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Zero a 300

O novo GT3 RS Manthey | O Civic em cosplay de Challenger | A volta da Moto Morini 3 ½ Sport e mais!

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O novo GT3 RS Manthey

A Porsche lançou o 911 GT3 atualizado no mês passado; a versão RS dele ainda não saiu. Então o que você vê aqui nas fotos é uma nova versão Manthey do GT3 RS anterior. A Manthey, na verdade um braço da Porsche, está melhorando a sua versão do GT3 RS com um kit aerodinâmico radical.

Sim, agora o carro não tem o vidro traseiro. No lugar dele, fibra de carbono e um Sharkfin enorme também no material. Esta barbatana funciona com seis aletas extras menores montadas no teto. Sua função é guiar o ar quente dos radiadores dianteiros para longe do carro, de modo que as entradas traseiras puxem o ar mais frio.

Lá atrás, também, uma enorme asa traseira de carbono permanece, mas agora tem diferentes endplates para maior downforce. O difusor também é significativamente maior. O carro também é equipado com calotas aerodinâmicas, mas como dizer isso parece feio, são chamadas de “Aerodisc” e confeccionadas em fibra de carbono. O resultado é que o carro equipado com o kit gera nada menos que uma tonelada de downforce a 285 km/h.

Além da carroceria, o carro vem também com molas 30% mais rígidas na frente e 15% mais rígidas na traseira. Conta também com novos amortecedores, pastilhas de freio de competição e alguns outros detalhes diversos. Soleira com logo Manthey, e logo Manthey projetado pela porta no chão quando aberta fazem parte do kit.

O pacote levou dois anos para ser desenvolvido e envolveu milhares de quilômetros de testes em pistas de corrida europeias. Claro que deveria ter sido anunciado com seu tempo em Nürburgring, que é o objetivo do negócio no final das contas. Como vender o kit se o dono não pode se gabar do tempo no Ring? Mas parece que chuva e neve na pista impediram isso até agora. Vai acontecer, o anúncio de tempo de volta, mais cedo ou mais tarde. O tempo a bater é 6:43.30, alcançado em junho de 2021 por um 911 GT2 RS da geração anterior equipado com componentes Manthey Racing.

Os proprietários do GT3 RS já podem encomendar o novo kit. Os países da União Europeia o receberão a partir de janeiro do ano que vem, enquanto as regiões fora da UE terão que esperar até março. O preço começa em US$79,973 (R$ 467.842). E esse preço não inclui instalação no concessionário Porsche, nem o GT3 RS, que custa a partir de US$ 223.800 (R$ 1.309.230; aqui no Brasil a Porsche cobra R$ 1.920.000 por um GT3 RS).

Para boa parte da população, que não vai gastar isso nem em uma vida inteira andando na pista de Sandero RS todo santo domingo, pode parecer muito, um absurdo. Mas suponho que para o comprador de Porsche hoje, não faça muita diferença no orçamento de seu ano. E sempre existe um topo em toda pirâmide né? Pirâmide, conheça seu cume. (MAO)

 

Mitsuoka M55 parece Challenger, mas é Honda

Tá, um kit Manthey custa praticamente meio milhão de reais lá fora. Mas alguns degraus abaixo em preço, existem também outras formas de personalização maluca e exclusiva. Veja por exemplo o Honda Civic: se você acha um Type R exclusivo o suficiente, pense de novo. A Mitsuoka agora oferece um Civic bem mais maluco que esse, se não tão rápido.

Sim, a Mitsuoka, aquela empresa que normalmente faz somente horríveis neoclássicos com base em carros japoneses atuais, e ficou famosa recentemente por ser a escolha de Clarkson para o especial “Eurocrash” do já saudoso Grand Tour. A empresa anunciou o carro das fotos há um ano; agora ele está á venda, finalmente. E sim, é um Civic que se identifica como Dodge Challenger.

Chamado de Mitsuoka M55, a empresa agora está pegando encomendas para a “Zero Edition” inaugural. Apenas 100 carros serão entregues em 2025 a 8.085.000 ienes (R$ 307.230) cada um. Infelizmente não é um kit como o Manthey: já pensou se fosse possível importar um kit e colocar num Type R aqui? Mas não é.

Não, só será vendido como um carro completo, um Mitsuoka, não um Honda. O M55 usa então o motor de 1,5 litro turbo com 180 cv e 24,5 mkgf de torque. O câmbio é manual de seis velocidades, e a tração continua só dianteira, claro.

A procura pelo exclusivo parece que continua firme e forte mundo afora: o carro vai ter até loteria para determinar quem vai ter o direito de comprá-lo. A Mitsuoka vai pegar 350 pedidos até 19 de janeiro de 2025, mediante a uma taxa de inscrição de 550.000 ienes (R$ 20.900); destes 350, 100 felizardos serão sorteados. O valor da inscrição será descontado do preço do carro, ou devolvido se você não tiver sorte. Boa sorte? (MAO)

 

Moto Morini traz de volta a 3 ½ Sport!

 

Juro que por essa não esperava. Contamos a história da sensacional Moto Morini 3 ½ no começo deste mês para dar contexto à notícia que a marca agora virá oficialmente ao Brasil. Agora com donos chineses, a Moto Morini está em um renascimento neste momento. Tinha desaparecido sem deixar vestígios, coisa de dez anos atrás.

Moto Morini 3 ½: a origem da lenda

Mas nem em meus sonhos mais malucos ia imaginar que trariam de volta a 3 ½. Ainda mais uma que, parece, traz o conceito perfeitamente para os dias de hoje, com cilindrada, configuração e aparência corretas. Parece algo extremamente inteligente, e bem-feito: uma homenagem e modernização ao significado da marca.

A moto foi mostrada no EICMA (o salão de Milão) deste ano, exatos 50 anos depois do dia em que o original foi revelado. A Zhongneng está tentando mostrar que os novos modelos são Moto Morinis “reais” e não apenas motos chinesas com um nome italiano. E parece que é isso mesmo.

O novo 3 ½ Sport vem com um V-Twin de 350 cm³ como o original; mas agora é a 60°, DOHC/8 válvulas e arrefecido à líquido. O motor, homologado Euro 5+, fornece 32 cv a 8.500 rpm. O original era um V-Twin a 72°, OHV/4 válvulas e arrefecido à ar. Mas dava mais potência que este! Eram 41,7 cv a 8500 rpm na Sport e 37,5 cv a 8200 rpm na versão mais mansa Strada. O peso da nova moto é de 165 kg: excelente até se lembrar que a original não passava de 150 kg.

A moto dos anos 1970

Mas não importam essas pequenas diferenças no final das contas: é próximo o suficiente da moto original para nos deixar animadíssimos. Pense bem: não existem essas motos originais por aqui, e mesmo lá fora são raras; então ter a nova nos trará de volta um pouco do que ela foi. Para toda uma nova geração que nem conhece a original. E é uma moto moderna zero-km, com tudo de bom que vem disso.

O novo V-twin é montado em um quadro em berço de aço tubular soldado, com entre eixos de 1422 mm. Na frente, há um garfo invertido de 43 mm, enquanto um único amortecedor cantilever é usado na traseira. Uma pinça de quatro pistões de montagem radial e um disco de 300 mm controlam a frenagem na frente, enquanto uma pinça de dois pistões e um disco de 255 mm são usados ​​na traseira. Rodas de alumínio fundido são montadas com pneus dianteiros 110/70-17 e traseiros 150/60-17. Outro número notável é que a bicicleta tem uma altura de selim baixa, o que a torna amigável para iniciantes:  780 mm.

 

 

Isso é realmente uma boa notícia, ainda mais com a possibilidade aberta de termos a moto por aqui. O retorno da 3 ½ Sport é uma jogada de marketing muito inteligente, que ao mesmo tempo cria uma conexão positiva entre o presente e o passado glorioso, e ao mesmo tempo nos faz esquecer que a Moto Morini tem dono chinês. A empresa até trouxe Franco Lambertini, o designer da moto original, para o lançamento da nova. Sensacional.

Lambertini antes da apresentação, com uma 3 1/2 Sport original

Falta apenas aquele componente crucial: quanto custará? Mais metal e menos plástico faria uma moto ainda mais próxima do pequeno puro-sangue italiano dos anos 1970. Mas também a faria mais cara. Pela aparência da moto e os donos da marca, desconfio que não será cara. Ai meu santo Agostini! (MAO)

 

Porsche quer ligar Macan elétrico ao 911 “à ar”

A jogada da Moto Morini foi realmente genial. Viu, Jaguar? Não é impossível reinventar uma marca literalmente morta… Enquanto isso, a controvérsia sobre a “nova Jaguar” continua, e se espalhou para fora até dos comentaristas automotivos. Todo mundo parece ter ficado bobo com a estratégia nada original e sem nexo mostrada nas propagandas da marca. Se “fale mal mas fale de mim” era o objetivo, total sucesso.

Não é a primeira “reinvenção” da Jaguar

Parece até que ofuscou outra propaganda recente, que parece tão boba quanto essa. A nova propaganda  do Porsche Macan 100% elétrico.

O problema não é o casting diverso e imagens sem sentido desconexas aos quais já estamos acostumados, apesar de seu significado e intenção ser incompreensível para os compradores. O problema é que em certo ponto, aparece um 911 Targa dos anos 1970. E mais: o 911 vira o Macan elétrico!

Engraçado isso: um 911 moderno faria mais sentido. Não, ainda assim, o Audi-Porsche SUV elétrico não tem quase nada em comum com o 911, mas estaria mais próximo, e a transformação menos radical e obviamente forçada. Do jeito que está, apenas acentua o fato de que da Porsche que fez este Targa, não sobrou mais nada; só nome da marca. Uma tentativa de resgatar o passado que, ao inverso da Morini, só mostra que a empresa o abandonou. Não acham? (MAO)

 

Jeep militar original relembrado em série especial do Wrangler

Revelado no Easter Safari da Jeep em 2022 Jeep ’41 Concept foi um sucesso; agora uma versão dele aparece à venda: é o novo Wrangler 4xe Willys ’41 Special Edition da Jeep.  O carro vem com a pintura verde-oliva dos Jeep militares da segunda guerra. Colocado ao lado de um Jeep MB original, acentua o quanto os carros cresceram desde então, mas é uma série especial interessantíssima.

As rodas de alumínio de 17 polegadas do Wrangler estão aqui no mesmo verde da carroceria, e equipadas com pneus de 33 polegadas de uso fora-de-estrada.  Os bancos são em tecido Heritage bege, o painel em tecido verde-oliva e as opções de teto incluem um hardtop na cor da carroceria e teto elétrico Sky One-touch, mas a Jeep em breve adicionará um soft top bege para proprietários que desejam um visual mais autêntico.

O trem de força híbrido do 4xe consiste em um motor turboalimentado de 2.0 litros que produz 380 cv com a ajuda de dois motores elétricos, e oferece 34 km de autonomia puramente elétrica. Um longo caminho desde o pequeno Willys de 2,2 litros e 54 cv do Jeep original de 1941.  O peso, porém, também mudou de acordo: o novo híbrido pesa nada menos que 2.313 kg em curb; o original pesava aproximadamente metade: 1.113 kg.

A série especial já está disponível nos EUA, a partir de US$ 59.930 9R$ 350.590). (MAO)