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O “Projeto Vintage” da Chevrolet no Brasil
O release da Chevrolet diz que o seu “Projeto Vintage”, uma iniciativa que pega modelos como Opala, Chevette e Monza, e os restaura e/ou modifica, com a chancela GM, vai “ressignificar clássicos da Chevrolet”.
Ressignificar? O que é isso? Bem, os detalhes do programa ainda são difusos. Mas, parando para pensar um pouco sobre o que ele significa (ressignifica?), algumas coisas nos parecem claras já.
Primeiro a parte boa: pelo menos é uma investida da GM brasileira em sua história, e uma tentativa de chamar atenção a ela, o que parece ser uma mudança; tradicionalmente tinha esquecido disso. Depois, o executivo responsável pela coisa toda é um entusiasta de mão cheia: o diretor de engenharia Emerson Fischler. Dono de um monte de carro antigo legal da Chevrolet brasileira, tanto originais quanto modificados, e sempre com tempo para conversar sobre eles, mesmo sendo ocupadíssimo, Fischler é um dos poucos entusiastas de verdade em posição de poder nesta indústria.
No release, Fischler diz que: “O Vintage da Chevrolet vai atuar em dois nichos estratégicos de carros antigos: o de restauração e o restomod. Enquanto a primeira modalidade visa preservar ao máximo a originalidade do veículo e de seus acessórios; no restomod, o objetivo é outro – por isso agrega-se ao automóvel de época atualizações tecnológicas para deixá-lo mais confortável, seguro ou mesmo confiável para ser utilizado no dia a dia”.
A GM diz também que a intenção é surfar na onda do antigomobilismo, que vem ganhando cada vez mais adeptos. E diz que há uma nova safra de carros da GM entrando no mundo dos clássicos: carros como o Kadett, Omega e “as primeiras safras de S10”. Falando do programa Vintage em si, o primeiro projeto de restauração é o Monza Classic EF de 1990, o primeiro carro nacional da marca com injeção eletrônica. Entre os restomod, uma picape C10 de 1976 receberá mecânica de Camaro V8.
O release da GM é ilustrado com o desenho de um Chevette “Tubarão” (1973-1977) azul ao estilo restomod. Particularmente eu, que tenho um Chevette 1975 azul restomod na garagem, deveria ficar excitado. Mas confesso que não fiquei muito. Já explico.

Segundo o Jason Vogel no canal Motor1, “a General Motors manterá o projeto Vintage por tempo limitado, somente este ano, enquanto durarem as comemorações de seu centenário no país. Serão restaurados no total algo entre 10 a 12 carros apenas — sendo um de cada modelo. O serviço não será feito na fábrica, mas sim em oficinas especializadas em automóveis antigos e hots.” Serão revelados em evento no tradicional encontro popular de Águas de Lindóia, e os projetos receberão supervisão da engenharia. Provavelmente, se conheço ele, essa supervisão vai ser do Fischler himself.
E aí está o problema. Serão alguns carros, feitos para não passar em branco os 100 anos da empresa, por terceiros. Uma iniciativa isolada, e temporária. O que é melhor que nada, e certamente será tudo muito legal como um evento deste tipo. Acredito que foi o que o amigo Emerson Fischler conseguiu aprovar, o que deve ter sido algo muito difícil de conseguir. Um trabalho que não deve ser subestimado; ele não precisava esticar seu pescoço para fazer isso; não vai ganhar nada a não ser críticas da imprensa chata. Mas sei que ele se sentiu impelido a fazer algo, neste aniversário. Parabéns por ter conseguido, camarada.
Mas, se o Fischler e a GM puderem me desculpar, tenho que ser chato, em nome de uma comunidade antigomobilista e chevroleteira da qual faço parte.
Muito mais importante seria lançar uma linha de peças para carros antigos com a chancela GM, vendida nas concessionárias do país. E/ou kits prontos, para, por exemplo, colocar motor família 1 e 2 no Chevette, ou os quatro em linha de 2,4 e 2,5 litros de S10 em Opala quatro cilindros. Coisas deste tipo, que realmente mudassem a vida dos antigomobilistas ligados à empresa para melhor. Talvez fazer um Chevette e um Opala assim para demonstração e teste da imprensa. C10 com mecânica de Camaro é legal pacas, sim. Mas não muda nada na nossa vida. Ter peças novas na caixa GM, disponíveis em concessionária, já muda muito.
Mesmo assim, é melhor que nada. Não vejo a hora de ver esses carros em Lindóia este ano. Não mudará minha vida, mas que vai ser legal pacas, tenho certeza! (MAO)
Este é o Volkswagen ID. Every1: o novo Up! elétrico
It’s the terror of knowing what this world is about
Watching some good friends screaming, “Let me out”
Não deixa de ser engraçado ouvir os primeiros acordes de “Under Pressure” do Queen no vídeo de lançamento do carro que é hoje a maior aposta de uma VW definitivamente com problemas para sobreviver. Under pressure, indeed!
Se você reparar, o refrão “Under Pressure” da música é defenestrada no vídeo; como se a gente não cantasse ela na cabeça. Mas enfim, o carro em questão é o ID. Every1, um conceito que prevê o carro que será vendido como ID1, e é o substituto, para todos os efeitos, de um carro que foi um grande fracasso de vendas, mas um incrível sucesso de crítica, e entre os seus donos: o descontinuado VW Up!
É substancialmente maior do que o Up! porém; talvez para responder a críticas neste sentido do antigo carro. É 280 mm mais comprido que o Up! europeu, e 170 mm mais curto que o ID2. É também, claro, como a sigla ID indica, um carro elétrico. Sim, ainda não desistiram disso.
O interior visa oferecer tanto espaço quanto o Polo atual, possibilitado pelo pacote superior que somente um carro elétrico montado em uma plataforma dedicada pode fornecer. Quatro pessoas podem caber dentro, enquanto o compartimento de bagagem de 305 litros é de bom tamanho. A VW diz que o ID.1 será o primeiro modelo de produção do Grupo a utilizar uma nova arquitetura de software.
A boa notícia é que a VW ainda vai começar a voltar com alguns comandos físicos, não sensíveis ao toque, no painel. Algumas teclas de atalho são visíveis abaixo da tela grande, junto com botões adequados no volante de dois raios. A caixa entre os bancos dianteiros é um alto-falante Bluetooth removível. Outro recurso interessante é o console central, que desliza para frente e para trás ao ficar em um trilho, semelhante ao que você encontrará na minivan ID. Buzz, muito maior. O lado do passageiro do painel também contém um trilho ao qual você pode prender um tablet ou uma prateleira que funciona como uma mesa.
O ID.1 será baseado na mesma plataforma MEB de tração dianteira do seu irmão maior, o ID.2. O motor único do conceito montado no eixo dianteiro produz modestos 94 cv, o suficiente para uma velocidade máxima de 130 km/h, limitada. Embora o tamanho da bateria não seja mencionado, a VW promete uma autonomia mínima de 250 quilômetros. A grande promessa, porém, é o preço: a VW diz que será um carro de € 20,000 (R$ 124.386), na Europa, o mais barato dos elétricos VW por uma boa margem. (MAO)
Vendas do Mustang continuam em queda em 2025
Infelizmente agora é oficial. Nos EUA, as vendas do Ford Mustang estão em queda livre. Ano passado foi o pior em vendas da história do modelo, e este ano, elas continuam caindo. A queda é de 36,4% em janeiro e 32,2% em fevereiro em comparação com os mesmos meses do ano passado, de acordo com números de vendas divulgados pela Ford esta semana. Barrabás.
E veja bem: o Mustang é o último carro ainda a venda em sua categoria, e não tem concorrentes. Parece que os americanos realmente estão abandonando os Pony-Cars. O processo de queda não começou hoje. O segundo pior ano de vendas do Mustang foi 2022, o terceiro 2021, o quarto 2023, e o quinto, 2020. É uma queda de dar medo.
As vendas do Mustang movido a gasolina estão tão ruins, na verdade, que o Mustang Mach-E totalmente elétrico está atualmente vendendo mais que ele, e este carro só consegue sair da concessionária com imensos descontos. Que dureza…
Qual o motivo disso e o que fazer para reverter esta situação? O assunto é longo demais para este espaço, então espere uma análise mais tarde numa matéria separada. Que algo precisa ser feito não há dúvida; o menos famoso dos Farley, o CEO da Ford Jim Farley, já disse certa vez que nunca deixará de fazer Mustangs. Então mãos à obra, senhores. (MAO)
BYD lança hangar de drone no teto
O adolescente de ontem é o adulto de hoje, mas diferente de toda época anterior da história, parece que hoje em dia o adulto continua com as vontades e atitudes de sua fase adolescente. A insistência a se agarrar à brinquedos, e não a necessária seriedade que a responsabilidade da vida adulta pede, é o principal sinal desta mudança. Não é uma reclamação: apenas uma constatação. O mundo de hoje, afinal de contas, é deles, não de velhos reclamões rindo no camarote do teatro onde se grava o Muppet Show.
Os exemplos abundam, mas onde aparecem em maior quantidade é na China. A BYD acaba de lançar um novo recurso que parece tirado das páginas de um filme de ficção científica: uma estação de acoplamento para drones montada no teto. É chamado de sistema Ling Yuan.
O sistema custará ¥ 16.000 (R$ 12.691), e inclui um drone 4K, uma estação de acoplamento elegante e a capacidade de capturar imagens aéreas impressionantes no seu trajeto diário. A inovação foi lançada pela primeira vez pelo famoso projetista Pops Racer nos anos 1960, em seu famoso Mach 5. Não há notícias de lugar para crianças e Chimpanzés no porta-malas dos BYD, porém.
O SUV Bao 8 da marca Fang Cheng Bao é o primeiro a oferecê-la em produção. Não é só um show para gerar notícia: a empresa quer tornar esse gadget acessível a uma gama mais ampla de compradores. Então, espere vê-lo lançado em mais carros e marcas da BYD no futuro.
O sistema Ling Yuan foi desenvolvido em colaboração com a fabricante chinesa de drones DJI, e ocupa uma área de 0,29 m² no teto do veículo. Este hangar de drones tem um formato aerodinâmico e mede 215 mm de altura. Não dá para não achar legal algo assim: é um brinquedo apenas, mas um divertidíssimo, claramente.
Pressiona-se um botão feito Speed Racer, e o teto abre e a plataforma se levanta, permitindo que o drone voe para os céus. E é aqui que fica realmente legal: você pode implantar e controlar o drone enquanto o carro está em movimento até 25 km/h. Então, o drone pode seguir o veículo a velocidades de até 54 km/h para capturar a filmagem perfeita, esteja você viajando por uma rodovia ou navegando em trilhas off-road. Quando a filmagem termina, o drone retorna ao hangar montado no teto, onde ele carrega automaticamente. De acordo com a empresa, uma carga de 20-80% leva apenas 30 minutos, então os ocupantes não terão que esperar muito antes do próximo voo.
Será que fazem um com formato de pássaro-robô? Se sim, quero! Afinal de contas, podemos ser adultos sérios, mas todos nós ainda somos escravos das vontades de um garoto de 13 anos de idade que não existe mais. Fazer o que, né? (MAO)