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Royal Enfield Himalayan 450 chega ao Brasil
A história da Royal Enfield é única: uma divisão de uma marca inglesa que sobreviveu na Índia, mesmo depois da morte da empresa inglesa original. Na Índia, então isolada, viveu por décadas fazendo motos dos anos 1950, zero km. Depois, expandiu-se para o mundo criando novas motos, modernas, mas continuou no estilo retrô.
Por isso a nova Himalayan 450 é importante. É toda nova. A mais “moderna” motocicleta que a empresa já fez, oferecendo um motor totalmente moderno e pacote eletrônico acoplado a um chassi que é mais capaz do que qualquer coisa que ela fez antes. A empresa diz que não há uma única peça na nova Himalayan que seja comum com a antiga Himalayan, modelo que foi colocado à venda pela primeira vez em 2016. E não é uma moto retrô. Lançada mundialmente no ano passado, agora chega ao Brasil também.
O novo motor Sherpa 450 é a maior novidade aqui. É o primeiro Royal Enfield arrefecido à líquido. O monocilíndrico mede 84,0 x 81,5 mm, para um total de 452 cm³. O pistão é forjado, e se move num cilindro de alumínio com revestimento de Nikasil de baixo atrito. O cabeçote é um moderno DOHC com quatro válvulas, e a taxa é de 11,5:1. O sistema eletrônico de injeção de combustível utiliza um corpo de borboleta de 42 mm com controle ride-by-wire. A lubrificação é por cárter semisseco.
A potência é maior em 65% em comparação com o motor de 411 cm³ do modelo anterior, enquanto o torque aumentou 25%. Agora são 40 cv a 8000 rpm e 4,0 mkgf de torque a 5500 rpm; 90% dele já disponível desde 3500 rpm. É também um motor 4,5 kg mais leve que o motor anterior. A transmissão tem seis velocidades e transmissão final por corrente.
A ciclística da Royal Enfield melhorou muito também desde que apareceu a primeira Himalayan, e isso reflete na nova moto. Em 2015 a Royal Enfield comprou a empresa Harris Performance, um especialista de competição de primeira linha que foi fundamental no desenvolvimento da esportiva Continental GT 650. Agora este know-how aparece na Himalayan também.
A nova Himalayan usa um quadro de aço tubular de longarina dupla e braço oscilante de aço. Na frente, há um garfo Showa SFF invertido de 43 mm com 200 mm de curso. Na parte traseira, há um monoamortecedor Showa com ajuste de pré-carga e os mesmos 200 mm de curso da dianteira. As rodas medem 21 polegadas na frente e 17 polegadas atrás com pneus 90/90-21 na frente e 140/80-17 atrás. Outras dimensões importantes são 230 mm de distância do solo e 1509 mm para a distância entre eixos, um aumento de 36 mm. O assento, com ajuste de altura, está no mínimo a 825 mm do solo.
A frenagem é fornecida pela ByBre (uma marca indiana da Brembo, mais “popular”) com um disco de 320 mm na frente com uma pinça de pistão duplo com mangueiras reforçadas de aço. Na traseira, há uma pinça de pistão único e disco de 270 mm. A Himalayan vem com ABS que pode ser desligado na traseira. Há um novo painel de instrumentos TFT de 4 polegadas com a plataforma Google Maps e conectividade ao celular, e iluminação total LED.
A nova Himalayan 450 é oferecida em três versões. A versão de entrada é montada com pneus com câmara e rodas raiadas, e custa R$ 29.990. A versão intermediária é a preta com dourado montada com pneus com câmara por R$ 30.990. Por fim, a versão de topo é equipada com os desejáveis aros especiais para pneus sem câmara, nas cores preta com dourado ou branca, por R$ 31.990. (MAO)
Volkswagen Tera pode ter versão 1.0 aspirada
Algumas fotos de protótipos rodando nas ruas, publicados pelo site Motor 1 (e obtidos do perfil Placa Verde) em Ubatuba-SP, dão vazão a boatos de que o novo VW Tera pode ter uma versão bem mais barata do que se imaginava anteriormente. Seria equipada com o tricilíndrico de um litro aspirado da marca, e câmbio manual.
Isso pelo carro flagrado ter rodas menores que as de 17 polegadas já mostradas no lançamento do sambódromo, provavelmente de aço com calotas e 15 polegadas. As calotas parecem as do Polo Track. Provavelmente é a versão base, com o mesmo motor 1.0 MPI de três cilindros e 84 cv do Polo de entrada. O motor, que tem torque de 10,3 mkgf, é normalmente associado a um câmbio manual de 5 velocidades. Parece pouco para o carro? Pelo menos no Polo, um parente bem próximo do Tera, é um motor totalmente suficiente. Não deve ser diferente aqui. E com a vantagem, para quem gosta disso, de se trocar marchas por si mesmo.
O Tera, mostrado já oficialmente no Carnaval, será produzido na fábrica de Taubaté-SP na mesma plataforma do Polo/Virtus/Nivus/T-Cross, e com dimensões próximas às do Polo, com seu entre-eixos de 2.566 mm. Será concorrente do Fiat Pulse e do Renault Kardian.
Se imaginava que viria somente com o motor 1.0 Turbo de 116 cv e câmbio automático. Mas parece que a VW pretende que ele seja realmente um carro de entrada, no formato SUV hoje tão popular, se esta versão e os boatos forem verdadeiros. O que parece uma decisão inteligente: apesar de já existir um Polo básico ainda mais barato, o desenho feliz deste novo SUV deve atrair, sozinho, alguns novos clientes. Veremos! (MAO)
Lamborghini elétrico deve ter 2000 cv
Como o banimento dos motores à combustão interna ainda é lei na Europa, a partir de 2035, os fabricantes continuam a se mover nesta direção. O que é mais difícil para marcas como a Lamborghini, conhecidas justamente por seus motores vocais.
Mas deve ser tentado, nos dias de hoje. O conceito de crossover de duas portas chamado Lamborghini Lanzador deu uma prévia de como seria o primeiro Lamborghini elétrico, que deve ser lançado em 2030, será. Agora, o CEO do Grupo Volkswagen, Oliver Blume, deu mais detalhes dele.
“É uma configuração muito específica para a Lamborghini”, Blume disse à Autocar. A plataforma também permitirá até 980 volts. O conceito Lanzador tinha 1.341 hp de potência, ou um megawatt exatamente. O CEO da Lamborghini, Stephan Winkelmann, confirmou que o carro de produção teria “pelo menos isso”. Agora, Blume diz que o veículo de produção pode ter até 2000 cv. Barrabás!
Parece também que o carro terá dois motores elétricos, dando-lhe tração nas quatro rodas. A empresa construirá o Lanzador de produção junto com seus outros modelos em Sant’Agata, Itália.
Se as alegações de 2000 cv forem verdadeiras, isso colocaria este Lamborghini no mais alto escalão dos elétricos de alto desempenho quando for lançado. Hoje, seria talvez o mais potente em produção seriada de verdade. O lançamento será em 2030, cinco anos no futuro, porém; muito pode mudar até lá, inclusive seus concorrentes. Veremos! (MAO)
Nissan tem um novo CEO em meio à crise
Serão esses fatos que reportamos aqui parte da história do fim da Nissan? Parece que não se passa um dia sem uma notícia preocupante para os fãs da marca. A notícia de hoje confirma boatos que já circulavam na indústria: o CEO da Nissan, Makoto Uchida, está fora da empresa. Sua posição, aparentemente, ficou insustentável depois do fracasso da união com a Honda.

O mexicano Ivan Espinosa, atualmente o diretor de planejamento, assumirá as rédeas da Nissan. A mudança na liderança foi decidida durante uma reunião do conselho de diretores e entrará em vigor em 1º de abril (e não é mentira). Mudanças adicionais na gestão estão planejadas para “atingir os objetivos de curto e médio prazo da empresa, ao mesmo tempo em que a posiciona para o crescimento de longo prazo”.
O Financial Times relatou no mês passado que a Honda ainda estaria disposta a discutir uma fusão com a Nissan, desde que Uchida renunciasse, o que pode então fazer agora a negociação recomeçar. Oficialmente, porém, a Nissan não fala nada sobre reabrir negociações. Ainda.
Mesmo antes de Uchida sair, a empresa já tinha anunciado um plano de reestruturação, que inclui corte de nada menos que 9.000 empregos e uma redução de 20% na capacidade de produção global, de cinco para quatro milhões de carros. Pelo menos três fábricas serão fechadas, começando com uma planta na Tailândia no primeiro trimestre do ano fiscal de 2025. As outras duas fecharão no terceiro trimestre do ano fiscal de 2025 e no ano fiscal de 2026. Uma situação triste, principalmente para quem trabalha na empresa.
Um veterano da Nissan, tendo ingressado nela em 2003 no México, o novo CEO Ivan Espinosa tem, obviamente, muito trabalho pela frente. Dívidas crescentes, um portfólio de produtos envelhecido e altos custos. Os prognósticos não são bons, mas tudo pode acontecer; inclusive outra empresa comprar a Nissan. Aguardem os próximos capítulos. (MAO)