do que fez a Harley com a Livewire, que é radicalmente diferente das outras H-D. Mas o chamado “Projeto Endeavor” também difere nos aspectos técnicos: como as motos comuns da Kawasaki, ela terá uma caixa manual.
Como sabemos, motores elétricos dispensam o uso de um câmbio e podem transmitir a força diretamente, de forma linear, para as rodas (ou “a roda”, no caso). A Kawasaki, porém, acredita que os donos de motos esportivas não receberão muito bem a ideia de não precisar trocar marchas, como em uma scooter pequena.
A Kawasaki ainda não dá detalhes sobre o câmbio, mas uma indicação de marchas gravada no protótipo leva a crer que serão quatro velocidades. Também não há informações sobre uma possível data de lançamento, mas a fabricande diz que está em “fase final”. Talvez novidades nos aguardem já em 2021. (Dalmo Hernandes)