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Zero a 300

O Porsche 911 Dakar | O último NSX | As 5 estrelas do Chevrolet Tracker e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Este é o Porsche 911 Dakar 2023

Se você queria um 911 off-road, um conceito menos estranho do que parece, por anos tinha que fazer um você mesmo, em oficinas que ofereciam tal conversão, coletivamente chamadas de “911 Safari”. Agora basta encomendar um zero km na Porsche mais próxima de você: o descendente dos 911 que venceram o famoso rali Paris-Dakar finalmente foi lançado. É o novo 91 Dakar.

Como o Porsche 911 se tornou um ícone também nos ralis?

A primeira e mais óbvia diferença é a altura. O 911 Dakar é 2 polegadas (50,8 mm) mais alto que o normal, mas um sistema de elevação especial adiciona mais 30,5 mm quando necessário. É um total de 81,3 mm de altura a mais em relação a um 911 Carrera. O sistema de elevação especial pode ser usado em velocidades de até 170 km/h, quando o 911 Dakar baixa automaticamente para sua configuração padrão.

A velocidade máxima é de 241 km/h, o que faz dele o mais lerdo de todos os 911 atuais. Mas ainda assim, bastante veloz para pneus off-road. É limitado eletronicamente à esta velocidade justamente para preservar os pneus, sem dúvida o item mais interessante deste pacote moderno e diferente: um pneu off-road que ainda tem que andar a 240 km/h.

Estes pneus são Pirelli Scorpion, obviamente feitos especificamente para o 911 Dakar. Medem 245/45 na frente, em rodas de 19 polegadas, e 295/40 na traseira, em rodas de 20 polegadas. Eles são projetados para todo-o-terreno, mas ainda têm classificação Z de velocidade; provavelmente a primeira vez que um leque tão grande de especificação caiu sobre um pneu.

O motor é o mesmo do 911 GTS: seis cilindros e 3,0 litros com turbocompressor que produz 480 cv. A tração é permanente nas quatro rodas, e o câmbio é o PDK dupla-embreagem e oito marchas; o carro pode fazer o 0-100 km/h em 3,2 segundos. Dois modos novos de condução, Off-Road e Rallye, são oferecidos; o primeiro para baixas velocidades fora da estrada, o segundo para mais altas, ainda fora de estrada. O controle de tração eletrônico funciona como bloqueio de diferenciais.

O carro está disponível também opcionalmente com uma barraca de teto e rack de carga que pode suportar 42 kg. O preço do Porsche 911 Dakar nos EUA começa em US$ 223.450 (R$ 1.206.630). Chega às concessionárias americanas na primavera de 2023. (MAO)

 

Ouça o som do Bizzarrini 5300 GT Corsa andando forte!

Há algum tempo atrás demos a notícia da criação deste carro sensacional: a recriação, nos mínimos detalhes, da obra prima de um verdadeiro gênio: Giotto Bizzarrini. Nosso amigo Giotto, para quem está atento, é a mente por trás do maior Ferrari de todos os tempos, o 250 GTO, além de pai do V12 Lamborghini. A obra-mestra de um cara desses não é de se passar desapercebida. É o Bizzarrini 5300 GT Corsa.

A reprodução dos 5300 GT de competição é exatamente igual ao original; o que foi feito à mão, pode ser refeito à mão. Mas não pode ser homologado, hoje: é de uso só em pista. Limitado a apenas 24 exemplares, a nova Bizzarrini só completou o primeiro exemplar em agosto deste ano.

Como o original, usa um V8 Chevrolet de bloco pequeno, 327 cid (os 5300 cm³ do nome), mas aqui preparado para competição e com quatro gloriosos Weber 46 DCOE, para 406 cv, em um carro que pesa somente 1250 kg. Recentemente o Stig andou com um deles na famosa pista de aeroporto do Top Gear: é simplesmente uma festa de som e óbvia sensibilidade dos comandos, principalmente a direção.

É também um desenho de carroceria único, baixo, largo, e o motor fica tão para o meio do carro que tem uma janela no painel de instrumentos para se trocar as velas dos cilindros mais para trás. É simplesmente algo belíssimo, que parece baixo e orgânico como um salamandra correndo.

Olhar o 5300 GT andando assim clarifica tudo: é por isso que alguém está disposto a pagar £1.650.000 (a bagatela de R$ 10.560.000) para ter algo assim. Que coisa absolutamente maravilhosa. (MAO)

 

O último NSX é produzido

O novo NSX nunca teve o sucesso esperado; nem de crítica nem de público. Bom, nem o icônico original foi um sucesso de venda, apesar de, como este, empurrar o pacote tecnológico deste tipo de carro adiante. Supercarro de marca Honda (ou mesmo Acura) parece um conceito de pouca aceitação. Mas pelo menos, a primeira geração foi um sucesso de crítica, senão de vendas; esse falhou em impressionar este público também.

Então não é nenhuma surpresa que o carro chega a seu fim, sem substituto imediato, como foi com a primeira geração. O último NSX foi construído no Performance Manufacturing Center em Marysville, Ohio.

O último carro é um Acura NSX Type S, na cor Gotham Grey. O Type S era uma série limitada especial, de 350 unidades.  Nele, o V6 twin-turbo de 3,5 litros híbrido dava 608 cv, 27 cv a mais que o carro normal. O NSX Type S acelera (acelerava?) de 0 a 100 km/h em menos de três segundos, a caminho de uma velocidade máxima de 307 km/h.

Infelizmente, o supercarro da Honda parece que morreu definitivamente desta vez. Há rumores de um sucessor elétrico, mas há rumores de sucessores elétricos para tudo que morre hoje em dia, então esperaria sentado. O fato é que por enquanto, é isso: o NSX é oficialmente parte do passado. Na verdade, do mercado de usados; o que não é tão ruim afinal. (MAO)

 

BMW F 900 R será produzida no Brasil

A BMW F 900 R será produzida no Brasil, informa a BMW do Brasil. A nova moto é parte do investimento de R$ 50 milhões que a empresa anunciou mês passado, na unidade brasileira da zona franca de Manaus.

A moto deve começar a ser produzida já neste mês de novembro, com vendas previstas para janeiro de 2023. Os preços ainda não foram divulgados.

O que é uma BMW F900 R? Engraçado você perguntar, ia mesmo contar exatamente isso. É uma esportiva sem carenagem, com um bicilíndrico paralelo de 895 cm³ e 85 cv a 8.500 rpm, e 8,8 mkgf de torque a 6.750 rpm. Tem um entre-eixos de 1518 mm, uma altura de banco de 800 mm, em cima de pneus 120/70 ZR 17 na frentem e 180/55 ZR 17 atrás. Pesa 211 kg com o tanque cheio e pronta para andar.

Sendo uma motor BMW moderna, ela também dispõe de um painel digital com tela TFT colorida de 6,5 polegadas e personalizável, computador de bordo e conector USB. A conexão com o smartphone via Bluetooth para navegação é possível com uso do aplicativo BMW. Ligações e reprodução de música também podem acontecer caso se use um capacete com sistema de comunicação BMW. Tem ajustes de pré-carga e de retorno do amortecedor traseiro, além de ajustes dos manetes de freio e embreagem.

Opcionalmente, o pacote Sport+ acrescenta controle de tração, controle dinâmico de freio motor, chave presencial, assistente de troca de marchas e mais dois modos de pilotagem: dynamic e dynamic pro. (MAO)

 

Chevrolet Tracker atinge 5 estrelas no LatinNCAP

Existem hoje em dia dois tipos de teste do LatinNCAP. Primeiro existe o patrocinado, que acontece quando o fabricante projeta um carro de acordo com o protocolo da entidade e deseja o resultado, normalmente 5 estrelas, público, e, portanto, paga por ele. Depois, existe o que é feito pela entidade independentemente: normalmente escolhe um carro que dará baixa pontuação, para assim, com a má publicidade e uma nota baixa, mover adiante a aceitação de seu protocolo e importância como norma.

Este teste, do Chevrolet Tracker, muito provavelmente foi do primeiro tipo: a GM agora projeta seus carros para obter nota máxima, e se você faz isso, quer ver os resultados divulgados. Projetar os carros para 5 estrelas não torna os resultados coisa certa sem margem de erro, ou os carros à prova de falha; ainda devem ser veículos de produção, sujeitos a todo tipo de variação. Mas tudo quase tudo deu certo aqui: O carro foi bem em todos os testes de impacto, frontal, lateral e poste lateral, além de atingir boa pontuação de proteção de pedestre (basicamente, quanto a área do capô absorve impacto de uma pessoa), para chegar às tão desejadas 5 estrelas.

A parte do “quase” é a seguinte: aparentemente um dos pretensionadores de cinto apresentou falha no seu funcionamento. Travou o desafivelamento do cinto e causou “princípio de incêndio”. O pretensionador é um dispositivo pirotécnico como o airbag, que “puxa” o cinto para tirar folgas e manter o ocupante mais preso ao banco por um tempo, durante o acidente/teste.

Isso provocou um recall, o problema aparentemente ligado à um lote defeituoso de peças. Talvez seja por isso que estejamos vendo os resultados deste teste só agora; o recall aconteceu em abril de 2022.

Diz a entidade sobre isso: “O Latin NCAP é da opinião que o fabricante deve se concentrar na causa do incidente, enquanto o fabricante se concentra nos efeitos após o incidente para fornecer a solução correta. Embora a decisão do fabricante não esteja de acordo com a recomendação do Latin NCAP, o Latin NCAP reconhece que é responsabilidade do fabricante resolver este incidente.” Uma declaração ambígua e infantil; ou o problema está resolvido ou não, e no caso, a publicação do resultado confirma que sim, está resolvido.

Certamente uma longa negociação aconteceu até a publicação deste resultado. A entidade reconhece o esforço da GM, pelo menos: “A cooperação da General Motors foi positiva e espera-se que com as outras marcas, se necessário, elas atinjam o mesmo nível de colaboração”, disse Alejandro Furas, Secretário Geral do Latin NCAP. Parabéns à GM pelo resultado: certamente não veio facilmente. (MAO)