FlatOut!
Image default
Zero a 300

O novo Jeep Compass | Corolla hatch FX | Lotus homenageia Clark e mais!

O Zero a 300 é matéria aberta, oferecida com o patrocínio dos assinantes do FlatOut. Ainda não é assinante? Considere ser: além de nos ajudar a manter o site e o nosso canal funcionando, você terá acesso a uma série de matérias exclusivas para assinantes – como conteúdos técnicos, histórias de carros e pilotos, avaliações e muito mais!

FLATOUTER

O plano mais especial. Convite para o nosso grupo secreto no Facebook, com interação direta com todos da equipe FlatOut. Convites para encontros exclusivos em SP. Acesso livre a todas as matérias da revista digital FlatOut, vídeos e podcasts exclusivos a assinantes. Direito a expor ou anunciar até sete carros no GT402 e descontos em oficinas e lojas parceiras*!

R$ 26,90 / mês

ou

Ganhe R$ 53,80 de
desconto no plano anual
(pague só 10 dos 12 meses)

*Benefícios sujeitos ao único e exclusivo critério do FlatOut, bem como a eventual disponibilidade do parceiro. Todo e qualquer benefício poderá ser alterado ou extinto, sem que seja necessário qualquer aviso prévio.

CLÁSSICO

Plano de assinatura básico, voltado somente ao conteúdo1. Com o Clássico, você terá acesso livre a todas as matérias da revista digital FlatOut, incluindo vídeos e podcasts exclusivos a assinantes. Além disso, você poderá expor ou anunciar até três carros no GT402.

R$ 14,90 / mês

ou

Ganhe R$ 29,80 de
desconto no plano anual
(pague só 10 dos 12 meses)

1Não há convite para participar do grupo secreto do FlatOut nem há descontos em oficinas ou lojas parceiras.
2A quantidade de carros veiculados poderá ser alterada a qualquer momento pelo FlatOut, ao seu único e exclusivo critério.

 

O novo Jeep Compass

Sim, o Jeep Compass (e o Renegade, já que estamos no assunto) já passaram da hora de uma renovação. Seu sucesso chega a ser um problema aqui: com tantos deles nas ruas, um estilo novo vira uma necessidade premente para trazer gente de volta às lojas. Agora, o novo Compass foi finalmente mostrado, na Europa antes dos EUA; não deve demorar muito para vir para cá também, embora provavelmente um pouco diferente para se adaptar a nossos gostos.

Vem numa plataforma atualizada, a moderna STLA Medium, o que já não era sem tempo: a antiga “Small Wide” tem suas origens no Opel Corsa 4400/ Fiat Grande Punto, a mesma origem ancestral do atual Chevrolet Spin nacional. Claro que hoje são carros diferentes; mas uma olhada detalhada dos dois mostra uma origem comum do passado, reformulada e alterada muitas vezes.

O novo Compass mede 4,54 m de comprimento (14 cm a mais) num entre-eixos de 2,77 m (13 cm a mais), o que melhorará certamente o espaço interno. Também é bem mais largo. O estilo externo é todo novo; lembra o atual Compass, mas é mais “quadrado”, um estilo que parece estar voltando, especialmente em veículos de espírito off-road.

As rodas agora são de 20 polegadas. A distância máxima do solo prometida é de 20 cm para as versões com tração nas quatro rodas, além de ângulos de entrada de 20°, de saída de 15° e de saída de 26°. Pode-se rodar em terrenos alagados de até 47 cm de profundidade, segundo a Jeep. Um sistema de controle de descida é equipamento básico nas versões 4×4.

Por dentro, há uma reformulação completa também: destaque para a enorme tela de 16″ que organiza comandos de climatização, ajustes do carro e sistema multimídia. Uma outra tela de 10″ faz as vezes do cluster de instrumentos atrás do volante.

A nova plataforma permite integração de eletrificação para a nova geração do Jeep Compass. Na Europa o motor 1.2 turbo recebe um sistema híbrido-leve de 48 Volts, com 147 cv e 23,5 mkgf. Opcional é o híbrido plug-in, que usa o mesmo 1.2 turbo e auxílio elétrico, mas tem 197 cv e 35,7 mkgf e uma bateria de 19 kWh que permite rodar até 83 km em modo totalmente elétrico, pelo ciclo WLTP.

Há também um Compass EV, 100% elétrico. Três opções aqui: tração dianteira com 213 cv e 35,2 mkgf (autonomia WLTP de 500 km), tração dianteira de 234 cv e 35,2 mkgf (autonomia WLTP de 650 km) e uma com tração integral com dois motores elétricos, um em cada eixo, e 380 cv, com autonomia WLTP de 600 km.

A Jeep já está aceitando encomendas do novo Compass na Europa, onde está vendendo uma First Edition por tempo limitado. As entregas aos clientes começarão no quarto trimestre do ano, assim que a produção começar na fábrica de Melfi, na Itália. Ainda não há informações sobre a versão americana, que deve chegar no ano que vem. No Brasil, também não se sabe quando (ou mesmo, se) virá, mas provavelmente é parte do investimento de R$ 13 bilhões só na planta de Goiana (PE) até 2030, anunciado pela empresa. (MAO)

 

O Volkswagen Virtus 2026

Sendo completamente honesto aqui, começo esta nota declarando que sou fã do Virtus. Na verdade, fã é um pouco demais; não vou escrever cartas para casa contando suas maravilhas; apenas gosto muito do carro. E os motivos são fáceis de explicar.

Não é um carro aspiracional; é melhor se comprado barato. Tem um espírito de taxi até, na verdade, de algo que se tem para uso e nada mais. Mas é muito bom nessa função, que é a mais importante num carro, no fim das contas. É leve relativamente ao seu tamanho; tem porta-malas enorme, e banco traseiro com espaço de limusine do Polo que efetivamente é. É relativamente barato, bem equipado, potente, econômico e durável. Tenho um MSI 2019 com câmbio manual, comprado zero km, que tem sido nos últimos 6 anos uma ferramenta indispensável em casa; e como bônus, no dia-a-dia é uma delícia de guiar, o motor aspirado e o câmbio manual uma pitada de alegria num carro de uso confortável e confiável.

Diria que não entendo como podem comprar os mais caros e menos eficientes T-Cross e Nivus no lugar dele, mas estaria mentindo: ninguém quer parecer motorista de taxi, e os SUVs são mais chiques e tem mais porte. Lógica sozinha nunca vendeu automóveis, não vai ser agora que vai começar.

Pois bem. Dito isso para não deixar dúvidas do viés aqui, vamos à notícia. A VW lançou a linha 2026 do Virtus. Como principal novidade, as versões Highline e Exclusive do sedã passam a contar apenas com assistente ativo de mudança de faixa, enquanto a topo de linha tem acréscimo de novas rodas de liga leve de 18″ e modificações no acabamento interno.

A versão de entrada, a Sense 170 TSI, continua atrativa: custa R$ 108.990, vem com o gostoso tricilíndrico Turbo de 1 litro da VW, aqui com 116 cv no etanol e 109 cv na gasolina, e torque de 16,8 mkgf. O câmbio é o manual de cinco marchas, uma combinação de motor e câmbio que promete ser bem legal num sedã de 1161 kg.

Carro básico hoje é dificilmente básico de verdade: a lista de equipamentos de série inclui ar-condicionado, direção elétrica, travas elétricas, faróis de LED com luz diurna, seis airbags, controle de estabilidade (ESC), assistente de partida em rampas (muito útil com câmbio manual), controle de tração (ASR), bloqueio eletrônico do diferencial (EDS), Isofix, monitoramento da pressão dos pneus e frenagem automática pós-colisão. A versão é oferecida em cinco cores: as sólidas Preto Ninja (sem custo) e Branco Cristal (R$ 900), e as metálicas Prata Sirius, Cinza Platinum e Azul Biscay (por R$ 1.650).

TSI 170: rodas de alumínio

Sim, o carro vem com rodas de aço com calotas, pneus 195/65 R15, e maçanetas e retrovisores sem pintura. O que faz falta de verdade é só o multimídia: vem com rádio Bluetooth só. Mas desconfio que a maioria vai sair da concessionária com o multimídia já. E por R$ 119.990 é possível pegar a versão 170 TSI MT, com o multimídia, rodas de alumínio, e menos cara de taxi. Mas perde um pouco do charme ascético do carro-base, se é que me entendem.

Sense: calotas, mas 1.0 turbo e manual

Acima desses, há as versões automáticas: o 170 TSI AT por R$ 126.390, e o 200 TSI AT 2026 por R$ 141.990, este último justificando o preço maior por seu motor 1.0 Turbo mais potente, de até 128 cv e 20,4 mkgf.

O Highline 200 TSI AT custa R$ 154.640, e vem agora equipado de fábrica com assistente ativo de mudança de faixa, que se somarão aos sistemas ACC e de frenagem autônoma já presentes na linha 2025, e todo catálogo de opcionais do modelo. O Exclusive 250 TSI AT custa R$ 165.990, e tem todos os equipamentos do Highline, mais rodas de 18 polegadas e o motor 1.4 turbo de 150 cv e 25,5 mkgf. Todos os Virtus automáticos tem câmbio de seis marchas. (MAO)

 

O Toyota Corolla FX Edition

A existência do sensacional GR Corolla quase faz esquecer que nos EUA, há uma versão bem legal também, mais barata. Lá o Corolla hatch básico tem o mesmo 2-litros aspirado que temos aqui (com ligeiramente menos potência, 171 cv), mas costumava vir acoplado a um transeixo manual de seis marchas. Eu queria um Corolla assim!

E agora, a Toyota está fazendo uma versão de visual esportivo para este Corolla básico. É a nova FX Edition, que adiciona pintura diferente chamativa, e uma opção de rodas ainda mais legal. O carro se inspira no Corolla FX16 hatchback produzido entre 1987 e 1988, um hot-hatch com o mesmo motor 1.6 16V projetado pela Yamaha que ficou famoso nos AE86 e no MR2.

Carro esporte barato: como a Toyota tentou todas as maneiras

As diferenças não são muitas, mas são efetivas. Incluem um spoiler preto na tampa traseira, novas cores como o laranja Inferno mostrado aqui (ou o branco Ice Cap e o azul Crush), emblemas Heritage e, o mais importante, rodas de 18 polegadas brancas sensacionais.

Incrível, não? Bem, hoje em dia parece que nunca temos surpresa boa por completo. A má notícia é que, incrivelmente, não há opção manual para o FX Edition; aparentemente é uma versão somente automática. Sim, isso significa neste caso um CVT. Tão perto, Toyota! Não resisti e perguntei à um amigo que trabalha na Toyota americana o motivo, e ele me explicou: para 2025, o câmbio manual morreu no Corolla. Só no GR agora. Que tristeza.

O preço do Corolla Hatchback FX Edition ainda não foi revelado. O Corolla hatch SE básico começa lá em US$ 24.875 (R$ 142.103), então esta edição mais bonita e alegre certamente será mais cara. O FX Edition chega às concessionárias americanas no terceiro trimestre. (MAO)

 

Lotus homenageia Jim Clark com Emira especial

Cada geração pensa que inventou a devassidão, o sofrimento ou a rebelião, mas todos os impulsos e apetites do homem, do repugnante ao sublime, existem desde que o homem existe. Isso é verdade também no esporte-motor: todo país acha que tem um piloto melhor que todos, um incrível e santificado gênio do volante inimitável.  No Brasil não preciso dizer quem é; mas para os habitantes do Reino Unido, não há piloto maior que Jim Clark.

Clark conquistou dois títulos do Campeonato Mundial de Pilotos de Fórmula 1 com a Lotus e, na época de sua morte, detinha os recordes de maior número de vitórias (25), pole positions (33) e voltas mais rápidas (28), entre outros. Venceu também as 500 Milhas de Indianápolis em 1965 com a Lotus, tornando-se o primeiro vencedor não americano da corrida em 49 anos. E morreu jovem ao volante de um F2 em 1968; receita básica para virar herói de uma nação.

Eu comprei um Chevette no dia que Senna morreu

Seu nome sempre esteve ligado ao da Lotus, dos F1 até os Lotus-Cortina. Então a marca inglesa resolveu usar um pouco dessa história conjunta em seu benefício. Ou seria isso profanar seu túmulo em busca de alguns centavos a mais? Deixo para vocês decidirem.

O fato é que a empresa mostrou uma edição especial de seu último carro esporte com motor a combustão interna, o Emira, inspirado no piloto escocês. É o Lotus Emira Clark Edition. Comemora 60 anos da lendária temporada de 1965 de Clark.

A pintura mistura Racing Green e amarelo, e na verdade é o livery da Lotus na época de Clark. A empresa diz que faz referência especificamente ao Lotus 38 com o qual Clark venceu a Indy 500. Há ponteiras de escapamento amarelas, uma faixa pintada à mão na lateral do carro, espelhos cromados, uma tampa de combustível prata e azul que faz referência ao 38 e um emblema Clark Edition na borda frontal das portas.

Por dentro, metade do interior é revestida em vermelho, o mesmo usado nos cockpits dos carros da Lotus na década de 1960. Há também uma manopla de câmbio de madeira, assim como nos carros de corrida da Lotus da época, uma assinatura Clark no painel e um emblema no banco do motorista listando os títulos de 1965 de Clark.

O carro-base é o melhor dos Emira: a versão V6 manual.  Isso significa um V6 de 3,5 litros DOHC-24v de Camry, mas com um supercharger Edelbrock e 400 cv. O Lotus moderno pode não ser mais levíssimo como os do passado, mas pelo menos, o Emira não é pesado demais: 1487 kg. O carro faz 0-100 km/h em 4,3 segundos, e chega a 288 km/h.

A Lotus já fez homenagens a Jim Clark antes, claro: Esprit em 1992 e Elise em 2009, ambos com esquemas de pintura verde e amarelo semelhantes. Apenas 60 carros desta edição especial existirão, cada um custando £115.000 (R$ 882.643) no Reino Unido. (MAO)