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Chevrolet Onix mais potente para 2025
A Chevrolet anunciou a nova calibração dos motores do Onix e Onix Plus, criadas para atender as novas normas do Proconve L8. A novidade é que os motores ganharam potência e torque com a atualização, e não perderam como parece ser mais comum.
A versão aspirada do motor 1.0 tricilíndrico permanece igual se abastecido com etanol: 82 cv e 10,6 mkgf. Mas quando abastecido com gasolina, a potência sobre de 78 cv para 80 cv, e o torque sobre para 12,6 mkgf. Muito bom.
Na versão turbo, a recalibração também gerou mais potência: no etanol são agora 121 cv (antes 115 cv) e na gasolina, de 115 cv para 116 cv. O torque se manteve inalterado: 16,3 mkgf (gasolina) e 16,8 mkgf (etanol).
Além do ganho de potência, a GM promete motores mais econômicos também, em toda situação. E a empresa, no ano de seu aniversário de 100 anos no Brasil, lembra que a potência do 1.0 turbo se equivale à do Kadett GSI de dois litros dos anos 1990.
Esta não deve ser a única novidade para os carros este ano: parte do investimento de R$ 7 bilhões anunciado, há um face-lift da linha Onix em desenvolvimento. Veículos camuflados continuam a ser flagrados em teste Brasil afora, e não deve demorar para aparecer no mercado esta atualização.
Esta atualização deve trazer também o painel digital de 8″ e uma nova central multimídia com o software que conhecemos na Spin e S10/Trailblazer. Melhorias em acabamentos podem ser considerados, ainda que em versões mais caras, para cobrir a lacuna deixada pelo Cruze. (MAO)
Porsche 911 GT2 RS Manthey bate recorde em Interlagos
Todo mundo lembra quando o McLaren Senna bateu o recorde em Interlagos para carros “de rua”, em novembro de 2022. Por causa do nome do carro, Senna, o recorde ganhou alguma notoriedade, mesmo fora dos círculos entusiastas. Pilotado por Ricardo Mauricio, o Senna fez a volta em 1m37.856, ou 5,1 segundos mais rápido que o recorde da volta anterior.
Pois bem, temos um novo recorde. O Sr. Maurício voltou à pista, agora com um um 911 GT2 RS (991) equipado com o kit Manthey. O resultado é um recorde de volta de 1:36.967, pouco menos de um segundo inteiro mais rápido que o Senna.
As filmagens a bordo da volta recorde mostram uma velocidade máxima de 267 km/h, o que é deveras impressionante para um carro de rua em Interlagos; mas até aí, este é dificilmente um carro de rua normal. Mauricio sai de quase todas as curvas com um grau de contra-esterço. Realmente impressionante.
Apesar da tentativa ser uma iniciativa privada, da Stuttgart Motorsport, a Porsche festejou: “Outro recorde para o Porsche 911 GT2 RS com kit de desempenho Manthey Racing de Stuttgart! Com esta marca, o 911 GT2 RS se torna o carro de rua original mais rápido na pista de São Paulo, superando a melhor marca anterior em quase um segundo”.
Será que teremos uma corrida para recordes em Interlagos como já existe em outras pistas como o Nurburgring? Claro que a importância é menor aqui, mas o desafio está claramente lançado. O novo carro de rua mais rápido do Brasil é um Porsche; alguém quer desafiá-lo? (MAO)
Gordon Murray agora vai criar veículos “sustentáveis”
O que ainda existe para Gordon Murray fazer no mundo do automóvel? Depois de reviver os dias de glória do McLaren F1 com seu T.50 e criar um carro esporte no idioma dos anos 1960 com o T.33, parece que nada mais que pudesse fazer chamaria atenção.
Bom, Murray agora voltou sua atenção para veículos, vamos dizer assim, sustentáveis. O projeto, chamado M-LightEn’, desenvolverá uma plataforma para um “portfólio de novos veículos” que deve produzir seus primeiros resultados em três anos.
Murray está embarcando no empreendimento com vários parceiros. A Constellium e a Brunel University of London fornecerão as extrusões de ultra-alta resistência, que planejam fazer com 80% de alumínio reciclado de sucata. A Carbon ThreeSixty está desenvolvendo componentes de fibra de carbono com “níveis de desperdício quase zero”.
O objetivo é atingir uma redução de 33% ou mais no ciclo de vida de CO2 de um veículo, acreditando que sua arquitetura pode ser 50% menos intensiva em carbono do que outras. A empresa também quer aumentar o desempenho reduzindo o peso. E sim, a plataforma mais leve pode ser usada para elétricos mais eficientes.
Mas não se espera que esta pesquisa vá muito além de veículos de baixa produção e alto preço, a especialização de Murray. Ele já tentou no passado fazer um carro pequeno revolucionário na forma do T25/T27 dos anos 2000.
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Na época a ideia era basicamente vender um novo método de produção patenteado, chamado i-stream. Na verdade, é uma tentativa de levar os métodos de produção da Fórmula 1 para o mainstream. Murray desenvolveu métodos para produzir compósitos em maior quantidade e velocidade, e estruturas mistas de metal e compósitos plásticos. Estas estruturas criam a possibilidade de se reduzir significativamente o investimento em um novo carro, apesar de muito provavelmente fazer um carro mais caro.
Como não podia deixar de ser, foi inovador. Murray usa seu conhecido sistema de direção central e três ocupantes do McLaren F1, aqui para maior ocupação de espaço. O T25 é minúsculo, na contramão do aumento constante de tamanho e peso dos carros, mas mesmo assim, atendia todas as exigências de segurança passiva da época. A estrutura de fibra de carbono aqui é o grande pulo do gato, bem como o interior com direção central. Mas nunca se mostrou economicamente viável, nem o carro, nem o método. Vamos ver o que virá agora. (MAO)
VW ID.Buzz encalha nos EUA
Em 1997, a VW lançou um carro retrô que não tinha nada a ver mecanicamente com o original: o New Beetle, na verdade um Golf em cosplay de Fusca. Mas foi um imenso sucesso mundo afora; mas especialmente nos EUA.
Você pode desculpar a empresa em tentar de novo então. Hoje, o carro moderno que lembra um antigo apenas na vaga lembrança estilística é o ID.Buzz, uma versão elétrica e moderna da famosa Kombi. Mas desta vez, parece que o sucesso, pelo menos até agora, tem se provado elusivo.
Com um preço inicial nos EUA de US$ 61.545 (R$ 355.280), o Volkswagen ID.Buzz não é exatamente um carro acessível. Isso não seria um impedimento para algo que atingisse em cheio o zeitgeist do momento, mas parece que não é o caso aqui. Parece que o carro é quase à prova de venda nos EUA.
Grandes descontos estão aparecendo por todo lado então, para movimentar a van elétrica para fora dos pátios. Preços de até US$ 48.581 (R$ 279.693) já apareceram para carros zero km, e mesmo assim, as vendas continuam baixas.
O timing do início das vendas parece ser parcialmente o culpado, já que o interesse em EVs diminui e a incerteza cresce, especialmente na América. O fim do crédito fiscal federal de US$ 7.500 para novas compras de EVs parece ter seus dias contados por lá, ao mesmo tempo em que se ameaça impor uma tarifa de 25% sobre carros importados.
Mas também parece que a VW superestimou o desejo do povo por uma nova Kombi: as vans e minivans não são hoje um setor animado das vendas. Mesmo sendo ela uma futurista-retrô tentativa de se lembrar de tempos melhores para a VW americana.
Aqui no Brasil, o ID.Buzz veio para não vender. O carro só pode ser obtido para uso por meio de assinatura: o serviço VW Sign&Drive. É um aluguel: o carro permanece de outro, você usa como seu, no final do contrato ele é recolhido. Não, não tem opção de compra no final; dono de ID Buzz no Brasil só a VW. E a assinatura também é caríssima. A VW disse no lançamento em dezembro de 2023 que ia trazer somente 70 carros. Será que já foram alugados? (MAO)