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Car Culture

Os cinco Porsche mais raros do planeta – segundo a própria Porsche

Uma das coisas mais legais sobre a Porsche é como o pessoal lá de Stuttgart faz questão de preservar e valorizar o seu legado, seja das pistas ou das ruas. Exemplo disto é o canal da fabricante no Youtube, que sempre traz vídeos que mostram em detalhes os clássicos da marca – e, às vezes, até revelam alguns segredos, como um 911 clássico de entre-eixos longo ou uma prévia da década de 1990 do que viria a ser o Panamera.

As maiores preciosidades da história da Porsche ficam em um depósito “secreto” – um galpão localizado a uns dez minutos de caminhada do museu da fabricante em Stuttgart, sem nenhum tipo de indicação na fachada. Poucas pessoas têm permissão para entrar lá dentro. E é de lá que a própria Porsche responde: quais são os cinco modelos mais raros da marca?

Ao assistir o vídeo que a Porsche fez para mostrar quais são estes cinco carros, fica difícil não lembrar de um game do fim dos anos 1990 – letras grandes e coloridas na tela e uma cara bem entusiasmado narrando tudo, enquanto os carros são filmados em detalhes, todos limpos e impecáveis em um cenário bem iluminado e cheio de outros carros.

É quase como uma versão live action de Need for Speed: Porsche Unleashed (vídeo acima), o quinto título da franquia, lançado em 2000, que só trazia carros da Porsche e presenteava os jogadores com dezenas de informações sobre os carros.

E então, quais são as cinco raridades da casa do nine-eleven? Acelere conosco – e na sequência, confira o vídeo oficial da Porsche!

 

Porsche 911 Turbo S Leichtbau

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Nós falamos deste aqui recentemente. Lançado no fim de 1992, o 911 Turbo S Leichtbau foi o canto do cisne da geração 964. Com base no 911 Turbo, ele tinha 381 cv, 61 cv a mais. Com câmbio manual de cinco marchas, era o suficiente para chegar aos 100 km/h em 4,7 segundos!

Leichtbau significa “leve” e por isso, em nome da redução de peso, o carro perdeu quase todo o isolamento acústico e não tinha recursos como vidros e travas elétricos, bancos com regulagem de altura e ar-condicionado. Também não havia banco traseiro, e a carroceria trazia painéis de fibra de carbono e fibra de vidro. As janelas também eram mais finas. Tudo isso original de fábrica.

O resultado foi um carro de 1.290 kg  180 kg a menos que o 911 Turbo comum. Foram feitos apenas 86 exemplares, e um deles esteve à venda não faz muito tempo.

 

Porsche 924 Carrera GTS

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O Porsche 924 Carrera GTS é uma versão apimentada, lançada em 1981, do primeiro carro com motor arrefecido a água e na dianteira da marca. O 924 foi desenvolvido em parceria com a Volkswagen, mas a gigante alemã deixou o projeto pois havia acabado de lançar o fastback Scirocco com base no Golf Mk1, e julgava desnecessário ter dois esportivos em sua linha.

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Isto não abalou a Porsche, que apostou no 924 e até o transformou em um especial de homologação para corridas de turismo. O 924 Carrera GTS tinha como base o 924 Turbo, e o quatro-cilindros de dois litros ia de 172 cv para 245 cv. Isto na versão de rua, porque no carro de corrida a potência beirava os 300 cv!

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O 924 Carrera GTS não tinha banco traseiro, mas tinha uma gaiola de proteção completa. Não tinha rádio, mas tinha bancos de competição. Não era vendido em outras cores, apenas em vermelho, mas e daí? Cinquenta unidades foram feitas, o que faz do Carrera GTS um dos Porsche mais raros de todos (pois o Carrera GTR é ainda mais raro, com 17 unidades, mas não está no vídeo).

 

Porsche 911 GT1

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Para muita gente, este é o ultimate 911, ainda que de 911 ele só tenha o para-brisa e parte da estrutura dianteira. Todo o resto era feito para as pistas, e esta era a beleza da categoria GT1, que foi a principal das 24 Horas de Le Mans na virada da década de 2000.

O regulamento da prova considerava que qualquer carro que tivesse mais de 25 unidades produzidas era “produzido em série”, o que viabilizava estes híbridos de protótipo com carro de turismo. No total, 21 exemplares do 911 GT1 Strassenversion, modelo de homologação, foram feitas em 1996, mas mesmo assim o carro foi aprovado para correr.

O barato do 911 GT1 é ter o que é, na prática, um Porsche 962 (sim, a lenda dos anos 1980) com componentes de suspensão mais modernos, um flat-six biturbo de 3,2 litros e 550 cv e visual de superesportivo. E também o fato de ele ter sido o último Porsche a vencer as 24 Horas de Le Mans até 2015, quando os alemães voltaram a Le Mans para ficar.

 

Porsche 911 SC/RS

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O Porsche 911 já competiu no Grupo B de rali  se você não sabia, agora sabe. Nesta reportagem aqui contamos a história completa, mas aqui segue o resumo da ópera. Em 1984, a fabricante construiu 20 exemplares do 911 SC/RS pra fins de homologação, e seis delas foram enviadas para a Prodrive, no Reino Unido, para serem transformados em carros de rali. A Prodrive, anos mais tarde, passaria a cuidar da equipe de rali da Subaru. Parece que eles curtem um bom boxer…

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Fotos: Total911

Com as cores da equipe Rothmans Porsche, o 911 SC/RS disputou o WRC de 1984 a 1986, e seu melhor resultado foi um terceiro lugar no Tour de Corse, na França. Pode não ter sido um desempenho brilhante, mas o SC/RS era um carro e tanto de todo jeito.

O motor era um flat-six naturalmente aspirado de três litros que, na versão de rua, chegava aos 290 cv, o bastante para chegar aos 100 km/h em 4,9 segundos. O interior tinha os bancos de competição do Porsche 935, que também cedia alguns componentes de suspensão. Os vidros mais finos e o para-choque de Kevlar tornavam o carro mais leve, com apenas 980 kg. Apenas 20 exemplares forma fabricados.

 

Porsche 356 America Roadster

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De acordo com a própria Porsche, este é seu carro de rua mais raro. O 356 America Roadster foi proposto à Porsche por Max Hoffman – o mesmo cara que sugeriu o 300SL Gullwing à Mercedes-Benz – para conquistar o mercado norte-americano de esportivos. A ideia era oferecer um carro leve e ágil, mas ao mesmo tempo atraente e robusto, para uso nas ruas e eventuais eventos de pista no fim de semana.

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A ideia era produzir 20 exemplares do carro, mas apenas 16 foram feitas. Originalmente sem maçanetas externas, menos acabamentos cromados e um para-brisa bipartido removível, que transformava o 365 America Roadster em uma espécie de barchetta. Ele tinha um flat-four de 1,5 litro e só 70 cv, mas aqueles eram outros tempos – e nunca é demais lembrar que ele pesava algo próximo a 600 kg…

A grande maioria dos carros foi preparada para competições, e alguns foram caracterizados como exemplares mais civis para uso nas ruas. E seu visual serviu de inspiração para que a Porsche criasse o 356 Speedster, que era semelhante ao America Roadster mas tinha carroceria de aço em vez de alumínio, e para-brisa fixo.