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Zero a 300

O renascimento do Fusca mais antigo | o De Tomaso da Playboy | a volta do Jaguar C-Type e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Um único VW W30 de 1936 é reconstruído a partir de chassi sobrevivente

W30 é a sigla dos primeiros protótipos do Fusca que realmente podem ser considerados como tal; houveram outros antes, mas este, produzido em 30 unidades em 1936, era o que realmente colocava a história toda em movimento. Foram construídos na fábrica da Daimler-Benz em Sindelfingen e tinham praticamente todas as características do Fusca. Mas todos eles foram perdidos para sempre: nenhum sobreviveu à guerra.

Mas um chassi sobreviveu e apareceu na década de 1960 perto de Gmünd, na Áustria, onde a família Porsche se escondeu dos bombardeios aliados e teve seu escritório de design de 1944 a 1950. Em 1998, um funcionário da Volkswagen e estudioso da história do Fusca viajou para a Áustria, onde, revisando uma coleção particular, encontrou aquele chassi peculiar.

A reconstrução do W30 a partir do chassi foi concluída em 2019 usando uma combinação de peças pré e pós-guerra, além de várias novas baseadas em fotos e esquemas. Em relação à carroceria, tudo teve que ser feito do zero, já que praticamente nenhuma linha do W30 coincide com as do Fusca, desde as portas e vidros laterais até a ausência do vidro traseiro, passando pelo capô e porta traseira que tinham aberturas diferentes.

O trabalho de reconstrução exigiu cinco anos de meticuloso trabalho artesanal e ainda não está pronto, pois a pintura precisa ser corrigida, que no original era menos brilhante. Espera-se que o carro, o W30 Nº26, esteja finalizado em setembro deste ano; de volta a vida, 86 anos depois. (MAO)

 

Jaguar está fazendo 16 C-type zero km

Espere que este tipo de coisa continue a acontecer. Para alguns membros da aldeia global, parece que não poder emplacar o carro para uso normal nas vias públicas não é um impedimento nenhum. Nem gastar múltiplos milhões de dinheiros em veículos ultra especiais do passado, mas zero km.

Por isso, empresas antes sérias e que antes olhavam somente para o futuro, agora preferem olhar para trás. E fazer brinquedos ao invés de transporte. Transporte afinal de contas pressupõe algo barato para as massas, essa coisa demodée e ultrapassada. O povo, ora o povo; transporte público é o futuro para um planeta mais saudável!

Mas divago; perdão pela ranhetice logo cedo. O assunto aqui não é esse, e sim mais um maravilhoso carro do passado, revivido. Algo que todos nós recebemos com um sorriso no rosto. Principalmente neste caso. Nasci em 1969, dezesseis anos depois do último Jaguar C-type ser fabricado, então nunca pensei que daria esta notícia, nem nos meus sonhos mais loucos. Mas aqui vai: A Jaguar voltou a produzir o Jaguar XK120-C, o famoso C-type, a versão de competição do XK120 que venceu Le Mans e fez os carros de William Lyons finalmente ganharem a desejada alcunha de “puro-sangue”. Vencedores de corridas, no pináculo do esporte.

E não, nada de reinterpretação moderna. A Jaguar vai fabricar exatamente o mesmo carro criado originalmente em 1951 para vencer Le Mans. O carro combinava a mecânica então moderna de seis cilindros DOHC do XK120, com um chassi tubular mais leve projetado pelo engenheiro-chefe da Jaguar William Heynes, e uma carroceria aerodinâmica de alumínio, desenvolvida em conjunto por William Heynes, Bob Knight e Malcolm Sayer. Um total de 53 C-Types foram construídos, 43 dos quais foram vendidos para o público. Sim, se podia emplacar um vencedor de Le Mans e usá-lo nas ruas então; hoje nem o vencedor de 1951 e 1953 pode ser emplacado.

O C-type Continuation precisa de mais de 3.000 horas de trabalho manual intenso para ficar pronto. Como dizia Setright, o que é feito à mão pode continuar para sempre, enquanto existirem mãos. A Jaguar está dando os toques finais no primeiro deles destinado ao cliente. E sua conclusão vem em uma ocasião auspiciosa.

O carro ficou pronto em 29 de junho de 2022, exatamente 70 anos após Sir Stirling Moss comemorar sua vitória no Grande Prêmio de Reims. A corrida de 360 km e 50 voltas é importante para a história do C-type, e da Jaguar: foi a primeira competição internacional a ser vencida por um C-Type equipado com freios a disco depois que Moss convenceu a equipe a experimentar a tecnologia pioneira. O C-type era uma visão tecnológica avançada do futuro, e hoje volta como uma nostálgica lembrança de uma época de esperança nele, o futuro.

Produzido na Classic Works da Jaguar em Coventry, a equipe de engenharia usa modelagem CAD avançada para criar o veículo combinado com os métodos tradicionais de construção que teriam sido usados no carro original.

Os modelos Continuation são aprovados pela FIA e, portanto, são elegíveis para competir nos eventos de corrida históricos do órgão sancionador, incluindo o Jaguar Classic Challenge. Apenas 16 serão feitos, cada um com preço entre US$ 1,4 e US$ 2,7 milhões, na Inglaterra, o que significa algo entre R$ 7.322.000 e R$ 14.121.000, no câmbio de hoje. (MAO)

 

De Tomaso Pantera “Rosa-Playboy” aparece a venda em leilão

Visto do mundo de hoje, parece algo que aconteceu em outro planeta, não apenas 50 anos atrás. Então carece um pouco de explicação detalhada para o benefício dos que não viveram esta época. Quem viveu, desculpe o parêntese.

Há muito tempo atrás, numa galáxia distante, existiam revistas que tão somente existiam para mostrar fotos de mulheres desnudas. Não, pera, tem mais coisa a explicar… Uma revista era uma publicação periódica, impressa em papel, geralmente publicada em uma programação regular (geralmente semanal ou mensal), contendo uma variedade de conteúdo. Elas geralmente eram financiadas por publicidade, por um preço de compra, por assinaturas pré-pagas. Ou por uma combinação dos três.

Liv Lindeland em 1972

Dentre as revistas “de mulher pelada”, a mais famosa, popular e conhecida era a Playboy. Fundada em Chicago em 1953, por Hugh Hefner e seus associados, era conhecida por suas páginas centrais (o “Centerfold”) de modelos nus e seminus, as chamadas “Playmates”. Todo ano, se escolhia uma “Playmate of the Year” entre as 12 peladonas que agraciaram as páginas desta augusta publicação. Augusta por ser famosa e influente na época; poupem os comentários. Sabemos que é exemplo de um comportamento não mais aceito, que diminui as mulheres à objetos, e tudo mais. Apenas reportando fatos aqui.

Fim do parêntese. O que interessa aqui para nós é que nos anos 1970, essas “Playmate of the Year” ganhavam de presente da revista um carro esporte cor de rosa. Em 1972, a norueguesa Liv Lindeland, Playmate do ano de 1972, ganhou nada menos que um De Tomaso Pantera cor de rosa!

O Pantera, sabemos, é obra de Gianpaolo Dallara, um chassi primoroso de motor central, que usava o poderoso e novo V8 Cleveland, OHV de válvulas inclinadas e alto desempenho e 5,7 litros da Ford. No Pantera, acoplado a um transeixo ZF de cinco velocidades, eram 330 cv, num carro de pouco mais de 1300 kg. A carroceria é de Tom Tjaarda, na Ghia.

Um treco sério e bravo, mas aqui tornado leve e engraçado pela sua cor e história. Não, não acho engraçado a redução da pobre Liv Lindeland à objeto de adoração onanista, apenas o fato do Pantera ser cor de rosa, e presente a alguém que obviamente não o entende.

Recentemente, o carro apareceu a venda no site americano Bring a Trailer. Infelizmente não é mais rosa, e como a maioria dos Pantera, não é mais original em especificação. Agora é vermelho e preto, com rodas de 18 polegadas inspiradas no GT5, e seu motor Ford V8 agora tem 6,5 litros e cabeçotes Edelbrock, para 500cv.

O carro tinha preço mínimo de venda listado era de U$ 75.000, mas acabou de ser vendido por U$ 110.000. Alguém realmente aproveitou a oportunidade única de se reviver um passado… (adicione aqui um adjetivo que exprime seu sentimento a respeito deste passado). (MAO)

 

União Europeia define 2035 como prazo para o fim dos motores de combustão interna

Depois de 16 horas de negociação, o Conselho Europeu conseguiu a unanimidade dos representantes dos 27 países membros para aprovar o ano 2035 como o fim dos motores de combustão interna. Nos últimos dias seis países se posicionaram de forma contrária ao prazo, porém durante as negociações tiveram seus pedidos atendidos para que pudessem se conformar à proposta.

A proibição se refere unicamente às vendas de carros e vans zero-quilômetro movidos por motores a gasolina ou diesel. A decisão diz o seguinte: “O Conselho também concorda em introduzir uma meta de reduções de 100% das emissões e carros e vans até 2035”.

O Parlamento Europeu também pretende proibir a venda de veículos usados movidos por motores de combustão interna, algo que será discutido futuramente pelos países membros. Certamente será uma proposta um pouco mais difícil de se aprovar porque envolve, na prática, em zerar o valor de um bem de boa parte da população. É realmente uma classe política dizendo que, a partir de 31/12/34 o carro que você tem na garagem não vale mais que o peso dele como ferro-velho, caso você não adquira um carro elétrico antes disso.

Além disso, até 2030 os fabricantes terão que reduzir as emissões de CO2 dos carros novos em 55% e 50% no caso das vans. A partir de 2030, os incentivos fiscais e subsídios aos veículos elétricos deixarão de ser oferecidos na Europa.

A decisão, agora concretizada pelo Conselho, deverá acelerar a transição para os veículos elétricos e certamente irá impactar o mundo todo, e não apenas os 27 países da União Europeia, uma vez que o desenvolvimento de veículos de combustão interna não poderá levar em conta as vendas nestes 27 países. (Leo Contesini)


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