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Os blocos e motores favoritos dos nossos leitores

O carnaval já passou, e parece que 2014 finalmente começou. Que tal dar uma acelerada e escolher os melhores blocos (e motores) sugeridos por nossos leitores no feriado?

Para montar esta lista, separamos as sugestões de blocos e motores mais votadas por vocês! Quer saber quais foram? Continue com a gente:

Ford Ecoboost 1.0

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Estamos na era do downsizing, e nada representa melhor esta tendência do que os motores de três cilindros, turbinados e com e menos de um litro de deslocamento. Um dos primeiros a se apresentar foi o Ford Ecoboost 1.0, com seu pequeno bloco do tamanho de uma folha de papel A4. Mesmo com bloco de aço fundido (para aquecer mais rápido), o motor completo pesa apenas 97 kg e, com 125 cv , é usado na Europa para mover desde o compacto Ford Fiesta até o Ford Mondeo (nome do Fusion no Velho Mundo).

Mazda Wankel

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Normalmente um bloco é a parte do motor que abriga o virabrequim, os cilindros, pistões e, nos motores mais antigos, até o comando. Com o motor rotativo criado por Felix Wankel, porém, nada disso vale. Tecnicamente, o motor Wankel nem mesmo tem um bloco, muito menos pistões, bielas ou cabeçote. O Wankel dispõe de um eixo rotativo que move rotores em forma de triângulo dentro de uma câmara onde ocorre a combustão. As vantagens do Wankel são a simplicidade (por ter menos partes móveis), a suavidade (pois eliminam as vibrações dos pistões reciprocantes) e o tamanho compacto e o alto regime de rotações, que garante uma boa relação potência-peso. A desvantagem é que eles consomem mais combustível — a principal razão para que a Mazda parasse de fabricá-los. O que é uma pena, pois dificilmente ouviremos este ronco de novo:

Volkswagen W8 / W12 / W16

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O Volkswagen VR6 é um motor cujo bloco abriga seis cilindros em duas bancadas com apenas 15° de separação entre os cilindros. É bem interessante, pois o resultado é um motor bem mais curto do que um V6 convencional, porém não muito mais largo do que um quatro-cilindros. Contudo, o VR6 fica ainda mais interessante quando serve de base para a criação dos motores em W da Volkswagen. Unindo os blocos de dois VR6, a Volkswagen criou seu motor W12, que equipou dentro do grupo VW o Audi A8, o Bentley Continental e o conceito W12 Nardò.

Retirando dois cilindros de cada VR6, a Volkswagen criou o W8, que já equipou o Volkswagen Passat:

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E juntando dois motores W8 nasceu o W16 usado no Bugatti Veyron, que até recentemente era o carro mais rápido do mundo:

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Volkswagen Boxer

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Existem características comuns a todo motor boxer — com cilindros horizontais opostos: centro de gravidade mais baixo (bom para a estabilidade), menores vibrações (devido aos movimentos sincronizados dos pistões) e, claro, o ronco borbulhante dos Subaru, Porsche e Volkswagen movidos a ar. Escolhemos os VW a ar para representá-los por que além do que já dissemos, eles são mais simples e são altamente customizáveis — aceitam muito bem aumento de cilindrada, carburadores de alto rendimento e, mesmo no Brasil, possuem um amplo mercado de peças aftermarket.

E poucos roncos são tão bonitos quanto o de um VW a ar com escapamento dimensionado.

BMW S54

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O motor S54 do BMW M3 E46 é especial pois foi o último seis-em-linha aspirado a equipar um M3. Depois dele tivemos um V8 no M3 E92 e, embora este fosse um carro incrível, a marca dos BMW sempre foram seus suaves motores de seis cilindros. Com 3.246 cm³ de deslocamento, bloco de ferro fundido, duplo comando variável VANOS modificado para render mais em altas rotações e taxa de compressão de 11,5:1, o S54 rende 343 cv a 7.900 rpm e 37,2 mkgf de torque  a 4.900 rpm.

OS Speed R2101

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Agora, um motor que não está em nenhum carro de verdade, mas sim em carros de controle remoto: o Speed  21XZ-R, fabricado pela OS Engines, tem o cilindro maior do que o bloco, pesa apenas 340 g e entrega apenas 2,7 cv. Mas, se você quiser que seu carro de controle remoto tenha um motor que gire a 45.000 rpm, esta é a escolha certa.

MAN V12 Turbodiesel

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As especificações parecem as de um supercarro: um 12 cilindros em V, turbo, intercooler, injeção diretaa e 1.300 cv. Só que estamos falando de um motor a diesel, feito para mover embarcações de médio porte. São motores ultra-resistentes, com bloco de ferro fundido e que precisam aguentar 3.000 horas de trabalho por ano funcionando a, em média, 70% de sua capacidade. E o ronco deles é assustador:

V10 do (Dodge) SRT Viper

V10 Competition Crate Engine – Designed specifically for drag

America! Dez cilindros, cinco de cada lado, com 8,4 litros de deslocamento, 652 cv e 82,6 mkgf de torque. Sem indução forçada!

O primeiro protótipo do motor nasceu quando os engenheiros da Chrysler decidiram colocar dois cilindros a mais no bloco de um motor Magnum 5.9. O bloco foi fundido em alumínio pela Lamborghini, que na época era uma divisão da Chrysler. Depois da fase de desenvolvimento, nascia o motor do Viper de primeira geração, de 8 litros e 400 cv.

Nissan RB26DETT

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De 1989 a 2002 o Nissan Skyline GT-R usou um seis-em-linha mítico: o RB26DETT. A sigla significa que o motor da família RB tem 2,6 litros, comando duplo no cabeçote, injeção eletrônica e dois turbocompressores:

Cada turbocompressor é acionado por três cilindros, e Com bloco de ferro fundido, é um motor extremamente resistente e, apesar de entregar 280 cv em configuração de fábrica, é famoso por sua durabilidade — não é raro um RB26DETT atingir os 160 mil km em excelentes condições — e facilidade de preparação. É relativamente fácil atingir os 600 cv com modificações moderadas, e preparações extremas chegam a extrair 1.340 cv do seis-em-linha.

Bloco de Lego

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LEGO? Pois é. Um bloco de lego não é um bloco de motor propriamente dito mas, como nosso leitor Crazy Finnish comentou, “dá para fazer qualquer motor com blocos de Lego.” Alguns são até funcionais, com virabrequim e pistões que se movem e tudo:

Dá até para fazer um carro em tamanho real usando blocos de Lego e motores movidos a ar comprimido: