O ano ainda está longe de acabar e podem acontecer novos lançamentos até o fim de 2016, claro, mas o Inmetro já liberou sua tabela anual de consumo e eficiência energética para veículos leves (os vulgos “carros”, já ouviu falar?) de acordo com o PBE, Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV),
Na tabela do ano passado, foram englobados 583 modelos de 36 marcas diferentes. Neste ano, o número aumentou consideravelmente — são 795 modelos, representando 90% da frota nacional. Isto significa que há marcas novatas, como a Chevrolet, que até então não participava das medições.
A tabela ainda não está completa — até o fim do ano, deverão ser inclusos mais 131 modelos, totalizando 926 inclusões. E, para o ano que vem, o Inmetro já anunciou que serão inclusos todos os veículos comercializados no Brasil, de todas as fabricantes, a fim de ficar de acordo com as exigências do programa Inovar-Auto.
Você pode conferir a tabela completa, com todos os veículos e dados, aqui. E, quando a gente diz que é completa, ela é completa mesmo: além dos quase 800 carros, ela traz o consumo urbano, rodoviário e combinado com gasolina e etanol (este, quando disponível) e, nos modelos fabricados a partir de 2016, emissão de poluentes como hidrocarbonetos, monóxido de carbono e óxido de nitrogênio. Nos outros casos, apenas os níveis de dióxido de carbono.
A gente resolveu fazer diferente, pois, como comentamos no ano passado, os critérios são meio confusos: as categorias são divididas sem muita precisão técnica e a medição parece não levar em consideração a eficiência com base no deslocamento do motor. Ou seja: um carro com motor quatro-cilindros turbinado pode entrar na mesma categoria de um V8 biturbo. Por outro lado, a tabela incorpora até mesmo veículos híbridos, como o Toyota Prius e o Ford Fusion Hybrid.
Para tornar sua vida um pouco mais fácil e satisfazer uma curiosidade natural de todo entusiasta, decidimos listar os 15 modelos mais econômicos e os 15 mais beberrões em números absolutos, considerando a média de consumo combinada (cidade e estrada) com o tanque cheio de gasolina. Claro, os outros dados também estão listados, quando disponíveis.
Os mais econômicos
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Sem surpresa, os carros híbridos ficaram com as primeiras posições. No entanto, notamos uma mudança bem importante em relação ao ano passado: os motores downsized, com três cilindros e/ou turbo, dominaram o top 15 dos modelos mais econômicos: o Ford Ka, o Nissan March e o Volkswagen Gol aparecem ao lado do Up! — cuja versão turbinada rende ainda melhor que a versão de aspiração natural.
Um nome que parece meio intruso ali é o Range Rover Evoque, mas há uma boa explicação: ele é o único movido a diesel (a tabela junta os motores a diesel e a gasolina em uma única categoria, deixando o etanol à parte). Uma ausência sentida é a do Fiat Mobi que, apesar de receber a nota máxima em sua categoria e no geral (AA), ainda não recebeu o novo motor de três cilindros. O motor 1.0 Fire Evo era referência em economia há alguns anos, mas agora os tricilíndricos são a nova referência em economia de combustível.
Os mais beberrões
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Também sem surpreender, os carros menos econômicos são, em sua maioria, superesportivos. E os dois mais gastões mostram que há um bom motivo para que a indústria automotiva esteja abandonando os motores naturalmente aspirados: Lamborghini Aventador e Ferrari F12berlinetta estão entre os últimos supercarros com motor V12 que não se renderam ao downsizing.
E olhe como o Aventador, com seu motor de 6,5 litros e 700 cv, bebe bem mais gasolina do que a F12, cujo motor de 6,3 litros entrega 740 cv!