Passou a semana afundado em trabalho e livros? Se perdeu nas discussões sobre política e economia? Estava procurando uma forma de dolarizar seu patrimônio e não teve tempo para a melhor coisa que o dinheiro pode comprar (os carros, claro)?
Bem, posso começar dizendo que foi uma semana intensa. Foram três lançamentos globais, outros três nacionais e dois futuros lançamentos feitos na medida para entusiastas modernos. Veja a seguir mais detalhes sobre eles em nosso resumo desta semana!
O lançamento do Bugatti Divo
Foi na tarde de sexta-feira, quando todos já estavam encarando o relógio e preparando a happy-hour, que a Bugatti apresentou seu novo hipercarro ao mundo. Conforme as primeiras notícias sobre o modelo, ele tem um visual distinto do Chiron e foi desenvolvido com foco nas pistas.
O motor é o mesmo W16 de oito litros, quatro turbos e 1.500 cv do Chiron, porém é mais leve e teve aerodinâmica e suspensão projetados para melhor desempenho em pista. Esta, aliás, é a primeira vez que a Bugatti fala em desempenho em pista desde que foi comprada pela Volkswagen.
Para conhecer em detalhes, dê uma lida no post de lançamento do carro, escrito pelo Dalmo nessa sexta.
O lançamento do Aventador SVJ
Quem também deu as caras na sexta-feira — nas primeiras horas da sexta-feira — foi o Lamborghini Aventador SVJ. Como o Bugatti Divo, o SVJ também é voltado para as pistas, também será produzido de forma limitada, e também ganhou um projeto aerodinâmico extremo. Mas ao contrário do Divo, o SVJ ganhou upgrades mecânicos para elevar a potência para 770 cv, diferenciando-se do modelo base também nesse aspecto.
O destaque fica por conta do sistema de aerodinâmica ativa da Lamborghini, batizado ALA, com aletas e dutos que controlam a passagem do ar de acordo com a demanda por downforce e/ou baixo arrasto.
Para conhecer o carro em detalhes, dê uma lida no post de lançamento do carro, escrito pelo Leo.
O lançamento da nova geração do BMW Z4
Enquanto a Toyota enrola, a BMW deu uma lição de pragmatismo e revelou a nova geração do Z4 sem rodeios. O carro foi apresentado em Pebble Beach na quinta-feira, antes dos dois supercarros aí de cima, e dividiu as opiniões dos entusiastas.
Apresentado na versão M4oi, equipada com um 3.0 turbo de 340 cv, o novo Z4 voltou a usar capota de tecido para reduzir o peso e o centro de gravidade do roadster. Parece pouco nestes tempos em que 500 cv são um lugar-comum, mas mesmo sem ser um verdadeiro M-car, o Z4 tem desempenho semelhante ao do Porsche 718 Boxster GTS, que tem 20 cv a mais extraídos de seu flat-4 de 2,5 litros.
Veja os detalhes do Z4 neste post.
A apresentação do Porsche Project Gold
A outra novidade de Pebble Beach foi o Project Gold da Porsche. O modelo ficou um pouco aquém de nossas expectativas, visto que esperávamos algo na onda dos 911 clássicos modernizados como os Singer, mas isso não o torna menos impressionante.
Trata-se de um 993 Turbo produzido com as técnicas modernas de construção da Porsche — do tratamento das chapas à formulação da pintura e montagem do carro em si. Mais ou menos como seria um 993 se fosse construído até hoje pela marca.
Pensando bem… a Porsche não poderia fazer um “993 melhorado” sem depor contra a própria história. Para ver mais sobre o processo de construção, leia este post.
Nova geração do Hyundai HB20 flagrada em testes
Depois do registro do Veloster no Brasil e da divulgação dos dados de consumo do Kia Rio pelo Inmetro, quem deu as caras agora é o modelo do grupo feito exclusivamente para o nosso mercado, o HB20, que irá ganhar uma nova geração em 2019.
As fotos foram feitas em Namyang, onde fica o centro de desenvolvimento da Hyundai (e que inspirou o nome N da divisão esportiva da marca) e, apesar de inicialmente ser confundido com a versão alongada do Hyundai i10, desenvolvida para a Índia, os colegas Daniel Messeder do Motor1.com e Glauco Lucena do Autobuzz apuraram que trata-se realmente da nova geração do hatchback compacto.
Ainda segundo as apurações da dupla, como a atual geração, o novo HB20 será baseado na plataforma do i20 vendido globalmente, mas terá uma carroceria exclusiva para o mercado brasileiro — algo que se justifica devido ao grande volume de vendas do modelo por aqui. Atualmente o HB20 é o vice-líder de vendas em 2018, com quase 60.000 unidades vendidas. Para manter sua posição, a nova geração do HB20 está prevista para 2019 e ficará sutilmente maior e deverá ter o visual inspirado pela nova geração do Elantra.
A desclassificação do Trio de Alonso nas 6 Horas de Silverstone
No final de semana passado o Mundial de Endurance foi ao circuito de Silverstone para a terceira etapa desta “supertemporada” de 2018/2019 e viu a favoritíssima Toyota faturar a dobradinha mais uma vez com Fernando Alonso, Sebastien Buemi e Kazuki Nakajima na primeira posição, seguidos por Mike Conway, Kamui Kobayashi e Jose Maria Lopez na segunda posição.
Seria mais um passo dado na briga pelo título da temporada, se não fosse um detalhe: na vistoria técnica após a corrida os dois carros apresentaram uma flexão irregular no fundo do carro que resultou na desclassificação dos dois carros! Com isso, a vitória foi “herdada” pelo trio Gustavo Menezes, Thoma Laurent e Mathias Beche, da TVR Rebellion, com Neel Jani e André Lotterer no outro carro da equipe ficando com o segundo lugar.
O roubo de um dos Mercedes 300SL mais raros de todos os tempos
Um dos Mercedes 300SL “Gullwing” mais raros já feitos foi levado do Dorint Hotel entre 1:30 e 10:00 do último dia 11 de agosto. Segundo o proprietário, o britânico Thomas Rosier, o carro estava estacionado em frente ao hotel pois a garagem estava cheia.
O modelo em questão era o chassi 198040 5500434, um dos 30 exemplares do 300SL que combinam a carroceria de aço à versão de competição do motor seis-em-linha de 3 litros. Como se não bastasse, ele ainda era diferente dos outros 29 exemplares de sua espécie por ter bolhas no teto/portas para aumentar o espaço para a cabeça. O carro estava na Alemanha para participar do Oldtimer Grand Prix no circuito de Nürburgring.
Sabendo que esse tipo de carro não será oferecido no mercado de clássicos, o proprietário teme que ele seja desmontado para ter seus componentes vendidos separadamente, e ofereceu uma recompensa de 250.000 euros pelo carro. Como você deve saber, um 300SL gullwing original atualmente não troca de mãos por menos de US$ 1 milhão. Com as características de raridade como fator de valorização, é provável que este exemplar valha cerca de US$ 2 milhões. Tomara que seja encontrado.
Aston Martin irá recriar 28 DB5 de James Bond
A Aston Martin anunciou que irá fabricaro 28 exemplares do DB5 de James Bond — com a pintura prata, e todos os gadgets do espião. Os modelos serão fabricados no esquema de “continuation”, ou seja, serão modelos que usarão os VIN originalmente reservados para a produção do DB5 nos anos 1960. Sendo uma série completamente artesanal, eles obviamente serão um tipo de brinquedo para bilionários: a Aston irá cobrar 2,75 milhões de libras esterlinas (R$ 13,7 milhões) por cada unidade.
Red Bull anuncia Pierre Gasly para o lugar de Daniel Ricciardo
Depois da transferência de Daniel Ricciardo para a Renault, da saída de Alonso da categoria e do anúncio de Carlos Sainz Jr. na McLaren, a Red Bull anunciou que Pierre Gasly ocupará o lugar de Ricciardo na equipe.
Gasly foi o campeão da GP2 em 2016 e foi anunciado na Toro Rosso em 2017 ao lado de Brandon Hartley. Com desempenho superior ao do colega neozelandês nesta temporada — com direito a um quarto lugar no Bahrein — Gasly acabou “promovido” à equipe principal da marca energética, onde será colega de Max Verstappen.
Toyota Hilux ganha novo visual
Com aumentos variando entre R$ 1.380 e R$ 7.802, a Hilux agora parte de R$ 112.000 e pode chegar aos R$ 197.000 na versão de topo. As mudanças se limitam à dianteira, que ganhou uma nova grade e um para-choques mais robusto, e às lanternas traseiras com um novo arranjo interno. Mecanicamente a picape continua com o mesmo motor 2.7 flex de 163 cv com câmbio manual de cinco marchas ou automático de seis marchas, e com o turbodiesel 2.8 de 177 cv com câmbio manual de seis marchas ou automático também de seis velocidades.
O reajuste do preço não se refere apenas ao novo visual, mas também aos novos pacotes de equipamentos em todas as versões. Nos modelos de entrada, STD Narrow, Cabine Simples e chassi, voltadas a frotas e uso profissional, a lista de itens de série agora inclui DRL, faróis com temporizador e revestimento sintético dos bancos. A versão STD, também ganha travamento automático das portas, retrovisores elétricos, volante multifuncional e rádio com Bluetooth e USB.
A versão SRV foi a mais beneficiada e agora tem estepe de liga leve, sete airbags, sistema de chave presencial, assistente de descidas, vidros elétricos com subida e descida por um toque, DRL e retrovisor interno eletrocrômico. No topo da linha está a SRX, agora com o logotipo comemorativo dos 50 anos da Hilux, bancos de couro perfurado, capota da caçamba, quadro de instrumentos com tela digital, e revestimento preto do teto e colunas.
Volvo XC60 ganha versão diesel no Brasil
A Volvo iniciou a pré-venda do XC60 diesel, que chega às lojas a partir do mês que vem. Os preços partem de R$ 275.950 e todas as versões serão equipadas com o motor D5 turbo de dois litros, 235 cv e 48,9 kgfm a 1.750 rpm.
O modelo será oferecido nas versões Momentum e Inscription, já oferecidas por aqui com o motor 2.0 turbo a gasolina. Com o propulsor a diesel elas também terão o mesmo câmbio automático de oito marchas e tração nas quatro rodas. Na versão de entrada, a Momentum, o XC60 vem com cruise control adaptativo e o sistema Pilot Assist de condução semi-autônoma. Na versão de topo, a Inscription, os bancos têm couro perfurado, ajuste elétrico dos apoios laterais e do apoio para as pernas, além de ajuste de memória para o banco do passageiro.
Mercedes lança GLC e GLC Coupé AMG 63 no Brasil
A Mercedes também anunciou duas novidades nesta semana: a dupla GLC 63 AMG e GLC 63 Coupé AMG. Os modelos são equipados com o onipresente V8 biturbo de quatro litros da marca, aqui em uma configuração de 476 cv e 66,3 kgfm no caso do GLC 63, e 510 cv e 71,4 kgfm no caso do GLC 63 S Coupé. Ambos têm câmbio automático de nove marchas e o sistema de tração integral 4Matic+.
O GLC 63 sai por R$ 513.000, enquanto o GLC 63 S Coupé acrescenta mais R$ 76.000 ao preço, chegando aos R$ 588.000. Ambos usam suspensão com molas pneumáticas e amortecedores adaptativos, mas somente o 63 S Coupé ganha diferencial traseiro de deslizamento limitado de série, e o modo Race, que envia 100% da força para o eixo traseiro.
A aceleração de zero a 100 km/h é cumprida em 4 segundos pelo GLC 63, e 3,8 segundos pelo GLC 63 S Coupé, mas a velocidade máxima de ambos são os mesmos 250 km/h.
Audi apresenta supercarro elétrico de 675 cv e direção central
O cupê elétrico futurista foi revelado no Concours d’Elegance Pebble Beach nesta quinta-feira (23), e foi criado em parceria entre o recém-criado Audi Design Loft, em Malibu, e a Audi Sport. Além de antecipar o estilo dos próximos esportivos da Audi, o PB18 também antecipa os planos da marca de adotar as baterias de estado sólido, que poderão reduzir significativamente o peso das baterias em um futuro próximo. O modelo, claro, abusa de materiais compósitos e metais leves, que também são a tendência para a próxima década, de forma que mesmo com as baterias necessárias para o desempenho de supercarro, seu peso é inferior a 1.550 kg.
No quesito estético o PB12 e-tron bebeu da fonte do Audi Aicon, revelado no final do ano passado em Frankfurt, adotando uma cabine ainda mais avançada e uma linha de teto estendida até a traseira do carro, remetendo a uma shooting brake. A grade hexagonal dos modelos mais recentes ganhou um retoque mais moderno e, no conceito elétrico, tem uma função meramente estética-aerodinâmica. Os para-lamas do carro são salientes e a lateral tem uma tomada de ar predominante, remetendo à “side blade” do R8. As rodas de 22 polegadas têm raios assimétricos que remetem a turbinas e provavelmente serão aproveitadas em algum modelo de produção. A traseira do carro é igualmente ousada, com uma janela pronunciada, um spoiler ajustável, lanterna integral e um difusor elevado ajustável.
Surpreendentemente o PB18 dispensa todas as tecnologias de direção autônoma empregadas nos conceitos mais recentes da Audi. É um recado da marca aos puristas, dizendo que eles ainda estarão no comando de seus esportivos futuros. Por falar em comando, direção, acelerador e freios são todos “by wire”. Isso permitiu um recurso bem interessante que poderia muito bem ser adotado nos futuros esportivos. Sem conexão mecânica/hidráulica entre os comandos e os sistemas atuadores, é possível configurar o interior do carro com a direção e pedais na esquerda, ou deslocá-los para o centro, como em um monoposto.
Comparado com o atual R8, o PB18 é 10 cm mais longo, 6 cm mais largo, 9 cm mais baixo, e tem entre-eixos 5 cm mais longo. Além disso, a Audi adotou a traseira tipo shooting brake para salientar a versatilidade dos carros elétricos em termos de aproveitamento de espaço. Segundo a fabricante, com essa traseira o PB18 tem um porta-malas de 470 litros.
Quanto aos motores, o PB18 usa três — um no eixo dianteiro, com 150 kW (204 cv), e dois de 225 kW no eixo traseiro. No total os motores produzem, juntos, 675 cv (a potência não é igual à soma dos três motores devido às diferenças nas curvas de torque/potência) e 84,5 kgfm, e são alimentados por uma bateria de 95 kWh que fornece uma autonomia de 500 km e pode ser recarregada em 15 minutos com um sistema de 800 volts. Com esse conjunto, o PB18 e-tron é capaz de acelerar de zero a 100 km/h em “pouco mais de 2 segundos”, segundo a Audi. A velocidade máxima não foi divulgada; a Audi se limitou a dizer que ele pode passar dos 300 km/h.
Jaguar anuncia produção do E-Type elétrico
Lembra do E-Type elétrico usado pelo príncipe Harry do Reino Unido em seu casamento? Falamos dele aqui. O modelo era um “one-off” feito por sua divisão de clássicos, a Jaguar Land Rover Classic. Era apenas um conceito para exibir a tecnologia elétrica de uma forma mais sedutora e mais atraente para os puristas. Funcionou tão bem que a Jaguar acaba de anunciar que irá produzir E-Types elétricos e também oferecerá conversões reversíveis do clássico para quem já tem um E-Type e deseja transformá-lo em um veículo elétrico.
A medida é uma grande sacada da marca para aumentar sua lucratividade nesses tempos de vilanização do automóvel. O visual clássico tem o apelo estético, enquanto a propulsão elétrica chama os clientes interessados em novas tecnologias ou com motivações ambientalistas — além de ser um brinquedo bem interessante para gente rica.
O modelo terá a mesma especificação do conceito E-Type Zero, com um motor elétrico de 225 kW (300 cv) alimentado por uma bateria de 40 kWh. Com o propulsor o E-Type chocante vai de zero a 100 km/h em 5,5 segundos e chega aos 240 km, podendo rodar até 275 km.
A marca diz que a distribuição de peso permaneceu a mesma do E-Type original, bem como a suspensão e o comportamento dinâmico. O preço não foi mencionado, mas você já sabe: se precisa perguntar…
As novidades do FlatOut no YouTube
Nesta semana tivemos duas novidades em nosso canal no YouTube (clique aqui para visitar). A primeira é mais um episódio do nosso FlatOut Midnight, nesta semana com um belíssimo exemplar preparado e customizado do Golf Mk1 — também conhecido como Rabbit…
… e a avaliação do Porsche 911 Carrera GTS reestilizado (991.2), agora com o motor 3.0 turbo de 450 cv:
Os especiais do site
Nesta semana contamos a história da única Ferrari que venceu as 24 Horas de Le Mans duas vezes — e possivelmente o único chassi a conseguir o feito. Leia aqui.
Também explicamos por que o Rodoanel não tem postos de combustível — e o que é necessário para que ele tenha. Leia aqui.
Viajamos no tempo pelas propagandas icônicas da Volkswagen dos anos 1950 e 1960 nos EUA, onde a agência Doyle Dane Bernbach (ou DDB) revolucionou a forma de anunciar carros (e produtos) com uma campanha que inspira a imagem da Volkswagen até hoje. Leia aqui.
E na volta passamos no início dos anos 1990, onde o Leo relembrou a origem de sua admiração pelos aviões passando as férias de verão na área de serviço de um aeroporto à beira-mar. Leia aqui.
Depois vimos como foi o primeiro teste de Ayrton Senna na F1, pela Williams, em 1983, no mesmo Donington Park onde, dez anos mais tarde, Senna daria um show sob a chuva britânica. Leia aqui.
Em tempos de Logan Stepway lembramos a história do primeiro crossover compacto, o AMC Eagle, sua suspensão elevada e tração 4×4. Leia aqui.
Depois de conhecer o Mustang mais raro da história, alguém descobriu um outro exemplar igualmente raro — infelizmente em péssimo estado. Mas ao menos ele existe e pode ser devolvido à sua glória inicial. Leia aqui.
E por último, conhecemos as versões especiais mais raras do Corcel — em suas duas “gerações”. Leia aqui.
Loja do FlatOut
Neste mês temos um lançamento especial para os fãs do Civic e JDM — a Camiseta Honda Civic Generations…
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