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Ford em queda de vendas na Europa
Há pouco mais de um ano, a Ford Europa encerrou a produção do Fiesta. O Mondeo? Não existe desde 2022. O Focus permanece, mas com morte anunciada. Não vão existir mais carros na linha da Ford, só SUV, crossovers e coisas do tipo. Uma decisão mercadológica que parecia certeira, num mercado que parece, como todos os outros, caminhar para a singularidade SUV.
Mas parece que não está dando certo. De acordo com números publicados pela Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), as vendas da Ford despencaram 16,9%. Os números excluem o Reino Unido, que não faz parte mais do mercado comum europeu, como sabemos.
Somando-se outros mercados da região geográfica, incluindo o Reino Unido (UE+EFTA+Reino Unido), ainda assim a queda é de 4,1% do mercado para apenas 3,3% até junho. Isso não é nenhuma surpresa. A descontinuação do Fiesta certamente prejudicou as vendas; era o Ford mais vendido. E o seu segmento, mesmo sem o Fiesta agora, cresceu 5,7%! A Ford decididamente pisou no tomate nessa.
Mas outro problema se aproxima. A Ford está prestes a descontinuar o Focus também. A decisão foi anunciada em meados de 2022. Alguns meses atrás, a empresa reiterou os planos de terminar a produção do carro em novembro de 2025 na fábrica de Saarlouis, na Alemanha.
Eliminar o Focus será uma repetição do Fiesta. O segmento onde se insere cresceu 11,5% no intervalo de janeiro a junho de 2024 na região UE+EFTA+Reino Unido. Nesse período, o Focus caiu 19,8%, mas a produção foi interrompida por um tempo devido a uma greve na fábrica; ainda assim é o quinto lugar em vendas, na frente de tradicionais rivais como o Opel/Vauxhall Astra. Vendas que vão provavelmente desaparecer completamente; parece difícil um comprador de Focus migrar para um SUV.
A queda nas vendas parece mostrar que, talvez, exista um limite na quantidade de SUV/Crossovers que podem ser vendidos. Os segmentos do Fiesta, Focus e Mondeo ainda geram vendas fortes na Europa, e a Ford agora está de fora de segmentos que ajudou a construir. A empresa está decidida a vender somente SUVs, fora um ou outro Mustang de vez em quando, mas parece que a estratégia não está dando certo. Pelo menos, nos ajuda a enxergar o mercado mais claramente. (MAO)
Singer fará versões Targa, Cabriolet e Slantnose de seu 911 Turbo
A mais conhecida das fábricas de restomod de 911, a Singer, começou fazendo carros da geração 964 (o 911 de 1989 até 1993) parecerem 911 dos anos 1960. Recentemente evoluiu para os anos 1970, com o seu “930”, a versão Singer do 911 Turbo original. Agora parece estar chegando aos anos 1980, com versões especiais do 930, tão comuns nas capas de revista dos anos 1980. A empresa revelou, antes da apresentação oficial em Peeble Beach esta semana, que está desenvolvendo versões Targa, Cabriolet e Slantnose Coupe.
As imagens de computador reveladas mostram a linha de quatro variantes do 930 Turbo. O lançamento desta família especial celebra o 50º aniversário do 911 Turbo original, segundo a Singer. Acredita-se que a empresa esteja construindo 70 exemplares do modelo Coupe; além disso diz agora que existirão mais 25 Slantnose Coupes, todos já encomendados. Não está claro quantos modelos Targa e Cabriolet estão em andamento.
Como é praxe na empresa, os carro são feitos a partir de 964 usados. O flat-six arrefecido a ar original é refeito para 3,8 litros e recebe um par de turbocompressores do modelo 992, aumentando a potência para impressionantes 510 cv. A empresa californiana havia dito inicialmente que tanto a tração traseira quanto a tração nas quatro rodas seriam uma opção, mas seu último comunicado à imprensa menciona apenas a tração traseira disponível. Todos os modelos terão uma transmissão manual de seis velocidades. Os pneus são Michelin Pilot Sport 4S.
“O 911 Turbo foi lançado há cinquenta anos”, disse o fundador da Singer, Rob Dickinson. “Desde então, ele tem sido um garoto-propaganda, herói da autobahn e vencedor de corridas, amado por motoristas e entusiastas ao redor do mundo. Estamos animados em colaborar com os proprietários para celebrar este ícone da estrada e da pista e desejar ao 911 turboalimentado um feliz aniversário.”
A empresa não divulga o preço de suas conversões, citando que ele varia muito, de acordo com os desejos de cada pessoa que encomenda um carro. Mas sabemos que o seu 911 Turbo não sai por menos de US$ 750.000, nos EUA. Ou aproximadamente cinco vezes o preço do melhor 911 Turbo original que você achar a venda naquele país. (MAO)
O Mercedes-Maybach SL estreia em Peeble Beach
As festividades em torno do Pebble Beach Concours d’Elegance são conhecidas coletivamente como Monterey Car Week; um conhecido local de encontro anual de gente endinheirada interessada em automóvel, e o povo que vem apenas para sentir o calorzinho gostoso que emana de tanto dinheiro assim. A semana começou este ano sexta passada (9 agosto), e acaba domingo que vem (18 agosto).
E é neste evento que a Maybach, a marca de luxo da Mercedes-Benz, fará oficialmente a estreia de sua primeira versão do Mercedes-Benz SL. Faz sentido: o roadster Mercedes há muito abandonou suas origens de competição para se tornar o conversível de luxo de dois lugares preferidos das madames mundo afora. Uma versão Maybach pode não fazer sentido historicamente, mas mercadologicamente é bem no alvo.
“Na Pebble Beach Automotive Week 2024, a Mercedes-Benz oferece uma experiência de marca diversificada, com a estreia mundial do novo Mercedes-Maybach SL entre vários destaques da marca”, diz o comunicado à imprensa.
A versão Maybach provavelmente vai usar o motor V-8 biturbo de 4,0 litros do AMG SL 63 topo de linha, que fornece 585 cv e 81,6 mkgf. Fotos dos protótipos do Maybach SL-Class mostram camuflagem colocada na grade frontal e na traseira do modelo, indicando que a Maybach está trabalhando em um visual específico da marca para o roadster de quatro lugares. O interior provavelmente é o que será mais alterado, em linha com a submarca.
O carro será mostrado no Concept Lawn do Pebble Beach Concours d’Elegance no domingo, 18 de agosto. Além do Maybach SL, a Mercedes também está revelando um Mercedes-Maybach S 680 Edition Nordic Glow na Monterey Car Week. O sedã executivo personalizado atenderá ao mercado dos EUA e será estritamente limitado a 50 unidades. (MAO)
O Cobra de Steve McQueen
A primeira coisa que você precisa saber aqui é que o famoso ator americano, entusiasta do automóvel e das motocicletas nas horas vagas, e King of Cool em tempo integral, Mister Terrence Stephen “Steve” McQueen (1930-1980), nunca comprou um Shelby Cobra.
Sim, é famosa a sua relação de amizade com Carrol Shelby. “Droga, esqueci do McQueen!”, diz de passagem Matt Damon na pele de Shelby, ao ser avisado que o carro que vendera tinha sido prometido ao ator, no filme Ford vs Ferrari. Uma prova de que a história de McQueen e Shelby juntos é de domínio público.
Há fotos de Shelby com McQueen e um Cobra em 1963; supostamente a entrega de seu carro particular. Mas este carro é o chassi CSX 2174, um carro da empresa de Shelby que foi usado para várias coisas; inclusive foi emprestado para McQueen por bastante tempo. Talvez parte de um acordo de divulgação entre os dois. Mas nunca foi dele.
Agora aparece à venda mais um “Cobra de Steve McQueen”. De novo não é exatamente um carro dele, mas sim outro Cobra que ele usou por algum tempo. Este é um modelo 1963, com chassi CSX2161, e foi usado regularmente por McQueen de 1965 até o final de 1967, embora ele nunca tenha sido realmente um proprietário registrado dele. De acordo com a casa de leilão Mecum, que venderá o carro, ele foi originalmente registrado para o produtor de cinema David L. Wolper antes de ser comprado por Elmer Bernstein, que emprestou o carro para McQueen usar. Depois que Bernstein vendeu o Cobra no final de 1967, McQueen continuou usando o carro por alguns meses, até que foi entregue ao novo proprietário.
Independentemente do “dono” famoso, o carro é um dos Cobra originais, e ainda mantém sua carroceria, chassi e motor originais. Originalmente era um carro prata com interior vermelho; em 2006, quando foi vendido para a Inglaterra, foi restaurado agora em preto sobre preto, e ganhou um rollbar e rodas do Cobra de competição FIA.
Ainda mantém o seu V8 Ford original de 4,7 litros (289 cid), e o câmbio de quatro marchas, além do chassi original com suspensões independentes. É um carro conhecido, com a sua história muito bem registrada: está listado no Shelby Register; documentado com certificados de teste MOT (teste anual inglês de licensiamento), é parte do AC Club inglês. tem carteira de registro FIVA, cópias de documentos anteriores, e muito mais. Por isso, é uma peça de valor. Deve ser vendido por aproximadamente 1,5 milhão de dólares. (MAO)