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Mustang manual custa R$ 600.000
O Mustang com câmbio manual. Uma das melhores notícias deste ano, esta; a de que a Ford ia trazer uma série especial de 200 carros para serem vendidos no país. Faltava saber apenas o preço, que não tinha sido divulgado. Agora sabemos: nada menos que exatos R$ 600.000. O automático, você lembra, começa nos R$ 529.000.
O carro é, como o automático, da versão GT Performance. Como é uma série especial, recebe por fora faixas duplas pretas com linhas vermelhas, um detalhe popular entre os fãs do modelo, mas controverso. As rodas são de 19″ douradas, e o carro vem com emblemas no mesmo tom. As cores da carroceria são cinza, branco e preto. Por dentro, bancos Recaro e a inevitável plaquinha dizendo qual dos 200 é o seu carro.
O motor é o mesmo sensacional V8 5.0 aspirado, que vem mais potente este ano, tanto para esta versão manual de seis velocidades, quanto para o automático. Agora são 492 cv, um aumento de 4 cv frente ao ano passado (uau!). O torque continua nos generosos 58 mkgf. O carro manual é 2kg mais leve, aos 1736 kg, e faz 0 a 100 km/h em 4,3 segundos, a caminho de uma máxima limitada eletronicamente a 250 km/h.
Este câmbio manual tem algumas funções diferentes: o flatshift, que permite a troca de marchas sem tirar o pé do acelerador, e o Rev Match, ou punta-tacco automático. Coisas que, desonra das desonras, tínhamos que fazer nós mesmos antes! As funções eletrônicas antes presentes no automático continuam aqui: controle de largada, line lock para travar as rodas dianteiras e fazer burnout, e o freio de mão para drift. A suspensão adaptativa também segue no pacote. Todo resto do carro segue o que já conhecíamos do automático.
Quem é já proprietário de Mustang tem prioridade na compra. Em seguida, clientes de outros carros Ford (serve Pampa 1992?). Só depois vem o público em geral, dependendo da disponibilidade de unidades, com vendas nas 55 concessionárias autorizadas Mustang pelo Brasil. As entregas acontecem a partir de julho.
Alguém agradeceu a Ford por isso já? Ou ficou todo mundo reclamando do preço? Bom, se ninguém o fez, faço eu: Obrigado, Ford! Mesmo! A gente sabe como é complicado aprovar essas coisas, e está na cara isso foi feito para agradar os entusiastas da marca e do modelo, em primeiro lugar. Valeu! (MAO)
Inverted faz conversão elétrica de Land Rover clássico
Nada divide mais opinião do que se transformar um carro antigo em elétrico. Por princípio, se um cara é dono de um carro, pode até tacar fogo nele; está livre para fazer o que bem entender com sua propriedade. Mas saiba que não é de bom tom o fogo: é um desperdício vão de algo desejado por seus semelhantes, um ato egoísta, sem sentido e desprezível. Para muitos, a tal conversão provoca sentimentos semelhantes. Ou é até melhor tacar fogo logo?
Lógico que não; os carros resultantes podem ser filosoficamente desagradáveis, mas são interessantes analisados meramente como veículos. E goste ou não, elas existem: é uma mania que não parece ter arrefecido até agora. Os adeptos acreditam ser a epítome do Cool: algo ao mesmo tempo clássico e futurista.
A empresa britânica Inverted é dedicada justamente à essas conversões. E agora está convertendo os clássicos Land Rover Séries I, II e III e dando a eles motor totalmente elétrico, mas mantendo-se fiel ao seu design original.
De novo, controverso. Muitos diriam que é uma boa ideia: o Land Rover objetivamente é um carro ruim, lerdo, barulhento, vibrador: eletrificá-lo o faz muito melhor. O que é uma verdade inquestionável; mas perde o ponto do Land Rover. O carro é legal justamente por ser profundamente diferente e bom em apenas uma coisa específica. Tire tudo de ruim dele e toda graça também se vai.
Mas o design fica, e isso parece ser só o que os fãs da conversão desejam. E de novo, o resultado é no mínimo diferente e inusitado; é possível entender o apelo.
A Inverted já oferece conversões para os Range Rover Classic e está utilizando essa expertise em Land Rovers mais antigos. Os modelos originais Série I, Série II e Série III foram construídos entre 1948 e 1985 com opções de motores a gasolina e diesel de 4, 6 e 8 cilindros. A empresa defenestra esses motores e instala uma bateria de 62 kWh, dividida entre a dianteira e a traseira para otimizar a distribuição de peso.
Essa bateria envia energia para um único motor elétrico de 160 cv e incríveis 91 mkgf desde zero rpm, acoplado ao câmbio e caixa de transferência 4×4 originais. Diferenciais autoblocantes são usados também. Graças a esse torque enorme basicamente, o 0-96 km/h se dá em 8 segundos, incrível para esses jipes originalmente mais lentos que lesmas reumáticas.
A Inverted diz que a autonomia é de 193 km com uma carga completa. A bateria suporta carregamento Tipo 2 de 6,6 kW e carregamento rápido CC de 60 kW, permitindo que seja carregada de 20% a 80% em 38 minutos. Os modos de condução Eco, Trânsito e Off-Road também foram incorporados, e uma nova direção com assistência elétrica foi adicionada.
As conversões da Inverted começam em £ 150.000 (R$ 1.143.681), embora esse preço inclua o veículo doador. O que é caríssimo, mas em linha com os restomods de primeira linha. (MAO)
A Ford está fazendo um novo Fiesta?
Toda vez que noticiamos um último de algo, não podemos deixar de pensar, lá no fundo, no sufixo “por enquanto”. Afinal de contas, quem conhece mesmo o futuro? Ninguém aqui nesse plano de existência, ainda que muito reivindiquem para si este poder.
É o caso do Ford Fiesta. Nem dois anos se passaram de seu fim, e agora parece que pode voltar. A nova versão pode chegar como parte da crescente colaboração da Ford com a Volkswagen, uma parceria que já produziu modelos como o Explorer EV e o Capri baseados nas plataformas da VW. E sim, seria elétrico.
O diretor de vendas e marketing da VW, Martin Sander, afirma que a parceria com a Ford para veículos elétricos já se mostrou “muito, muito, muito bem-sucedida” e está aberto a compartilhar tecnologias semelhantes no futuro. Como o Explorer EV e o Capri usam a mesma plataforma do VW ID.4 e ID.5, a Ford poderia desenvolver novos veículos elétricos com a mesma arquitetura MEB Entry do ID.1 e ID.2. Inclusive um Fiesta.
A Ford não comentou sobre a possibilidade de construir um novo hatchback elétrico de entrada, mas a Auto Express especula que tal projeto é concebível. A Ford afirma estar “confiante em sua capacidade de competir nos segmentos certos”, portanto, se enxergar potencial em um hatch elétrico, pode ser sensato investi-lo.

Se acontecer, será baseado no ID.2 , um veículo bem nas dimensões que seriam as de um Fiesta atual. Não se sabe se este carro baseado em VW acontecerá, mas certamente é uma opção na mesa. O que se sabe, é que a Ford está ativamente tentando desenvolver um elétrico de entrada barato, para competir com marcas como a BYD. Um grupo de desenvolvimento estaria ativamente trabalhando nisso dentro da empresa.

Faz todo sentido usar o nome Fiesta para ele, então. Quando apareceu originalmente em 1976, era um Ford diferente, totalmente novo em uma categoria nova para a empresa. Visava, naquele tempo, conter uma invasão asiática: a japonesa. O novo Fiesta, então, seria historicamente acertado. (MAO)
Pace Car mais potente que carro de corrida: o Corvette ZR1
O Corvette ZR1 será o Pace Car da 109ª edição da Indy 500, a se realizar no domingo, 25 de maio de 2025. É a 22º vez que o Corvette é escolhido como Pace Car; o carro é de longe o mais popular nesta função. O segundo colocado é o Camaro, que foi Pace Car 9 vezes; o Mustang, só 3 vezes. Só carros americanos ocupam a função, e desde 2002, são exclusivamente Chevrolet.
Em algumas das vezes, os carros de rua tiveram que ser preparados para conseguirem realizar as exigências específicas de performance da função. Mas não desta vez. O ZR1, como sabemos, pega o V8 de virabrequim plano capaz de chegar a 8600 rpm do Z06, e adiciona dois turbocompressores à ele, para nada menos que 1079 cv. Não terá dificuldade de acompanhar o ritmo solicitado.
Na verdade, os carros de corrida deste ano são equipados com V-6 turbo de 2,2 litros e cerca de 700 cv; o sistema híbrido que estreou na categoria em meados da temporada de 2024 e fará sua estreia na corrida este ano, adiciona cerca de 60 cv. Ou seja, tem em torno de 800 cv. Sim, o Pace Car é mais potente que o carro de corrida.
O que é no mínimo inusitado. A velocidade máxima nem é tão diferente: o ZR1 pode atingir a velocidade máxima de 374 km/h, não muito longe dos carros de corrida, que fazem isso de média em classificação no oval. Barrabás. Não, você não conseguiria vencer a corrida de Corvette, de jeito nenhum. Mas a mente viaja com a possibilidade.
O ex-jogador profissional de futebol americano e apresentador do Good Morning America, Michael Strahan, é o piloto convidado do pace car deste ano. O Pace Car tem pintura verde e dourada sobre branco e, naturalmente, conta com o pacote Carbon Aero do ZR1, para máxima downforce. Antigamente se vendiam réplicas para uso nas ruas, mas parece que isso ficou agora no passado. (MAO)