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Zero a 300

O Porsche GT3 de Dua Lipa | Novo Audi A5 no Brasil | Ninguém quer hipercarro 100% elétrico e mais!

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O Porsche GT3 de Dua Lipa

Ela viveu a vida do Rock Star ao máximo. Ein? Não, não a Dua Lipa do título; Janis Joplin! Aguarde e confie; já ficará aparente o motivo de começar com ela, e não a moça do título.

Enquanto Janis entoava sua incrível voz mezzo-soprano em notas incríveis de músicas incríveis pelos rádios mundo afora, a tornando imediatamente imortal, esta pequena menina do Texas levava uma vida de excessos inimagináveis, que culminam em sua morte por overdose de heroína num quarto de hotel em Hollywood, em 4 de outubro de 1970. Tinha 27 anos de idade apenas.

Estacionado no hotel estava seu carro de uso; um Porsche. Mas era um mundo diferente; esta superstar de talento e presença inimagináveis hoje nunca parou um minuto para pensar em sua imagem, nunca passou horas cuidando de cabelo e maquiagem, e escolhia suas roupas em brechós quaisquer. Na verdade, quase certamente nem era muito chegada em banho. Viveu tão intensamente, e fez tanto em tão pouco tempo, que é basicamente a personificação da famosa frase de Neil Young: “Its better to burn out, then to fade away”.

Seu Porsche, um 356C conversível, nem era novo; foi comprado usado para ser seu carro do dia-a-dia. Um dia em São Francisco, viu uma Kombi totalmente pintada de motivos psicodélicos, e pensou que aquilo era fuckin’ cool man. Então, tendo comprado o Porsche por US$ 3.500, ela o entregou, juntamente com US$ 500, ao roadie Dave Richards, e pediu que fizesse algo parecido.

O design resultante, conhecido como “História do Universo”, incorpora o signo de Joplin (Capricórnio), retratos dos membros da banda Big Brother e Holding Company, cenas de vales e o “Olho de Deus”, resplandecente na tampa do porta-malas dianteiro, e outras psicodelias. O carro virou parte de seu mito, nos anos que seguiram sua morte, e ainda existe, restaurado.

Se vocês notaram, tudo acontece como numa vida normal, ainda que de uma pessoa fora do normal, e cuja influência e fama ainda é imensurável. Tudo orgânico e humano, sem influência de empresários, gerentes de imagem, branding, patrocínios e mega-corporações. Uma hippie de sucesso comprando um carro usado e pintando imagens psicodélicas nele. Nenhum advogado corporativo envolvido.

Aí chegamos na notícia de hoje. Dua Lipa, uma das mais famosas cantoras pop do mundo atual, é já algum tempo “embaixadora da Porsche”. Como parte desse acordo empresarial milionário, Dua Lipa “ajudou a configurar” um 911 GT3 RS exclusivo com o cobiçado pacote Weissach. O carro, batizado de Dua Lipa Renstall GT3 RS, agora está indo para um leilão beneficente, onde se espera arrecadar quase meio milhão de dólares.

A característica mais exclusiva do carro é a pintura, bicolor azul e vermelho, com uma faixa espiral nas cores da bandeira alemã ao longo dos para-lamas. O carro também apresenta os logotipos Porsche, Puma e Mobil 1, além de uma logomarca com o nome “Dua Lipa Renstall” na lateral e no capô. Rodas vermelhas completam a pintura em estilo de corrida. Por baixo da pintura, é um GT3 RS, e nada mais. Como o 356 de Janis Joplin, é a pintura e a ligação com a cantora que o fazem especial.

Não entendam esta lembrança do Porsche de Janis Joplin como tentativa de diminuir a senhorita Lipa. É obviamente uma mulher lindíssima, talentosa, e engajada na hoje quase requerida filantropia e ativismo políticos. É uma pessoa do seu tempo, como Janis Joplin era uma pessoa de seu tempo. As duas não conseguiram evitar de ser um espelho perfeito do mundo em que viveram, na parte boa, e na parte ruim. É por isso, inclusive, que Dua Lipa é uma pessoa mais completa que Janis Joplin, cuidando de si e de sua imagem, e dando um pouco de seu trabalho de volta para o mundo. Certamente não morrerá de overdose. E certamente toma banho todo dia.

Mas no caso do seu Porsche, toda a promoção parece mais falsa que uma nota de 3 reais, e a gente sabe que ela está ligada à marca só por dinheiro. Só pagando ela se liga a marca! Compraria ela um desses e o personalizaria como Janis Joplin, de vontade própria? Nunca vamos saber.

A espontaneidade, a real criatividade pessoal sem verniz empresarial e financeiro, a imagem cuidadosamente gerenciada ao invés da pessoa exposta como é, é o que dá saudade. Mas chega de papo de velho. Dua Lipa, tenho certeza absoluta, pelo menos deve cheirar bem pacas. (MAO)

Novo Audi A5 no Brasil

O novo Audi A5 já está em “pré-venda” no Brasil, lançado oficialmente em 10 de julho deste mês; as primeiras unidades devem ser entregues em setembro, e o preço foi fixado em R$ 380 mil.

Este A5 é na verdade um A4; é um resquício da abandonada tentativa da marca de diferenciar elétricos de carros normais usando números pares para elétricos, e ímpares para os outros. Este A5 deve ser entendido como “A4 a gasolina”.

Há apenas uma versão à venda. Vem com o conhecido motor EA888 2.0 turbo da VW/Audi, aqui com 272 cv e 40,8 mkgf, este torque máximo na verdade um patamar que vai de 1.600 e 4.500 rpm. O turbocompressor é de geometria variável e o motor é capaz de atender aos padrões Euro 7 de emissões. O câmbio é automático, e a tração integral.

O carro é maior que antes, usando nova plataforma que também gerará SUVs enormes. Mede 4,83 m num entre-eixos de 2,89 m de entre-eixos, e é largo, baixo e fastback; bonito pacas, para quem gosta de carro e não SUV. É também bem aerodinâmico, com Cx de 0,27, mas pesa 1750 kg, mesmo sem eletrificação.

É um carro forte então: o 0-100 km/h leva 5,9 segundos, ajudado por tração integral permanente, mas é limitado eletronicamente a somente 210 km/h. A marca diz que também é econômico, relativamente a seu tamanho: consumo urbano de 9,9 km/l e rodoviário de 12,4 km/l.

Dentro, a tela do passageiro, proibida aqui pelo CONTRAN, é tapada e fica meio esquisita, mas o resto é como lá fora, com duas telas e bastante conforto e equipamentos, inclusive som com 10 alto-falantes e potência de 180 W. O carro é também um hatchback, que o torna muito mais prático que os sedãs concorrentes no uso.

Com um preço competitivo, mais potência e a tampa hatchback, parece finalmente um carro mais interessante que o BMW 320i e o Mercedes-Benz C200 que são seus concorrentes diretos. Muito bem, Audi! (MAO)

Pagani Utopia simula estrago das 24 horas de Le Mans

Deitem seus olhinhos neste Pagani Utopia; o livery não faz vocês lembrarem de um certo site brasileiro no tema automóveis? Mas não, não entramos em conluio com a Pagani, infelizmente. Ainda!

O que vocês veem aqui é mais uma interessantíssima criação da casa do Horácio. O modelo único recebeu o nome de “The Coyote” e é inspirado em corridas de Endurance; inclusive cicatrizes de batalha simuladas.

A pintura exclusiva apresenta grafismos Rosso Monza, Azul e Turquesa na carroceria Bianco Benny, que lembra bastante a Martini Racing. Ainda assim, o destaque são os arranhões falsos que parecem ter sido formados durante as 24 horas de Le Mans.

As cicatrizes da pista podem ser encontradas ao redor dos arcos das rodas, no splitter, nas saias laterais e no para-choque traseiro, e revelam a carroceria de fibra de carbono do Utopia, sob várias camadas de tinta. Outros toques interessantes incluem as rodas de liga leve pretas, o efeito polido nos quatro escapamentos e as pinças de freio, vermelhas na dianteira e azuis na traseira.

A ampla personalização continua no interior da cabine, com estofamento em couro azul e costuras brancas. Os bancos têm inserções vermelhas e turquesa, com listras combinando na manopla de câmbio. É claro que há bastante fibra de carbono exposta e detalhes metálicos na parte traseira por toda a cabine.

Mecanicamente continua o mesmo Utopia de sempre: motor V12 biturbo de 6.0 litros da AMG 864 cv, caixa manual de sete marchas, tração traseira. De acordo com a empresa, acredite ou não este é o terceiro Pagani do proprietário. A empresa o manteve anônimo, mas o definiu como alguém que “não apenas configura um carro, mas molda um fragmento de si mesmo em cada linha e costura, com paciência, cuidado e uma devoção quase meditativa”. Ligando o tradutor corporativo: “cabra chato pacas, e não sai da loja nunca. Não tem casa o homem? Mas a gente aguenta pois paga sem reclamar qualquer valor que dissermos”.

Afinal de contas, um Utopia “básico”, unicórnio que nunca foi visto, começa em US$ 2,19 milhões. Quanto esse custou, melhor nem saber mesmo. (MAO)

Ninguém quer hipercarro 100% elétrico, dizem fabricantes

Nos últimos dez anos, vimos alguns supercarros elétricos, como o Rimac Nevera, e o Pininfarina Battista, produzirem números incríveis de desempenho. Seria o amanhecer de um novo tipo de Hipercarro? Bom, agora, em 2025, parece que pelo menos por enquanto a resposta é não.

Christian von Koenigsegg, por exemplo, em entrevista recente ao Top Gear, disse: “O apetite do mercado por esse nível de carro, totalmente elétrico, é extremamente baixo.” E ele não está sozinho. Mesmo o CEO da Rimac, Mate Rimac, pioneiro neste tipo de coisa, levantou a questão no ano passado, quando notou uma queda na demanda pelo Nevera. Esta semana, o engenheiro-chefe do Corvette, Tony Roma, disse que um supercarro elétrico da Chevrolet não será lançado tão cedo.

Koenigsegg foi além, e disse que “um veículo elétrico é um pouco mais como um robô. Você quer a pulsação, a pulsação, o calor, os sons, as trocas de marcha, todos esses aspectos que simplesmente dão vida ao carro”.

Na Pagani as coisas parecem ser parecidas. A empresa não tem problemas para vender seus carros. Com cerca de 50 unidades produzidas por ano, os compradores se contentam em esperar um tempo extremamente longo para adquirir seu próprio supercarro italiano feito à mão.

Horacio Pagani conhece pessoalmente seus compradores, parte de todo pacote ficar “amigo” dele. Então eles sabem bem o que os clientes querem. E parece que a demanda deles para um Pagani elétrico é mais que baixa: é zero.

Foi o que disse em entrevista ao CarBuzz o porta-voz da Pagani, Sebastian Berridi. Disse que  existiam planos para um carro de alto desempenho totalmente elétrico da marca. Mas quando a empresa apresentou a ideia aos clientes, a demanda foi zero. Então, a ideia foi descartada.

“Quando iniciamos o desenvolvimento do Utopia, há oito anos, dedicamos uma equipe a um modelo totalmente elétrico a bateria”, disse Berridi ao CarBuzz. “A ideia era lançar um Utopia elétrico e uma versão a combustão. Nunca pensamos em um híbrido porque acreditávamos que seria muito complexo. A tecnologia não estava no auge naquele período. Mostramos a ideia aos nossos revendedores e clientes, mas ninguém demonstrou interesse”, disse Berridi. Precisa dizer mais algo? (MAO)