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GM lança Bolt EUV no Brasil, e confirma Blazer EV e Equinox EV em 2024
Ser uma corporação socialmente responsável, boazinha e alinhada com o futuro, e não apenas uma fábrica de automóveis que deseja fazê-los e vende-los com algum lucro para permanecer viva, não é mole não. A GM quer ser 100% elétrica nos EUA em breve, o que significa que tem que ser elétrica aqui também. Senão vão dizer que não adianta nada, que polui país subdesenvolvido, et cetera e tal. Aqui é um desafio ainda maior que o grande desafio americano.
Algo tem que ser feito nesse sentido para sinalizar virtude, e iniciar a preparação para algo pretendido, mas pouco provável. Veja o caso do Bolt EUV lançado agora aqui no Brasil. Quando soubemos do seu fim nos EUA no fim deste ano, imaginamos o motivo de ser lançado no Brasil. Agora ficou mais claro: é um lote de 200 unidades apenas.
Agora oficialmente um produto disponível no Brasil, é a versão SUV do Bolt (que Deus nos ajude), e seu preço é de R$ 279.990. O preço é agressivo, e provavelmente não deve dar muito dinheiro para a empresa: o Bolt EV, lançado no ano passado, custava mais aos R$ 329.000!
A GM promete condições especiais de financiamento, o que, francamente, deve ser necessário para mover esses carros para fora dos concessionários: 60% de entrada (R$ 168.710), dois anos de “suaves” prestações de R$ 3.369, e um residual de R$ 59.605 a ser pago no fim desses dois anos, ou usado para renovar o plano com um novo Chevrolet. E não esqueça da infra-estrutura de carregamento em casa: você vai precisar dela.
O Bolt SUV EUV é o mesmo carro que o Hatch, com 45 kg a mais. Tem 204 cv e 35,7 mkgf, uma bateria de 65 kWh, e autonomia de 402 km no ciclo EPA.
Além deste carro, na verdade ainda um plano-piloto, a GM anunciou oficialmente que o Chevrolet Blazer e Equinox elétricos estão com o lançamento confirmado para o Brasil em 2024. O primeiro a chegar será o Chevrolet Blazer EV, que está em sua fase final de certificação e homologações: um SUV que promete nada menos que 565 cv, 0-96 km/h em 4 segundos, e mais de 500 km de autonomia. Este é um novo carro na plataforma Ultium, e não deve ser imediatamente descontinuado como o Bolt.
O segundo será o Equinox EV, que nos EUA é vendido em duas opções: 4×2 (dianteiro) com 213 cv e 33,4 mkgf, e 4×4 com 294 cv e 47,8 mkgf. Ainda não se sabe qual das versões virá ao Brasil, ou se as duas.
Todos esses lançamentos são parte da nova fase do plano estratégico de transição energética da GM, que receberá investimentos de US$ 35 bilhões para o desenvolvimento de 30 novos veículos elétricos globalmente. Boa sorte para eles, e, principalmente, para nós. (MAO)
Este é o novo Porsche 718 Spyder RS
A Porsche mostrou o seu novo Porsche 718 Spyder RS. É um lançamento mais que esperado, efetivamente um Cayman GT4 RS conversível. Esperado e previsível pode ser, mas de qualquer forma promete ser um automóvel ainda mais sensacional que o já sensacional Cayman.
Este novo 718 Spyder RS começa bem reduzindo o peso: são 1.410 kg, ou 40 kg a menos que o 718 Spyder não-RS. O teto sozinho é 7,6 kg mais leve que o 718 Spyder, e 16,5 kg mais leve que o 718 Boxster. Uma redução de 40 kg é algo admirável, mas ainda é um carro pesado: lembre que um Alpine A110 pesa ao redor de 1100 kg.
E mais: o teto mais leve é também bem mais precário, acentuando o espírito de “brinquedo” usado exclusivamente em dias de sol, do novo RS. Então por que não ir adiante e deletar mais coisas, como ar-condicionado, janelas laterais e assim por diante? Bom, eu mesmo sei a resposta: ainda assim seria mais pesado que um A110 cupê, e os compradores de Porsche, bem… vão gostar dele assim, se é que me entendem.
A Porsche diz também que o Spyder RS tem ajuste diferente para as molas e amortecedores em relação ao Cayman equivalente; é menos duro, para algum conforto a mais, de novo uma dica do que esperar dele. Atrás dos dois ocupantes, porém, o powertrain é o mesmo: um magnífico seis cilindros contraposto aspirado de 4.0 litros que berra gloriosamente até 9000 rpm, e dá 500 cv e 45,8 mkgf. O transeixo é um PDK de sete marchas, controlado por borboletas atrás do volante. Isso, o A110 não tem.
O Spyder RS um carro esporte extremamente forte, se você ainda não percebeu: 0-100 km/h em 3,4 segundos e 0-200 km/h em 10,9 segundos. Continue acelerando em uma longa e plana reta, e a Porsche promete que você chegará até 308 km/h. Barrabás.
O Porsche 718 Spyder RS já está disponível para encomenda na Alemanha, onde custa € 151.215 (R$ 825.634). A estreia pública do carro acontecerá no Goodwood Festival of Speed em julho, quando as entregas estão planejadas para começar. (MAO)
Conheça o novo Alpine A290_β
Conforme prometido, a Alpine mostrou o carro que será sua segunda oferta, e o primeiro carro com logotipo Alpine que não é um carro esporte: o A290. Aqui, ainda um conceito com o sufixo ß.
Supostamente é uma continuação do Renault 5 Alpine de 1976; uma versão mais quente do então R5 original. A Renault sempre foi esquizofrênica a respeito dos logotipos de seus carros pequenos mais esportivos: no mesmo período de tempo em que tivemos apenas um nome para os Golf esportivos (VW Golf GTI), tivemos Renault pequenos esportivos com vários nomes e marcas (R5, Clio, e Sandero, este último como Dacia e como Renault), e chamados de Gordini, Alpine, Williams, R.S., e parece que agora Alpine de novo, mas Alpine marca agora, não sufixo. Confuso? Bem-vindo ao time!
Mas divago; ao A290_β então: é uma prévia oficial do modelo de produção que chega em 2024. Baseado no novo R5 elétrico da Renault, o carro será fabricado nas instalações em Douai, usando a plataforma CMF-B EV.
É um carro pequeno aos 4,050 mm de comprimento e “bitola larga e entre-eixos curto”, mas ainda assim arruma lugar para rodas de 20 polegadas. Tudo esperado, mas a novidade deste conceito é um interior de três lugares no estilo McLaren F1 com o motorista sentado no centro, um pouco à frente dos dois passageiros protegidos por seus assentos de fibra de carbono. O interior é minimalista tem um volante original, inspirado em competições.
Nada foi dito sobre potência, mas o A290_β terá vetorização de torque e suspensão traseira multilink, este último detalhe igual ao R5 elétrico do qual deriva. Freios do A110 e pneus Michelin especiais para ele farão parte do pacote. (MAO)
Bentley lança edição limitada para os últimos W12
Conforme apontado pelo autor americano Jack Baruth, as notícias do ano de 2023 parecem cada vez mais próximas do ano de 1973. Se você viveu aquele tempo, ou já leu a respeito, vai entender o que ele diz. Os paralelos são inacreditáveis.
Em ambas as épocas, todo dinheiro de desenvolvimento é gasto em tecnologias malucas com pouca chance de dar vantagens reais aos usuários de automóveis, mas com a mídia dizendo que são as melhores coisas que já aconteceram com a humanidade desde o cubo de queijo à milanesa. Quem tem dinheiro ainda pode conseguir carros sensacionais, mas espera-se que pessoas de classe média dirijam, bem, coisas sofríveis. Os fabricantes antigos desesperados e incapazes de enfrentar os novos desafios colocados pela Honda (1973) ou Tesla (2023). Preços de carros aumentando fora de controle.
E, finalmente, chegando ao ponto desta nota aqui, um monte de “últimos X de todos os tempos”. Nos anos 1970 vimos os últimos V8 e os últimos conversíveis; hoje em dia não se passa um dia sem aparecer outro último de qualquer coisa.
Hoje é a vez do último W12 Bentley. O motor VR6 da VW duplicado, usado nestes carros alemães em cosplay inglês, já teve sua ordem de assassinato assinada à algum tempo. Por que voltamos à ele então? Ora, é o momento de se lançar uma edição de despedida.
O W12 vai acabar em abril de 2024, quando a empresa terá produzido mais de 100.000 unidades. Isso torna o W12 o motor de 12 cilindros mais bem-sucedido da era moderna, diz a Bentley.
A edição especial se chama Speed Edition 12, e é disponível em todas as quatro principais linhas de produtos da empresa: Bentayga, Flying Spur, Continental GT e GTC conversível. O acabamento comemorativo é limitado a 120 unidades para cada estilo de carroceria e traz detalhes de estilo exclusivos, emblemas e a indefectível placa que informa todo mundo qual dos 120 carros “únicos” é o seu. Existem então 480 placas que informam o carro ser parte de um seleto grupo de 120, mas quem está contando aqui?
Todos são da variante Speed do Bentley correspondente, o que significa que todos tem um W12 biturbo de 6,0 litros com 659 cv e 91,8 mkgf de 1.500 a 5.000 rpm. Mas como os compradores da Speed Edition 12 não terão muita chance de olhar para o magnífico motor de seus carros, escondido que está debaixo de plástico e fios, a Bentley está dando um modelo em escala de 15% do motor W12 junto com o Bentley, para ficar na sua mesa no escritório. Os modelos são fundidos com alumínio retirado de um dos blocos W12 de tamanho normal.
Não foi divulgado preço, mas os Bentley Speed começam em US$ 260.000 (R$ 1.292.200) nos EUA. A chance de ter o último deles, nem que sejam 480 últimos, deve valer mais que isso, não? (MAO)