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Zero a 300

O novo Honda WR-V no Brasil | E-type por Ian Callum | O Renault 4 Savane e mais!

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O novo Honda WR-V no Brasil

Não é preciso ser muito observador para entender que o Honda City hatch não conseguiu substituir o Fit, e que o sedã não é páreo para rivais mais interessantes como o Volkswagen Virtus ou o Nissan Versa.  Os comentários analíticos são discretos, mas a Honda tem andado muito abaixo da média do mercado nos últimos anos. Faz falta um carro que ofereça mais que a confiabilidade típica da marca, e esse carro aparentemente será o novo WR-V. Ao menos é a aposta da Honda.

A marca confirmou que irá relançar o modelo no Brasil em novembro deste ano, como parte de um pacote de investimento de R$ 4,2 bilhões nos próximos cinco anos. O novo WR-V deixou de ser uma adaptação do Fit e ganhou uma identidade própria, com proporções legítimas de SUV crossover, embora ainda compartilhe plataforma com o City — a GSC, também usada no HR-V.

O modelo será vendido em duas versões, sempre com o motor 1.5 flex compartilhado com o City. Faz falta um motor turbo? Teoricamente, olhando para os números não deveria, são 126 cv e 15,8 kgfm — números próximos dos 1.0 Turbo disponíveis do mercado. A diferença é, claro, a curva de de entrega desses números, muito diferente dos motores turbo que, talvez, seja o que o comprador brasileiro espera para um carro 2026.  Por outro lado, a Honda sempre teve um excelente aproveitamento de seus motores aspirados, especialmente com câmbio CVT, que também irá equipar o novo WR-V.

O novo WR-V deve ter 4,31 m de comprimento, 1,79 m de largura, 1,65 m de altura e 2,65 m de entre-eixos. O porta-malas tem 458 litros. Para efeito de comparação, o HR-V é só 2 cm mais comprido, mas tem menos altura e entre-eixos menores. Isso já dá uma dica de onde a Honda quer chegar com o WR-V: oferecer espaço de SUV médio com o custo (e conteúdo) de compacto.

Por isso, esqueça itens mais sofisticados ou acabamento premium. O novo WR-V será mais simples, com uma lista de equipamentos enxuta e visual sem exageros. A ideia é colocar ele no mercado na faixa entre R$ 120 mil e R$ 150 mil, onde brigaria com o Volkswagen Nivus, o Fiat Pulse e o Chevrolet Tracker. (Leo Contesini)

 

Ian Callum faz sua versão do Jaguar E-Type

Ian Callum é um daqueles designers que realmente amam o automóvel; são mais raros do que parece. O trabalho que elevou seu status e acabou colocando-o como designer-chefe da Jaguar por quase 20 anos foi o DB7, desenhado enquanto ele estava na TWR. Mas agora, aposentado, Callum fundou sua própria empresa de design, e sem as amarras corporativas, parece fazer o que deseja apenas. E tem dado certo!

A empresa já criou o Callum Skye, um off-roader elétrico futurista, e está vendendo recriações do conceito Jaguar que apareceu no filme de 007 “Spectre” de 2015, o C-X75. A mais nova novidade da empresa é esta agora: uma recriação do Jaguar E-Type.

O Jaguar C-X75 de Callum Design

Não existe carro físico ainda. Como nos outros casos, Callum mostra um conceito renderizado em 3D do que pretende, e procura um mecenas para encomendar o primeiro. Dali em diante, fica mais fácil e barato encomendar mais deles. No caso do C-X75, parece que um total de 3 carros foram feitos já. O preço não podemos nem imaginar. Mas assim é a arte.

O E-type deve ser mais fácil e barato, por se basear em um carro já existente. Ele é mais baixo e mais largo do que a versão de produção e vem com novas rodas de gosto duvidoso. Os inevitáveis faróis em LED estão presentes, bem como saídas de escape duplas e lanternas traseiras atualizadas.

Por dentro, tudo é novo, mas no tema original. Os quatro medidores no centro do painel, por exemplo, foram transformados em pequenas telas que exibem recursos como conectividade e navegação Apple CarPlay. Há a famosa fileira de toggle switches do E-type, e sem a proteção moderna! Callum diz que os clientes podem personalizar suas cabines como quiserem, claro.

Por isso mesmo, não há detalhes sobre mecânica. Acreditamos que Callum deixa em aberto de propósito: o cara pode escolher qualquer motor Jaguar que desejar para ele, dos seis cilindros aos doze. A renderização mostra um câmbio manual, mas automático certamente é possível. E se você pedir, e pagar, direitinho, aposto que até elétrico ele faz para ti.

O que me faz pensar: o que há de tão errado com um E-type original, para que se gaste tanto num diferente assim? Claro que sempre existem pessoas para quem um terno normal não basta; tem que ser feito para si e para suas medidas, não importando o custo. É o caso aqui. (MAO)

 

A moda restomod chega ao Baja-Bug

É impossível escrever o nome desta empresa aqui: o teclado não tem letra espelhada. Então chamá-la-emos, na tradição de Clarkson, de “Twisted com o S espelhado”. Pois bem, a Twisted com S espelhado é especialista em restomod off-road; mais especificamente de Defender original. Um carro que, ao ser descontinuado pela Land Rover, deixou uma série de donos endinheirados sem opção. Empresas como esta existem para dar esta opção.

Mas agora, a Twisted com o S espelhado surpreendeu: seu mais recente projeto é uma versão moderna do clássico Fusca Baja. Sim, o Baja-Bug. Uma criação que era eminentemente barata: quem não tinha dinheiro para uma carroceria Buggy, cortava os paralamas e colocava rodão no seu Fusca mesmo, para brincar nas dunas californianas. Agora virou coisa chique.

O carro se chama TBug, e segue o mesmo modelo visual básico estabelecido pelos Baja-Bug originais. Os para-lamas são cortados, a tampa do porta-malas é mais curta e um novo painel frontal com dois faróis próximos, mas agora nos inevitáveis LED.

A Twisted com o S espelhado  afirma que dobrou a potência do motor; mas como falamos de Fusca, isso significa 79 cv. A suspensão é reforçada e levantada para o efeito desejado. Um conjunto de pneus BF Goodrich off-road é montado em rodas personalizadas.

Nada de diferente até aqui, né; mas onde a empresa realmente torna este Fusquinha um produto de luxo é no interior. Pode ser criado para atender todos os desejos possíveis de sua majestade encomendadora, como os Land Rover da marca.

Não foi divulgado quantos serão feitos, ou o preço; parece que a empresa está avaliando o mercado por enquanto. Certamente não será barato, com preços de até £ 150.000 sendo ventilados por aí. Isso mesmo: até Fusca cortado vale muito agora, aparentemente. (MAO)

 

Renault 4 Savane é versão off-road 4×4

Na sanha de produzir algum entusiasmo em carros elétricos modernos, algumas empresas apelam para reedições de sucesso do passado. A Fiat fracassou fragorosamente nisso com o 500 elétrico, praticamente invendável, e a Mini também não parece ter lá um imenso sucesso com seus elétricos. Mas a Renault é um relativo sucesso, tanto com seu R5, como com o simpático R4 elétrico moderno.

Renault 4L: a história do maior rival do Citroën 2CV

E agora, mal começou a vender o R4, a Renault mostra outra versão interessante, que deve também ser sucesso: uma versão off-road dele. Parece idiota isso? Nem tanto. Ao contrário do Mini e do Fiat 500 originais, o R4 original era conhecido por sua capacidade off-road, e um sucesso em países árabes. Como o Fusca e o 2CV, usava baixo peso, suspensões de longo curso e articulação, bom vão livre, e motor em cima do eixo de tração para, mesmo sem tração nas quatro rodas, vencer todo tipo de terreno. Este novo R4 Savane elétrico pretende continuar a tradição, mas agora com 4×4.

Sim: o R4 Savane é um conceito com temática off-road que adiciona um motor extra ao eixo traseiro, oferecendo tração integral pela primeira vez. A suspensão é elevada em 15 mm e rodas de 18 polegadas personalizadas com pneus especiais Goodyear UltraGrip que aumentam a bitola em 20 mm (0,79 polegadas) na dianteira e na traseira.

A pintura Verde Jade é nova no R4. Protetores de para-choque originais foram substituídos por novas peças impressas em 3D com propriedades de absorção de impacto. O interior também recebe um tema de estilo ao ar livre, cortesia dos bancos com acabamento em Marrom Escuro e encostos e apoios de braço pied-de-poule.

O 4 E-Tech de produção usa a mesma arquitetura AmpR Small do Renault 5 E-Tech e seu irmão Alpine A290, e todos esses carros de produção são estritamente de motor único e tração dianteira. O Renault 5 Turbo 3E um carro especial de baixo volume e alto preço, sem nada em comum com esses.

Os R4 com motor único podem escolher entre potência de 120 e 150 cv. Não foi declarado quanto tem este de dois motores, mas 300 cv parece uma boa aposta, então. O que faria do carrinho algo interessante de verdade.

A Renault diz que o conceito existe apenas para “demonstrar o potencial da plataforma AmpR Small para criar um veículo elétrico do segmento B com tração nas quatro rodas”. Mas parece tão fácil de acontecer, que deve ser inevitável. (MAO)