Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.
O Rosa Pantera da Ovelha Negra
Fazia muito tempo que não conversava com o Roberto Agresti, algo que devo agradecer somente a minha inépcia social. Afinal, é um daqueles caras que nem consigo acreditar ser hoje um amigo: era um fã antes, quando ele era o editor das revistas Motoshow e depois Moto!; tenho algumas estantes aqui of his stuff ainda.
Mas enfim, ontem ele apareceu no Whatsapp com uma história, que reproduzo aqui. Disse o amigo:
“Nos anos 1970, eu era parte de uma “tchurma”, na Aclimação (aka “Aqueimação”…). Era um povo que você ia gostar: Chevettes eram parte do negócio. Olha essa foto:
Minha gangue, parte dela. Sou eu deitado. 1974. O Chevette era zero, sem placa ainda, da irmã de um desses que acabara de fazer 18 anos. Detalhe: interior bege clarinho, quase branco. Câmbio com aquela argolinha no pescoço pra engatar ré…
Ainda neste ano meu pai trocou o Fuscão por um Chevette vinho. O primeiro jogo de pneu, convencional, acabou com 16 mil km. O segundo, radial (Firestone) durou 20 mil. E eu só guiava a noite, roubando a chave quando ele dormia na frente da TV.
Outro da gangue, que não está na foto, tinha um Chevette 75 ou 76, o primeiro a sair prata. Tinha escape 4×1, dupla Weber, comando, suspensão e painel à moda, com os Cronomac. Girava quase a 6500 rpm! Feito pelo Silvano Pozzi, da Silpo. Era o meu sonho!
E daí? Bom, em 1974-1975, Rita Lee frequentava uma casa na rua dessa turma, lá na Aclimação. E ela tinha um Chevette Rosa Pantera!”
Não foi só o Agresti que me contou uma história dela ontem; outro bom amigo contou uma hilária história de quando foi fã-mirim dela e conversou com ela por telefone (uma história comprida por si só); quando a mãe pegou o aparelho querendo também um pouco dela, Rita mandou essa: “Meu negócio é com o moleque, bicho.”
Não planejamos falar nada do falecimento da Rita Lee ontem. Afinal de contas, vocês devem a esta altura estar calvos de saber sua história, sua carreira e vida. Com certeza se você é obcecado por automóveis já recebeu fotos dela numa Chopper com motor HRD; do Buggy Kadron psicodélico dos Mutantes. De uma impossivelmente cool e jovem Rita Lee num muro em Interlagos nos anos 1970. Eu até aprendi ontem que ela adorava Jipes. Mas infelizmente é inevitável: vamos adicionar mais um pouco à lenda dessa jovem iconoclasta, velhinha gente-boa e pessoa iluminada que foi a Rita Lee Jones.
Descanse em paz, querida; se não adianta chamar alguém que está perdido, procurando se encontrar, tenho certeza de que este não era mais o seu caso faz tempo.
E seja feliz aí nesse outro plano; tenho certeza que para te movimentar aí em cima, o divino te deu de novo algo despretensioso e sem frescura, mas ao mesmo tempo chique e raro, como sempre foi um Chevette Rosa Pantera. É a sua cara. E você merece! (MAO)
Audi A5 Carbon Edition é série especial brasileira
O negócio de personalização não para de aumentar. Hoje em dia, especialmente no mercado de luxo, não parece ser mais suficiente ter algo especial e caro; precisa ser difícil de ver, raro, especial, único de preferência. E não só no primeiro mundo: por aqui também.
Vejam essa: A Audi acaba de lançar uma série especial do A5, desenvolvida especialmente para o mercado nacional. É o A5 Carbon Edition, e terá apenas 50 unidades. E o que é essa série especial? Engraçado você perguntar; ia mesmo te contar.
Primeiro, um spoiler traseiro e capas dos retrovisores externos em fibra de carbono. Um adesivo com logotipo das quatro argolas na parte inferior da porta traseira. Acabamento em preto brilhante aplicado no emblema, em elementos da cabine e na moldura da grade dianteira.
Há também novas rodas: as Audi Sport de 19 polegadas. Atrás delas, pinças de freio vermelhas. Por dentro a indefectível plaquinha dizendo qual dos 50 A5 Carbon Edition é o seu, no console. Os bancos vem em couro napa, e o revestimento do teto é preto. Logotipos S adornam o volante e bancos, e vem com a pedaleira esportiva. O carro vem completo, o único opcional sendo o sistema de sistema de som com grife Bang & Olufsen.
No mais é o seu já conhecido (mas belo e de extrema qualidade) A5: um 2.0 TFSI debaixo do capô dá 204 cv e 32,6 mkgf numa boa faixa constante de baixos 1.450 rpm até 4.475 rpm. A transmissão é a S Tronic de 7 velocidades. Faz o 0-100 km/h em 7,2 segundos e atinge uma velocidade máxima, limitada eletronicamente, de 210 km/h.
O carro estará disponível a partir deste mês na rede de concessionárias autorizadas de todo o país. As cores são Azul Navarra, Branco Geleira, Branco Íbis, Cinza Daytona, Preto Mito, Verde District, Vermelho Tango ou Azul Ascari. O preço é de R$ 397.990. (MAO)
O Defender 90 vira conversível
Apesar de seu sucesso e seu desenho até interessante, o novo Defender certamente é uma pedra no sapato daqueles antigos apaixonados por aquele caixote rústico de alumínio e rebites expostos que é o Defender original. Esses, foram alienados totalmente.
Mas esta parece ser uma conversão que começa a levar o novo carro na direção do antigo de uma forma no mínimo, interessante. Afinal, não é difícil perceber que, ao contrário do seu antecessor, e a dupla Jeep Wrangler e Ford Bronco, no atual Defender falta uma capota conversível opcional. A Heritage Customs da Holanda acaba de resolver este problema. Por um preço, claro.
É o bonito “Valiance Convertible”. Um Defender 90 com um teto de tecido que se abre para deixar o ar fresco e a luz do sol entrarem. Para que permaneça rígido (o carro é monobloco agora), um santantônio tubular soldado é adicionado ao carro. O teto de tecido é costurado à mão, e o exercício todo exige um bocado de fabricação, mas o resultado parece de fábrica. Pelo menos, a partir de fotos.
Uma infinidade de tratamentos personalizados também está disponível com a conversão, claro. Rodas e pneus maiores em várias opções, e um acabamento interno personalizado são os mais comuns opcionais. Bancos esportivos também são opcionais, e há também o elegante pacote Magic Metal da Heritage Designs que permite que qualquer superfície seja pintada com um acabamento semelhante ao metal.
Não é barato, claro: é um carro que tem muito trabalho manual em cima. Não há estoque: são feitos estritamente sob encomenda. Se você levar o seu Defender 90 zero Km para eles, não vai gastar menos que € 82.500 (R$ 447.150 ) para torná-lo um conversível. Ouch! (MAO)
Mate Rimac promete recorde de 0-400-0 km/h
O carro elétrico é realmente bom como um carro de luxo, onde silêncio, suavidade e muito torque são ideais. Funciona também muito bem como carro de dia a dia, se seu dia é previsível e se tem uma boa infra de carregamento em casa. Carro esporte? Bem… vamos dizer que não estamos convencidos. Mas uma coisa é impossível negar: são estupidamente fortes e velozes.
Veja o Rimac Nevera: pode atingir 412 km/h e completar o quarto de milha em 8,58 segundos. Descontando-se o rollout inicial (1 pé, 0,3 m, de distância), faz o 0-100 km/h em 1,97 segundos. Lerdo, definitivamente não é.
Agora o jovem empresário croata Mate Rimac foi ao Facebook para compartilhar um vídeo do Nevera na Autobahn. Um dos comentários de seus fãs aludiu ao recorde 0-400-0 km/h; ao que Rimac responde: “Fique de olho semana que vem!”
O comentário original se referia ao Koenigsegg Agera RS, que precisava de 33,29 segundos para fazer o 0-400-0 km/h, um recorde para carros de rua. A corrida recorde ocorreu em novembro de 2017 em uma seção fechada de da Rota 160 entre Las Vegas e Pahrump nos EUA. Um mês antes, o Agera RS levou 36,44 segundos para completar a tarefa em um antigo aeródromo militar na Dinamarca.
É uma competição entre dois europeus esquisitos então, parece. Mesmo que o Rimac Nevera roube o título de Koenigsegg, o próximo carro do carequinha Koenigsegg, o Jesko Absolut, deve ser o carro mais rápido que a marca já fez, sugerindo que pode ser ainda mais rápido que o Bugatti Chiron Super Sport. E não esqueça: Rimac é dono da Bugatti também.
O Jesko Absoult terá freios de carbono-cerãmica ainda maiores do que seu rival croata elétrico, com discos dianteiros de 410 mm e traseiros de 395 mm, contra discos de 390 mm em ambos os eixos. Além disso, o Koenigsegg será muito mais leve aos 1.390 kg, enquanto o Rimac pesa 2.300 kg. The race is on! (MAO)