Bom dia, FlatOuters! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa seleção das principais notícias do Brasil e de todo o mundo. Assim você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Ainda não é assinante do FlatOut? Considere fazê-lo: além de nos ajudar a manter o site e o nosso canal funcionando, você terá acesso a uma série de matérias exclusivas para assinantes – como conteúdos técnicos, histórias de carros e pilotos, avaliações e muito mais!
A dobradinha de irmãos no MotoGP
A notícia aqui não é a sensacional e histórica dobradinha dos irmãos Márquez no grande Prêmio da Tailândia, corrida inaugural do MotoGP 2025. A notícia aqui, é sobre a mãe desses dois pilotos.
“A propósito, nem consigo imaginar como está a mamãe. Álex, precisamos ligar para ela agora mesmo. Ela deve ter passado por um inferno, com o coração na boca, porque sofre muito mais em casa do que o papai, que está sempre conosco no circuito”, disse Marc Márquez ao irmão mais novo Álex no pódio em Buriam.
A senhora Márquez estava experimentando todo escopo da emoção humana, claro; do terror ao êxtase. Que mãe não fica com o coração na boca a ver dois de seus filhos aboletados em máquinas de duas rodas em volta de um circuito, a maior parte do tempo apoiadas em uma roda só (dianteira freando, traseira acelerando) e toda volta chegando a mais de 300 km/h? Mas por outro lado, a senhora Roser Alentà, assistindo em casa a corrida, também teve a explosão de felicidade em ver os dois irmãos chegando em primeiro e segundo, a primeira vez que acontece na história do MotoGP.
“Eles decidiram que eu sofro terrivelmente antes de me sentir a mulher mais feliz do mundo”, ela comentou certa vez. “Quando seu filho vence, o sentimento é sempre o mesmo, na primeira vez, assim como na segunda ou na terceira.” Os irmãos Márquez foram criados em torno de motocicletas, na Catalunha, um dos lugares de maior tradição no motociclismo, especialmente em enduros; é casa da GasGas, da Montesa, da Bultaco, da Ossa, da Derbi. Seu pai, Julià, era membro de um clube local, o Moto Club Segre, famoso por organizar enduros importantes. Roser ajudava no clube, preparando sanduíches, e ajudando na organização do eventos e o bem estar de todos. Marc se lembra de competir com seu pai em um enduros, com motos pequenas, desde criança.
Marc tem 32 anos, e Álex “El pistolero” Márquez, 28 anos de idade. Depois de 11 temporadas com a Honda, Marc migrou para a Gresini no ano passado e agora faz a estreia pela equipe de fábrica, a Ducati Lenovo. Álex também anda de Ducati, mas da equipe Gresini.
Parabéns a toda família Alentá Márquez pelo incrível feito que deixou todos nós mais felizes, esquentou nossos coraçõezinhos, e nos deixou mais alegres um pouquinho com toda a experiência humana. Uma dobradinha de irmãos no pódio da MotoGP é legal demais. E que mamãe Márquez se cuide: é apenas a primeira etapa! (MAO)
Dono de Bugatti Bolide, treina de Porsche GT3 RS
Definitivamente, os Track-Days vem em todos os tipos e tamanhos. Muitos levam seus Celta, Sandero e Chevette para pistas quando podem pagar a entrada, e se acertarem pneus no dia, lá se vão seis meses para pagar o estrago. Do outro lado do espectro, há por exemplo os Track-Days de clubes de marcas famosas como a Porsche, onde há apoio, buffet gourmet, e tudo mais, e acidentes são tratados com menos desespero. Mas agora, descobrimos algo ainda mais exclusivo, que deixa para trás até esses eventos chiques que já conhecíamos.
A Bugatti sediou o primeiro evento oficial de pista para o hipercarro Bolide no Circuito Paul Ricard na França. O evento marcou a primeira oportunidade para os proprietários dirigirem suas máquinas multimilionárias, somente para pista. Bom, primeiro em conjunto: um proprietário anteriormente alugou o Circuito das Américas só para si mesmo.
Veja isso: a Bugatti, com medo de deixar amadores acelerarem o W16 de mais de 1500 cv assim de supetão, não deixou os proprietários andarem com eles desde o início. Forneceram algo um pouco mais manso, para se aclimatarem na pista e com alta velocidade. Que carro mais manso? Um Porsche 911 GT3 RS.
Para o evento, cada piloto foi pareado com um instrutor especialista durante a manhã dirigindo o GT3 RS, antes de finalmente poder sentar-se ao volante de seu Bolide. Com apenas quatro Bolides compartilhando o percurso de 5,8 km, basta dizer que espaço não faltava. E quando as suas training wheels são um GT3 RS, você sabe que é um evento exclusivo de verdade… (MAO)
Porsche deve lançar novo 911 GT2 RS
E falando em Porsche de pista, a marca alemã de Stuttgart-Zuffenhausen, durante a sua recente conferência anual, fez uma série de revelações, incluindo o fato de que está ponderando um novo SUV movido a combustão, além do Cayenne (o Macan é elétrico hoje). No entanto, de mais interesse foi o compromisso da Porsche com “um modelo topo de linha adicional” para a família 911. Pode muito bem ser o novo 911 GT2 RS.
A geração 992 ainda não recebeu um GT2 RS. Não que faltem modelos interessantes para a linha, como o 911 Turbo e Turbo S, o GT3 e GT3 RS, Dakar e 911 S/T. Mas quando se fala do pináculo em pista, está faltando só mesmo ele, o topo do morrinho da Porsche: o GT2 RS. E se você acaba de voltar de uma viagem de 70 anos para Urano, e não sabe o que é um GT2 RS, pense em tudo que representa o GT3 RS, mas com turbo e mais de 700 cv, ao invés dos mais de 500 cv do GT3 RS aspirado.
Rumores circulam sobre um novo GT2 RS há algum tempo. No ano passado, um protótipo que parecia ser dele foi avistado em testes no Nurburgring Nordschleife. O carro tinha a carroceria do GT3 RS, mas claramente não era movido pelo seis cilindros aspirado de 4,0 litros daquele carro. Pelo som, parecia turbo.
O anterior 911 GT2 RS tinha 700 cv e 76,5 mkgf de torque de seu seis cilindros biturbo de 3,8 litros, mas isso foi em 2017, quando 700 cv eram impressionantes. Qualquer novo GT2 RS provavelmente produzirá mais de 750 cv, tornando-o facilmente o 911 mais rápido. Que volte logo: estamos com saudades. (MAO)
Quanto custa um Ruf CTR “Yellowbird” original?
E falando em 911 extremamente extremo, quem aqui lembra do Ruf CTR “Yellowbird” original? O famoso 911 Turbo “estreito”, com mais potência e mais loucura embutida, que nos anos 1980 fez Nurburgring, sobresterço controlado, e mocassim com meia branca famosos. É o famosíssimo filme Faszination on the Nürburgring. Hoje ver a pista alemã em vídeo é corriqueiro; em 1989 deixou a gente de queixo no chão.
Além da carroceria mais estreita do 911 normal, o CTR tinha dois turbos ao invés de um só no 911 Turbo da Porsche. A Ruf dizia que o CTR tinha 469 cv, mas hoje se sabe que o número de 500 cv é bem mais próximo da realidade. Num carro de 1150 kg, era sensacional, mesmo visto de hoje: o 0-100 km/h era em 3,6 segundos. Um carro foi famosamente cronometrado a 342 km/h, mais veloz que o 959 contemporâneo.
Era também caríssimo, e por isso, apenas 29 deles foram vendidos. É algo realmente raro e especial. O que nos faz imaginar quanto valeria um exemplar bem cuidado dessa fera histórica hoje. Bom, um acaba de ser vendido em leilão nos EUA, acabando o mistério.
O preço pago por este exemplar, o número 26, pintado no icônico amarelo e com apenas pouco mais de 1000 km rodados, e muito bem cuidado, foi de, pasme, US$ 6,055 milhões. Isso mesmo: R$ 35.233.136, lá nos EUA. Barrabás. (MAO)
Lewis Hamilton encontra Ferris Bueller
“Não há melhor maneira de começar a temporada do que realizando outro sonho”, diz Lewis Hamilton em sua conta de Instagram. Para os fãs do clássico filme de John Hughes de 1986, “Ferris Bueller’s Day off” (“Curtindo a vida adoidado”), o que se segue é algo realmente legal.
“Curtindo a Vida Adoidado é um dos meus filmes favoritos desde que eu era criança. Isto é para homenagear o filme icônico e celebrar minha primeira temporada com a Ferrari. Definitivamente, foi preciso muita tecnologia de ponta, produção e planejamento para dar certo. Tive que pegar o carro exato também… tem sido um carro dos sonhos desde que vi o filme.” Diz Sir Lewis.
No filme, e usando o Oscar-winner Edward Norton como coadjuvante, nada menos, Hamilton e Norton tomam o lugar dos manobristas que roubam a Ferrari 250 GT California para um passeio animado. É muito bem-feito, e o carro parece ser a réplica usada no filme. Sensacional.
Tá, ainda gosto mais desta propaganda de porta de garagem inteligente que brinca com o fato de que os jovens do filme (e os que assistiram como eu, que vi a película na sala de cinema) são hoje senhores com filhos adultos ou quase. Mas não importa: ficou legal mesmo o filminho de Hamilton. (MAO)
Longbow: o carro esporte elétrico de menos de 1 tonelada
Longbow é um novo fabricante de automóveis do Reino Unido. Acredita ter a solução para os elétricos esportivos. Criou um carro esporte 100% elétrico que promete ser mais leve que um Mazda MX-5!
Chama-se Longbow Speedster e Roadster. O Speedster, é aberto, sem para-brisa, e o Roadster, estranho pelo nome, tem um teto rígido fixo. A empresa foi fundada por dois ex-engenheiros da Tesla, Daniel Davy e Mark Tapscott, junto com o ex-CEO de uma empresa de barcos elétricos.

Então dá para ver claramente que o Roadster da Longbow é uma crítica inegável ao Roadster da Tesla, que deveria estrear em 2020, após a revelação de um protótipo em 2017. Falando ao Top Gear, Daniel Davy deixou claro que o nome era uma provocação deliberada ao Roadster II continuamente adiado da Tesla.

“Muitos clientes deram depósitos para um Roadster “, disse Davy à revista. “Então pensamos que seríamos o primeiro Roadster elétrico a realmente seguir o Tesla Roadster. Se as pessoas quiserem receber de volta seu depósito de US$ 250.000 por um carro de 2020 e investir em algo melhor, elas receberão um mais cedo conosco. Elas são bem-vindas para fazer isso. Nosso Roadster vai chegar primeiro.” Ouch!
O Speedster tem dois lugares e uma autonomia estimada de 440 km (WLTP). Ele pesará apenas 895 kg e fará o 0 a 96 km/h em 3,5 segundos, segundo a empresa. O Roadster de teto fixo pesa mais: 995 kg, e por isso é menos veloz, mas apenas 0.1 segundo mais lento no 0-96 km/h, segundo a empresa. A Longbow ainda não disse nada sobre o tamanho da bateria ou configuração do motor.
Mas por incrível que pareça, e aqui pegando uma página do livro de Musk, as reservas estão abertas para ambos os modelos. Não serão baratos: o Speedster custará £ 84.995 (R$ 639.727) na Inglaterra, enquanto o Roadster sai por £ 84.000 (R$ 632.238). Sinceramente, eu esperaria os carros chegarem no mercado para entrar no barco. Parece promissor, mas vai saber, né? (MAO)