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Zero a 300

O novo C63 AMG de 680 cv | O Dodge Black Ghost | A S10 Z71 em vídeo e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Este é o novo Mercedes-AMG C63S E Performance – com o 2.0 turbo de 4 cilindros

Bem, chegou o dia em que o Mercedes-AMG C63 deixou de ter um motor V8. O novo C63 E Performance foi apresentado nesta última quarta-feira (21) com o motor 2.0 turbo M159 emprestado pela Classe A, e o conjunto elétrico do Mercedes-AMG GT 4 Portas E Performance. É a união dos extremos da AMG: o motor do carro de entrada com o motor elétrico do carro de topo.

Quando a Mercedes divulgou aquele teaser do teto do C63, eu disse aqui mesmo no Zero a 300 que esperava uma versão amansada do sistema E Performance do AMG GT 4 portas, mas a Mercedes-AMG meteu o louco e deu ao C63 exatamente o mesmo conjunto do AMG GT, com 204 cv.

Na verdade eles não usaram sequer o mesmo M159 do AMG A45 S, porque neste C63, o 2.0 usa um turbo eletrificado, então ele sozinho produz 476 cv — um número impressionante para um 2.0 turbo, especialmente considerando que o C63 AMG de 2007 usava um V8 de 6,2 litros para produzir 457 cv.

Combinando os dois motores, a potência chega aos 680 cv e o torque a 103,8 kgfm. Tudo distribuído para as quatro rodas (sim, o C63 agora tem tração integral). Considerando apenas números, a Mercedes atropelou a concorrência com um Panzer VIII Maus. Mas isso não é necessariamente algo positivo para os fãs do C63 AMG e nem é verdadeiro no mundo real.

Isso, porque os 680 cv não estão disponíveis a qualquer momento, nem por quanto tempo você quiser. Os 204 cv do motor E Performance (que fica no eixo traseiro) estão disponíveis somente por 10 segundos, depois de se apertar o botão de “boost”. No resto do tempo ele fornece “apenas” 95 cv. Então os 680 cv são realmente um número para ganhar no Super Trunfo, porque, no restante do tempo o C63 AMG S tem “só” 571 cv.

É claro que é um número impressionante, e que ainda supera os rivais da Audi e da BMW. O problema é que, diferentemente do BMW M3 Competition xDrive de 510 cv e 1.780 kg, o C63 AMG E Performance tem 571 cv para (você está sentado?) 2.111 kg. Dois mil e quinhentos e onze quilogramas em um Mercedes Classe C. O Mercedes G55 AMG de primeira geração pesava 2.550 kg. O S600 V12, de chassi longo, da geração W140 (aquela que o Schumacher teve) pesava 2.190 kg. O AMG GT 63S pesa 2.200 kg.

A relação peso potência não é ruim. São 3,7 kg/cv. O BMW tem 3,5 kg/cv. Mas o Mercedes agora pesa 331 kg a mais que o BMW. É como dirigir um M3 Competition xDrive com quatro pessoas dentro. Então você tem um número expressivo, que impressiona qualquer pessoa — como eu fiquei impressionado ao descobrir que o C63 de quatro cilindros tem 680 cv; “dane-se o quatro-cilindros, são 680 cv!”, pensei —, mas que tem uma penalidade enorme em massa que certamente cobrará seu preço na hora de usar um C63 fora das longas retas das autobahnen alemãs.

A Mercedes, usando os recursos proporcionados por um powertrain elétrico desse calibre, deu ao C63 AMG oito modos de condução, que incluem um modo 100% elétrico e com tração integral — como o motor elétrico está acoplado ao câmbio automático de nove marchas, as rodas dianteiras não dependem do 2.0 turbo somente.

Ele também tem esterçamento das rodas traseiras como o GT 63S, o que ajuda a contornar o problema da inércia causado pelo peso elevado. O controle da carroceria é feito pelos amortecedores ajustáveis de três níveis e pelas molas metálicas helicoidais. Os pneus têm seção 265 na dianteira e 275 na traseira, e podem calçar rodas de 19 ou 20 polegadas. Ah, e os freios de carbono-cerâmica são de série no C63 S.

Esteticamente o C63 ganhou as mudanças que já esperávamos: para-lamas mais largos, para-choques mais agressivos, rodas maiores, volante exclusivo, bancos mais envolventes, elementos de fibra de carbono e tudo o que todo AMG tem. Aqui a novidade é a medalha da AMG no capô, logo acima da grade, e um sutil aumento de 10 mm na distância entre-eixos.

Apesar do “início de uma nova era”, como diz a Mercedes-AMG na nota de lançamento do C63 híbrido, a marca manteve a opção Touring/Wagon/perua do C63S.

Agora… antes que você diga a crítica ao motor 2.0 é conservadorismo automotivo, e que o que interessa são os números e o desempenho, eu gostaria de dizer que a Mercedes-AMG não divulgou fotos oficiais do cofre aberto como ela sempre fez com seus modelos AMG. Qual a razão, Mercedes? Você tem vergonha de ter um dos 2.0 mais potentes do mundo? Aliás, trata-se do segundo mais potente, atrás apenas do 2.0 Koenisegg, que tem 600 cv. A única foto que encontrei foi tirada pelo pessoal da revista Auto Bild. Essa aqui:

A maior capa de motor 4-cilindros da história? Foto: Auto Bild

Por último, devemos lembrar que este é o C63 S, e que a Mercedes deverá fazer um modelo C63 não-S, com menos potência e menos recursos. O C63 S veio antes para impressionar e afastar os riscos de imagem que um C63 S 2.0 turbo menos impressionante poderia trazer. Mesmo que não venha com o motor E Performance, ele poderá ter o sistema EQ Boost, que viabiliza o uso do turbo elétrico, então esperamos que ele tenha, pelo menos, 500 cv, considerando os 476 cv do 2.0 turbo, mais os 25 cv do EQ Boost básico.

Por outro lado, o C63 AMG entrou no território de carros maiores, como o próprio AMG GT63 S, que tem potência e peso próximos. E abaixo dele há apenas o CLA 45 S de 420 cv, mais leve e sem motor elétrico. Então encerro com uma provocação: será o CLA45 o sucessor espiritual da Classe C AMG, da mesma forma que o BMW M2 está ocupando o lugar que outrora foi do BMW M3? (Leo Contesini)

 

O sexto Dodge Last Call: Challenger Black Ghost

Ok, a despedida dos Dodge e Chrysler V8 está mais longa do que a terceira marcha do meu Chevette, mais protelada e comprida que enterro de rainha. Mas quando esse monte de edição de carro de despedida, de “Last Call” como eles chamam, faz carros como este de hoje, não vamos reclamar. Nas imortais palavras dos meus amigos cariocas, o “Last Call” de hoje é “sinixtro”.

Esta coisa negra e deliciosamente ameaçadora que vocês podem ver nas fotos é o Dodge Challenger Black Ghost, a edição especial número seis de um total de sete edições “Last Call”, que comemoram o fim dos Dodge Challenger e Charger V8 em 2023.

Desta vez a história é a seguinte: Na década de 1970, um Dodge Challenger 1970 preto com um 426 Hemi V8 costumava aparecer nas noites no Woodward Avenue de Detroit. Aparecia, passava o rodo nas competições de arrancada de farol comuns então, e depois sumia, por meses. Ficou conhecido como “The Black Ghost”, o fantasma negro. Esta é a lenda agora homenageada.

Desta vez o Challenger Hellcat Redeye Widebody é a base, mas o V8 de 6,2 litros superalimentado é o mais potente, de 818 cv. Apenas 300 Black Ghosts estão programados para produção e, é claro, você pode escolher a cor que quiser, contanto que seja preto.

Além da potência maior, gráficos de vinil imitando pele de cobra (?!?) são aplicados ao teto. Os emblemas retrô abundam pelo carro todo. No interior, há um emblema especial Black Ghost para o painel de instrumentos, com molduras feitas de fibra de carbono. Alcântara nos bancos, apoios das portas e volante decoram ainda mais o interior.

Agora só falta um “Last Call”, que dizem ser o mais incrível deles, e sua especificação é envolta em mistério. Meu chute ouvindo os boatos? Um Hellcat Redeye Widebody tunado usando E85, e um número redondo de potência: 900 ou 1000 cv. Está prometido para o SEMA show, em Novembro. Veremos! (MAO)

 

Caterham lança dois novos Super Seven de desenho retrô

Mesmo neste estranho mundo moderno, a Caterham continua sobrevivendo, por incrível que pareça. Muito por poder ser vendido em forma de Kit, para montagem em casa, coisa que ainda é permitida tanto na Inglaterra, quanto nos EUA, entre outros países. A marca agora retorna com um par de modelos retrô: o Super Seven 600 e o Super Seven 2000.

Do lado de um F150 elétrico; pesa menos que as baterias da picape. (foto: @jethrobovingdon)

O Super Seven 600 vem com o motor tricilíndrico turbo Suzuki de 0,6 litro já usado no modelo 170, que dá aqui 84 cv de potência, suficiente para fazer o carrinho acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 6,9 segundos. A Caterham não divulgou peso, mas pelo desempenho, é de se esperar algo em torno de 500 kg.

O 2000 deve ser um pouco mais pesado, mas certamente é muito mais potente:  usa um motor Ford Duratec de 2,0 litros aspirado com 180 cv. Neste carro, o 0-100 km/h reduz para 4,8 segundos. Os clientes que procuram um melhor desempenho em pista podem encomendar o pacote opcional de suspensão esportiva com barra estabilizadora traseira e discos dianteiros ventilados com pinças de quatro pistões. Ambos os carros são tradicionais, com o eixo traseiro de Dion da Caterham, e duplo A sobreposto na frente.

Visualmente porém os carros são bem retrô. Na verdade, uma mistura de estilo Caterham dos anos 1970 e 1980. Rodas de 14 polegadas com design vintage e uma grade que grita “1970” são as dicas mais óbvias, mas o carro todo tem esse estilo mais básico e nostálgico. Ambos os veículos são equipados com pneus Avon ZT7, além de lanternas traseiras de LED como um toque moderno.

Tanto o Super Seven 600 quanto o Super Seven 2000 estarão disponíveis no Reino Unido, onde o Super Seven 600 começa em £ 29.990 (R$ 175.194,16), enquanto o Super Seven 2000 começa em £ 39.990 (R$ 233.541,60). Ambos os preços são para o carro em formato de kit. (MAO)

 

Chevrolet S10 Z71 avaliada em vídeo

O mercado de picapes nacional mudou um bocado desde o sucesso da fiat Toro. Uma dessas mudanças veio recentemente com o sucesso e a proliferação das versões mais caras e “esportivas fora-de-estrada”, na verdade picapes de visual esportivo, além do motor turbodiesel e o 4×4: Hilux GR Sport, Ranger Storm e Frontier Attack.

A GM se juntou a esta turma no final do ano passado com a Chevrolet S10 Z71. Com o visual mais caprichado de praxe na categoria, um turbodiesel Duramax 2.8, tração 4×4, e uma grande caçamba de 1.061 litros e 1.046 kg de capacidade, é um concorrente de peso.

Carrega duas tradições fortes da Chevrolet; o nome S10 no Brasil, e a sigla/RPO Z71, que apesar de menos conhecido aqui, é um nome de peso e tradição nos EUA. Mas que é esta Z71 exatamente? Como se compara aos concorrentes? O Juliano Barata andou nela e nos explica tudo isso e muito mais, em detalhes, neste vídeo do canal Autoline.

 

Mercedes-Benz para de produzir o AMG GT

Segundo a revista americana Road & Track, a produção do Mercedes-AMG GT terminou oficialmente. A confirmação veio numa entrevista com o chefe da AMG, Philipp Schiemer, na sexta-feira passada.

“A produção dele parou, então não está mais disponível”, disse Schiemer enquanto discutia o novo Mercedes-AMG C 63 S E Performance. A Mercedes se recusou a compartilhar os números totais de produção, embora, estime-se que a empresa tenha vendido pouco mais de 17.000 AMG GTs nos EUA desde que a produção começou em 2014.

Schiemer  acrescentou também: “Acho que o GT foi um sucesso e acho muito fácil ver que faremos um sucessor dele”. Como será este sucessor é uma dúvida, claro, provavelmente até para a empresa. Muito depende do sucesso ou fracasso do novo C63 AMG; se for tão bem como os anteriores talvez tenhamos um AMG GT de quatro cilindros? Não duvidamos de nada. Pode vir totalmente elétrico também, claro, então o 4 em linha híbrido não parece mais tão ruim.

Mas é muito cedo para prever algo; de qualquer forma, não virá rapidamente. Neste caso, o Rei está morto; o trono ficará vago em Estugarda por algum tempo, aparentemente. (MAO)