na semana passada a nissan e a italdesign apresentaram uma versao conceitual do gt r criada pelos italianos para comemorar os 50 anos dos gt r da marca japonesa a combinaçao soa promissora afinal estamos falando das maiores especialidades de cada pais quando se fala em carros a elegancia do design italiano combinado a confiabilidade da mecanica japonesa [gt40 content rule= 1 widget= 1 ] acontece que nem sempre a uniao de italianos e japoneses da muito certo como um certo acontecimento ocorrido entre 1939 e 1945 nos mostrou no caso do gt r50 a mecanica japonesa ate cumpre sua parte mas o visual italiano ja viu dias melhores com uma dianteira um tanto generica que apela para o visual de animal enfezado que vem dominando o mundo dos supercarros nos ultimos anos e uma traseira dourada que faria uma mansao arabe morrer de inveja o gt r50 se destaca mais pelo exagero que pela qualidade do design sim a cor dourada e tradicionalmente associada a celebraçoes de 50 anos — jubileus de ouro bodas de ouro cinquentenarios ou simplesmente aniversarios mas a arte do design esta em equilibrar a estetica a pratica e o simbolismo com harmonia e cobrir 40% de um carro com uma superficie dourada nao e exatamente o equilibrio que se espera do design italiano e o tipo de conceito que preferiamos nao ver em produçao mas pelo jeito a nissan e a italdesign decidiram faturar com o carro — ja que a nova geraçao do gt r ainda leva dois ou tres anos para chegar pensando nisso decidimos listar alguns conceitos que como o gt r50 tambem preferiamos nao ver em produçao e felizmente acabaram nunca saindo do mundo fantastico dos carros conceito aston martin lagonda o nome aston martin lagonda traz a memoria da maioria dos entusiastas aquele seda longo e meio desajeitado que a marca britanica produziu entre os anos 1970 e 1980 mas ha uma historia muito maior alem dele a lagonda foi uma das primeiras fabricantes de carros do reino unido e logo se tornou uma das mais luxuosas mas entao veio a guerra o dinheiro das pessoas desapareceu e a empresa falida acabou comprada por david brown que havia acabado de arrematar a aston martin a marca lagonda foi usada no primeiro rapide dos anos 1960 e em seguida no seda de luxo da aston que saiu de linha em 1990 quando era mais do que anacronico desde entao a aston vem ensaiando a volta da marca como uma especie de divisao de alto luxo da marca algo como a mercedes maybach capaz de competir com rolls royce e bentley e a primeira tentativa de fazer isso foi justamente com este conceito que felizmente nao foi produzido o nome era o mesmo do seda de luxo setentista mas desta vez o carro era um suv notchback com dois volumes e meio sem nenhuma caracteristica que deixasse claro que se trata de um aston martin nem mesmo a grade bigode estava la era um carro generico com a marca da aston as pessoas esperam mais de algo projetado para ser tao caro e tao luxuoso como um lagonda o pior da historia e que o design talvez funcionasse razoavelmente bem em um seda mas ai a aston ja estava planejando o rapide e o taraf que finalmente trouxe a lagonda de volta com 200 unidades se nao parecia um aston ao menos ele e a verdadeira modernizaçao do lagonda dos anos 1970 dodge super 8 hemi no portugues brasileiro a palavra design tem dois significados distintos porem frequentemente confundidos um significado e o sentido original da palavra to design e o ato de designar de dar funçao as coisas o outro significado e o desenho o estilo da coisa os dois termos acabam confundidos porque uma das funçoes que alguma coisa pode ter e a funçao estetica voce nao precisa pintar uma parede para que ela cumpra sua funçao pratica sustentar o telhado proteger o interior o design da parede poderia se limitar a construi la e mante la firme mas o design tem outras duas funçoes estetica e simbolica a funçao estetica tem relaçao com os sentidos humanos quando voce decide pintar a parede voce esta tornando a mais agradavel a sua visao se voce usar um aromatizante a tornara mais agradavel ao olfato voce pode ate colocar essencia de bacon na parede para que ela agrade o paladar essa atribuiçao de funçao estetica tambem e parte do design e por isso as pessoas se referem ao visual do carro como design confundindo os significados ha ainda uma terceira funçao a simbolica quando voce escolhe uma cor para pintar a parede sua escolha tem um significado que e a motivaçao da escolha da cor esse significado e o que simboliza sua motivaçao eu recapitulei estes conceitos basicos do design porque preciso explicar como tivemos sorte de o dodge super 8 hemi jamais ter saido do campo da imaginaçao concreta que sao os carros conceito veja so como um carro ele e perfeito tem motor bancos rodas volante freios farois bagageiro faz tudo o que voce espera que um carro faça funçao pratica conferida como homenagem clara aos dodges dos anos 1950 ele tambem se sai muito bem seu para brisa envolvente com a coluna a invertida seu teto com caimento arredondado na traseira a frente elevada com a grade ampla e a linha de cintura levada ate a extremidade traseira da lateral remetem perfeitamente aos carros daquela epoca o problema e que o conjunto nao e harmonico as referencias ao passado sao literais demais acentuadas ao ponto de se tornarem caricatas como uma versao industrial daquelas modernizaçoes de carros de fibra que as pessoas fazem na garagem de casa as proporçoes sao desajeitadas e as estrias nas laterais dao um ar de utilitario ao carro que acabou como uma execuçao desastrosa de uma ideia bastante interessante que felizmente se materializou de forma bem mais harmonica nos dodge charger e magnum lotus eterne o mundo aprendeu a aceitar os sedas da porsche e da aston e ate lamentou o fato de a lamborghini jamais ter fabricado o estoque ou de a bugatti nunca ter concretizado a produçao do galibier ja o lotus eterne bem alguem realmente lembra deste conceito que antecipava um possivel seda da lotus apresentado em 2010 o lotus eterne teria um motor v8 de cinco litros e 620 cv fornecido pela toyota acompanhado de um sistema eletrico para recuperar energia cinetica kers como os f1 da epoca o conjunto seria suficiente para levar o seda do zero aos 100 km/h em 4 segundos e a maxima de 315 km/h ele era a aposta da lotus no segmento dos super sedas para 2015 porque na epoca o ceo dany bahar achava que a marca deveria se aproximar de nomes mais luxuosos como a ferrari e a aston obtendo uma lucratividade maior que a dos modelos leves e diminutos que a lotus faz ate hoje o problema e que enquanto a ferrari vendia o glamour do design e da mecanica italiana de formula 1 a milionarios do mundo inteiro a lotus era uma marca low profile vendendo esportivos de baixa cilindrada com motores mundanos normalmente ford de quatro cilindros e preços razoavelmente acessiveis para piorar diferentemente da vitoriosa ferrari a lotus deixara a formula 1 pela porta dos fundos em meados dos anos 1990 e como se nao bastasse o visual do eterne era pouco inspirado e poderia receber o logotipo de qualquer fabricante do leste asiatico de forma convincente por isso existe todo um contexto por tras do posicionamento do porsche panamera do aston rapide da ferrari gtc4 lusso nao da para se declarar uma marca de alto luxo da noite para o dia so porque fez um seda hibrido que custa o mesmo que um aston para vende lo a pessoas que nem lembram ou sequer conhecem a historia da lotus nas pistas e quem conhece o valor da marca jamais poderia encontra lo em um seda grande e pesado e por isso que o engavetamento do lotus eterne foi positivo a lotus escapou de torrar uma grana colossal em um projeto que fracassaria triunfalmente agravando ainda mais sua delicada situaçao financeira com o dinheiro economizado a lotus se arrastou ate a chegada do novo ceo jean marc gales que a tornou lucrativa novamente sem a necessidade de criar um suv ou um superseda mantendo vivos o valor da marca e os principios de anthony colin bruce chapman — que sao o verdadeiro legado da lotus chevrolet bel air em 2002 o universo automotivo estava em plena febre retro o mini cooper havia acabado de ser lançado o new beetle ja era um sucesso a plymouth tinha o seu prowler e a chrysler o pt cruiser foi nesse contexto que a ford decidiu lançar a decima primeira geraçao do thunderbird como um carro retro de luxo como resposta a chevrolet decidiu criar um bel air com inspiraçao nos modelos produzidos entre 1955 e 1957 e o apresentou no salao de detroit daquele mesmo ano como um conversivel conceitual ele tinha quadro do para brisa cromado bocal do combustivel atras da lanterna traseira banco inteiriço na dianteira e ate um visor de semaforo uma lente sobre o painel que permitia ver o semaforo sem olhar para o alto mas as referencias ao passado terminavam por ai sem uma plataforma de traçao traseira disponivel a chevrolet precisou usar o chassi do suv trailblazer — o que fazia ele retro do jeito errado alem disso a carroceria cheia de curvas a grade ampla os farois envolventes e um motor turbo de cinco cilindros em linha nao tinham nada a ver com o bel air da metade dos anos 1950 felizmente a chevrolet foi mais sensata que a ford e nem cogitou colocar o carro em produçao ja o thunderbird apos o primeiro ano viu suas vendas despencarem ate que ele foi finalmente cancelado em 2005 e entrou para a historia como um dos grandes erros da ford dodge charger r/t no fim dos anos 1990 depois de uma serie de fracassos de vendas a dodge decidiu olhar para o passado para construir o seu futuro assim em 1999 a marca apresentou o charger r/t concept com as proporçoes do dodge charger r/t do final dos anos 1960 incluindo a queda do teto na traseira e os para lamas traseiros as lanternas traseiras tambem eram inspiradas no classico dos anos 1960 mas a dianteira era significativamente mais baixa seguindo o padrao dos anos 1990 e era justamente a dianteira o ponto fraco do carro alem de ser baixa demais — o que dava ao carro a silhueta do corvette da epoca — a grade em cruz e os farois estendendo se para cima do capo faziam ele parecer um pontiac e o que a dodge menos precisa e que seu charger se pareça um filho da general motors nem o v8 supercharged de 350 cv sob o capo salvaria o carro felizmente a fusao da daimler com a chrysler concretizada naquele mesmo ano trouxe uma nova direçao para a marca americana e o projeto foi engavetado o charger voltou em 2006 com um visual mais harmonico e mais parecido com algo feito pela dodge
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