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Zero a 300

O Porsche 934 da Singer | O Peugeot 9X8 de rua | Triumph 400 no Brasil e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

DLS–turbo é o novo 911 da Singer

A Caterham devia olhar com cuidado para o famoso fabricante de restomods de Porsche 911, a Singer. Como a Singer, a empresa ficou famosa fazendo um carro icônico de uma marca icônica, no caso a Lotus. Mas enquanto a Caterham ficou presa no Seven série 3 para todo sempre, a Singer evolui no tempo, apenas atrasada uns 50 anos em relação à Porsche.

A próxima prova disso é este lançamento de hoje. A Singer começou transformando os 911 da geração 964 (1989–1993) em carros com aparência anos 1960; recentemente evoluiu para os anos 1970, com uma versão restomod do famoso 930, o 911 Turbo original dos anos 1970. Qual seria seu próximo passo adiante, você pergunta? Agora está claro: o 934, a versão de corrida do 930, e sua evolução, o 935.

É na verdade mais que isso. Lembram do DLS? Era um 911 com um motor refrigerado a ar novo, projetado com ajuda da Williams, aspirado, com quatro litros, 500 cv e 9000 rpm, e um preço de 1,8 milhões de dólares (R$ 8.658.000). Bem, essa “re-imaginação” do 934 se chama DLS-turbo.

O novo DLS com turbocompressor é algo de novo, diferente do que veio antes.O seis cilindros contraposto arrefecido a ar tem 3,8 litros, dois turbocompressores, intercooler ar-água, e 700 cv a 9.000 rpm.

O câmbio é manual de seis marchas a tração é só traseira, e a suspensão recebe a costumeira modernização da Singer. Freios de cerâmica são montados atrás de rodas com um só parafuso central, medindo 19 polegadas na frente e 20 na traseira. Os pneus são do melhor, como tudo aqui: Michelin Pilot Sport Cup 2 R.

O carro começa a vida como um 964 usado, que é completamente desmontado. O processo de restauração de Singer inclui o reforço do chassi em preparação para o aumento de desempenho que virá em seguida.

Os carros evocam o estilo ousado do 934/5. A nova carroceria de fibra de carbono inclui para-lamas largos, grandes entradas de ar traseiras, dutos NACA e o grande spoiler característico desses carros, que aqui é ajustável. Na frente, um Splitter proeminente mostra também à que veio.

A versão “de rua”

Para os clientes que procuram algo um pouco menos agressivo, a Singer oferece uma versão de estrada do carro, que deleta a gigantesca asa traseira.  Não consegue se decidir qual das duas versões comprar? Não se aflija, caro magnata ansioso: a Singer pode fazer um para você que pode ser os dois. Assim, quando você chegar na pista, monta a asa traseira e pronto. Quer dizer, o seu mecânico monta a asa traseira para você, enquanto você toma um isotônico gourmet e arruma o cabelo para sair bonito na foto do Instagram.

No mais, é a mesma atenção aos detalhes e construção impecável que fez a Singer famosa, seguindo seu lema de “tudo é importante”. Um cara poderia dizer que se tudo importa, nada importa, mas esse cara seria um tiozão ácido e arcaico, então não vamos dizer isso.

O preço, como sempre, não foi divulgado, mas como sempre, deve passar bastante de um milhão de dólares americanos, entregue na Califórnia. O carro estará exposto nos eventos usuais onde milionários se encontram, no Monterrey car Week e no Festival of Speed em Goodwood. (MAO)

 

Peugeot diz que pode fazer um 9X8 de rua. Por um preço.

OK, existe uma diferença de um carro de rua que ganha corridas, uma tradição que vai dos Bentley dos anos 1920 até o McLaren F1 dos anos 1990, e um carro de corrida adaptado para a rua. O primeiro é excelente como carro esporte, mas menos perfeito em competição; o segundo é uma máquina excepcional em pista, mas faz um péssimo carro de rua.

A Peugeot, parece, está disposta a fazer uma versão de rua do carro que disputou Le Mans este ano, o 9X8, se alguém o encomendar; ninguém o fez até agora. Talvez por estar bem firmemente colocado entre os carros de corrida adaptados para rua? Neste caso, um carro desses nas ruas, apesar de legal pacas, é uma maluquice completa. Mais disso por favor!

Falando com a revista Top Gear, a CEO da Peugeot, Linda Jackson, disse que um 9X8 que você pode dirigir em vias públicas é uma possibilidade. A condição? Você terá que dar um cheque em branco à marca francesa. Pense um pouco nisso; é quase um desafio aos milionários de hoje. O que mais existe hoje em dia são hipercarros exclusivos e caríssimos, então criar um novo parece um risco; daí o “cheque em branco”.

O 9X8 é um carro de corrida dedicado, e por isso, tem espaço mínimo na cabine, desenhada para ser aerodinâmica primeiro; o piloto fica com o espaço que sobrar. Suspensões de pouco curso, desenhadas para usar slicks de competição, e sem previsão de negociar buracos ou quebra-molas; também não há A/C por exemplo. O tal do cheque vai ter que ser bem usado.

O Peugeot 9X8 tem um V6 de 2,6 litros turbo em posição central-traseira com 680 cv, dando tração traseira via um transeixo DCT de sete velocidades; na frente um motor/gerador de 272 cv dá a tração nas quatro rodas, ajudado por uma bateria de 900 V montada atrás do piloto. O total é nada menos que 952 cv. O carro de corrida pesa 1030 kg. A relação peso/potência de uma eventual versão de rua não vai deixar Gordon Murray preocupado. Talvez faça ele soltar umas risadas… (MAO)

 

Piero Ferrari recebe seu Purosangue

É incrível como Piero Ferrari, o único filho vivo de Enzo, ficou parecido com seu pai, agora que é um senhor respeitável de cabelos brancos, exatamente como nos lembramos de Enzo.

Uma figura muito interessante, o Piero. É o que costumávamos chamar de “filho bastardo”, concebido fora do casamento de Enzo com Laura Garello Ferrari; é filho de Lina Lardi, amante de Enzo de longa data, e por décadas era chamado de Piero Lardi apenas. Somente com a morte de Laura, em 1978, foi oficialmente apontado como herdeiro pelo pai, e ganhou seu sobrenome. O filho “oficial” de Enzo, Alfredo “Dino” Ferrari, como sabemos, morreu prematuramente aos 24 anos de idade, em 1956.

Enzo? Não, Piero!

Piero apesar da situação diferente de sua relação com o pai, obviamente sempre o manteve num pedestal. Como não? Enzo Ferrari pode ser um cara meio seboso e dado à hipérboles e autopromoção, mas é uma das figuras mais importantes da história do automóvel, e mais: da Itália. E um de nós: amava profundamente o automóvel, e sabia exatamente o que fazia esta máquina algo especial. Como repete Pietro no filme abaixo, o automóvel era para Enzo a conquista della libertà per ll’uomo (a conquista da liberdade do homem). É isso!

Mas por que motivo nos lembramos de Piero Ferrari hoje? Simples: o imponente senhor italiano que ainda é dono de uma participação na Ferrari, e é uma das figuras mais importantes da cidade de Modena, acaba de receber seu novo Ferrari, criado sob encomenda por ele, para emular o carro que lembrava ser o de seu pai quando ia visitar sua segunda família: uma Ferrari 400 Superamerica verde.

O 400 Superamerica de Enzo

O carro de Piero, lógico, é hoje uma Ferrari Purosangue, verde com interior de couro marrom, na cor externa do carro do pai. Por mais que a gente não goste lá muito deste modelo em específico, ver Piero com ela, andando por Maranello, é francamente emocionante. Confesso que o duro coração cínico do MAO sentiu um calorzinho, e uma pequena e danada lágrima pode ou não pode ter escorregado furtiva pela face. (MAO)

 

Conheça o BMW X1 M35i xDrive

O futuro é de peruinhas com o formato SUV mesmo, já me conformei. As rodas grandes demais e as molduras plásticas das rodas, características que definem o gênero, podem ser ridículas, mas pelo menos são peruas, o que sempre é bom, e muitas vezes com tração nas quatro rodas, o que também é bom. Vamos pensar neles como peruinhas de utilidade expandida e ir adiante; eu por mim cansei de reclamar delas, e reservarei minha revolta para causas mais importantes.

Vejam o exemplo deste carro: um X1, o hatch-SUV “pequeno” da BMW, em uma versão que podemos amar sem culpa. É o BMW X1 M35i xDrive. O carro vem com cara de esportivo, e um dois litros turbo realmente sério.

Graças a atualizações como um virabrequim mais parrudo, um sistema lubrificação de maior capacidade, e mancais e brozinas do motor seis cilindros da marca, aqui o quatro em linha BMW dá nada menos que 316 cv entre 5.750 e 6.500 rpm, e 40,8 mkgf de 2.000 a 4.500 rpm.

A tração é nas quatro rodas via o sistema xDrive da BMW, que é acoplado a uma transmissão de dupla embreagem de sete marchas com um diferencial mecânico limited slip dianteiro. O carro é capaz de fazer o 0-96 km/h em 5,2 segundos, e tem velocidade máxima limitada eletronicamente à 250 km/h.

O X1 M35i é agora o primeiro modelo M Performance a vir com o sistema de freio M Compound opcional, usando uma pinça de quatro pistões com discos perfurados de 15,2 polegadas nas rodas dianteiras e unidades de pistão único com discos de 13,0 polegadas na parte traseira. As rodas são de 19 polegadas ou opcionais de 20 polegadas.

Não, não é um carro esporte, e se você tem um M3 E46, certamente ficará decepcionado. Mas é um carro de uso diário que parece bem interessante. O carro é prometido para as concessionárias nos EUA em outubro de 2023. Os preços lá começam em US$ 50.895 (R$ 244.804), e ainda não se sabe se virá ao Brasil, ou quando. (MAO)

 

A nova Triumph Speed 400 será fabricada no Brasil

A Triumph anunciou sua primeira motocicleta “barata”, fruto de seu acordo de cooperação com a empresa indiana Bajaj. São dois modelos, Speed 400 quanto a Scrambler 400, e como o nome diz, compartilham o mesmo motor, monocilíndrico de 400 cm³.

O importante para a gente aqui é que a marca inglesa já confirmou que a Speed 400 será fabricada em três linhas de montagem: Índia, Tailândia e Brasil. Sim, as Triumph baratas devem vir ao Brasil, ainda que a sua filial aqui ainda não tenha se pronunciado a respeito.

O motor é um monocilíndrico de 398 cm³, arrefecido a líquido. Dá 40 cv a 8.000 rpm e 3,8 mkgf de torque a 6.500 rpm. O câmbio é mecânico de 6 velocidades. A Speed 400 tem um quadro perimetral de aço tubular, e um subquadro traseiro aparafusado. A suspensão dianteira é por garfo invertido de 43 mm, e 140 mm de curso. A suspensão traseira é monoamortecedor com pré-carga ajustável e reservatório remoto.

O freio dianteiro é um disco de 300 mm com pinça de quatro pistões; o traseiro é um disco de 230 mm, com ABS. A Speed 400 tem rodas de 17 polegadas, e mede 1376 mm de entre-eixos, e um peso de 170 kg.

Os preços ainda não foram revelados, mas a Triumph diz que serão competitivos. Deve começar a ser entregue na Índia no início de 2024. Aqui, ainda é uma incógnita, mas pelo menos, ao que tudo indica, virá. (MAO)