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O Tesla de Joe Rogan
O problema do carro elétrico, não cansamos de repetir, não é ele em si. É a noção de que deve se tornar obrigatório que incomoda, tornando-o não uma opção de tecnologia, mas uma questão política polarizadora. E todo mundo sabe o que quando isso acontece, não há meio termo possível, o que torna discussões sobre o assunto inúteis.
Para certos usos e pessoas, o elétrico é uma opção interessante: silencioso, tranquilo e com torque imediato; alguns, como o Tesla Model S Plaid, também com um desempenho inacreditável. Não fosse toda a celeuma e divisão, algo deveras interessante.
Vejam o caso do extremamente bem-sucedido podcaster, ex-MMA fighter e comediante americano Joe Rogan. Apesar de entusiasta e fã de Muscle-cars e do Porsche 911, Rogan é vocalmente apaixonado por seu Tesla S Plaid também; tanto que resolveu fazer algo que raramente é feito com eles: customizá-lo.
O carro foi preparado pela e Unplugged Performance, da Califórnia, especializada neste tipo de coisa. A empresa chama seu Tesla modificado de S-Apex.
O que diferencia imediatamente é o bodykit. É um kit de 19 peças feito de fibra de carbono que inclui arcos de roda traseira alargados, adicionando 80 mm à largura do carro. O kit também inclui aletas de fibra de carbono atrás das rodas dianteiras, um difusor de carbono atrás e um spoiler traseiro de carbono. O Model S Plaid de Rogan também foi repintado em “Pearl White” com toques de azul e coberto com película de proteção de pintura.
Também faz parte do pacote um jogo de rodas forjadas em alumínio. Medem nada menos que 21×10 na frente e 21×11,5 polegadas na traseira, e vem com os pneus-grife do momento, os Michelin Pilot Sport 4S, em medidas 285/30 e 305/30. Os freios são outra modificação que vem a calhar num carro tão pesado e potente: discos de carbono-cerâmica. Novos braços de suspensão reforçados, usinados em alumínio a partir de billets, também fazem parte do conjunto.
Rogan também encomendou um interior personalizado para seu Tesla. Criado em parceria com von Holzhausen, ele é revestido em couro branco com várias inserções de Alcantara preta. O resultado é um carro de luxo realmente especial, que apesar de silencioso e suave, dá 145 mkgf desde zero rpm, e nada menos que 1034 cv. Também pesa 2183 kg, mas é um carro de luxo, não esporte: faz parte do pacote. O preço pago por Rogan pelas modificações não foi divulgado, mas com toda essa fibra de carbono e tudo mais, barato não é. O carro sozinho, zero km, custa US$ 94.990 (R$ 560.801) nos EUA.
Um carro muito legal mesmo, no idioma dos Rolls e Cadillac do passado, mas moderno. Não nos entenda mal: se é para haver divisão filosófica (e é o caso), somos do time da gasolina, sem sombra de dúvida. No frigir dos ovos o elétrico é e continuará sendo um brinquedo sofisticado para gente rica; pensando pragmaticamente, não há comparação entre algo como o elétrico e uma coisa que gera sua própria energia. Seria tão mais leve e tranquilo a convivência, porém, não fosse o elétrico empurrado goela abaixo… né? (MAO)
O Mazda MX-5 Miata 35th Anniversary
Quando a edição especial de 35º aniversário do Mazda MX-5 Miata foi lançada ano passado, poucos detalhes foram divulgados. Agora, por ocasião do lançamento nos EUA, pode-se saber mais dele.
O carro foi lançado na primeira corrida da MX-5 Cup da temporada de 2025 nos EUA, e antes da 62ª edição das 24 Horas de Daytona, dia 24 de janeiro. Basicamente esta edição limitada é apenas um kit de aparência, sem modificações mecânicas de relevância.
O Mazda MX-5 Miata 35th Anniversary vem apenas na cor “Artisan Red Metallic”, um tom de vermelho escuro metálico. A capota é bege, como é o interior, com bancos de couro e diversas identificações do aniversário em questão espalhadas por ele. As rodas são de alumínio com 17 polegadas e acabamento brilhante. Os detalhes externos adicionais para o 35th Anniversary incluem um spoiler traseiro e emblemas que dizem qual dos 300 carros para o mercado americano é o seu.
O carro vem com todos os opcionais do Miata, baseado no acabamento topo de linha Grand Touring: som de grife Bose, conectividade sem fio Apple CarPlay e Android Auto, Alexa Built-in e um sistema de navegação emparelhado com uma tela de infoentretenimento Mazda Connect de 8,8 polegadas, entre outras coisas. O diferencial é autoblocante assimétrico, há um reforço entre as torres de amortecedores dianteiros, e os amortecedores em si são da grife Bilstein.
O modelo não está disponível com o teto rígido retrátil “RF”: apenas roadster. O câmbio nos EUA é só o manual de seis velocidades. O preço é razoável: US$ 37.435 (R$ 221.008), que é apenas um pouco mais do que o modelo Grand Touring no qual ele se baseia, nos EUA. Vai acabar em 5 min… (MAO)
Corvettes vendidas a preços malucos no leilão da Barrett-Jackson
A proposta única de venda do Corvette sempre foi desempenho de exótico europeu, com precinho de Chevrolet. Mas dois carros leiloados recentemente parecem virar essa lógica de cabeça para baixo, e nos fazer estupefatos, coçando o topo da cabeça com a cara torcida, em descrédito.
Veja por exemplo o atual ZR. Totalmente no ethos do Corvette, é um monstro de dois turbos e mais de 1000 cv, mas que custa uma fração do preço de um Ferrari equivalente: o preço é, nos EUA, US$ 175.000 (R$ 1.033.165), o que não parece barato até se perceber que é mais ou menos 1/5 do que se paga num Ferrari de desempenho inferior.
Pois bem. O primeiro ZR1, VIN 001, foi leiloado pela Barrett-Jackson em Scottsdale. Rick Hendrick, empresário americano dono da Hendrick Motorsports, tem o hábito de comprar as primeiras unidades de produção de cada um dos C8 Corvette, e não foi diferente dessa vez. Mas alguns concorrentes fizeram que o preço subisse.
Sim, ele pagou nada menos que US$ 3,7 milhões, ou nada menos que R$ 21.844.060 no câmbio de hoje, pelo privilégio de ter o primeiro ZR1. Barrabás.
Em um side-note, lembram do Hoonitruck? O incrível carro de construído pela Ford para Ken Block, com cara de Ford F-150 mas usando chassi tubular, tração 4×4 permanente, e 950 cv de seu V6 ecoboost biturbo? Este monstro vendeu no mesmo leilão por apenas US$ 990.000 (R$ 5.844.762), o que não é pouco dinheiro, mas provavelmente representa uma fração do custo de construção original. E fora que é um carro famoso e super-reconhecido. Além de absolutamente único.
Mas voltando aos Corvettes, tem outro caso ainda mais maluco, embora a quantia gasta seja muito menor, acontecido no mesmo leilão. Alguém pagou US$ 330.000 (R$ 1.948.254) num Corvette C6 absolutamente normal, um carro que nos EUA deveria ser somente um carro usado de 13 anos de idade.
Sim, era novo com apenas 65 milhas rodadas (105 km), mas era o carro normal, básico. Não é o Z06 de 7 litros, nem o ZR1, nem mesmo um Grand Sport; é apenas um cupê Corvette C6 2012 comum com o V8 de 6,2 litros de 436 cv. Nem câmbio manual tem, é a versão automática. Normalmente, um carro desses em ótimo estado não passa dos US$ 30 mil por lá. Vai entender…
Como todo carro com baixa quilometragem como este, certamente está condenado a passar a vida estático feito uma samambaia, enfeitando a garagem de seu dono, que morrendo de medo de colocar mais uma milha sequer no odômetro, e assim perder seu valor, nunca o tira do pedestal. Se usa, perde o dinheiro.
Mas se não usa, qual o motivo do exercício? Ora, bobagem pensar assim. Cada um faz o que bem entender com seu dinheiro, e que ele seja feliz com sua samambaia de 436 cv. Eu daqui só queria saber o que colocaram na bebida nesse leilão. Deve ser um treco bom! (MAO)
O LandCruiser 250 da Artic Trucks
A Arctic Trucks, conhecida por suas conversões off-road hardcore principalmente para neve, mostrou recentemente sua versão do novo Land Cruiser 250, chamado AT37. Você conhece a empresa: é a mesma que fez o Hilux para a famosa expedição do Top Gear para o Polo Norte.
Vem com um kit de carroceria “widebody” de dez peças que inclui novos para-choques e alargadores de para-lamas estendidos. Eles são unidos por estribo lateral de alumínio. Naturalmente para cobrir rodas maiores, com mais offset.
A suspensão é substituída por uma configuração ajustável com coilovers de curso mais longo na frente. Novas molas e amortecedores sustentam a traseira, dando ao Toyota uma elevação de suspensão de 40 mm. As rodas são de liga leve, forjadas, de 17 polegadas, e com acabamento em preto acetinado, bem como um design de válvula dupla, que permite aos proprietários monitorar e modular facilmente a pressão dos pneus. Esses são BFGoodrich T/A K03 de 37 polegadas, de onde vem o nome AT37.
Para acomodar os pneus enormes, a Arctic Trucks fez um redesenho cuidadoso do chassi e da carroceria. O eixo traseiro é na verdade relocado, fazendo o entre-eixos maior, e a bitola é obviamente maior, embora a empresa não tenha divulgado o quanto.
Não há nenhuma mudança no trem de força, mas o velocímetro é recalibrado para levar em conta todas as modificações na suspensão. O interior ganha carpete novo, e muitos emblemas para denotar este equipamento como algo especial e, no lado funcional, um engate de receptor multifuncional de 2 polegadas é instalado caso você precise rebocar algo.
Não há informações sobre quanto custa a transformação, mas o pacote estará disponível no segundo trimestre deste ano. O Land Cruiser AT37 será oferecido como um produto pronto para instalação em concessionárias, bem como carros inteiros para clientes na Europa, América do Norte, África e Oriente Médio. Conversão de um carro usado é também possível. (MAO)