FlatOut!
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Project Cars Project Cars #361

Palio 1.8 R Turbo: o começo da preparação do Project Cars #361

Fala, galera Flatouter! Blz? Obrigado pelos comentários positivos no meu primeiro post! Apenas para esclarecer alguns pontos importantes, eu não tenho nada contra o Chevette,! Outra coisa foi o volante Shutt, sinceramente não tenho nada contra a marca, também não sou fanboy, mas gostei do volante sim. Claro que há várias outras opções, mas não achei tão ruim como disseram. E os créditos da foto de capa do primeiro post ficam por conta do amigo Felipe Pina!

Continuemos….

Como disse no post anterior, já havia trocado um monte de coisas no carro, mas bastou dar uma volta em um Palio turbo para saber que ainda tinha um longo caminho para o “palim” chegar aonde eu queria. Lembro que no dia seguinte, já comecei a pesquisar várias coisas relacionadas à preparação turbo. Para a minha alegria e de todos do Clube Palio, o amigo Marco Korvo (sim, o mesmo que tem um post do Polo VR6 aqui no Project Cars), havia adquirido um palio 1.8R amarelo e abriu um post no fórum para relatar os Ups do carro dele. Não deu outra, acompanhei à risca toda a preparação feita, já visando fazer no meu futuramente.

Depois de montado, o carro rendeu nada mais nada menos que 370cv! Claro, todo forjado e com as melhores peças possíveis. Na época a gente conversava nos encontros do Clube Palio e eu sempre cheio de perguntas sobre como fez aquilo, montou isso, resolveu aquilo outro, já sonhando com o “vermelim” do mesmo jeito. Bom, como qualquer mortal assalariado, tinha que ir comprando as coisas aos poucos, mas ao invés de ir peça por peça resolvi tentar guardar uma grana. O Korvo resolveu vender o carro, mas como nós sabemos, vender carro turbo é missão quase impossível. Com o tempo o jeito foi desmontar a preparação toda e vender, voltando o carro ao original. Na época ele me ofereceu o motor inteiro para que eu fizesse o swap para o meu carro, já que era plug and play no meu palio, mas eu não podia pagar o valor pedido e deixei de lado essa história.

Passando alguns meses, voltamos a conversar sobre turbos e ele me ofereceu novamente o motor, acabou que negociamos tudo e arrematei toda a preparação. Como eu havia acompanhado a preparação e já sabia que tinha sido feito tudo de primeira, nem me preocupei. Para ajudar a pagar tudo, vendi as rodas Krmai brancas, voltei o Palio para as cinzas originais e fui buscar o novo motor o quanto antes. Peguei tudo que pude e levei para a preparadora que ele havia terminado de montar o carro dele, já que tinha sido feito por lá, ninguém melhor do que o cara que montou o motor a primeira vez para fazer o transplante.

FOTO 1_Palio sem parachoque

Após uma leve canseira da oficina e depois de resolvermos um probleminha aqui e outro ali, o carro ficou pronto. Lembro que o preparador me ligou dizendo que o carro estava pronto e que sairia para testá-lo. Em menos de 5min eu já tinha inventado uma diarréia no trampo e estava a caminho da oficina. Cheguei lá, o carro estava no cantinho, sem parachoque, com o intercooler e radiador de óleo para fora, me deu até frio na barriga. Sentei no banco do passageiro com uma ligeira palpitação no peito, o preparador foi guiando o carro e caímos para a estrada.

Na primeira puxada meu coração já veio na boca, não era nada parecido com o palio que eu havia andado, era um monstro, o escapamento de 3 polegadas terminando no meio do carro gritava alto, a cada puxada era uma gargalhada. Retornamos para a oficina, já quase sem combustível no tanque. Faltavam algumas coisas para serem feitas, assim só poderia pegar o carro dali mais alguns dias. Nem dormi aquele dia.

Passados alguns dias, voltei para a oficina para retirar o carro, mais feliz que criança no playground. Não vou dizer que a cada esquina eu acelerava, pois sabia que tinha que ter cautela pois qualquer acelerada mal calculada poderia dar uma merda gigante, sem contar que eu ainda não tinha legalizado o carro, mas foram 2 tanques de álcool em  2 dias. A primeira configuração dele foi: Turbina MasterPower .50/48 (não sei as configurações dos rotores), intercooler de gol turbo, radiador de óleo, Embreagem multidisco Displatec Pro Street Stage 2, válvula de alivio Greddy, 8 bicos de astra flex em 2 bancadas, Gerenciamento FuelBox, Pistões IAPEL, Bielas Scat, manômetros de pressão de combustível e de óleo da ProSport, Wideband, manometro de pressão de turbo da ODG, bomba de combustível de GTI, escapamento de 3 polegadas até o meio do carro, 0.8Bar de pressão de turbo e 200cv para me divertir.

A primeira lição que aprendi na prática é que quanto mais potente o carro, mais forte tem que ser o freio. Isso fixou na minha cabeça quando eu estava a 190km/h na marginal e um caminhão tanque da Shell (sim, lembro cada detalhe do sufoco) comeu duas faixas e me proporcionou a maior fechada que eu já levei na minha vida, era o pé bombando o freio mais rápido que o Bolt nos 100m, o carro nem sinal de parar, meu coração já pulando da boca, a traseira do caminhão crescendo e minha mulher agradecendo a Deus pela vida maravilhosa que tivera até o momento.

FOTO 7_Palio_Freio

Depois de pesquisar e conversar com alguns entendidos, decidi colocar o freio de Marea Turbo no “palim” e não, ele não explodiu depois de colocar o freio! Achei no ML um cara vendendo os freios, peguei os freios traseiros e dianteiros, pinças, suportes, etc. Só tivemos que adaptar os cavaletes e freio de mão (que mantive o original do palio). Aproveitei e comprei os discos dianteiros e traseiros da Fremax linha Racing e pastilhas da PowerBrakes. Não vou te falar que o freio deu conta do motor porque não deu, mas já melhorou 80%.

FOTO 6_Freio a disco traseiro_sem roda

Mas como nada é fácil, depois de montados os freios, tivemos um pequeno problema, as rodas originais do palio não entravam mais. Por conta da pinça do Marea Turbo ser muito maior do que a original do palio, ela pegava na parte interna das rodas. Para a minha sorte (e dele também), o Pedro Aguilera, mais um amigo do Clube Palio, estava vendendo o carro dele (que também era um palio 1.8R) e precisava urgente das rodas originais. Peguei as 5 Enkei J10 bronze e dei as minhas originais e o estepe. Na época peguei as Enkei com pneus Maxxis, depois troquei para os Yokohama A-Drive 205/45.

Daí para frente, não fiz grandes mudanças no palio, troquei o volante pelo do Idea em couro, a válvula de alivio Greddy pela HKS, intercooler (que antes era do Gol turbo) por outro um pouco maior e a turbina Masterpower pela Biaggio. Troquei a turbina porque achava que a Masterpower pegava muito tarde (vinha pico a quase 6000rpm) e como não sabia ao certo quais eram os rotores e afins, resolvi pegar uma Biaggio .50/48 nova para testar.

Com relação ao pico, mudou pouca coisa, mas só o som da Biaggio já valeu a troca. Subi a pressão para 1Bar no pé e 1.6Bar no booster (que colocamos no farol alto). Com 1Bar atingimos 200-210whp, e com booster 260whp, algo em torno de 260 e 330cv no motor. Na suspensão estava usando molas esportivas e amortecedores preparados, troquei pela suspensão de rosca da Fenix.

O carro ficou bem duro de andar nessas ruas maravilhosas de SP, mas a hora que acelera ele segura bem. De escapamento eu deixei apenas com um intermediário não restritivo e o resto direto. Quando entrava no túnel era só alegria.

Andei por muito tempo com o carro nessa configuração, não tive problemas graves, era um vazamentinho aqui, outro ali, manutenção na embreagem, etc. Nada muito expressivo, até que voltando do BGT em Lindóia…

FOTO 14_Guincho_BGT2

Aí veio a grande dor de cabeça, mas essa eu conto no próximo post.

Abraço!

Por Paulo Henrique, Project Cars #361

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