Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.
Mini lança série especial exclusiva para o Brasil
A Mini anunciou uma série especial exclusiva para o mercado brasileiro. É o (respire fundo) Mini Cooper John Cooper Works Zesty Yellow 25k Edition. Foi criada para comemorar os 25 mil veículos comercializados pela marca por aqui desde seu início oficial em 2009.
Apenas 25 exemplares serão produzidos. E o que é um Mini Cooper John Cooper Works Zesty Yellow 25k Edition? Engraçado você me perguntar, meu amigo de língua agora cansada: eu ia justamente lhe contar isso.
Primeiro, vem exclusivamente na chamativa cor Amarelo Zesty, disponível pela primeira vez no John Cooper Works. O teto é branco em degradé preto, o chamado Multitone, e tem faixas esportivas brancas no capô. Retrovisores, maçanetas e aros dos conjuntos óticos dianteiro e traseiro são em piano black. As rodas são de 18 polegadas do modelo Circuit Spoke com acabamento diamantado em fundo preto brilhante. Os compradores também receberão um “kit personalizado”, que inclui um certificado comprovando que seu carro faz parte de uma série especial. O que fazer com este certificado? Sei lá, um quadro na parede?
E é isso. De resto, é o mesmo Mini “duas vezes Cooper”: um quatro em linha 2.0 Turbo de 231 cv e 32,6 mkgf num gostoso patamar que vai de 1.450 a 4.800 rpm. A transmissão é automática de 8 marchas. Faz o 0-100 km/h em 6,1 segundos, e tem velocidade máxima de 246 km/h. O preço sugerido é de R$ 319.990 e as entregas serão realizadas em junho.
Engraçado notar que nos mercados da Europa, Estados Unidos, Canadá e México, foi anunciada também uma versão especial limitada. Lá é o Mini Cooper JCW 1to6. O que significa 1to6? O carro vem exclusivamente com câmbio manual de seis velocidades. Ah, que inveja! Disponível a partir de setembro, apenas 999 unidades do 1to6 estarão disponíveis mundialmente.
Mini: que tal uma série especial assim aqui? Amarelo é bonito e tal, mas vamos lá: certificado de exclusividade é um substituto pobre para exclusividade de verdade. Eu sei que vocês podem ser melhores que isso. (MAO)
Rimac Nevera bate recordes e faz 0-100 km/h em 1,81 segundos
Pergunta rápida: o que fez o carro elétrico realmente renascer? Afinal de contas, desde os anos 1970 vinha tentando ser revivido, desde que petróleo virou arma política e o meio ambiente, preocupação mundial. Respondo: quando a GM criou o EV1 em 1996, fez ele não só eficiente, mas também rápido. O carro fazia 0-100 km/h em 8 segundos, melhor que a maioria dos carros pequenos então. O estigma do carro elétrico era de lerdo, então, e todo mundo coletivamente disse: “olha só, pode ser rápido também!”
Desde então, todo fabricante de elétrico parte do princípio de que o desempenho tem que ser impressionante, e o resto… bem, aí é o resto. A Tesla se tornou o que é com o Modelo S, um sedã de luxo que não seria nada de mais se não tivesse desempenho melhor que a maioria dos supercarros. Esse é o real “pulo do gato” aqui.
Então imagine o que é hoje um SUPERCARRO elétrico. Se um sedã Tesla pode acelerar de 0-96 km/h em 2,1 segundos, um supercarro elétrico tem que fazer muito mais que isso. Principalmente por não ter o benefício de um V12 musical aparafusado nas suas costas; um supercarro a gasolina nem precisa ser realmente mais veloz, basta a SENSAÇÃO de maior velocidade que consegue criar. Elétricos… bem, só podem ser mais rápidos.
E são rápidos de verdade. Muito. Demais. De dar medo. Conforme prometido por Mate Rimac recentemente, o seu Rimac Nevera bateu mais de vinte recordes no mesmo dia nas instalações de teste de Papenburg, na Alemanha. Lá existe uma reta de 4 quilômetros, ideal para este tipo de coisa. Representantes da Dewesoft e da RaceLogic estiveram no local para verificar os tempos de forma independente e confirmar os recordes.
Equipado com pneus “de rua”(homologados para uso em ruas, mas pneus de competição disfarçados) Michelin Cup 2 R, o Nevera conseguiu atingir 60 mph (96 km/h) em apenas 1,74 segundo, batendo assim o tempo oficial de 1,85 segundos citado pela Rimac. O 0-100 km/h? 1,81 segundo. A prova usou o método cada vez mais comum de se descontar o primeiro 1 ft (0,3 metros) de distância. Mas sem superfície preparada, ou slicks. Realmente impressionante, porém, é isso: o carro faz 0-100-0 km/h em quatro segundos cravados!
Mas não é só isso, claro. Conforme prometido, o Nevera estabeleceu um novo recorde mundial para o veículo de produção mais rápido na prova de 0-400-0 km/h. Realizou a prova em 29,94 segundos, tempo que um Fusca 1300 leva para chegar a 100 km/h. O recordista anterior, o Koenigsegg Regera, precisava de lerdíssimos 31,49 segundos para concluir a mesma tarefa, o manco que é. Sim, tudo isso parece ficção.
O carro está pintado num esquema de cor que lembra o antigo BMW E30 elétrico de recordes de Mate Rimac, que está muito orgulhoso de seus feitos. Não é para menos: colocando as coisas em perspectiva, o Nevera fez o 0-400-0 km/h mais rápido que o tempo necessário para o McLaren F1 fazer o 0-350 km/h. Uau. (MAO)
Veja aqui o novo filme de 7 minutos da BMW: “The Calm”
A BMW estreou ontem seu último curta-metragem durante o Festival Internacional de Cinema de Cannes, na França. “The Calm” traz o BMW i7 M70 como um dos destaques de um filme que tem Pom Klementieff (Mantis de Guardiões da Galáxia) e Uma Thurman (The Bride, em Kill Bill) nos papéis principais.
É uma volta ao formato que fez algum sucesso com série de filmes “The Hire”, oito curtas-metragens (com média de dez minutos cada) produzidos para a Internet em 2001 e 2002. Sim, faz mais de 20 anos. Barrabás.
Para este novo filme, a BMW chamou nomes-grife da indústria cinematográfica. Joseph Kosinski assume os créditos de produtor executivo e Sam Hargrave está na cadeira do diretor. A trilha sonora do filme é obra do compositor de trilhas sonoras e vencedor do Oscar Hans Zimmer.
Mesmo se você perdeu a estreia em Cannes, se estava no banco traseiro de um i7, sabe que “The Calm” fez sua estreia mundial através da BMW Theater Screen, que é a tela panorâmica de 31,3 polegadas no luxuoso sedan. Aparentemente, o BMW é agora “The ultimate DRIVEN machine”. (MAO)
Everrati cria um 911 ST elétrico
O especialista em conversões elétricas Everrati entrou na festa do Porsche 911 restomod com uma conversão para o 911 da série G, corrente de 1973 a 1989. Sim, este carro é um 911 clássico, elétrico.
O estilo evoca o 911 ST, uma série limitada dos anos 1970, com até 270 cv de seu seis cilindros contraposto aspirado, e arrefecido à ar. Este “ST elétrico” tem mais, claro: 440 cv, todos despejados somente na traseira. Com isso pode fazer o 0-96 km/h em 4 segundos cravados, segundo a empresa. A bateria é de 60 kWh, proporcionando autonomia de mais de 300 km.
Para este projeto, a Everrati uniu forças com a RS Werks, com sede na Pensilvânia nos EUA, uma empresa de restauração e customização de Porsche. Uma das prioridades era manter o peso o mais próximo possível do original. Embora um número exato não tenha sido publicado, é um objetivo difícil para um elétrico: o Porsche 911 ST pesava apenas 960 kg. Os sócios também dizem que se concentraram em manter a distribuição de peso do 911 ST original.
Não consegue ver a graça de um 911 sem sua parte mais distinta, o vocal e irascível seis cilindros contraposto pendurado atrás do eixo traseiro? Não entende o apelo de um 911 silencioso? Está bravo por alguém ter estragado um perfeitamente perfeito 911 G-series, equipando-o com aparência antiga e motor elétrico? Duvida e faz pouco da promessa de peso igual? Não vê o ponto em carro antigo modernizado assim? Está querendo levantar agora e ir ao banheiro chamar veementemente o senhor Hugo?
Ora, seu ludita velho e resmungão sem ligação nenhuma com a realidade moderna e limpa do novo e maravilhoso futuro elétrico… (MAO)