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Zero a 300

O último Camaro | A Kawasaki 400 de quatro cilindros | O Carice TC2 e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

Kawasaki Ninja ZX-4R chega ao Brasil

Os fãs das motocicletas de média cilindrada, até meio litro de deslocamento, devem festejar a notícia: A Kawasaki anunciou a chegada da linha 2024 da Ninja ZX-4R às concessionárias brasileiras. Sim, é uma esportiva de 400 cm³ com quatro cilindros em linha. A Honda CB400 Four manda lembranças, lá dos anos 1970.

O preço não é baixo, claro: R$ 57.490. Mas para quem gosta desse tipo de coisa, que defenestra exageros em favor de equilíbrio e dimensões contidas, e cujo propulsor não falha em maravilhar aqueles com alguma inclinação mecânica, realmente vale.

O quatro em linha tem exatos 399 cm3. É um compacto DOHC de 16 válvulas em linha e arrefecimento líquido. Mede 57,0 x 39,2 mm, a taxa de compressão é de 12,3:1, é totalmente moderno, e gira até 16.000 rpm; a potência é de 77 cv, mas quando o sistema RAM AIR é ativado, essa potência sobe para 80 cv. O torque é de 4 mkgf.

A injeção conta com quatro corpos de borboleta de 34 mm com as mais recentes válvulas de aceleração eletrônicas (ETV) da Kawasaki, permitindo que a ECU controle com precisão o combustível para os injetores e o ar que entra no fluxo de admissão. Os pistões ultraleves de alumínio fundido têm um revestimento de molibdênio nas saias para maior durabilidade. Os pistões deslizam em cilindros de alumínio fundido com design de deck aberto. As bielas têm um tratamento de cementação para ajudar a melhorar a durabilidade. A transmissão de seis velocidades vem com um Kawasaki Quick Shifter (KQS) que permite mudanças de marcha para cima e para baixo sem embreagem.

É uma moto compacta: o entre-eixos é de 1.380 mm e a altura do assento, 800 mm; vem com rodas de liga leve com 17 polegadas de diâmetro, sendo calçadas por pneus de medidas 120/70 ZR17M/C na dianteira e 160/60 ZR17M/C na traseira. Pesa 188 kg, a seco.

O garfo dianteiro é invertido de 37mm, Showa SFF-BP, com curso de 120 mm; atrás também o sistema é Showa com ajuste de preload da mola e 112 mm de curso. Vem com freios ABS, disco dianteiro de 290 mm e um disco traseiro de 220 mm. O tanque tem 15 litros de capacidade.

Além disso, vem com iluminação completa por lâmpadas de LED, painel de instrumentos digital com tela TFT colorida de 4,3″, e conectividade via Bluetooth. A moto está disponível na combinação de cores verde ou preto. O preço de admissão não é baixo, sim, e existem motos maiores por este preço. Mas quem disse que maior é melhor? (MAO)

 

Último Camaro é produzido; versão Collection lançada no Brasil

ZL1 1LE: um desses foi o último Camaro

Como bem sabemos, estamos no finzinho da história do Camaro, como um carro zero km. Pelo menos, por enquanto; quem pode prever o futuro? Mas o fato é que não existirá um ano/modelo 2024. Hoje, é o fim.

O Camaro Collection

A GM brasileira, que prometeu recentemente uma versão limitada de despedida, agora deu detalhes. Na final da Stock Car 2023, a empresa disse que a série “Collection”, limitada em 125 unidades, será vendida por R$ 555 mil na versão cupê e R$ 595 mil na opção conversível. Ambos vem sem alteração mecânica: o mesmo motor V8 de 461 cv com câmbio automático de dez marchas. Como todo Camaro atual, o desempenho é superlativo: 0 a 100 km/h em 4,2 segundos e velocidade máxima limitada a 290 km/h. Limitada!

E no que difere essa série especial? Será vendido somente na cor preta Global, com duas faixas brancas percorrendo o capô e a traseira, bancos cinza e preto, e um acabamento “inspirado no Z/28 de 1967”. Existe, claro, a plaquinha que diz qual dos 125 veículos é o seu. O cliente ainda vai receber uma miniatura do carro em escala 1:18, também. E é só.

A produção do Camaro já foi finalizada nos EUA. O último Camaro é um carro realmente especial: um ZL1 1LE com transmissão manual. O RPO “ZL1” significa o motor V8 de 6,2 litros como o nosso, mas aqui com um supercharger e 659 cv.  O “1LE” é outro código de opcional (RPO, Regular Production Option) da marca que virou nome, e significa o pacote completo de suspensão e aerodinâmica para uso extremo em pista. Um ZL1 1LE manual não é só o último Camaro, é também o ultimate Camaro, o ápice do modelo. Um final honroso, e merecido.

ZL1 1LE: especial

A Chevrolet, porém, ainda não divulgou fotos do Camaro final, e não comentou se a empresa planeja manter o veículo ou vender para um cliente. E assim, sem fanfarra ou festa, o Camaro “sai da vida para entrar na história”. Goodbye, and godspeed. E isso é tudo que temos a dizer sobre isso. (MAO)

 

Suzuki Super Carry X Limited é série especial do caminhão Kei-car

No Japão sempre existiram, mas agora parece que o interesse está sendo renovado por jovens que começaram a comprá-los; nos EUA estão se tornando uma febre, importados como veículos antigos de mais de 25 anos de idade. São as picapes e vans Kei, um tipo de carro que conhecemos aqui com o nome genérico de “Towner”.

A Suzuki parece disposta a capitalizar com esta nova mania; começa com uma edição especial da picape cabine dupla Super Carry. O Suzuki Super Carry X Limited oferece uma interpretação vamos dizer assim… “SUV” do caminhãozinho. No sentido de aparência meio que quase off-road, como é comum em hatchbacks hoje.

Três camadas de adesivos pretos que adornam suas laterais, lembrando painéis de metal aparafusados. Os faróis de LED ostentam conjuntos pretos, complementados por um acabamento preto correspondente para a grade, molduras dos faróis de neblina, maçanetas das portas e capas dos espelhos retrovisores.

Além disso, as pequenas rodas de aço de 12 polegadas também foram pintadas em preto. O Super Carry X Limited vem em apenas quatro tons exteriores disponíveis: Moss Grey, Silky Silver, Cool Khaki Pearl e Blueish Black Pearl.

Esta, a décima primeira geração do Suzuki Carry, foi lançada lá atrás em 2013; sim, tem 10 anos de idade. Mede 3.395 mm de comprimento e oferece diversos tipos de carrocerias. A cabine estendida do Super Carry oferece espaço de carga adicional atrás dos dois bancos dianteiros, ao mesmo tempo que permite que o banco do motorista recline 40 graus e ande para trás 180 mm. A cabine tem um recesso acessível pela caçamba, um “porta-malas” extra.

O Super Carry X Limited vem equipado com motor a gasolina de três cilindros de 658 cm³, com 50 cv e 6 mkgf. A potência é enviada às quatro rodas através de uma caixa manual de 5 velocidades ou de uma automática de 4 velocidades. O preço no Japão começa no equivalente à R$ 52.749. (MAO)

 

Conheça o Carice TC2

Gosta da imagem descolada e despretensiosa, mas obviamente endinheirada, de um Porsche 356 Speedster? Tem algum dinheiro para ter um deles, mas não quer ter que cuidar de um carro com bem mais de 60 anos de idade? Dirige um Tesla hoje, e acha que o futuro elétrico é legal e emocionante? Não se aflija obtuso jovem consciente demais da imagem que projeta: alguns holandeses têm um carro perfeito para ti.

Trata-se do Carice TC2, um carro esporte elétrico que promete uma coisa boa: é extremamente compacto e leve. A Carice é uma startup holandesa que nasceu em universidade; começou fazendo carros de 5 cv, daqueles para pessoas sem habilitação.

O TC2 é um carro pequeno, e obviamente mais brinquedo que carro de verdade. Mede apenas 3540 mm de comprimento, e pesa 590 kg, o que, para um elétrico, é realmente baixo. Mas é uma proposta diferente, menos ambiciosa em todos os sentidos. O motor elétrico traseiro tem apenas 56 cv; a autonomia, de 200 km (300 km com pacote opcional) sugere passeios perto de casa somente.

O carrinho parece realmente uma caricatura reduzida do Porsche Speedster; o povo lá fora vai achar parecido o suficiente. O interior e toda a proposta é retrô; o painel é um alumínio engine turned.

O chassi é tubular próprio, e como o Porsche, tem motor traseiro e suspensões independentes; aqui duplo-A sobreposto na frente e braço arrastado atrás. Os freios a disco são ajudados por frenagem regenerativa do motor. Felizmente, é deliciosamente simples: não há direção hidráulica, ABS, assistência de freio de qualquer tipo, controle de tração e sistemas de segurança que apitam irritantemente.

Sim, ainda é inócuo e anestesiado por seu silencioso motor elétrico. Mas para seu público, parece bem interessante; o único porém é o preço: começa em € 53.854 na Holanda, ou nada menos que R$ 290.273. Ouch! (MAO)