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Para onde vão os carros de corrida depois que eles se aposentam?

Alguns vão para um museu ou coleções, onde são bem cuidados e recebem o merecido tratamento de heróis para o resto de suas vidas. Mas a maioria dos carros de corrida tem um destino bem menos glorioso e acabam esquecidos em qualquer lugar depois de cumprir sua função. A seguir você verá cenas fortes de abandono automotivo, então é melhor lubrificar seu coração antes de continuar a leitura!

Os espanhóis do ForoCoches.com criaram, há alguns anos, um tópico para reunir fotos de carros de corrida abandonados pelo mundo. São mais de 11 páginas com todos os tipos de carros, de clássicos dos anos 50 a vencedores de Le Mans, passando pelos míticos carros do Grupo B do WRC. Os links de boa parte das fotos estão mortos, mas elas circularam pela Internet por tempo o bastante para serem encontradas em vários outros lugares.

Obviamente nem todas as fotos são atuais ou mesmo sua origem é conhecida, mas qualquer entusiasta que se preze conseguirá identificar algumas das preciosidades largadas à mercê do tempo e, em alguns casos, dos elementos.

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De alguns destes bólidos, como o pobre Lancia Stratos das fotos acima, só sobrou um pouco mais que a estrutura. Há discussões em diversos fóruns na internet (como esta, no Alfabb) a respeito da autenticidade deste carro.

A questão é se ele foi ou não pilotado por Sandro Munari, um dos pilotos da equipe de fábrica da Lancia nos anos 70. A conclusão? Provavelmente se trata de um clone — o que não diminui em nada a tristeza de sua situação.

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Outros, como o Lancia 037 abaixo — talvez um dos que ajudaram os italianos a conquistar o título de construtores do WRC em 1983 — parecem estar prontos para acelerar novamente, precisando apenas de uma bela revisão para tal (o que nem sempre é o caso). Não conseguimos decidir qual das duas situações é mais triste.

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Alguns, porém, têm mais sorte — este Peugeot 905, por exemplo. Pelo que consta, foi recuperado e hoje compete em provas históricas com outros carros do Grupo C. Será o mesmo que esteve em Goodwood?

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Este, um dia, foi um Simca 1000 de competição. O pequeno sedã de motor traseiro foi fabricado nos anos 60 e 70 e, durante boa parte de sua vida, a Simca esteve sob o domínio da Fiat — o que ajuda a explicar porque as versões esportivas e de corrida eram preparadas por ninguém menos que a Abarth.

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Por falar em Abarth, este pequeno Fiat 500 de competição dificilmente mostrará que as maiores surpresas podem estar nos menores pacotes novamente.

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Acima, um Alpine A210. O protótipo foi construído pelos franceses para competir nas 24 Horas de Le Mans entre 1966 e 1969. Ele não venceu nenhuma das edições e, quando se aposentou, a Alpine decidiu focar-se no WRC. Deu certo, visto que o A110 foi o primeiro campeão da história da cartegoria.

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Às vezes, faltam palavras ouinformações. De qualquer forma, qualquer um destes carros merece muito mais do que um minuto de silêncio.

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Não é o caso deste BMW M3 E30 Evolution. Como alguém consegue deixar um exemplar com apenas 59 quilômetros rodados de um dos cupês esportivos mais importantes do planeta (leia sua história aqui!) chegar neste estado?

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A história desde Shelby Cobra Daytona Coupe — a versão do Cobra feita para enfrentar as Ferrari em Le Mans — é uma das mais chocantes. De acordo com o site TheCarSource.com, trata-se do primeiro protótipo do cupê, que passou 30 anos perdido antes de ser reencontrado em 2001. Sua dona, uma americana chamada Dorothy Brand, disse em 2001 ter doado o carro (depois de recusar um punhado de ofertas milionárias) e recusa-se a revelar seu paradeiro.

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Este Mitsubishi Lancer Evolution III foi o carro do piloto uruguaio Gustavo Trelles durante a temporada de 1996 do WRC. Ele, porém, não competia na categoria principal, e sim no Grupo N, uma das categorias de acesso. Este carro o ajudou a conquistar o título de 1996, mas Trelles também foi o campeão de 1997 a 1999.

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Um touro entre as cabras…

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Pouca gente sabe, mas o Citroën BX já competiu no Grupo B do WRC — apenas em 1986, em três provas, e logo depois a categoria foi banida. Uma pena, pois o chamado Citroën BX 4TC era um monstro único: enquanto boa parte dos bólidos tinha motor central-traseiro transversal (incluindo seu colega de estábulo 205 T6), o quatro-cilindros turbo do BX ficava na dianteira, em posição longitudinal, e entregava algo entre 380 e 430 cv. Dos 200 carros de rua fabricados para a homologação, apenas 85 foram vendidos — resultando em um enorme prejuízo, porque a Citroën investiu muito dinheiro no programa.

Assim, os franceses decidiram comprar de volta todos os carros e mandá-los para o triturador. Por quê? Para, ao menos, eliminar a possibilidade de gastar ainda mais dinheiro no atendimento pós-venda. É realmente uma história triste, porque estes carros poderiam valer uma fortuna hoje em dia.

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Um jovem e saudável carro de corrida poderia estar usando estes bancos…

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Um dos melhores hot hatches do universo, este Renault 5 Turbo é um dos que parecem ainda ter salvação. Nós adoraríamos aproveitá-lo, mesmo que fosse um project car. Aliás, principalmente se fosse um project car.

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O BMW 3.0 CSL, também conhecido como “Batmobile” graças a seu body kit bastante exagerado para a época. Este parece ser um exemplar de rua, que também podia ser equipado com os apetrechos aerodinâmicos.

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Calma, muita calma: este não é o McLaren MP4/6 que deu a Ayrton Senna seu terceiro e último título da Fórmula 1 em 1991, apesar de uma cópia quase 100% fiel. De acordo com um artigo de 2011 do Jalopnik US, trata-se de uma réplica construída pela própria McLaren sob encomenda da Hercules Aerospace, que fornece compósitos de alta tecnologia usados em aviões e em ônibus espaciais.

Na virada da década de 90, porém, a Hercules também forneceu componentes para os carros de Fórmula 1 da McLaren — entre eles, o MP4/6. Para não deixar que o mundo esquecesse disso, a empresa deixava expostos em uma de suas fábricas em Salt Lake City, Utah, alguns dos McLaren de Fórmula 1 — carros autênticos, cedidos pela McLaren.

Acontece que era muito caro transportar os carros da Inglaterra para os EUA e de volta para a Inglaterra o tempo todo. Assim, a Hercules pediu para que a McLaren vendesse um de seus carros mais velhos para eles. Como o preço era alto demais, a solução encontrada foi a seguinte: a McLaren fabricaria uma réplica idêntica, nos mínimos detalhes, do MP4/6, porém sem motor. A Hercules concordou — afinal, seria um autêntico produto da McLaren de qualquer jeito.

O carro tem decalques genuínos da McLaren, que também cedeu parte do monocoque e o para-brisa. A carroceria, por sua vez, é feita de fibra de vidro usando os moldes originais. Não é um carro de corrida de fato, mas sua história é tão interessante que não poderia ficar de fora deste post.