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Este é o novo Tesla Model 3
Se você ouvir os fãs da Tesla, é o carro mais esperado da história; na realidade, é apenas um face-lift e atualização num desenho que já tem seis anos de idade: o novo Tesla Model 3. É um veículo de grande sucesso: mais de dois milhões deles foram vendidos globalmente, o que parece inacreditável, mas é verdade.
O projeto, com codinome interno de Highland, exibe frente e traseira redesenhadas e ganha um novo interior. A Tesla disse que melhorou sua aerodinâmica para extrair mais alguns quilômetros de autonomia reduzindo arrasto, e de quebra reduzir o ruído na cabine.
As dimensões permanecem praticamente as mesmas, mas o Modelo 3 é agora uma polegada mais longo, medindo um total de 4720 mm. A empresa diz também que é 2 mm mais baixo, mas como isso não fica na tolerância é um enigma.
Por enquanto, estão disponíveis apenas as versões europeias de tração traseira e Long Range (LR). A autonomia aumentou aproximadamente 12% no ciclo WLTP: agora é de 554 km, e a versão LR pode rodar até 678 km. Com rodas opcionais de 19 polegadas, o Model 3 pode rodar 513 km entre recargas, e o LR, 629 km.
A potência permanece a mesma, com 287 cv e 40,7 mkgf na versão de um motor, e 457 cv e 65 mkgf para a de dois motores “Dual Motor”, 4×4. Os números de desempenho parecem ter permanecido os mesmos, com um tempo de 0-100 km/h em 6,1 segundos para o modelo RWD, e 4,4 segundos para o LR com tração integral.
O interior é todo novo, e tenta tirar a fama de materiais baratos, e baixa qualidade, do carro. Novo design, com uma “arquitetura envolvente” e com materiais mais nobres. A nova iluminação ambiente cobre toda a cabine, que é mais silenciosa graças ao vidro acústico e aos materiais de isolamento aprimorados. O painel e as telas são novas, mas do mesmo tamanho.
As entregas desta nova versão começarão no final de outubro na Europa e no Oriente Médio. Ainda não há detalhes sobre outras regiões. Aparentemente a produção deste novo Model 3 já está em andamento na Gigafactory Shanghai, que é o maior produtor de veículos Tesla e um centro de exportação global. A versão norte-americana provavelmente será fabricada nos EUA, nas instalações da marca em Fremont, na Califórnia. Preço não foi divulgado, mas hoje custa nos EUA de US$ 40.240 (básica) a US$ 47.240 (LR). (MAO)
Golf GTI dá adeus ao câmbio manual
A Volkswagen está encerrando a produção do Golf GTI manual e, para homenagear a história do modelo, está lançando um pacote de equipamentos exclusivo na América do Norte, batizado de Golf GTI 380.
Basicamente um pacote de aparência com rodas de 19 polegadas, mecanicamente vem com o mesmo EA888 de 2,0 litros e 244 cv e 38 mkgf. Será oferecido exclusivamente com transmissão manual de seis velocidades; o GTI normal (e R) continuará a ser oferecido com transmissão DSG de sete velocidades. Custa a partir de US$ 32.485.
O Golf GTI, e mesmo o Golf em geral, tem futuro incerto hoje: em meio à eletrificação e o crescimento dos SUV, parece que não sobreviverá, pelo menos não da forma que o conhecemos hoje. Uma pena: o GTI ainda é todo carro que qualquer pessoa precisa na vida, capaz de realizar uma imensidão de funções muito bem, obrigado.
Ao mesmo tempo que isso acontece, aparece em um leilão no site Collecting Cars uma versão do Golf esportivo realmente inusitada, vista de hoje. É um Golf GTD 1982. Sim, tal qual hoje com os elétricos, na Europa dos anos 1980 o futuro era diesel, e este era o GTI diesel da VW.
Hoje o desempenho dos diesel é próximo dos a gasolina, mas nos anos 1980, era um vale gigante. O GTD era comentado por ter excelente performance, mas ainda assim era longe do GTI a gasolina. O Golf diesel normal, por exemplo, tinha 1,6 litros e 54 cv; precisava de 20 segundos no 0-100 km/h.
O GTD era turbo: tinha mais interessantes 70 cv. Longe dos 112 cv do 1.8 aspirado à gasolina do GTI, por uma boa margem. Mas pelo menos tinha uma sensação de força boa: o torque do turbodiesel era de 13,5 mkgf, 1500 rpm antes dos 15,6 mkgf do GTI. O GTI fazia 0-100 em 9 segundos, e o GTD, 13,5 segundos. Era esportivo para um diesel.
Mas com um consumo de combustível que chegava a ser 60% melhor, o GTD chamou a atenção de todos: era na verdade um arauto de um futuro diesel de alto desempenho. Poucos deles sobreviveram, porém, e um em bom estado é raro hoje.
Este é um dos sobreviventes: vendido novo na Itália e com pintura Helios Blue, ele tem quatro faróis, rodas de aço de 13 polegadas, rádio cassete Pioneer, e um interior em tecido tweed prateado. Um verdadeiro sobrevivente, e uma curiosidade incrível 40 anos depois de seu tempo. (MAO)
Jeep Compass deve receber motor de 272 cv da Rampage
O precedente de se ter o motor 2.0 turbo de 272 cv na linha de montagem da fábrica de Goiana, em Pernambuco, para ser montado na Rampage, abriu algumas possibilidades interessantes.
Afinal de contas, seria muito fácil montá-lo no Jeep Compass e Commander. E parece que será exatamente isso que será feito. Em breve, os dois vão receber o potente Hurricane 4, com 272 cv e 40,8 mkgf, sempre com câmbio automático de 9 marchas e tração 4×4.
O flagra publicado pela página FCA Fan Brazil meio que dá certeza disso: um Compass parcialmente disfarçado sendo transportado em caminhão-cegonha. Tem camuflagem nas rodas, para-choques e grade. A principal evidência do novo motor é a saída de escape dupla. É tudo especulação por enquanto, porém: a Jeep ainda não confirma nada oficialmente.
Nos EUA existe já um Compass com este motor, mas em versão de 203 cv; o nosso deve ser bem melhor, inalterado em relação à Rampage. Na picape, o motor possibilita 0 a 100 km/h em apenas 6,9 segundos e 220 km/h de velocidade máxima. Uma Rampage pesa 1942 kg; o compass 1.3 turbo hoje pesa 1504 kg. Já pensou? (MAO)
Jaguar fará supersedã que será “uma cópia de nada”
A Jaguar está em meio à uma completa reinvenção de si mesmo. Como é de se esperar hoje em dia, isso significa eletrificação. Mas além dos esperados SUV elétricos gigantes, parece que a marca está tentando repetir seu antigo sucesso com sedãs de luxo.
A revista Autocar inglesa afirma que a empresa está preparando uma imponente limusine concebida nos moldes do Jaguar XJ, embora fortemente redesenhada, substancialmente maior e muito mais luxuosa. Tanto os SUV quanto o sedã serão construídos a partir da plataforma de veículo elétrico JEA, com entre-eixos longo, desenvolvida exclusivamente para a Jaguar da nova era.
Em conversa com a Autocar, o CEO da JLR, Adrian Mardell, disse que a marca Jaguar precisava de uma arquitetura própria: “Caso contrário, não seria tão potente e exuberante como gostaríamos. Esta distância entre eixos e esta arquitetura irão cumprir a intenção do design.”
O preço deve ficar ao redor de £ 125.000, virá equipado com tração nas quatro rodas, direção nas quatro rodas e capacidade de carregamento ultrarrápida que permitirá um tempo de recarga de 10-80% em apenas 13 minutos.
Deve ter pelo menos 450 cv, e acelerar de 0-100 km/h entre 3,0 segundos e 3,8 segundos, a caminho da máxima limitada de 250 km/h. A autonomia será de pelo menos 600 km. A fonte da Autocar disse que o sedã não têm relação nenhuma com todos os carros que a Jaguar lançou até agora e têm pouca semelhança com as renderizações que têm circulado desde que os planos de reinvenção da marca foram tornados públicos.
Os dados mostram claramente: a Jaguar quer ser Bentley/Rolls-Royce agora. Não será mais a marca que vendia carros tão bons quanto eles, e mais bonitos, pela metade do preço. Isso, meus amigos, ERA a Jaguar.
A promessa do diretor de criação, Gerry “McGovernator” McGovern, de que os carros serão “uma cópia de nada”, uma citação retirada direto de Sir William Lyons, está claramente sendo seguida à risca. Um carro totalmente original; taí algo que não vemos faz tempo.
Colocando a barra bem alta, definitivamente, o Mister McGovern. Espero, sinceramente, que ele esteja a altura de quem cita. A Jaguar precisa. (MAO)