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Este é o novo Mercedes-AMG C43
Lá vou eu soar como um velho ranzinza… é inevitável, desculpem, mas da mesma forma que eu apontei o dedo para o erro da BMW ao “matar” o nome M3 só porque seu sistema de nomenclaturas atual exige que o cupê seja um “M4”, vou apontar o dedo para a Mercedes, que volta a desvalorizar o nome C43 da AMG.
Talvez você não lembre, mas o C43 AMG foi o primeiro modelo da AMG sob o comando da Mercedes, em 1997. Também foi o primeiro Classe C com motor V8, o que abriu as portas para o futuro da AMG que conhecemos na década passada com o V8 de 6,2 litros e o mais recente V8 biturbo de quatro litros. Foi também o primeiro AMG moderno, construído desde o monobloco pela AMG dentro das instalações da Mercedes. Antes dela, a C36 e a E55, por exemplo, usavam monoblocos de C280 e E420, respectivamente, que eram modificados pela AMG — basta dar uma olhada no código de carroceria destes carros.
Na geração passada, a W205, a Mercedes-AMG já confundiu o legado do nome com sua nova nomenclatura (essa rigidez germânica…), como fez a BMW, e transformou o C43 em uma versão de entrada da AMG na Classe C. Na verdade era um pouco mais vulgar: o C43 era, na prática, uma derivação do C400 AMG Sport — um nome bem mais adequado e semelhante à boa solução da BMW para não banalizar a sigla M com carros menos radicais que os M-Cars.
Agora, depois de divulgar um teaser com os faróis inteligentes (que é tudo o que se espera em um AMG, afinal), a Mercedes revelou que o carro em questão não era o C63 nem o C53, mas o C43. Claro, a gente já esperava que fosse a versão de entrada. Agora nem seis-em-linha ele é, mas um quatro-cilindros turbo-eletrificado — é assim que a AMG chama ele, com badge e tudo.
Apesar da bronca com o nome, não vou ser o saudosista aqui: o negócio é interessante. São 408 cv e 51 kgfm produzidos pelo 2.0 turbo com ajuda daquele motor elétrico de 48 volts que é instalado entre o bloco e o câmbio, típico dos híbridos leves. É uma solução inteligente porque faz do carro um híbrido leve nos dois sentidos da leveza. O C43 W205 usava um V6 de três litros, 390 cv e 53 kgfm. Sim, é menos torque no modelo novo, mas como há um motor elétrico dando uma força em baixas rotações, a curva é mais eficiente nessa faixa, então os 2 kgfm não devem fazer falta.
Outra coisa: este novo 2.0 turbo (M139), como no SL43 AMG, não é o mesmo do A45 AMG porque usa um turbo elétrico (daí o nome “turbo electrified”). O turbo elétrico, como explicamos anteriormente, usa, além dos gases de escape, um motor elétrico no eixo da turbina para manter a pressurização quando o acelerador é aliviado ou durante as frenagens, assim, as respostas do acelerador são mais rápidas e precisas devido ao tempo de threshold e redução do lag.
Como todo AMG recente, ele tem o câmbio automatizado de nove marchas com embreagem múltipla, que se conecta às quatro rodas — 31% da força fica na dianteira, e 69% vai para o eixo traseiro. Com esse conjunto, o novo C43 AMG de quatro cilindros vai do zero aos 100 km/h em 4,6 segundos e continua até os 250 km/h. Isso se não estiver equipado com as rodas de 19 ou 20 polegadas, opcionais às de 18 polegadas. Nesse caso, a relação final alongada permite que o carro chegue aos 265 km/h — tudo limitado eletronicamente.
Fora isso, o restante é o que se espera de um carro premium atual: recursos de assistência ativa ao motorista, uma tela imensa no console central controlando tudo, um assistente de voz que te atende até quando você fala que está “à mercê dos clientes”, e toda a decoração típica da AMG — volante, bancos, spoilers, para-choques, pedaleira e rodas. Acostume-se ao visual, porque desde a geração passada, devido à crise interminável iniciada em 2014 por aqui, o C43 se tornou o principal modelo da AMG no Brasil, já que o C63 certamente irá esbarrar no milhão de reais quando der as caras. (Leo Contesini)
Harley-Davidson Pan America chega ao Brasil
Get your motor runnin’. Head out on the highway. Looking for adventure. In whatever comes our way.
Velhinhos vestidos de couro preto, por anos e anos, saíram por aí se imaginando rebeldes radicais de fim de semana, aboletados em cima de suas Harley-Davidson. Esses advogados, médicos e executivos usavam essas motos como uma válvula de escape de um mundo real tão chato e enfadonho (ainda que inegavelmente lucrativo) que ameaçava a destruição completa de sua alma imortal. Pelo menos nos fins de semana, a vida pareceria diferente.
O que parecia extremamente cool para esses velhinhos, porém, foi ficando progressivamente menos desejado; a imagem do motoqueiro cabeludo vestido de couro preto ouvindo “Born to be wild”, ainda que fosse na verdade um membro importante e responsável de nosso belo quadro social, era uma caricatura cada vez menos bem vista pela sociedade. Nada é para sempre; modas passam e o que era bem-visto ontem pode ser amanhã um pecado.
Os velhinhos, então, abandonaram as Harley por algo bem mais sofisticado e palatável aos novos gostos: a BMW R1250GS. A ideia era exatamente a mesma, ser uma pessoa diferente no fim de semana, longe do tédio mortal do escritório; só mudou a imagem que projetaria ao exterior. De um misógino rebelde cabeludo e que não toma banho, para um sofisticado aventureiro prestes a cruzar um deserto. Sem tomar banho também, claro; certas coisas não mudam nunca, e fedor e rebeldia parecem intrinsicamente ligados por algum motivo. Quem já viu um rebelde cheiroso e de barba feita?
Mas divago; o fato é que a Harley-Davidson, como empresa, sofreu um baque tremendo com essa mudança de comportamento. A resposta apareceu em 2018: a Pan American. Basicamente é uma BMW GS no estilo Harley-Davidson. E agora, este novo tipo de Harley chega ao Brasil.
A moto será montada em Manaus com peças importadas, e chega numa versão única e completa, a Special. Seus preços partirão de R$ 143.800. O lote de lançamento sairá por R$ 139.995 até o final destas primeiras 120 unidades. O preço da rebeldia de fim de semana nunca foi barato, lembrem-se.
A moto é nova não só na ciclística e estilo, mas em mecânica também: o motor é o novíssimo Harley “Revolution Max”. É um V-twin a 60° com refrigeração líquida, DOHC/4 válvulas por cilindro e injeção. Com 1.252 cm³, dá 152 cv a 9.000 rpm e 13 mkgf de torque a 6.750 rpm. O câmbio é de 6 velocidades e, incomum nas Harley, a transmissão final é por corrente.
A moto é grande como deve ser na categoria: pesa 258 kg. O garfo dianteiro invertido oferece 190 mm de curso, e o vão livre em relação ao solo é de 175 mm. O tanque tem 21 litros de capacidade. A altura do assento é de 850 mm na posição mais baixa do banco ajustável: alta, também como deve ser na categoria. Os baixinhos contam com o sistema de altura adaptativa (ARH): quando a moto para a traseira baixa automaticamente, chegando a 830 mm de altura do assento. A função pode ser desligada, se necessário.
Os freios são a disco Brembo, com ABS, e a moto obviamente tem todos os recursos tecnológicos modernos, como painel de instrumentos digital com tela TFT sensível ao toque customizável de 6,8 polegadas, modos de condução selecionáveis, conectividade via Bluetooth. Por meio do H-D App conectado ao Bluetooth, é possível ver informações de navegação na tela, por exemplo.
Uma nova maneira de se sair por aí Looking for adventure. E de encarar qualquer coisa que comes our way. (MAO)
Nissan Z tem os preços revelados no Japão
Como todos os raros carros esporte de preço razoável do mundo moderno, a chagada do novo Nissan Z é esperada ansiosamente pelos entusiastas mundo afora. Uma dúvida sempre foi qual seria o posicionamento de preço do novo carro. Agora conseguimos ter uma ideia mais clara, com a revelação dos preços do carro para o mercado japonês.
E a notícia é boa: parece que será posicionado para competir com o mais barato dos Toyota Supra, o carro de quatro cilindros turbo, dois litros e 255 cv. E lembrem: o Nissan Z é oferecido exclusivamente com um V6 de 400 cv, biturbo. E pode ser pedido com câmbio manual de seis marchas!
O Supra está atualmente disponível apenas com uma transmissão automática de oito marchas, embora a Toyota tenha confirmado um manual de seis marchas no final deste ano. O Nissan, claro tem opção automática também, com nove marchas.
Preços: o novo Z começa a partir de 5.241.500 ienes (aproximadamente 200 mil reais ao câmbio de hoje), independentemente da opção de transmissão. É apenas 246.000 ienes (aproximadamente dez mil reais) a mais do que o Toyota GR Supra SZ básico de 255HP. Uma vantagem clara para o Nissan de 400 cv. Pelo menos, antes de dirigir os dois, só olhando números.
O carro deve começar a ser vendido nos mercados europeu e americano em breve. Por enquanto, nenhuma notícia indica que virá ao Brasil. Mas a Nissan poderia aproveitar a oportunidade e combater o GR Corolla e o Civic Type R com um carro esporte de verdade né? (MAO)
Corvette C8 terá versão híbrida e totalmente elétrica.
O presidente da General Motors, Mark Reuss, confirmou na segunda-feira que a empresa está trabalhando em um Corvette totalmente elétrico. Reuss também disse que a GM planeja lançar um Corvette híbrido que pode chegar já em 2023.
Reuss divulgou um comunicado em seu perfil pessoal do Linkedin na manhã de segunda-feira detalhando os planos da Chevrolet para o futuro do Corvette, além de compartilhar um vídeo do que parece ser um Corvette camuflado obviamente com tração nas quatro rodas, na neve. Embora a declaração de Reuss não entre em detalhes sobre o layout do trem de força, este Corvette híbrido provavelmente manterá um motor a gasolina alimentando as rodas traseiras e um motor elétrico para as rodas dianteiras.
Ainda não se sabe se o Corvette híbrido usará o V-8 de 6,2 litros do C8 básico ou o novo motor do Z06. Independentemente disso, certamente o carro deve ter uma potência combinada acima dos 670 hp do Z06, claro; o powertrain extra elétrico certamente fará deste o mais caro dos Corvette. O nome E-ray foi ventilado, que pode se referir a este híbrido, ou ao elétrico anunciado para o futuro.
Um Corvette elétrico é totalmente esperado; mas a Chevrolet anunciou em seguida que o carro a gasolina não morrerá. Os híbridos e elétricos serão apenas adições novas à linha. O Corvette sempre foi uma opção mais barata à Porsche e Ferrari; esses carros a gasolina são o que manterão este status. (MAO)
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